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ANÁLISE DOS FRAMEWORKS DE MELHORES PRÁTICAS DE TI

4. RESULTADOS

4.3 APLICAÇÕES DOS METAMODELOS DA METODOLOGIA METAFRAME

4.3.1 ANÁLISE DOS FRAMEWORKS DE MELHORES PRÁTICAS DE TI

A utilização de metamodelos ontológicos permite a representação clara da estrutura lógica e semântica dos frameworks de melhores práticas de TI, ou seja, dos conceitos e estruturas geradoras do framework. Deste modo, questionamentos sobre estes conceitos e estruturas podem ser feitos com o intuito de avaliar, simplificar, adaptar e melhorar o framework. O quadro 26 apresenta propostas de análise dos frameworks de melhores práticas de TI através dos metamodelos.

Quadro 26: Análise dos frameworks a partir do metamodelo.

Metamodelo Análise

Estrutura

AN1. Análise da estrutura lógica e semântica do

metamodelo.

O objetivo desta análise é avaliar a coerência e o grau de completude da estrutura lógica e semântica do metamodelo em relação ao escopo e aos objetivos do

framework de melhores práticas de TI. Podem ser

analisados, através da estrutura do metamodelo, as lacunas, os pontos fortes e os pontos fracos que podem ser melhorados na estrutura do framework. Os seguintes questionamentos podem ser feitos:

1. A estrutura lógica e semântica apresentada pelo metamodelo está coerente com o escopo e os objetivos do framework de melhores práticas de TI?

2. Quais os pontos fortes, fracos e lacunas na estrutura lógica e semântica do framework que são expostas pelo metamodelo?

Metamodelo Análise

Tipo Entidade

AN2. Análise do tipo entidade central do metamodelo.

O objetivo desta análise é estudar e avaliar o tipo entidade central do metamodelo. Este tipo entidade representa o conhecimento principal do framework de melhores práticas de TI, ou seja, o próprio conjunto das melhores práticas ou processos de TI. O tipo entidade central também merece especial exame devido a sua importância para a implantação do framework, pois existe a complexidade procedente da dependência com um maior número de relacionamentos com outros tipos entidade do metamodelo.

1. Qual o tipo entidade central do metamodelo? Como é definido e quais são os seus atributos?

2. Através da análise do metamodelo quais são os tipos relacionamento e tipos entidade associados ao tipo entidade central?

AN3. Análise dos tipos entidade do metamodelo.

O objetivo desta análise é estudar e avaliar cada um dos tipos entidade do metamodelo, inclusive os que fazem parte dos tipos construtor. São analisadas as definições e os atributos dos tipos entidade para que seja adquirido um conhecimento profundo dos conceitos do framework de melhores práticas de TI. Através deste conhecimento detalhado é feita uma avaliação de cada tipo entidade. 1. Como são definidos cada tipo entidade e seus atributos do metamodelo do framework?

2. As definições e características de cada tipo entidade estão claras? Estão coerentes com o escopo e objetivos do framework? Quais ajustes poderiam ser feitos para tornar os tipos relacionamento mais claros e completos? 3. Quais modificações nos tipos entidades e atributos do metamodelo podem ser sugeridos para melhorar o

framework de melhores práticas de TI? Quais aspectos

poderiam ser melhor abordados e quais não foram considerados?

Metamodelo Análise

Tipo Relacionamento

AN4. Análise dos tipos relacionamento do metamodelo.

O objetivo desta análise é estudar e avaliar cada um dos tipos relacionamento do metamodelo. São analisadas as definições e os atributos dos tipos relacionamento para que seja adquirido um conhecimento profundo dos conceitos do framework de melhores práticas de TI. Através deste conhecimento detalhado é feita uma avaliação de cada tipo relacionamento e de seus pontos fortes e fracos. Isto propicia a sugestão de modificações na estrutura lógica e semântica do metamodelo que possam gerar melhorias para o framework.

1. Como são nomeados e definidos cada tipo relacionamento e seus atributos do metamodelo do

framework?

2. Os nomes, definições e características de cada tipo relacionamento estão claras? Estão coerentes com o escopo e objetivos do framework? Quais ajustes poderiam ser feitos para tornar os tipos relacionamento mais claros e completos?

3. Quais modificações nos tipos relacionamento e atributos do metamodelo podem ser sugeridos para melhorar o framework de melhores práticas de TI? Quais aspectos poderiam ser melhor abordados e quais não foram considerados?

Será exemplificada, no quadro 27, uma análise do metamodelo do framework eSCM de acordo com as propostas de análise apresentadas no quadro 26.

Quadro 27: Exemplos de análise do metamodelo do eSCM.

Tipo Análise

AN1 - Estrutura

AN1. Análise da estrutura lógica e semântica do

metamodelo.

O objetivo do eSCM é fornecer e auxiliar na implantação das melhores práticas para a gestão de terceirização de TI, tanto do ponto de vista do provedor, quanto do cliente dos serviços. Fazendo-se a análise da estrutura geral dos componentes do metamodelo são observados seguintes pontos:

Tipo Análise

AN1 - Estrutura

levantadas em pesquisas realizadas com provedores, clientes e profissionais de gestão de TI - foram criadas

áreas de capacidade e um ciclo de vida para agrupar

as melhores práticas. Deste modo o framework eSCM organiza de forma metódica as suas melhores práticas. 2. O modelo eSCM avalia a implantação das práticas a partir de níveis de capacidade, definidos por métodos

de determinação de capacidade da organização.

3. Observa-se a dependência das práticas do eSCM com uma estrutura básica de componentes para auxiliar na sua implantação. As práticas do eSCM são divididas em atividades (requeridas e recomendadas) que utilizam recursos que desenvolvem os produtos de

trabalho e atribuem papéis para as partes interessadas.

A estrutura do metamodelo, construída com o uso da metodologia MetaFrame, mostra com clareza que os componentes representados e seus relacionamentos estão coerentes com o escopo e contribuem para o alcance dos objetivos do eSCM. Percebe-se, entretanto, através do metamodelo, que o framework não foca no controle da realização eficiente das práticas, pela falta de métricas para avaliar o seu desempenho e sua qualidade. Apenas durante o processo de certificação é feita uma avaliação.

AN2 – Análise do Tipo Entidade Central

AN2. Análise do tipo entidade central do metamodelo.

Através da análise do tipo entidade central é observado o seguinte ponto para exemplo:

1. O tipo entidade central do eSCM é a Prática, com 84 elementos no eSCM-SP e 95 elementos no eSCM-CL. Relaciona-se com nove outros tipos entidade: Atividade,

Produto de Trabalho, Recurso, Parte Interessada, Meta, Atividade Requerida, Área de Capacidade, Ciclo de Vida e Nível de Maturidade.

AN3 - Análise dos Tipos Entidade

AN3. Análise dos tipos entidade do metamodelo.

Através da análise dos tipos entidade do metamodelo é observado o seguinte ponto para exemplo:

1. Observa-se, através do metamodelo e do seu dicionário de dados, que alguns tipos entidade são definidos de forma genérica, com poucos atributos. Isto

Tipo Análise

AN3 - Análise dos Tipos Entidade

acontece em razão da atual versão do framework eSCM não fornecer uma sugestão de elementos para determinados tipos entidade, como por exemplo, os tipos entidades Produto de Trabalho, Recurso, Parte

Interessada e Papel.

AN4 - Análise dos Tipos

Relacionamento

AN4. Análise dos tipos relacionamento do metamodelo.

Fazendo-se a análise dos tipos relacionamento são observados seguintes pontos para exemplo:

1. Através da aplicação da metodologia MetaFrame o metamodelo do eSCM apresenta alguns exemplos de tipos relacionamento expressivos para uma compreensão mais detalhada do framework. Por exemplo, o metamodelo apresenta um rico auto- relacionamento, descrito com clareza nos guias oficiais do eSCM, no tipo entidade Prática que pode ser de “dependência ou progressão de”. Através deste auto- relacionamento existem práticas que dependem da implementação prévia de outras, e que existem práticas que são uma evolução de uma prática anterior.

2. O guia oficial do eSCM deixa bastante claro o relacionamento entre os tipos entidade Atividade

Requerida e Prática nos casos específicos das

chamadas práticas de suporte (subconjunto de práticas com finalidades especiais), por isto a criação do tipo relacionamento “suporta/institucionaliza”. A representação deste tipo relacionamento não é redundante. É seguida a metodologia MetaFrame, que contribui para expressar um detalhe significativo do

framework, presente nos guias oficiais.

3. Verifica-se, a partir do metamodelo da metodologia MetaFrame, que o framework eSCM não relaciona os tipos entidade Recurso e Papel, ou seja, não diz para qual recurso cabe determinado papel. Na atual versão do framework, um Papel, que “é atribuído por” uma

Atividade Principal, refere-se apenas a uma lista de

funções de supervisão. Percebendo este detalhe através do metamodelo, uma organização tem uma orientação para customizar o framework, adicionando este relacionamento e também ampliando o escopo do tipo entidade Papel para outros tipos de funções, com a finalidade de ter maior controle sobre a execução de uma Prática.