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Os resultados obtidos no experimento foram submetidos á análise de variância (ANOVA) e quando significativas, as médias entre os tratamentos do fatorial (5x2) foram comparados pelo teste de Tukey. As médias dos tratamentos em alta densidade foram comparadas com o controle em baixa densidade pelo teste de Dunnet. Utilizando-se o programa estatístico Minitab 16 (2009) e os dados foram considerados significativos quando P< 0,05.

Utilizou-se o programa SURFER® para se obter um mapa de isolinhas, por meio da interpretação matemática dos pontos onde foram coletados os dados das condições climáticas dentro do galpão experimental. A análise dos mapas de ITU foi realizada de maneira descritiva para se determinar a homogeneidade do ambiente de criação dos frangos.

4. Resultados

Distribuição espacial do ITU, médios nos quadrantes aos 34 e 40 dias de idade, nos período de mínima e máxima temperatura do dia são mostrados na figura 1 e 2 respectivamente. Os tratamentos foram representados nas figuras e gráficos por letras, e correspondem, com exceção do tratamento A (controle negativo, CN), ao nível de inclusão da vitamina C (VC) e triptofano (Trp) associados à alta densidade de produção: B (100% Trp); C (100%Trp+VC); D (125%Trp); E (125% Trp+VC); F (150%Trp); G (150%Trp+VC); H (175%Trp); I (175%Trp+VC); J (200%Trp); K (200% Trp+VC).

Figura 1. Mapeamento de ITU do galpão para frangos de corte aos 34 dias no período de mínima (a) e máxima (b) temperatura do dia.

Aos 34 dias de idade os valores de ITU apresentaram unidades entre 69,90 a 72,10 para o período de mínima temperatura, enquanto que para o período de máxima temperatura

unidades de ITU variaram de 73,95 a 75,05, valores estes fora dos limites de conforto preconizado por Silva et al. (2004) para a idade (56,60 – 64,00), indicando que as aves encontravam-se em situação de estresse calórico.

Figura 2. Mapeamento de ITU do galpão para frangos de corte aos 40 dias no período de mínima (a) e máxima (b) temperatura do dia.

Aos 40 dias de idade os valores de ITU apresentaram unidades entre 65,00 a 67,05 e entre 73,95 a 75,00 respectivamente para os períodos de mínima e máxima temperatura do dia. Valores estes fora dos limites preconizados por Silva et al. (2004), para sexta semana de vida (56,60 – 60,00), indicando condição de estresse calórico no momento das análises comportamentais, independente do período do dia.

Aos 34 e 40 dias de idade, independente do período do dia, a distribuição dos valores de ITU no aviário não apresentou homogeneidade. As cores em tons de amarelo representam unidades de ITU mais baixas e as cores em tons de vermelho representam as regiões de ITU mais elevadas.

Comportamento

Aos 34 dias de idade não foi observado interação nem efeito isolado (P>0,05) da VC (vitamina C) e Trp (triptofano) sobre as variáveis “atividade”, “ócio” e “alimentar” nos momentos de mínima e máxima temperatura do dia (Tabela 3), como não foi identificado diferença (P>0,05) no comportamento das aves criadas em densidades de 12 ou 17 aves/m².

Tabela 3. Comportamento de frangos de corte alimentados com dietas suplementadas com vitamina C (VC) e triptofano (Trp) aos 34 dias de idade no período de mínima (Mínima) e máxima (Máxima) temperatura do dia

Mínima Máxima

Trp (%) (ppm) Atividades Ócio Alimentar Atividades Ócio VC Alimentar

100 46,70 27,30 26,00 51,30 29,40 19,30 125 49,00 27,90 23,00 53,60 27,30 19,10 150 50,00 25,20 24,80 48,80 29,70 21,60 175 50,60 27,50 22,00 45,70 33,50 20,80 200 46,10 27,30 26,70 53,10 30,10 16,90 0 47,60 28,10 24,30 50,10 28,80 21,10 250 49,30 26,00 24,70 50,90 31,20 18,00 100 0 40,50 29,70 29,80 44,20 32,70 23,00 100 250 52,80 24,90 22,30 58,40 26,00 15,60 125 0 49,50 26,60 23,90 54,50 23,00 22,50 125 250 48,60 29,20 22,20 52,70 31,60 15,70 150 0 45,90 28,70 25,40 56,40 27,60 16,10 150 250 54,00 21,70 24,30 41,20 31,80 27,10 175 0 54,30 26,30 19,50 45,70 32,70 21,50 175 250 46,90 28,70 24,40 45,60 34,30 20,00 200 0 47,70 29,20 23,00 49,60 28,10 22,40 200 250 44,40 25,30 30,30 56,50 32,00 11,40 CN1 50,60 31,60 17,70 48,30 26,90 24,70 Probabilidade Trp 0,869 0,911 0,611 0,608 0,613 0,827 VC 0,588 0,27 0,861 0,823 0,342 0,235 TrpxVC 0,267 0,383 0,222 0,118 0,377 0,085 CN1 >0,05 >0,05 >0,05 >0,05 >0,05 >0,05 CV2,% 17,29 34,96 40,17 31,2 36,37 58,74

1Controle negativo.2 Coeficiente de variação (%).

Aos 40 dias de idade no período de mínima temperatura do dia, não foi observada interação entre VC e Trp (P>0,05), nem efeito isolado desses aditivos (P>0,05) sobre o padrão comportamental das aves (Tabela 4). Não houve diferença no comportamento de “atividade”, “ócio” ou “alimentar” (P>0,05) quando aves foram criadas em baixa ou alta densidade. Da mesma maneira, para o período de máxima temperatura do dia, não foi observada interação entre VC e Trp (P >0,05), como efeito isolado dos aditivos (P>0,05) sobre o padrão comportamental dos frangos (Tabela 4). Não foi identificada diferença entre densidades de criação no comportamento de “atividade”, “ócio” ou “alimentar” (P>0,05) para nenhum dos períodos avaliados.

Tabela 4. Comportamento de frangos de corte alimentados com dietas suplementadas com vitamina C (VC) e triptofano (Trp) aos 40 dias de idade no período de mínima (Mínima) e máxima (Máxima) temperatura do dia.

Mínima Máxima

Trp (%) (ppm) Atividades Ócio Alimentar Atividades Ócio VC Alimentar

100 36,40 39,10 24,50 56,90 25,50 17,60 125 40,30 33,40 26,30 54,20 25,70 20,10 150 34,50 30,20 35,30 59,20 23,50 17,30 175 45,30 27,20 29,20 56,70 24,50 18,80 200 49,20 25,60 23,60 59,90 23,70 16,40 0 41,60 31,40 26,90 56,40 25,10 18,50 250 40,60 30,80 28,60 58,40 24,10 17,60 100 0 57,90 26,70 15,40 55,70 25,70 14,80 100 250 55,90 24,30 19,90 55,10 23,70 19,40 125 0 51,80 26,90 21,40 49,00 25,90 20,60 125 250 56,70 24,50 18,80 55,60 23,90 18,20 150 0 56,50 25,60 17,90 56,50 25,60 17,90 150 250 62,00 21,40 16,70 58,30 20,70 16,30 175 0 55,40 23,20 21,40 53,00 22,40 20,40 175 250 58,00 25,80 16,20 57,10 25,10 15,70 200 0 60,50 22,90 16,60 58,50 22,60 16,20 200 250 59,30 24,50 16,30 58,50 24,00 16,00 CN1 59,90 23,90 16,20 57,80 23,40 16,10 Probabilidade Trp 0,852 0,898 0,897 0,852 0,898 0,897 VC 0,573 0,573 0,691 0,573 0,573 0,691 TrpxVC 0,939 0,689 0,794 0,939 0,683 0,794 CN1 >0,05 >0,05 >0,05 >0,05 >0,05 >0,05 CV2,% 26,9 31,53 61,33 27,72 32,33 60,77

5. Discussão

A elevada densidade populacional é uma das principais questões de bem-estar na produção de frangos de corte (Estevez, 2007). Na fase final e de máximo desenvolvimento, as aves que em geral são pouco ativas (Buijs et al., 2011) e possuem limitada habilidade física em função do seu elevado peso corporal (Bokkers; Koene, 2003), tem ainda seus movimentos e atividades restritas quando criadas em densidades elevadas (Estevez, 2007).

Neste estudo não houve diferença nos comportamentos de “atividade”, “ócio” ou “alimentar” entre frangos criados em densidades de 12 ou 17 ave/m², aos 34 e 40 dias de idade. Para o padrão “alimentar” em função da densidade de criação, os resultados estão de acordo com estudos anteriores (Febrer et al., 2006;Buijs et al., 2010;Ventura et al., 2012; Zhao et al., 2013). Contudo, os resultados de comportamento de “atividade” e “ócio” em função da densidade de criação na literatura são controversos, pois alguns estudos não observaram diferença nestes parâmetros (Lewis e Hurnik,1990; Buijs et al., 2010), mas outros estudos citaram que frangos criados em densidades superiores à 13 aves/m² apresentaram maior permanência em “ócio”, reduzindo a locomoção e distância percorrida (Ventura et al., 2012; Zhao et al., 2013; Hongchao et al., 2014).

Sabe-se que o ambiente de criação tem maior impacto sobre o bem-estar dos frangos que a densidade de criação em si (Dawkins et al., 2004; Estevez, 2007; Meluzzi et al., 2008). Essa variedade de resultados pode, em parte, ser explicada pelas diferenças nas condições ambientais em que os estudos foram realizados, uma vez que os efeitos da densidade de estocagem podem ser ofuscados pelos efeitos negativos da variação na umidade e temperatura do ambiente (Jones et al., 2005). No presente estudo, o ambiente de criação foi de estresse calórico, o que pode ter reduzido a variabilidade dos comportamentos o que não possibilitou verificar diferenças no padrão comportamental das aves entre as diferentes densidades de criação.

Além disso, o tamanho do grupo, a densidade de criação e a área fornecida às aves são fatores que possuem efeitos distintos sobre o comportamento das aves. A densidade de produção é consequência direta da variação do tamanho do grupo e da área disponível as aves, tornando difícil determinar a contribuição individual destes diferentes fatores (Estevez et al., 2007). Alguns estudos indicaram a área disponível como sendo uma das variáveis que mais afeta o uso de espaço pelas aves, independente do tamanho do grupo ou densidade de criação (Leone; Estevez, 2008; Leone et al., 2010; Buijs et al., 2011). Em diversos estudos realizados verifica-se grandes variações na dimensão das áreas utilizadas, o que pode ter influenciado o uso de espaço, e desta forma, foram observadas distintas respostas no padrão comportamental

dos frangos em relação ao ambiente de criação (Leone; Estevez, 2008; Bokkers et al., 2011; Ventura et al., 2012; Hongchao et al., 2014). Dentro das condições experimentais do presente estudo, o padrão de atividade ou alimentação dos frangos não foi alterado, independente da densidade utilizada. Foram utilizadas áreas de pequenas dimensões, boxes de 2m² (1,0 x 2,0 m), e a disponibilidade de espaço pode ter sido um fator limitante para a expressão dos comportamentos para ambas as densidades de criação.

Além do comportamento, o efeito da elevada densidade de criação sobre outros indicadores de bem-estar, como o desempenho e indicadores fisiológicos de estresse tÊm mostrado resultados contraditórios (Dozier et al., 2005; Dozier et al., 2006; Estevez, 2007; Meluzzi et al., 2008;Benyi et al., 2012), o que torna inconclusivo se a densidade de criação prejudica o bem-estar dos frangos.

O possível efeito modulatório da suplementação de triptofano e vitamina C foram testados. Por ser responsável pela síntese de serotonina (5-HT), o triptofano está relacionado à regulação no humor, consumo de ração, controle da agressividade, modulação da resposta ao estresse, adaptabilidade social e ambiental e nos padrões do sono (Markus et al., 2000; Martin et al., 2000; Hulsken et al., 2013). A reação de hidroxilação de triptofano a 5- hidroxitriptofano (precursor da serotonina) pela enzima triptofano hidroxilase é dependente da vitamina C (Gropper e Smith, 2008). Consequentemente, o maior nível de inclusão de triptofano em função da presença de vitamina C, resultaria, possivelmente, no aumento significativo da síntese deste neurotransmissor (Lindstedt et al., 2011).

Sabe-se que o estresse psicológico atua nas áreas corticais de associação dos neurônios ascendentes catecolaminérgicos do cérebro ativando os neurônios serotoninérgicos no hipocampo e na amídala, resultando em alterações nos níveis cerebrais de 5-HT (Koob; Heinrichs 1999). Para aves, o efeito modulatório da suplementação de triptofano no comportamento foi verificado em situação de estresse social, amenizando o arranque de penas, da histeria e reduzindo a frequência de comportamentos agressivos de poedeiras criadas em gaiolas, reprodutores e matrizes (Shea-Moore et al., 1996; Savory et al., 1999; Van Hierden et al., 2004).

No caso da produção de frangos de corte, a densidade de criação tem um efeito limitado sobre o padrão comportamental destas aves e isto, provavelmente, se deva ao fato de interações agonísticas serem raramente observadas (Estevez, 1997; Pettit-Riley et al., 2002; Robins e Phillips, 2011), pois a maturação sexual destas aves ocorre a partir da sexta à décima semana de vida, quando se inicia o estabelecimento da dominância hierárquica entre as aves (Price, 2008). Frangos são abatidos antes da maturação sexual o que torna o nível de estresse social

nesta criação reduzida, como verificado no presente estudo, na ausência de comportamentos agonístico entre as aves.

Os estudos da ação do sistema serotonérgico em frangos indicam um possível efeito regulatório exercido por este neurotransmissor no comportamento alimentar (Saadoun; Cabrera, 2002). A injeção intra cérebro ventricular de 5-HT tem sido demonstrada causar diminuição no consumo alimentar de frangos em jejum ou saciados (Zendehdel et al., 2012; Zendehdel et al., 2013) e indica que o 5-HT pode induzir hipofagia modulada por via dos receptores NMDA e AMPA/Kainato do sistema glutamatérgico (Mortezaei et al., 2013) ou por via do seu receptor 5-HT2c, media a sinalização para hipofagia pela grelina no hipotálamo de frangos (Zendehdel et al., 2012). Já a suplementação de triptofano na dieta ocasiona a hipofagia induzida pelo excesso de triptofano quando se fornece baixos níveis de proteína bruta e excesso deste aminoácido na dieta (Rosebrough, 1996; Tabiri et al., 2002), mas não se tem observado efeito no consumo alimentar das aves quando se trabalha com adequados valores de proteína bruta (Denbow et al., 1993; Corzo et al., 2005; Duarte et al., 2013). Por outro lado, têm-se demonstrado que a deficiência de triptofano eleva o comportamento de procura por alimento, possivelmente em função do desbalanço das concentrações de serotonina cerebral (Shea et al., 1990; Peganova e Eder, 2003; Corzo et al., 2005), efeitos modulatórios, estes, não observados na presente pesquisa.

Conclusão

Frangos de corte criados em alta densidade e baixa densidade não apresentam diferenças em relação à expressão de comportamentos de atividade, ócio e alimentação, de forma que possam ser utilizados como indicativos de melhor ou pior condição de bem-estar. A suplementação de vitamina C e triptofano não apresenta efeito modulatório sobre o comportamento de frangos de corte criados em alta densidade.

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20º dia

IMPLICAÇÕES

É bem documentada e atualmente criticada quão a alta densidade de criação é prejudicial para o bem-estar de aves de produção. No entanto, a inconsistência dos resultados impossibilita concluir quais seriam as densidades limites e se realmente a densidade afeta o bem-estar das aves.

A avaliação conjunta de parâmetros produtivos e diferentes indicadores fisiológicos de estresse, além da procura e avaliação de novos indicadores, deve ser uma questão a ser considerada. Obter o máximo de informações dentro de um estudo trará resultados mais conclusivos.

A avaliação conjunta dos diferentes indicadores possibilitou avaliar de maneira eficiente e integrada de como a densidade de criação afetou as aves, mas também como os aditivos nutricionais promoveram resultados.

A dosagem de metabólitos de corticosterona urofecal pela técnica de Enzimaimunoensaio apresentou-se como um adequado indicador de estresse, pois a densidade de criação afetou marcadamente o padrão de secreção de corticosterona, identificada na maior dosagem dos metabólitos urofecais deste hormônio para aves em densidade de 17 aves/m².

Os trabalhos mais recentes demonstraram que a alta densidade de criação afeta o estado antioxidante do organismo, avaliação esta que não foi realizada no presente estudo, mas que possivelmente traria respostas mais precisas sobre o nível de estresse, e consequências sobre o bem-estar das aves.

No presente estudo, os aditivos nutricionais estudados, vitamina C e triptofano, indicam potencial aplicação frente a condições de estresse. Como identificada nos resultados da presente pesquisa, na melhora do desempenho e na redução do estresse das aves, observado na dosagem de metabólitos de corticosterona urofecal para o tratamento 200% associado à vitamina C.

A análise do comportamento das aves demonstrou ser fundamental para avaliar a resposta dos frangos ao ambiente a que foram submetidos. O ambiente de criação teve um maior impacto sobre o bem-estar dos frangos que a densidade de estocagem em si. Por outro lado, a avaliação de somente um dia para cada fase, com um número reduzido de repetições, com um

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