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3.9.1 Mapeamento dos fragmentos florestais

A análise da fragmentação florestal foi realizada levando em conta o mapeamento multitemporal dos fragmentos florestais. Foram obtidas estatísticas de área dos fragmentos florestais de toda a área de estudo, de cada microrregião e de cada município, para cada ano mapeado, além do número de fragmentos florestais para cada unidade territorial descrita anteriormente. Os resultados são descritos na

Grupo Sigla Métrica Unidade Observação

CA Área da classe Hectares (ha) Somatório das áreas de todas as manchas ou fragmentos florestais presentes na área. MPS Tamanho médio Hectares (ha) Soma do tamanho das manchas dividido

da mancha pelo número de manchas.

NUMP Número de manchas Adimensional Número total de manchas na paisagem ou na classe.

PSSD Desvio padrão Hectares (ha) Razão da variância do tamanho

do tamanho das manchas.

PSCoV Coeficiente de variação Porcentagem (%) Desvio Padrão do tamanho da mancha dividido pelo do tamanho tamanho médio da mancha multiplicado por 100. TE Total de bordas Metros (m) Extremidade total de todas as manchas. É a soma

de perímetro de todas as manchas. ED Densidade de bordas m/há Quantidade de extremidades relativa à

área da paisagem.

MSI Índice de forma Adimensional É igual a um quando todas as manchas forem médio circulares e aumenta com a crescente irregularidade

da forma da mancha.

MPFD Dimensão fractal Adimensional Os valores se aproximam de um para formas com média da mancha perímetros simples e chega a dois quando as formas

forem mais complexas. TCA Área central total Hectares (ha) O tamanho total das manchas. TCAI Índice de área Porcentagem (%) Medida da quantidade relativa de área central

central total na paisagem.

Á re a B o rd a F o rm a Áre a c e n tra l D e n si d a d e e t a m a n h o

forma de tabelas, gráficos e figuras, buscando representar da melhor maneira possível o padrão da cobertura arbórea entre os anos de 1985 a 2014.

Para capturar as variações ao longo do tempo, foram produzidos mapas e gráficos da cobertura arbórea por município e microrregiões. Os dados foram normalizados pela área de cada município, de forma a evitar problemas associados à unidade de área modificável (MAUP) (DARK e BRAM, 2007).

Na avaliação da dinâmica da cobertura florestal, foram computadas as variações entre 1985 e 2014. De forma a ressaltar os municípios que apresentaram as maiores variações, foi feita a subtração da área florestal de 2014 pela de 1985, resultando em um índice de diferença (mapas de diferenças). Para identificar as áreas com as maiores mudanças, foram elaborados mapas de transição, de forma a ressaltar das diferenças positivas e negativas (em relação a cobertura florestal) em distintos intervalos de tempo. Assim, foi possível identificar as áreas que não apresentaram mudanças, regiões que apresentaram um aumento da cobertura florestal e áreas em que se deu a redução da cobertura. Em relação às métricas da paisagem, foram obtidas as estatísticas da região como um todo, sem distinção de microrregiões, para cada ano mapeado, gerando perfis temporais de ecologia de paisagens.

Para evitar tendenciosidade associada a grandes fragmentos florestais, como o PET, TIG e TIN, instituídos por força de lei, a área dessas florestas foi excluída tanto da quantização da cobertura florestal, como da área do município. Isso foi necessário para evitar que houvesse um controle estatístico por parte desses grandes fragmentos florestais, que não necessariamente refletem a dinâmica da paisagem regional.

3.9.2 Análise socioeconômica

Para analisar as variações ao longo do tempo, foram produzidos mapas e gráficos por município e microrregiões da densidade-porcentagem da população rural. Assim como na análise da fragmentação florestal, os dados foram normalizados pela área de cada município, de forma a evitar problemas associados à unidade de área modificável.

Ainda na avaliação individual das características da população rural e da cobertura florestal, foram analisados os índices de produção de carvão vegetal e

silvicultura nas microrregiões de Frederico Westphalen e Três Passos. Essa análise visou capturar a tendência na última década (de acordo com a disponibilidade de dados).

Na avaliação da dinâmica da população rural, foram computadas as variações entre 1980 e 2010. De forma a ressaltar os municípios que apresentaram as maiores variações de população rural, foi feita a subtração da população rural de 2010 pela de 1980 (ou data disponível), resultando em um índice de diferença (mapas de diferenças). Esses mapas permitiram identificar os municípios com as maiores variações.

Através do cruzamento dos dados médios municipais de população rural e cobertura florestal para cada década avaliada, foi elaborado um gráfico de dispersão com o objetivo de mostrar as relações entre a dinâmica da população rural e os dados de cobertura florestal (tendência geral). É importante destacar que os dados foram agrupados de forma a aproximar ao máximo as datas dos mapeamentos com os dados da população rural examinados.

3.9.3 Geomorfologia

Inicialmente, foi realizada uma rápida discussão sobre as características das variáveis geomorfológicas estudadas. Essa avaliação é de caráter descritivo e permite uma comparação entre as duas microrregiões em estudo.

A modelagem topográfica foi integrada na análise dos dados, gerando estatísticas da fragmentação florestal das microrregiões para cada parâmetro geomorfológico estudado, visando compreender e explicar a influência desses parâmetros no processo de fragmentação florestal. Assim, a cobertura florestal para as diferentes décadas foi avaliada em função de cada classe das variáveis geomorfológicas. Por fim, uma discussão comparativa entre as duas microrregiões foi conduzida para ilustrar as principais diferenças e tentar elencar os parâmetros físicos do relevo que mais influenciam na cobertura florestal de cada região.

3.9.4 Rodovias

Para complementar a avaliação do impacto da ação antrópica sobre a distribuição dos fragmentos florestais, foram incluídas nas análises as principais rodovias que cortam a área de estudo. Em geral, as rodovias induzem a um maior uso da terra para fins agrícolas. Para isso, foi utilizado um arquivo vetorial das principais rodovias que cortam a região de estudo (IBGE, 2013) e realizado um

4 RESULTADOS

4.1 RELAÇÃO ENTRE POPULAÇÃO RURAL E COBERTURA FLORESTAL NO

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