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3 HISTÓRICO

6. VARIÁVEIS AMBIENTAIS

7.3. Análise dos perfis amostrados

7.3.1 Perfil # 1

Formado pelas amostras BI (025, 024, 023, 022, 021, 020, 019, 018, 017) que apresentam uma variação em relação a batimetria. As amostras mais ao leste do perfil BI (019, 018, 017) apresentam uma variação maior em relação a batimetria (-3 < x < –18), enquanto as outras amostras BI (025, 024, 023, 022, 021, 020) a batimetria varia de 0 a 3m de profundidade (Fig. 05).

Neste perfil, de um modo geral, a fração areia foi predominante, sendo que, nas amostras BI 017 houve um aumento do percentual de cascalho e um decréscimo no número de foraminíferos. Quando ocorre a redução do teor cascalho e uma pequena elevação do teor de lama ocorre um aumento no número de foraminíferos, fato que pode ser observado nas amostras BI 021, 022, 024 e 025, sendo que os teores granulométricos diferem, em percentual nas diversas amostras (fig.08). As tecamebas presentes nas amostras BI 021, 022, 024 e 025 pode estar relacionada com o aumento da granulometria, fato que sugere um aumento na hidrodinâmica, e influência da discarga fluvial. Este perfil apresenta um total de 862 espécimes de foraminíferos e 15 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI025 BI023 BI021 BI019 BI017 AM OSTRAS PERFIL # 1

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%) FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 08. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 1.

7.3.2 Perfil # 2

Formado pelas amostras BI (009, 010, 011, 012, 013, 014, 015, 016), apresenta uma variação em relação à batimetria. Sendo que as amostras BI (014, 015, 016) na extremidade leste apresentam uma variação maior em relação à batimetria, enquanto as outras amostras localizadas mais na porção centro-oeste e oeste do perfil a batimetria varia de 0 a 3m (Fig. 05).

O número de foraminíferos sofre variação numérica provavelmente conforme a mudança de percentual das frações granulométricas. Quando ocorre aumento do teor cascalho e mesmo apresentando uma elevação do teor lama há uma redução no número dos foraminíferos, isso pode ser observado nas amostras BI 012 e 011 (fig.09). Outros fatores podem estar associados a redução do número destes organimsos, pois na amostra BI 013 há uma redução muito mais destacada. Este perfil foi considferado pouco favorável para o desenvolvimento das tecamebas, fato que pode estar ligado a outros fatores abióticos, que não os sedimentológicos. Este perfil apresenta um total de 174 espécimes de foraminíferos e 2 tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI009 BI010 BI011 BI012 BI013 BI014 BI015 BI016 AMOSTRAS

PERFIL # 2

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%)

FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 09. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos e tecamebas nas amostras do perfil # 2.

7.3.3. Perfil # 3

Formado pelas amostras BI (008, 007, 006, 005, 004, 003, 002, 001), apresenta uma variação em relação à batimetria. Sendo que as amostras BI (003, 002, 001) na extremidade leste apresentam uma variação maior em relação a batimetria, enquanto as outras amostras localizadas mais na porção centro-oeste e oeste do perfil a batimetria varia de 0 a 3m (Fig. 05).

A baixa representatividade dos foraminíferos e tecamebas, neste perfil, pode está relacionada com a variação de outros parâmetros abióticos. Neste perfil ocorre um predomínio do teor areia, e, o teor lama é pouco significativo, com exceção das amostras BI 001 e 003 onde ocorre um aumento desta fração. Contudo, nem nestas amostras, ocorre a elevação no número de foraminíferos (fig. 10).

A presença da fração cascalho mais significativa indica uma maior energia no ambiente. Contudo não há elevação na representatividade no número de tecamebas. Indicando desta forma que outros fatores estejam atuando na área para impedir o desenvolvimento destes organismos. Este perfil apresenta um total de 29 espécimes de foraminíferos e nenhuma tecameba.

0% 20% 40% 60% 80% 100% (%) BI008 BI006 BI004 BI002 AM OSTRAS PERFIL # 3

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%) FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 10. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 3.

7.3.4 Perfil # 4

Formado pelas amostras BI (108, 107, 106, 105, 104, 103, 102, 101), apresenta uma variação em relação a batimetria de 3 a 6m. Sendo que amostras BI (103, 102, 101) na extremidade leste apresentam uma variação maior em relação a batimetria (-3 < x < -18), enquanto as outras amostras localizadas mais ao oeste a batimetria apresentam variação menor (0 < x < -3) (Fig. 05).

Neste perfil ocorre um predomínio de areia. A variação do número de foraminíferos pode está relacionada com o aumento da fração cascalho. Quando aumenta essa fração reduz a quantidade de foraminíferos (amostras BI 101, 102, 107 e 108). No entanto, quanto há a diminuição desta fração ocorre o aumento do número de foraminíferos (amostras BI 103, 104 e 106), vale ainda ressaltar que nestas amostras ocorre um discreto aumento da fração lama (Fig. 11).

O aumento da fração cascalho sugere uma hidrodinâmica maior no ambiente (microambiente lótico), esse fato pode esta correlacionado com a maior representatividade das tecamebas, como também pode sugerir, para o momento da coleta, inflência fluvial constante. Este perfil apresenta um total de 244 espécimes de foraminíferos e 211 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI108 BI107 BI106 BI105 BI104 BI103 BI102 BI101 AMOSTRAS

PERFIL # 4

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%) FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig11. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 4.

7.3.5. Perfil # 5

Formado pelas amostras BI (109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116), apresenta uma variação em relação a batimetria de 0 a 18m, as maiores profundidades são encontradas nas amostras BI (114, 115, 116) no extremo leste que apresentam uma variação de 3 a 18m (Fig. 05).

Neste perfil ocorre um predomínio do percentual de areia. Embora exista um aumento do teor lama em algumas amostras o número de foraminíferos é menor (ambiente inospto para o seu desenvolvimento), isso corrobora com o fato que existam, na área em questão, fatores abióticos diversos que atuem na biota. Contudo o aumento na fração cascalho sugere um ambiente com hidrodinâmica maior (microambiente lótico), com influência fluvial constante devido a significante representatividade das tecamebas nas amostras que formam o perfil (Fig.12). Este perfil apresenta um total de 14 espécimes de foraminíferos e 105 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI109 BI111 BI113 BI115 AMOSTRA S PERFIL # 5

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%) FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 12. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 5.

7.3.6. Perfil # 6

Formado pelas amostras BI (124, 123, 122, 121, 120, 119, 118, 117), apresenta uma variação em relação a batimetria de 0 a 18m, as maiores profundidades são encontradas nas amostras BI (119, 118, 117) no extremo leste que apresentam uma variação de 3 a 18m (Fig 05).

Neste perfil ocorre um predomínio do percentual de areia. A fração lama é mais significante nas amostras BI 117 e 118. No entanto, nestas amostras não ocorre a maior representatividade no número de foraminíferos. O maior número de foraminífero ocorre na amostra BI 122 onde não existe representatividade dos sedimentos finos. A elevação da fração cascalho pode sugerir um ambiente de hidrodinâmica maior (microambientes lóticos com influência fluvial constante), permitindo assim o bom desenvolvimento das tecamebas e sendo um ambiente pouco propicio para o desenvolvimento dos foraminíferos (Fig.13). Neste perfil ocorre o maior número de testas dissolvidas e quebradas de foraminíferos, corroborando com um ambiente de maior hidrodinâmica e variação de pH (característica favorável para o desenvolvimento das tecamebas) (Fig. 28). Este perfil apresenta um total de 969 espécimes de foraminíferos (50% de quebrados e 25% de dissolvidos) e 147 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI124 BI123 BI122 BI121 BI120 BI119 BI118 BI117 AMOSTRAS PERFIL # 6

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%)

FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 13. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 6.

7.3.7. Perfil # 7

Formado pelas amostras BI (125, 126, 127, 128, 129, 130), apresenta uma variação em relação a batimetria de 0 a 18m, as maiores profundidades são encontradas nas amostras BI (129, 130) no extremo leste que apresentam uma variação de 3 a 18m (Fig. 05).

Neste perfil ocorre um predomínio do percentual de areia. Contudo na amostra BI 125, 126 e 128 há um discreto aumento no percentual de lama e uma boa representatividade no número de foraminíferos. A representatividade da fração cascalho nas amostras BI 127, 128, 129 e 130 sugere uma ambiente com maior hidrodinâmica maior e a presença de tecameba indica aporte de água fluvial constante (Fig.14). Neste perfil ocorre o maior número de testas de foraminíferos dissolvidas e quebradas, sugerindo variação de pH e maior hidrodinâmica (Fig. 28). Este perfil apresenta um total de 255 especimens de foraminíferos e 154 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI125 BI126 BI127 BI128 BI129 BI130 AMOSTRAS

PERFIL # 7

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%) FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 14. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 7.

7.3.8. Perfil # 8

Formado pelas amostras BI (134, 133, 132, 131), apresenta uma variação em relação a batimetria de 3 a 18m. A amostra BI (134) é que se apresenta em profundidade mais baixa (Fig 05).

Neste perfil ocorre um predomínio do percentual areia. Na amostra BI 132 há um aumento no percentual lama e um aumento no número de foraminíferos. Contudo, na amostra BI 131 apresenta uma representatividade significante do percentual lama e uma redução em relação ao número de foraminíferos sugerindo desta forma a presença de outro fator atuante na biota (Fig.15).

A presença significante de tecamebas neste prefil sugere uma maior hidrodinâmica e aporte de água fluvial constante. Este perfil apresenta uma maior número de testas dissolvidas e quebradas corroborando com um ambiente com maior hidrodinâmica e variação do pH no mesmo (Fig. 28). Este perfil apresenta um total de 906 especimens de foraminíferos e 85 especimens de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI134 BI133 BI132 BI131 AMOSTRAS

PERFIL # 8

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%)

FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 15. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 8.

7.3.9. Perfil # 9

Formado pelas amostras BI (135, 136, 137, 138, 139), apresenta uma variação em relação a batimetria de 3 a 18m. Sendo que as amostras BI (137, 138, 139) do leste a profundidade predominante é de 9 a 12m (Fig. 05).

Neste perfil embora na maioria das amostras ocorre um predomínio de areia. Na amostra BI 135 ocorre um aumento do percentual de cascalho esse fato pode justificar a redução do número de foraminíferos, mesmo existindo um percentual lama. Na amostra BI (138) ocorre a diminuição do percentual de cascalho e o aumento do percentual de lama, existindo também uma aumento do número de foraminíferos (Fig. 16).

Ocorre neste prefil uma redução do número de tecamebas, isto sugere um ambiente pouco propicio para o desenvolvimento destes organismos. Este perfil apresenta um total de 138 espécimes de foraminíferos e 13 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI135 BI136 BI137 BI138 BI139 AMOSTRAS

PERFIL # 9

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%)

FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 16. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 9.

7.3.10. Perfil # 10

Formado pelas amostras BI (145, 144, 143, 142, 141, 140), apresenta uma variação em relação a batimetria de 3 a 18m. Sendo que as amostras BI (142, 141, 140) do leste a profundidade predominante é de 9 a 12m (Fig.05).

Neste perfil embora na maioria das amostras ocorre um predomínio de areia. Na amostra BI 140, 141, 143 e 144 há um aumento do percentual de lama e no número de foraminíferos. Na amostra BI 141 ocorre um aumento significativo do percentual de cascalho e redução no número de foraminíferos. Na amostra BI 145 as tecamebas tornam-se mais representativas sugerindo uma ambiente propicio para seu desenvolvimento (Fig.17).

Este perfil apresenta uma maior número de testas dissolvidas e quebradas corroborando com um ambiente com maior hidrodinâmica e variação do pH no mesmo (Fig. 28). Este perfil apresenta um total de 298 espécimes de foraminíferos e 19 espécimes de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI145 BI144 BI143 BI142 BI141 BI140 AMOSTRAS PERFIL # 10

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%)

FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 17. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 10.

7.3.11. Perfil # 11

Formado pelas amostras BI (146, 147, 148, 149, 150, 151), apresenta uma variação em relação à batimetria de 3 a 18m. Sendo que a amostra BI (146) localizada no oeste apresenta uma profundidade variando até 3m (Fig. 05).

Neste perfil embora na maioria das amostras ocorre um predomínio de areia, com exceção das amostras BI 149 e 150. Na amostra BI 146 e 149 há uma elevação do percentual de lama e do número de foraminíferos. Contudo, na amostra BI 150 o percentual de lama aumenta consideravelmente e ocorre uma redução do número de foraminíferos indicando outro fator atuando nesta biota. Nas amostras BI 148 e 151 ocorrem um aumento da fração cascalho e uma diminuição do número de foraminíferos (Fig.18). Este perfil apresenta um total de 125 espécimes de foraminíferos e 15 especimens de tecamebas.

0% 25% 50% 75% 100% (%) BI146 BI147 BI148 BI149 BI150 BI151 AMOSTRAS

PERFIL # 11

CASCALHO (%) AREIA (%) LAMA (%) FORAMINÍFEROS TECAMEBAS

Fig 18. Representação gráfica do percentual de cascalho, areia, lama, número total de foraminíferos tecamebas nas amostras do perfil # 11.

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