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5.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS

Foram analisados 2 (dois) indivíduos sedentários. Para preservar a identidade dos participantes adotaremos as seguintes nomenclaturas:

 INDIVÍDUO T, o praticante de tênis de campo convencional do sexo feminino, fumante, com idade de 26 (vinte e seis) anos, peso corporal de 55 kg, estatura de 1,60cm, resultando em um IMC (Índice de massa corporal) de 21 Kg/m2, segundo a OMS é considerado peso ideal.

 INDIVÍDUO X, o praticante de tênis no console de videogame, mais precisamente no jogo Kinect Sports Tennis, sendo este do sexo feminino, fumante, com idade de 22 (vinte e dois) anos, peso corporal de 56kg, estatura de 1,68cm, resultando em um IMC de 20, que, segundo a OMS é considerado peso ideal.

5.2 RESULTADOS

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Gráfico 2 - Resultado da aferição de dobras cutâneas (pré e pós testes) INDIVÍDUO T

Os Gráficos 1 e 2 mostram a representação da evolução por dobra cutânea antes e após 8 semanas de treinamento. Foram aferidas 9 (nove) dobras cutâneas, sendo para BI: (bíceps) medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps; TR: (tríceps) na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda supero-lateral do acrômio e o olecrano; SE: (subescapular) obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escapula; TO: (torácica) obliqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da distancia da linha axilar anterior, para mulheres; AM: (axilar média) localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar media e uma linha imaginaria transversal na altura do apêndice xifoide do esterno. A medida e realizada obliquamente ao eixo longitudinal, segundo Petroski (1995), e transversalmente segundo Jackson & Pollock (1978), com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida; AB: (abdominal) aproximadamente a dois centímetros a direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal; exceto segundo a proposta de Lohman et al. (1988), que realiza a medida transversalmente; SI: (supra ilíaca) obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o ultimo arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar media. E necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida; QR:

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(quadríceps) E medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femoral, a um terço da distancia entre o ligamento inguinal e a borda superior da patela; GT: (gastrocnêmio) para a execução dessa medida, o avaliado deve estar sentado com a articulação do joelho em flexão de 90º, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio.

Após as aferições do pré e pós testes o Gráfico 3, apresenta os resultados finais da porcentagem de gordura corporal.

Gráfico 3 - Percentual de Gordura Corporal (Pré e Pós Testes)

Antes Depois INDIVÍDUO X 26,30 24,10 INDIVÍDUO T 26,00 24,60 23,00 23,50 24,00 24,50 25,00 25,50 26,00 26,50 %

Ambos os participantes diminuíram o percentual de gordura corporal (GP), porém o INDIVÍDUO T obteve maior diminuição em relação ao INDIVÍDUO X. Baseando-se na tabela de Keteyan (2000), ambos indivíduos se encontravam em “saúde ótima” e se mantiveram nesta faixa após os testes finais, porém o INDIVÍDUO T diminuiu 5% enquanto o INDIVÍDUO X 8% da sua GP, uma diferença de 60% entre ambos.

Estudos de Bailey & Martin (1988) e de Malina (1988), citados em Seabra (1998), demonstram que atletas possuem uma menor massa gorda e maior massa isenta de gordura quando comparados com os moderadamente ativos e os não atletas.

E Sobral (1984 apud Sousa 2003), refere que, a atividade física em qualquer idade e sexo, leva a decréscimos em adiposidade, e consequentemente em percentagem de massa gorda.

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Sobre precisão de um valor específico de percentual de gordura para determinado indivíduo, conforme McARDLE et al. (2001 apud Miqueleto) “em pesquisas de adultos jovens fisicamente ativos, parece estar próximo do ideal um percentual de gordura corporal de 15% para homens e 25% para mulheres”. (2006 p. 26)

Em comparação com o pré (26,00%; 26,30%) e o pós (24,60%; 24,10%) testes, ambos os indivíduos estão dentro do valor com referência aos autores citados anteriormente.

.

Gráfico 4 - Flexibilidade (Pré e Pós Testes)

Antes

Depois

INDIVÍDUO T

25

34

INDIVÍDUO X

35

40,5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

CENT

ÍM

ET

R

OS

Ao analisar-se o Gráfico 4, observa-se a evolução dos indivíduos, onde houve melhora na flexibilidade de ambos, o INDIVÍDUO T no primeiro teste encontrava-se na faixa “fraco” e após as oito semanas evoluiu para “médio”, já o INDIVÍDUO X, antes do treinamento encontrava-se “médio” e evoluiu para “bom”. O INDIVÍDUO T obteve uma melhora de 36% da sua flexibilidade, enquanto o INDIVÍDUO X obteve 16%, resultando em uma diferença de 125% entre os dois.

Segundo Pollock & Wilmore (1993), os exercícios de flexibilidade, são ideais para a manutenção da função musculoesquelética quando realizados regularmente. Guedes e Guedes (1995) acrescentam que os sujeitos podem conseguir altos índices de flexibilidade, se todos os tecidos conectivos e o tecido muscular apresentarem bom estado de elasticidade, consequentemente.

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Conforme Monteiro (1996) há estudos que demonstram que os ganhos de amplitude de movimentos (flexibilidade) dependem da tensão e duração da atividade física. E, pelo mesmo autor citado acima, pesquisadores recomendam a realização de exercícios que produzam estiramento acima de 10% do comprimento normal dos músculos e acima de 2% nos tecidos conectivos.

Cyrino et al., (2004 apud Gomes e Teixeira-Arroyo s/d p.5) acrescenta que “estudos têm observado melhoras ou manutenção na flexibilidade após períodos de treinamento resistido”. O que se afirmou com os testes realizados antes e depois das oito semanas de treinamento de ambos os sujeitos.

Gráfico 5 - Teste Força Abdominal (Pré e Pós Testes)

O Gráfico 5, apresenta a evolução da força abdominal dos sujeitos da amostra. O INDIVÍDUO T e o INDIVÍDUO X encontravam-se na faixa do Aceitável, após 8 (oito) semanas evoluíram para Excelente e Bom respectivamente. A melhora chegou a 37% do INDIVÍDUO T e 20% do INDIVÍDUO X, resultando em 80% na diferença dos dois.

Comparando com os estudos de Abreu e Nóbrega (2008) onde foram analisados variadas faixas etárias praticantes de esporte, onde a faixa dos 18 a 22 anos foi classificada, em sua maioria, com o nível fraco para força abdominal.

Segundo Pollock & Wilmore (1993) os exercícios de força, quando realizados regularmente, são adequados para a manutenção de uma função

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musculoesquelética, pois os efeitos de uma boa postura agem diretamente na eficiência do aparelho locomotor.

Gráfico 6 - Teste de Força de Membros Superiores (Pré e Pós Testes)

O Gráfico 6 expõe os resultados da força de membros superiores, onde ambos os indivíduos se encontravam no primeiro teste na faixa denominada como “fraca”, e os mesmo evoluíram para “regular”, entretanto o INDIVÍDUO T conseguiu um índice de 57% e o INDIVÍDUO X obteve 35%, resultando em uma diferença de 62%.

Com relação ao ganho de força, o estudo de Gallo et al. (2009 apud Gomes e Teixeira-Arroyo s/d) evidenciou aumento no ganho de força muscular após 16 semanas de treinamento de flexibilidade, o que pode indicar importância de se incluir no preparo fisco de atletas protocolos de treinamento que incluam rotinas de exercícios de força.

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Gráfico 7 – Teste Força de Membros Inferiores (Pré e Pós Testes)

O Gráfico 7 representa a evolução da força de membros inferiores, com base nos resultados ambos os indivíduos evoluíram após as 8 (oito) semanas de treino, porém o INDIVÍDUO T obteve maior progresso (2%) em relação ao INDIVÍDUO X (1%), mas os dois sujeitos permaneceram na faixa de “fraco”, em uma diferença de 100% entre eles.

Comparando com o estudo de Freitas, Benevides, Braga (2009) também não foram encontradas diferenças significativas nas variáveis de impulsão horizontal, nos momentos pré e pós treinamento, no entanto, que houve tendência ao aumento nessas variáveis.

A figura a seguir demonstra os resultados do autor citado acima:

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Gráfico 8 - Consumo de Oxigênio VO²max (Pré e Pós Testes)

O Gráfico 8 expõe uma evolução do Consumo de Oxigênio (VO²max), antes e após o treinamento. Antes de se submeter ao treinamento o INDIVÍDUO T apresentava um VO² max de 33,5 ml(kg.min)-1 considerado regular, e após o treinamento apresentou 41,1 ml(kg.min)-1 considerado bom, resultando em um aumento de 23%. Já o INDIVIDUO X também obteve uma evolução no seu consumo máximo de oxigênio, anterior ao treino estabelecia um VO² max de 29,3 ml(kg.min)-1 considerado fraco, e após as 8 (oito) semanas, seu consumo de oxigênio subiu para 35 ml(kg.min)-1 considerado regular, resultando em 19% de aumento. Entre os sujeitos houve uma diferença de 21%. Conforme Pollock (1973) o treinamento pode aumentar o VO²max de 4% a 93%.

Resultados encontrados por Magel et al. (1977 apud Denadai 1995) em um estudo onde os sujeitos tiveram seu VO²max aferidos e após um programa de treinamento físico e após o período de treinamento o VO²max aumentou em relação ao pré teste em 11%.

Os cientistas são praticamente unânimes em apontar o consumo máximo de oxigênio (VO2 Máx.), a força muscular e a flexibilidade como os componentes mais importantes para a promoção da saúde. Para que estes componentes realmente promovam a saúde, devem ser constantemente estimulados. Estudos de Worley, Rogers, Kraemes (2011, apud Belmiro, Preto, Vinicius s/d) focaram em outro jogo denominado Wii Fit, que determinou sua eficiência em relação ao VO²max e porcentagem em gasto energético com oito mulheres, e apontou que ele pode ser usado de maneira eficaz na promoção

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da saúde nesta população, por provocar um gasto energético equivalente a uma caminhada com velocidade aproximada de 5 km/h.

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