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Na empresa AJC, os negócios são conduzidos com base num sistema de gestão integrada seguindo as diretrizes da política de gestão integrada da qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional.

A manutenção é uma das bases de garantia do bom funcionamento do sistema de produção, assegurando a conformidade dos requisitos normativos através da conservação das suas infraestruturas, garantindo assim a qualidade dos processos, preservação do meio ambiente, além da saúde e segurança dos seus colaboradores e da comunidade.

No parque industrial da empresa AJC, é praticada a manutenção do tipo corretiva e preventiva.

5.1 Manutenção Corretiva

Sempre que é detetada, pelo operador, uma falha ou avaria num equipamento, o mesmo reporta ao responsável pela secção, para em conjunto com o diretor técnico tomarem uma decisão, com o objetivo de resolver a avaria o mais rápido possível para evitar os elevados custos associados a este tipo de manutenção.

Caso seja uma avaria possível de resolver dentro da sua estrutura técnica e organizacional, é dada uma ordem pelo diretor técnico para se proceder a elaboração de uma lista de material necessário, para posteriormente, se proceder á encomenda e compra do mesmo, caso seja necessário. Assim que o material necessário é reunido, dá se inicio á reparação do equipamento, e posteriormente são efetuados testes para determinar se estão reunidas novamente todas a condições para o bom funcionamento do equipamento. Em seguida deveria ser elaborado um relatório de serviço interno com toda a informação referente ao equipamento em questão, as causas da avaria, tempos de mão-de-obra, serviços efetuados, materiais aplicados e quantidades, testes efetuados e aprovação técnica conforme representado na figura 6.11, relatório este, criado no decorrer da dissertação.

No caso de ser uma avaria de características técnicas, impossível de resolver dentro da própria estrutura técnica e organizacional, é contratada uma entidade externa, especializada em assistência e reparações ao tipo de equipamento em questão. É agendada uma data para os técnicos da entidade externa se deslocarem às instalações da empresa, analisarem a avaria e procederem a sua reparação. Depois de concluídas a reparação e os devidos testes para determinar se o equipamento se encontra nas condições normais de funcionamento, é elaborado um relatório de assistência representado na figura D.1, com as causas da avaria, serviços efetuados, tempos de reparação e materiais empregues. Em seguida este relatório é entregue á gerência e á contabilidade para ser analisado e dar início aos processos de pagamento á entidade externa. Depois de concluídos todos estes processos contabilísticos, o relatório é entregue ao departamento de produção, onde é analisado e arquivado num dossier que contem todos os registos do histórico do equipamento em questão. (Pinto,V.,1994) estes registos destinam-se a estudos efetuados posteriormente, para determinar se há necessidade de alterar o programa de manutenção, ou substituir o equipamento., caso este esteja a degradar-se progressivamente. A verdade é que este tipo de análise e estudo não é feito por não se dar a devida importância á manutenção, havendo a necessidade de deixar as práticas inadequadas, ser pró-ativo nas quebras dos paradigmas, introduzindo novos métodos e novas praticas.

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5.2 Manutenção Preventiva

No parque industrial da empresa, todos os equipamentos produtivos possuem um plano de manutenção preventiva. Cada equipamento tem o seu próprio plano, consoante a suas características técnicas, necessidades de manutenção, e as devidas periodicidades. Este plano, elaborado em Excel, é composto por uma área informativa, que contem o ano a que está a decorrer o plano de manutenção, o nome do equipamento, o seu código, e a ultima revisão que foi feita ao plano. Em seguida contem uma tabela com cinquenta e duas colunas correspondentes as semanas que contem um ano, e um número variável de linhas correspondentes as diferentes operações de prevenção a executar no equipamento. Cada operação, consoante a sua periodicidade, contem a cinzento-escuro, a célula correspondente á semana em que tem que ser executada, onde o técnico/operador que executa a operação, assina depois de concluída a mesma. Sempre que um equipamento não é utilizado, não se executam as operações de manutenção preventiva, sendo assinalado com uma cruz nas células correspondentes as semanas que esteve parado, na última linha da tabela. Sempre que se recomeça a utilizar o equipamento depois de uma paragem, é necessário fazer uma verificação geral, conforme indica a nota informativa no plano. Na figura D.2 encontra-se representado um exemplo de um plano de manutenção preventiva para o equipamento com o número 202.02. Cada plano de manutenção, encontra-se anexado ao respetivo equipamento conforme representado na figura 5.1. Isto permite ao responsável de cada secção consultar com frequência os planos de todos os equipamentos, para fazer o seu próprio planeamento das intervenções que estão por executar. As intervenções de manutenção preventiva são normalmente executadas pelos operários da própria secção, o que exige uma grande capacidade do responsável em fazer este tipo de planeamento, tendo em conta que não foram pessoas formadas para tal, e que existem tarefas produtivas a realizar.

A verdade é que devido a esta e a outras razões, e acima de tudo, por não se dar a devia importância á manutenção, os planos de manutenção não são executados com rigor, aumentando a taxa de avarias, existindo uma grande necessidade de um novo método de planeamento, objetivo desta dissertação.

A figura 5.1 representa um exemplo de um plano de manutenção anexado ao respetivo equipamento.

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6 Planeamento e Controlo da Manutenção na Empresa A. J. Costa