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DOS RESULTADOS

3.2. ANÁLISE DOS PADRÕES INCOMPLETOS

Relativamente à análise dos padrões incompletos, as conclusões que obtivemos serviram para podermos analisar algumas situações que se repetem ao longo dos jogos observados, por exemplo, conseguimos verificar que o goleiro Thierry Omeyer, foi fundamental conseguindo 89 defesas que possibilitaram a realização de outros tantos contra- ataques ou ataques rápidos. Sendo o responsável máximo por 43% do início das ações ofensivas analisadas neste estudo.

 

4. CONCLUSÕES

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CONCLUSÕES

METODOLOGIA OBSERVACIONAL NO HANDEBOL

4. CONCLUSÕES

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Foram encontrados 157 padrões de ações de contra-ataque e ataque rápido com 596 eventos, destes, encontramos 7 padrões completos. Como os padrões 24 e 28, 9 ocorrências, acima exemplificados. Diferente dos estudos anteriores foram considerados como padrão completo apenas aqueles eventos que ocorreram por no mínimo quatro vezes.

Referência à análise da possibilidade em detectar padrões de comportamento referentes ao contra-ataque e ataque rápido e ao instrumento utilizado

Não foi possível obter padrões completos do ataque rápido, tal como Freitas (2007) e Ribeiro (2008) referiram em seus estudos, apenas conseguimos encontrar padrões completos de contra-ataque direto e apoiado, ou seja, nem com as alterações que foram efetuadas ao estudo anterior foi possível obter um padrão de ataque rápido.

Referência ao sucesso das ações de contra-ataque e ataque rápido

Relativo aos eventos com finalizações observou-se 206 ocorrências, sendo 172 resultantes em gol, ou seja, 83,5% de aproveitamento contra 85% da Alemanha e 66% da Dinamarca. Sendo apenas 1,9% não convertidos devido à falha técnica contra 5% da Alemanha e Dinamarca, e 14,6% por ações defensivas, constituindo algumas destas ações defensivas culminando em tiro de 7 metros e, em alguns casos, findando em gols. Estes casos não foram considerados como sucesso das ações de contra-ataque e ataque rápido. E nenhuma ocorrência (0%) de remate falhado, contra 11% da Alemanha e 23% da Dinamarca.

Referência às formas de recuperação da posse de bola

Em termos defensivos, as três equipes em questão estão bastante equiparadas, uma vez que as formas de recuperação da posse de bola mais frequentes também foram registradas com os códigos RAD e RFT, porém considerando padrões completos e incompletos em que se pôde identificar a forma de recuperação da posse de bola neste estudo, 235 eventos, 110 foram recuperadas pelo goleiro, seja pela realização de uma defesa ou por reposição após gol sofrido, e resultaram em ações de contra-ataque e ataque rápido. Destas, o goleiro realizou 92

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defesas, responsável direito por 39,1% das recuperações de posse de bola que resultaram nas ações ofensivas analisadas neste estudo. Bem superior aos estudos anteriores. O que sugere também que o sistema defensivo adotado pela equipe francesa (5:1) coloca os adversários em piores situações para finalização facilitando as ações do goleiro. Eficácia essa que permite uma saída mais rápida e maior frequência das ações de contra-ataque e ataque rápido. Talvez, num estudo mais específico sobre as ações do sistema defensivo da França, seja mais conveniente utilizar o Campograma idealizado por Prudente (2000) do que o adaptado por Freitas (2007), justamente para avaliar a ação e eficácia deste jogador avançado.

Referência à localização espacial da recuperação da posse de bola

A localização no terreno de jogo mais repetida para a recuperação da posse de bola foi, tal como se havia verificado nos estudos anteriores, a zona central compreendida entre as linhas de 6 e de 9 metros (Z4). 40% das recuperações foram efetuadas nessa zona.

As zonas 1 e 5 foram, em termos de frequência, as segundas zonas mais observadas. Sendo que a zona 1 foi a segunda mais verificada (37%) e a zona 5 com 16%.

Referência às formas de desenvolvimento do processo ofensivo

Mais uma semelhança encontrada no estudo desta Seleção relativamente ao estudo de Freitas (2007) e Ribeiro (2008). No meio campo defensivo a progressão foi quase sempre efetuada através de passe, raramente o drible foi efetuado, o que garante uma maior segurança no desenvolvimento do contra-ataque e do ataque rápido. Apenas se verificou uma maior utilização do drible na fase final dos ataques e quase sempre quando o jogador se encontrava sem oposição.

Referência às formas que antecedem a finalização

A análise dos dados relativamente a este item permite concluir que o passe foi a ação técnico-táctica mais frequente. Os códigos DAP02 (Desenvolvimento do Ataque através de 0 a 2 Passes) e DAP35 (Desenvolvimento do Ataque através de 3 a 5 Passes) utilizados nos estudos de Freitas e Ribeiro foram substituidos apenas por DAP, pois a quantidade de passes pode ser vista pela frequência deste código num mesmo evento, fazendo com que facilite a

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detecção de padrões. Quando o desenvolvimento do processo ofensivo teve lugar nas zonas 11 e 13, verificou-se a utilização do drible para a progressão no terreno.

Referência às formas de finalização do processo ofensivo

As formas mais encontradas de finalização com sucesso foram, por ordem decrescente, as registradas com os códigos 1XG (89%) e INF (11%).

No que diz respeito à finalização com gol encontrada no código 1XG, verificou-se uma eficácia de 100%. Apresentando grandes diferenças entre as Seleções, que apresentaram eficácia de 42% de ocorrências contra 36% de ocorrências finalizadas com remate falhado.

Em Inferioridade numérica a Dinamarca conseguiu marcar 36%, contra 11% da Alemanha e 11% da França, do total de golos. Porém, os franceses superaram a impressionante marca de 85% de eficácia dos nórdicos nos remates efetuados em inferioridade para 100%.

Com o código IG todas as ocorrências não foram convertidas em gol e não houve ocorrências em superioridade (SUP).

A tabela abaixo (tabela 4) clarifica a comparação entre os resultados obtidos nesta pesquisa em relação às pesquisas anteriores realizadas com as seleções da Alemanha e Dinamarca, por Freitas e Ribeiro respectivamente:

4. CONCLUSÕES

Tabela 4 – Comparativo entre os estudos anteriores

Comparativo entre os estudos:

Freitas (2007) Ribeiro (2008) Azeredo (2014) Alemanha Dinamarca França

Padrões 46 34 157

Padrões incompletos 38 25 150

Padrões completos 8 9 7

Sucesso nas ações de CA e AR 85% 66% 83,5%

Formas de finalização com sucesso

1XG 39% 45% 89% INF 11% 28% 11% IG 21% 18% 0% SUP ** 9% ** Eficácia na finalização 1XG * 42% 100% INF * 85% 100% IG * 18% 0% SUP * 0% **

*quesito não identificado no estudo.

**não foi identificado nenhum padrão com este código.

Relativamente ao fato de ainda não termos conseguido identificar padrões completos de ataque rápido, tal fato pode ocorrer por duas suposições:

• O instrumento ainda contém elevados fatores de avaliação, o que causa uma maior dispersão de dados; ou.

• O fato de o Handebol ser um jogo coletivo não permite encontrar padrões neste tipo de situações, uma vez que dificilmente se encontra no mesmo jogo situações iguais. Importante salientar ainda que dos jogos analisados neste estudo (n=9) a seleção francesa de handebol converteu um total de 267 gols, uma média de 30 gols por jogo. Destes, um total de 172 (média de gols por jogo = 19), ou seja, 64% dos gols foram concretizados através de ações de contra-ataque e ataque rápido contra 36% de gols efetuados em ataque posicional, superando em muito a média de 25% estimada por Silva (2008) em gols através desta ação rápida defesa-ataque. Sugerindo assim, que a frequência e a eficácia nesta ação ofensiva foi fator fundamental no êxito desta equipe perante aos títulos conquistados, exaltando esta fase do processo ofensivo como de extrema importância na planificação dos treinamentos para as equipes emergentes e de grande destaque para futuras pesquisas.

 

5. BIBLIOGRAFIA

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BIBLIOGRAFIA

METODOLOGIA OBSERVACIONAL NO HANDEBOL

5. BIBLIOGRAFIA

5. BIBLIOGRAFIA

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6. ANEXOS

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ANEXOS

METODOLOGIA OBSERVACIONAL NO HANDEBOL

6. ANEXOS

6. ANEXOS

Análise dos Padrões Completos:

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