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Os dados foram analisados em dois momentos, de acordo com os instrumentos propostos nesta pesquisa, como demonstrado na figura 3:

Figura 3 – Estratégia explanatória sequencial

Fonte: Creswell (2007)

Na etapa quantitativa, os dados foram apreciados por meio de uma análise univariada, que envolve: a exposição dos dados, com representação tabular e gráfica; medidas estatísticas de localização, incluindo as clássicas e as modernas; medidas estatísticas de escala, incluindo as clássicas e as modernas, e medidas estatísticas de formato, que envolvem as medidas de assimetria e curtose. Com a pretensão de enfatizar a transparência, a colaboração e a participação, neste estudo, os dados foram expostos por meio de representação tabular (COSTA, 2015).

Nessa fase, os dados foram coletados nos 30 portais governamentais, com o apoio de um software que possibilita a gravação de vídeo com captura do áudio e da imagem pela tela do computador. Esse modelo metodológico é proposto por Amorim e Almada (2014), que entendem que essa ferramenta dará suporte complementar à pesquisa, por possibilitar

o registro e armazenamento de dados e informações coletados durante a navegação nos websites, de modo a permitir uma conferência posterior à aplicação do instrumento; arquivar as evidências identificadas nos portais no momento da navegação, o que torna mais segura e confiável a análise, dadas as sucessivas atualizações por que passam os portais eletrônicos; e arquivar todas as fases de emissão, envio e geração do protocolo ou senha de atendimento e ainda os mecanismos de acompanhamento da demanda enviada pelo usuário (aplicação que também deve ser objeto de análise).

Na pesquisa qualitativa, os dados foram analisados via análise de conteúdo nos moldes de Bardin (2006). A análise qualitativa foi organizada em três fases: 1) pré-análise; 2) exploração do material; 3) tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Conforme o autor, a pré-análise consiste em tornar operacional a

matéria a ser analisada, de forma a sistematizar as ideias centrais. Quanto à exploração do material, é a fase em que o pesquisador define as categorias e identifica as unidades de registro e as de contexto nos documentos. Por fim, a fase de tratamento dos resultados, da inferência e da interpretação destina-se ao tratamento dos resultados, em que são as informações são condensadas e destacadas para a análise, o que poderá culminar em interpretações de inferência. Esse é o momento da intuição e da análise reflexiva e crítica.

Nessa etapa, os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada em seis Câmaras Municipais, cuja escolha foi feita por tipicidade e acessibilidade, conforme demonstrado no quadro 16.

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Quadro 17 – Câmaras Municipais entrevistadas

TIPICIDADE ACESSIBILIDADE

João Pessoa Arara

Campina Grande Areia

Alhandra Taperoá Fonte: Dados da pesquisa

Os dados foram coletados entre os dias 2 de agosto e 13 de setembro de 2016. Todo esse tempo foi devido à campanha eleitoral que estava acontecendo nessa época. Nas cidades por acessibilidade, primeiramente, tentou-se um contato por e-mail, mas as Câmaras não responderam. Depois, houve a tentativa por telefone, também sem sucesso. Por último, foi feito o contato in loco, sem qualquer aviso prévio, nas cidades de Arara, Areia, Santa Luzia, Taperoá, Pocinhos e Alhandra. Entre essas cidades, as únicas onde não foi possível fazer a entrevista foram Santa Luzia, porque o Presidente não se encontrava na cidade e pediu para responder por e-mail, mas, até o final da pesquisa, não deu nenhuma resposta, e Pocinhos, porque a Câmara estava fechada. Somente na Câmara de Areia houve um pedido para que o pesquisador elaborasse um ofício (Apêndice D) para que a entrevista fosse marcada com o Presidente da Câmara e o contratado da Câmara que administra e alimenta seu portal.

Nas Câmaras Municipais de João Pessoa e Campina Grande, primeiramente foi feito um contato com um vereador da Câmara Municipal de João Pessoa, que

intermediou o acesso com elas. A primeira a entrar em contato foi a Câmara Municipal de João Pessoa, que pediu para formular um termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice D) e uma carta de informação/termo de consentimento à informação (Apêndice E). Em Campina Grande, devido ao pleito eleitoral, houve mais dificuldades, mas a coleta dos dados foi feita no momento em que o pesquisador procurou a Casa Legislativa e pediu para que o vereador da Câmara Municipal de João Pessoa entrasse em contato com o presidente da Casa Legislativa de Campina Grande. Só assim foi possível entrevistar o chefe da divisão de imprensa e relação públicas.

Portanto, finalizada a coleta dos dados quantitativos e qualitativos, a pesquisa foi encaminhada para a apresentação dos resultados empregando, conforme sugerido na metodologia, a estratégia explanatória sequencial, por meio da qual se podem usar os dados qualitativos para auxiliar na explicação e a interpretação dos resultados quantitativos.

6 Apresentação dos Resultados

Neste item, analisam-se os dados de forma clara, para que os achados da pesquisa auferissem o objetivo deste estudo. Portanto, nesta seção, é demonstrado como se encontram as ações de transparência, mais especificamente, a transparência passiva, o governo eletrônico e a participação e a colaboração da sociedade nas câmaras municipais selecionadas. Foi dividida em três partes: a primeira a respeito da regulamentação da Lei 12.527/11 (Lei de acesso à informação); a segunda, com foco na transparência passiva; e por último, a participação e a colaboração do cidadão. Todas essas etapas foram analisadas nos portais governamentais das Câmaras Municipais propostas neste estudo.

Para analisar os dados quantitativos, foram empregadas técnicas estatísticas descritivas e análise univariadas para evidenciar as ações das Câmaras Municipais em relação à regulamentação, à transparência, à participação e à colaboração, por meio dos portais governamentais. De acordo com Freund (2006), a estatística descritiva consiste, principalmente, na apresentação de dados em forma de tabelas e gráficos. Nesta pesquisa, utilizou-se a descrição tabular, em que se usa a tabela para sumarizar os dados. Na parte qualitativa, empregou-se a análise de conteúdo de Bardin, organizada em três fases: 1) pré-análise; 2) exploração do material; 3) e tratamento, inferência e interpretação dos dados.

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