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6. Análise Externa

6.1 Análise do Meio Envolvente Contextual

Os comportamentos dos clientes e as ações das empresas são influenciados por tendências e evoluções globais a que chamamos o meio envolvente contextual. No meio envolvente de um mercado podemos identificar várias componentes:

 A envolvente demográfica e sociocultural;  A envolvente económica;

 A envolvente político-legal;  A envolvente tecnológica.

A Envolvente Demográfica e Sociocultural

A envolvente demográfica é uma variável extremamente importante para os gestores de marketing devido ao facto de serem as pessoas que constituem os mercados. Nesta envolvente há aspetos a ter em consideração, nomeadamente o crescimento populacional a nível mundial, a taxa de nascimentos, estilos de vida e o nível educacional, entre outros.

9 Fonte: www.ine.pt, consultado em 29 de Agosto de 2015.

Atualmente deparamo-nos com uma reduzida taxa de nascimentos, com estilos de vida mais diversificados e um nível educacional com algumas lacunas. Um dos principais desafios do País é a melhoria do sistema educativo, mais próximo da realidade empresarial e do mundo do trabalho, e uma mais eficaz e ativa formação de mão-de-obra.

A fraca cultura económica da população, aliada aos níveis de iliteracia, cria um ambiente pouco favorável.

Com a modificação dos valores sociais podem perspetivar-se novas oportunidades de negócio.

A aposta em várias causas sociais tais como o ambiente, entre outras, merecem aprovação dos consumidores e conduzem ao crescimento sustentável das empresas.

Estas deparam-se com consumidores cada vez mais exigentes e em constante procura de alternativas, seja a nível de embalagem ou da inovação do produto. A emancipação da mulher veio trazer alterações na sociedade, nomeadamente na relação homem/mulher.

A mulher deixou de ser apenas dona de casa, e ingressou no mundo do trabalho levando a que esta tenha atingido a sua independência financeira, conquistando deste modo um papel cada vez mais ativo tanto em termos políticos como sociais.

O setor automóvel tem assim uma oportunidade de negócio que se está a tornar cada vez mais relevante no mercado, que são as viaturas híbridas, mais amigas do ambiente, pois este é cada vez mais tido em conta dadas as alterações que se fazem sentir a cada dia que passa. A emancipação da mulher também se reflete positivamente no setor, uma vez que

O facto de a taxa de nascimentos ser cada vez menor reflete-se negativamente no setor, pois as famílias não têm a necessidade de adquirir um carro familiar, optando assim por outras alternativas, ou até ficar com o seu carro antigo.

A Envolvente Económica

No contexto económico o poder de compra dos consumidores é classificado em função de determinados aspetos, dos quais se destacam o rendimento, os preços, a poupança e o crédito. Na análise desta envolvente há que ter em consideração aspetos específicos, como: a taxa de crescimento da economia, inflação, dívida pública e as mudanças na estrutura do consumo a nível económico. A posição portuguesa em matéria de desempenho económico tem vindo a degradar-se nos últimos anos. As vendas de veículos ligeiros de passageiros estão em linha com as previsões pessimistas dos profissionais do setor automóvel.

Nos últimos anos, o emprego tem sido afetado pela redução da atividade económica.

Prevêem-se pequenos ganhos de emprego, nos próximos anos, em linha com a esperada retoma cíclica da atividade, mas ainda não suficientes para reduzir a taxa de desemprego.

Nestas condições, o crescimento dos salários deverá abrandar, pondo um travão nos preços e no custo da unidade de trabalho.

A economia nacional está claramente a ter influência negativa no setor, uma vez que não havendo empregos, não há poder de compra, logo as pessoas não têm possibilidades monetárias de comprar ou trocar de carro. O ponto favorável é que se começam a sentir mudanças, tais como o nível de desemprego a diminuir, embora lentamente, e os acessos ao crédito estão a ficar também mais facilitados, o que levará a uma clara animação do setor.

A Envolvente Tecnológica

A tecnologia está hoje em dia cada vez mais associada ao ramo empresarial. O aproveitamento de novas técnicas, máquinas, e novos processos de fabrico levará a uma melhor qualidade do produto e a uma maior e mais rápida comercialização, melhorando o seu potencial, adotando e criando novas ideias. A criação de ambientes inovadores ajuda a desenvolver condições e fatores de competitividade. As empresas que conseguirem explorar bem esta envolvente poderão melhorar o seu potencial através da inovação e da competitividade. Devem para tal, estar atentas a novas evoluções. De facto, a disponibilidade de sistemas de telecomunicações e de ligações à Internet eficientes e de baixo custo são algumas das prioridades tecnológicas que as sociedades apresentam.

Consequentemente, a prioridade de um país que se encontre em concorrência global deverá passar pelo desenvolvimento de novas infraestruturas tecnológicas, bem como pela proximidade da fronteira tecnológica. As infraestruturas tecnológicas estão a transformar-se num recurso – chave para a competitividade. Um dos projetos em desenvolvimento no setor automóveis é a criação de veículos protetores do ambiente, que não necessitam de condutor, e funcionam com avançados sistemas de navegação. Para além destes existem já veículos híbridos que para além de serem muito económicos, têm emissões de CO2 também bastante reduzidas, sendo automóveis “amigos” do ambiente. Existem já várias marcas no mercado a dar um especial enfoque à venda destas viaturas, o que se está a refletir positivamente no setor.

Um dos pontos negativos da evolução tecnológica é o preço, pois quanto mais evoluído tecnologicamente for o veículo, mais cara será a sua aquisição e mais tarde nas suas manutenções.

A Envolvente Político-Legal

Um dos principais fatores do contexto político-legal é a estabilidade política, condição essencial ao investimento pelos agentes empresariais.

No setor automóvel, a fiscalidade continua a ser considerada o grande bloqueio às vendas, no qual não se esperam alterações significativas, apesar do anúncio de um certo abrandar na carga fiscal, por via de menores taxas de emissão de gases poluentes. O grande problema continua a ser o Imposto Automóvel para o qual o Governo não dá sinais de querer alterar a atual legislação e a taxa de IVA ser também tão elevada.

6.1.1 Envolvente Concorrencial10

As empresas precisam de ter uma noção clara do potencial dos seus concorrentes, para identificar as ameaças e estar sempre um passo à frente. A Caetano Auto CBEP identifica os seus principais concorrentes como sendo: Litocar, A.Matoscar, Auto Alcambar, e Automóveis do Mondego.

Relativamente à Toyota, marca comercializada pela Caetano Auto CBEP, esta tem cada vez mais um lugar de destaque no mercado, pois é uma marca que transmite ao consumidor uma imagem de segurança, conforto, inovação, e sempre reconhecida na mente dos consumidores pela durabilidade e qualidade das suas viaturas.

A Toyota é uma marca com um número de concorrentes bastante elevado, sendo os principais a Peugeot, Ford, Citroen, Opel, Renault e Volkswagen. Para fazer face à concorrência é uma marca que aposta bastante na comunicação dos seus produtos e serviços, quer em termos de media quer em campanhas sazonais, responsabilidade social, patrocínio de eventos para os vários tipos de público, entre outros. A nível de critérios financeiros, é uma marca com uma capacidade financeira elevada, daí o elevado investimento em comunicação, possui uma boa relação qualidade/preço dos seus produtos, e um serviço de após-venda reconhecidamente superior às restantes marcas no mercado.

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