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Análise do trabalho desenvolvido na turma de Secundário

8. Planificação e análise do trabalho desenvolvido

8.1. Planificação das aulas no 3º Ciclo e Secundário

8.2.2. Análise do trabalho desenvolvido na turma de Secundário

O trabalho desenvolvido não foi idêntico nos três períodos lecionados. No primeiro período lecionou-se Geometria no Espaço e recorreu-se às tecnologias nomeadamente ao software Geogebra, que incidiu na construção de materiais. A noção de geometria em IR3 é para muitos alunos difícil pela falta de visualização espacial, daí que o recurso a este software permitiu facilitar a apreensão dos conteúdos matemáticos através da visualização no espaço.

As Calculadoras Gráficas permitiram o estudo de famílias de funções, que realizando este trabalho a nível manual seria demorado e cansativo, perdendo assim a atenção dos alunos face à tarefa que se encontravam a desenvolver. A Calculadora Gráfica permitiu que os alunos investigassem sobre o que estavam a estudar aumentando o sentido de descoberta, e consequentemente a sua autoconfiança.

Durante todas as aulas lecionadas com recurso aos métodos expositivo e exploratório, procurou-se obter feedback do que estava a ser lecionado permitindo assim ter a percepção do processo ensino-aprendizagem. O processo ensino- aprendizagem construiu-se em conjunto com os alunos, tendo estes uma participação ativa na aquisição dos seus conhecimentos.

Na turma de Ensino Secundário foram realizadas tarefas para a ficha de avaliação de dezembro e para a ficha de avaliação de fevereiro. As tarefas selecionadas para a ficha de avaliação de dezembro incidiam no tema Geometria no Espaço (Anexo 4), enquanto que as tarefas selecionadas para a ficha de avaliação de fevereiro incidiam em funções quadráticas (Anexo 5).

As tarefas escolhidas tinham diferentes tipos de abordagem e diferentes níveis de dificuldade. Ambas as tarefas foram corrigidas segundo as propostas de resolução e correção que se encontram em anexo (Anexo 6, Anexo 7, Anexo 8 e Anexo 9).

Depois de aplicada a ficha de avaliação de dezembro e após a correção foi possível obter o gráfico 11 com o número de alunos que responderam às diferentes questões da ficha de avaliação.

Gráfico11: Número de alunos que responderam às questões da ficha de avaliação de dezembro.

Analisando o desempenho da turma nas sete questões colocadas, verificou-se que em apenas três questões a turma apresenta um desempenho mais fraco, ou seja, nestas questões cerca de mais ou menos 50% não responde ou erra a sua resolução. As questões em causa dizem respeito às coordenadas de um ponto do sólido; a definição de um plano paralelo ao plano coordenado e escrever a equação da superfície esférica. Realizando uma análise ao trabalho efetuado na lecionação do conteúdo Geometria no Espaço, verificou-se que os materiais construídos com as tecnologias permitiram aos alunos ter uma percepção visual do que é um referencial no espaço e como e onde se situam os pontos (Anexo 30, 32 e 34).

A segunda fase de lecionação coincidiu com o segundo período e de acordo com indicações do professor cooperante lecionou-se dentro do tema Funções e Gráficos, Funções Quadráticas. Foi o maior período de aulas onde se pode tirar maiores conclusões acerca do trabalho desenvolvido. Nestas aulas utilizou-se a Calculadora Gráfica e verificou-se que, comparativamente com o trabalho desenvolvido no

primeiro momento de lecionação, os alunos demonstraram maior iniciativa na aprendizagem.

A turma de 10º ano é uma turma grande e com pouca dinâmica de sala de aula, apresentando fraca autonomia. Nas aulas com recurso à Calculadora Gráfica estes alunos demonstraram maior participação, tomando iniciativa em relação à sua aprendizagem. Realizaram as tarefas solicitadas, participaram e foram críticos nos resultados obtidos, corrigindo os colegas e contribuindo para uma boa aprendizagem.

Tal como aconteceu no primeiro momento de lecionação, selecionou-se uma tarefa para ser incluída na ficha de avaliação (Anexo 5). A tarefa incidia no estudo de uma função quadrática em contexto real. Os alunos teriam de aplicar os conhecimentos adquiridos de forma analítica e com recurso à Calculadora Gráfica. Depois de aplicada a ficha de avaliação foi corrigida segundo a proposta de resolução e critérios de correção, estabelecidos em conjunto com o professor cooperante (Anexo 8 e 9).

Após a correção e fazendo uma análise dos resultados obtidos verificou-se que na turma de 30 alunos, sendo que 29 realizaram a ficha de avaliação, quase todos os alunos obtiveram classificação nas questões, uma vez que a atribuição de cotação seguia determinados critérios.

 

Gráfico12: Número de alunos que responderam às questões da ficha de avaliação de fevereiro.

Fazendo uma análise mais meticulosa verificou-se que, na questão 4.1, 59% dos alunos que responderam à questão preencheram todos os requisitos para obter a

cotação máxima. Na questão 4.2, apenas 10% dos alunos que responderam à questão não obtiveram a cotação máxima. Já nas duas últimas questões verificou-se que os alunos demonstraram mais dificuldades em corresponder a todos os critérios de avaliação. Nestas duas últimas questões apenas 30% dos alunos obtiveram a cotação máxima. Desta forma, para além da avaliação obtida durante o decorrer das aulas, pela participação e pelo feedback dado pelos alunos, pode-se concluir que a utilização da Calculadora Gráfica na lecionação e na resolução das fichas de avaliação beneficiou a aprendizagem dos alunos, como se pode constatar pelos resultados obtidos.

No final de cada período os alunos foram sujeitos a uma avaliação sumativa que é a junção de todas as avaliações que são realizadas ao longo do período e posteriormente ao longo de todo o ano. Esta avaliação foi retratada através de uma classificação que varia entre 1 e 20 valores.

 

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