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50 100 150 200 250 300 0 5 10 15 20 25 30 35 C o le st er o l T o ta l (m g/dl ) Indivíduos

Gráfico 1. COLESTEROL TOTAL

Valores Rastreados (CT) Valor de Referência

60 80 100 120 140 160 180 200 220 0 5 10 15 20 25 30 35 Gl ic e m ia ( m g( dl ) Indivíduos

Gráfico 2. GLICEMIA

79 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 0 5 10 15 20 25 30 35 T en sã o A rt er ia l (m m Hg) Indivíduos

Gráfico 3. TENSÃO ARTERIAL

Valor de Referência (TA máxima) Valor de Referência (TA mínima)

Valores Rastreados (TA máxima) Valores Rastreados (TA mínima)

20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 0 5 10 15 20 25 30 35 IM C ( kg/m 2) Indivíduos

Gráfico 4. IMC

80 50 60 70 80 90 100 110 120 0 5 10 15 20 25 30 35 Per ímet ro Ab d o mi n al ( cm) Indivíduos

Gráfico 5. PERÍMETRO ABDOMINAL (mulheres)

Valor de Referência 80 cm Valor de Referência 88 cm

Valores Rastreados (mulheres)

55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 0 5 10 15 20 25 30 35 Per ím et ro A b do m in a l (c m ) Indivíduos

Gráfico 6. PERÍMETRO ABDOMINAL (homens)

Relatório de Estágio Profissionalizante – Hospital Privado da Boa Nova

I

Hospital Privado da Boa Nova | Trofa Saúde

Renato Ivo Ferreira da Silva

Relatório de Estágio Profissionalizante – Hospital Privado da Boa Nova

II

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Hospital Privado da Boa Nova | Trofa Saúde

julho de 2019 a agosto de 2019

Renato Ivo Ferreira da Silva

Orientadora: Dr.ª Ana Isabel Esteves

Relatório de Estágio Profissionalizante – Hospital Privado da Boa Nova

III

Declaração de Integridade

Declaro que o presente relatório é de minha autoria e não foi utilizado previamente

noutro curso ou unidade curricular, desta ou de outra instituição. As referências a outros autores

(afirmações, ideias, pensamentos) respeitam escrupulosamente as regras da atribuição, e

encontram-se devidamente indicadas no texto e nas referências bibliográficas, de acordo com

as normas de referenciação. Tenho consciência de que a prática de plágio e auto-plágio constitui

um ilícito académico.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 2 de setembro de 2019

Relatório de Estágio Profissionalizante – Hospital Privado da Boa Nova

IV

Agradecimentos

Há 5 anos, ingressei naquela que viria a ser a maior e mais árdua mudança de vida: o ensino superior. À Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, devo cada um dos desafios, ensinamentos e oportunidades de crescimento ao longo destes anos. Louvo o trabalho de todos aqueles que se cruzaram comigo em todas as etapas do meu percurso.

Nesta última etapa do MICF, agradeço à Comissão de Estágios e em especial à minha tutora, Professora Doutora Susana Casal, por todo o acompanhamento e crítica ao meu trabalho.

Agradeço à Dr.ª Ana Isabel Esteves, Diretora Técnica dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Privado da Boa Nova, pela possibilidade de realização do Estágio Curricular em Farmácia Hospitalar, e por toda a dedicação, simpatia e todos os ensinamentos cruciais para a minha formação profissional, enquanto minha orientadora. Com a Dr.ª Ana, aprendi que a resiliência é a maior arma do nosso trabalho. Só a força de vontade e o sacrifício nos permitirão alcançar aquilo que sempre desejamos, ainda que implique mudanças estruturas na nossa carreira profissional. Agradeço ainda a todos os auxiliares, enfermeiros e médicos com que me cruzei nesta unidade hospitalar.

Aos vários Diretores de Serviço e Orientadores dos vários Estágios que realizei ao longo destes cinco anos, agradeço as oportunidades, ensinamentos e disponibilidade que sempre demonstraram.

À Associação Cura+, pelos três anos de um grande desafio de associativismo académico nacional, com todas as responsabilidades e aventuras. Foi um dos grandes desafios da minha vida académica, permitindo-me crescer enquanto pessoa, aluno e futuro profissional. Não esqueço todas as reuniões de equipa e com entidades externas, protocolos e colaborações que alcançamos, crises que enfrentamos, fins de semana fora em trabalho, múltiplas responsabilidades e, simultaneamente, cumprir as responsabilidades do MICF. Aos beneficiários desta associação, agradeço todas as palavras que nos foram dirigidas e desejo um futuro com maior estabilidade.

Às direções dos restantes projetos de associativismo em que estive inserido, agradeço o voto de confiança, colaboração e trabalho que sempre fizeram notar, no seu âmbito de atividade.

A todos aqueles que sempre me deram oportunidades e acreditaram no meu trabalho, espero ter estado à altura dos desafios que me propuseram.

Aos meus amigos, agradeço toda a compreensão pelas minhas ausências, pelos desabafos, pelos desafios, pelas aventuras, pelo quebrar das regras e por toda a amizade que espero levar para a vida.

À minha família, e claro, em especial aos meus pais, por estarem sempre ao meu lado. Pelos sacrifícios, pelos conselhos, pela força e apoio que sempre me fizeram chegar, o meu obrigado.

À minha consciência, agradeço pela capacidade de retrospetiva de cinco anos de vida académica, e pelo desafio que é ambicionar e planear o futuro. A ela, devo todos os momentos em que me obrigou a ser racional, não desistindo dos desafios, estimulando a minha força de superação.

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V “Para si, o tema, como no amor verdadeiro, é aquele que lhe desperta interesse e lhe instiga paixão e promessas de prazer de uma vida inteira de paixão”

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VI

Resumo

Na reta final do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, o recém Mestre em Ciências Farmacêuticas deve ser capaz de colocar à disposição da realidade profissional, todos os conhecimentos adquiridos durante os cinco anos de formação académica. Só a experiência permitirá exercer a prática farmacêutica com todo o rigor e confiança necessárias a esta profissão.

Uma das áreas em que o farmacêutico é valorizado pelo seu trabalho, é o serviço em contexto hospitalar. Embora muitas vezes esquecido, o seu trabalho é extremamente importante na gestão do medicamento dentro de todo circuito hospitalar, seja na preparação e distribuição pelos serviços, monitorização de ensaios clínicos, controlo de qualidade, entre muitas outras responsabilidades, fazendo deste profissional de saúde um elemento obrigatório dentro de qualquer hospital. Embora as dimensões dos serviços farmacêuticos, assim como o número de farmacêuticos seja muito variável entre unidades hospitalares, as suas responsabilidades são muito semelhantes. Assim, ao longo deste relatório estão descritas as responsabilidades do farmacêutico hospitalar e mais precisamente a realidade do Hospital Privado da Boa Nova, tais como, a aquisição e gestão de produtos farmacêuticos, sistemas de distribuição de medicamentos, controlo de qualidade, farmacotecnia, entre outras. Embora a realidade que vivenciei nesta unidade hospitalar seja significativamente diferente de experiências anteriores em farmácia hospitalar, nomeadamente em hospitais públicos, levo desta experiência um maior contacto com as enfermarias, internamentos e blocos operatórios. O contacto com os restantes profissionais de saúde hospitalar, aliado ao facto dos serviços farmacêuticos serem constituídos apenas por um farmacêutico e um estagiário, foram certamente, as mais valias experienciadas no decorrer deste estágio curricular.

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VII

Abreviaturas

AFH Adenda do Formulário Hospitalar AIM Autorização de Introdução no Mercado

APEQ Associação Portuguesa das Empresas Químicas AUE Autorização de Utilização Especial

BNM Bloqueio Neuromuscular BPF Boas Práticas de Fabrico

CAUL Certificado de Autorização de Utilização de Lote CFT Comissão de Farmácia e Terapêutica

DA Distribuição em Ambulatório DC Distribuição Clássica

DCI Denominação Comum Internacional DGS Direção Geral da Saúde

DIUU Distribuição Individual Unitária e Unidose DT Direção Técnica

FC Farmácia Central FEFO First-Expired, First-Out

FGP Formulário Galénico Português FH Farmácia Hospitalar

FHNM Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos GM Gases Medicinais

HPAV Hospital Privado de Alfena e Valongo HPBN Hospital Privado da Boa Nova

MAM Medicamentos de Alerta Máximo

MBPFH Manual de Boas Práticas de Farmácia Hospitalar OF Ordem dos Farmacêuticos

PRMs Problemas Relacionados com o Medicamento PV Prazo de Validade

RCM Resumo das Características do Medicamento SF Serviços Farmacêuticos

TSH Trofa Saúde Hospital UH Unidade Hospitalar

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VIII

Índice

Declaração de Integridade ... III Agradecimentos ... IV Resumo ... VI Abreviaturas... VII Índice de tabelas ... X 1. O papel dos Serviços Farmacêuticos e do Farmacêutico Hospitalar ... 1 2. Estágio Curricular em Farmácia Hospitalar ... 1 3. Trofa Saúde Hospital ... 2 3.1. Hospital Privado da Boa Nova ... 2 3.1.1. Organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos do HPBN ... 2 3.1.1.1. Localização ... 2 3.1.1.2. Horário ... 3 3.1.1.3. Recursos Humanos... 3 3.1.1.4. Sistema Informático de Gestão Hospitalar ... 4 3.1.1.5. Espaço Físico ... 4 4. Circuito do Medicamento ... 5 4.1. Gestão de Stocks e Aquisição de Medicamentos ... 5 4.2. Receção de Medicamentos ... 6 4.3. Armazenamento de Medicamentos ... 7 4.3.1. Condições Especiais de Armazenamento... 7 4.4. Formulário Hospitalar ... 8 5. Farmacotecnia ... 8 5.1. Fracionamento e Reembalagem de Medicamentos ... 9 5.2. Manipulados não-estéreis ... 9 5.3. Manipulados estéreis ... 10 6. Medicamentos de Autorização de Utilização Especial ... 11 7. Sistema de Distribuição de Medicamentos e Produtos Farmacêuticos ... 11 7.1. Distribuição Clássica ou Distribuição de Medicamentos por Reposição de Stocks ... 12 7.2. Distribuição de Medicamentos em Dose Individual Unitária e Unidose ... 12 7.3. Distribuição em Ambulatório ... 13 7.4. Circuitos Especiais ... 14 7.4.1. Distribuição de Estupefacientes e Psicotrópicos ... 14 7.4.2. Distribuição de Hemoderivados ... 15 7.4.3. Medicamentos de Alerta Máximo ... 15 7.4.4. Sugamadex ... 16 7.4.5. Mala Cardíaca ... 16 8. Controlo de Qualidade ... 18

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IX

8.1. Prazos de Validade ... 18 8.2. Contagem de Stocks ... 18 8.3. Controlo de Humidade e Temperatura ... 18 9. Intervenção farmacêutica ... 19 Conclusão ... 19 Bibliografia ... 20 Anexos ... 22

Anexo I - Plano Operacional dos Serviços Farmacêuticos do HPBN. ... 22 Anexo II - Registo de levantamento de medicação. ... 23 Anexo III - Espaço físico dos Serviços Farmacêuticos do HPBN. ... 24 Anexo IV - Fluxograma do circuito do medicamento no HPBN. ... 30 Anexo V - Anexo VII (Modelo nº 1506) do INCM – “Requisição e suas preparações compreendidas nas tabelas I, II, III e IV, com exceção da II-A, anexas ao Decreto-Lei nº 15/93, de 22 de janeiro, com retificação de 20 de fevereiro”. ... 31 Anexo VI - Guia de transporte de encomenda. ... 32 Anexo VII - Portal do Certificado de Autorização de Utilização de Lote (CAUL). ... 33 Anexo VIII - Mapas de registos dos termohigrómetros. ... 34 Anexo IX - Justificação de receituário de medicamentos (extraformulário). ... 35 Anexo X - Fracionamento, reembalagem e rotulagem em fórmulas sólidas orais. ... 36 Anexo XI - Registo de fracionamento de comprimidos. ... 37 Anexo XII - Rotulagem de medicamentos para os serviços de urgência e bloco operatório. ... 38 Anexo XIII - Ficha de preparação de medicamento manipulado. ... 39 Anexo XIV - Protocolo de quimioterapia para o cancro da mama (CMF – ciclofosfamida, metotrexato e 5- fluororacilo). ... 40 Anexo XV - Autorização de Medicamentos de Utilização de Especial (AUE). ... 41 Anexo XVI - Listagem de reposição de stock de serviço (exemplo do bloco de partos). ... 42 Anexo XVII - Mapa de distribuição de medicamentos – Agrupado por cama... 43 Anexo XVIII - Mala de medicação de distribuição unitária. ... 44 Anexo XIX - Registo de levantamento da medicação pelo utente. ... 45 Anexo XX - Prospeto sobre a medicação (exemplo da Capecitabina). ... 46 Anexo XXI - Anexo X (Modelo nº 1509) do ICNM – “Requisição de substância e suas preparações

compreendidas nas tabelas I, II, III e IV, com exceção da II-A, anexas ao Decreto-Lei nº 15/93, de 22 de janeiro, com retificação de 20 de fevereiro”. ... 47 Anexo XXII - Modelo nº 1804 – “Medicamentos hemoderivados – Requisição/Distribuição/Administração”. . 48 Anexo XXIII - Sinalética para Medicamentos de Alerta Máximo (MAM). ... 49 Anexo XXIV - Folha de justificação de utilização de Sugamadex (Bridion®). ... 50 Anexo XXV - Mala de apoio às cirurgias cardíacas... 51 Anexo XXVI - Folha de registo dos Gases Medicinais. ... 52

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X

Índice de tabelas

Relatório de Estágio Profissionalizante – Hospital Privado da Boa Nova

1

1. O papel dos Serviços Farmacêuticos e do Farmacêutico Hospitalar

A Farmácia Hospitalar (FH) é um serviço de saúde, que compreende todas aquelas atividades inerentes à seleção, preparação, armazenamento, manipulação e distribuição de medicamentos e produtos de saúde, assim como o aconselhamento aos utentes e aos outros profissionais de saúde das estruturas hospitalares, relativamente ao uso responsável, seguro, eficaz e eficiente de medicamentos e produtos de saúde. A FH é uma área de especialidade da Ordem dos Farmacêuticos (OF), com colégio de especialidade próprio, e parte integrante dos cuidados prestados aos utentes numa instituição de saúde [1]. Os Serviços Farmacêuticos (SF) hospitalares, regulamentados por diploma governamental [1], constituem uma estrutura importante dos cuidados de saúde dispensados em meio hospitalar. Os SF hospitalares são departamentos com autonomia técnica e científica, sujeitos à orientação geral dos órgãos de Administração dos hospitais, perante os quais respondem pelos resultados do seu exercício profissional, sendo que a Direção Técnica (DT) dos SF é obrigatoriamente assegurada por um farmacêutico hospitalar [2], especialista em FH pelo Colégio da Especialidade da OF, que desenvolveu competências nas várias fases do circuito do medicamento no hospital e que assume liderança e elevada responsabilidade na terapêutica que é administrada aos doentes [3].

A lista que caracteriza as funções do farmacêutico hospitalar é extensa mas essencial para o utente e para o bom funcionamento dos serviços do hospital: seleção, aquisição e distribuição de medicamentos, dispositivos médicos e produtos farmacêuticos; execução e supervisão de manipulados; aprovisionamento, armazenamento e distribuição de medicamentos de carácter experimental e dispositivos necessários à sua administração; participação ativa em Comissões Técnicas, na elaboração de protocolos terapêuticos, nos Ensaios Clínicos e na prescrição em casos de necessidade de Nutrição Parentérica e respetiva preparação; fornecer informação sobre medicamentos, entre outras [3, 4]. Uma das principais funções do farmacêutico hospitalar, centra-se na avaliação e validação da prescrição médica, através da revisão de doses e posologias, para que confirme as indicações terapêuticas do médico. Todo este procedimento deve ser feito em diálogo contínuo com médicos e enfermeiros, para que o tratamento seja o mais seguro e eficaz possível [4].

Desta forma, o farmacêutico hospitalar exerce a sua atividade nos SF hospitalares, assegurando “a terapêutica medicamentosa aos doentes, a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos”, integrando as “equipas de cuidados de saúde” e promovendo “ações de investigação científica e ensino” [2].

2. Estágio Curricular em Farmácia Hospitalar

O estágio curricular está regulamentado pela Diretiva 2013/55/EU, pelo Decreto-Lei nº 74/2006 e pela deliberação 2272-F/2007 da Reitoria da Universidade do Porto. No caso do estágio curricular em farmácia hospitalar, este teve a duração de dois meses, em complementaridade com quatro meses de farmácia comunitária. Este estágio tem como objetivo promover o contacto dos estudantes com a realidade profissional em farmácia hospitalar, dando a conhecer as responsabilidades do farmacêutico hospitalar, através do exercício das suas funções durante o período laboral, permitindo a aquisição de conhecimentos e competências requeridas no âmbito da FH. Além disso, este estágio curricular promove a aptidão do futuro farmacêutico para responder às necessidades da sociedade em relação à preparação, controlo e dispensa de medicamentos, bem como para o aconselhamento aos doentes. O estágio é profissionalizante, no sentido que pretende que o estudante conheça o modo de funcionamento das instituições de saúde e dos profissionais de saúde, entre si e com os utentes, adquira

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2

autonomia na capacidade de compreensão, integração e resolução de problemas profissionais de ordem técnica, científica e ética, que integram as atividades do Ato Farmacêutico [5].

3. Trofa Saúde Hospital

O Trofa Saúde Hospital (TSH) é a marca descendente natural da Casa de Saúde da Trofa fundada em 1999, assumindo-se como um projeto global de saúde, integrando uma vasta rede de Unidades Hospitalares (UH). Esta rede integrada de hospitais privados, com principal enfoque no Norte do país, entre os quais o Hospital Privado de Alfena e Valongo (HPAV), onde se encontra a Farmácia Central (FC) e o armazém, o Hospital Privado da Boa Nova (HPBN), o Hospital Privado da Trofa, o Hospital Privado de Braga, o Hospital Privado de Braga Centro, o Hospital Privado de Gaia, o Hospital de Dia da Maia, o Hospital de Dia de Famalicão, o Hospital de Dia de São João da Madeira, Hospital Privado de Vila Real e o Hospital Senhor do Bonfim [6].

Cada Unidade de Saúde do TSH oferece um conjunto de serviços alargados, nomeadamente Serviços de Urgência de Adultos e Pediátrica 24 horas, Blocos Operatórios, Unidades de Neonatologia 24 horas, Maternidades com várias salas de parto; Medicina Física e Reabilitação, Consultas Externas com mais de 45 especialidades clínicas e um conjunto de diversos Meios Complementares de Diagnóstico. Uma das grandes conquistas deste grupo hospitalar, passa pela certificação pela APCER (ISO 9001-2015), procurando ter um corpo clínico e de enfermagem próprio e exclusivo, dando formação contínua a todos os seus colaboradores [6].

3.1. Hospital Privado da Boa Nova

O HPBN existe desde 2009, com morada na Rua Armando Vaz, 225 - Perafita, Matosinhos. Usufrui de uma excelente localização, distante do trânsito cosmopolita e com fácil acesso à A28, assim como à cidade do Porto, centro de Matosinhos e arredores. Além disso, os acessos a este hospital estão facilitados através de acesso via autocarro e rampa para pessoas com mobilidade reduzida, para além de estacionamento próprio e gratuito. A infraestrutura do HPBN caracteriza-se por uma área de 12 mil metros quadrados e visa em redor, pela proximidade do mar [7].

O HPBN assume um relevante papel na saúde materno-infantil e na cardíaca, dispondo de equipamentos com a tecnologia mais avançada, aliado a um corpo clínico de renome [7]. O seu serviço de Urgência encontra-se disponível 24h/365 dias, contando com nove especialidades integradas, aliado a uma oferta permanente de Cuidados Intensivos e Adultos, constituindo um fator único e diferenciador das restantes unidades de saúde privadas da região Norte do país. O HPBN é liderado pelo Dr. Ricardo Rodrigues (Administrador) e pelo Dr. Bento Bonifácio (Diretor Clínico) [8].

3.1.1. Organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos do HPBN

A gestão dos SF de qualquer uma das UH do TSH, necessita de ser devidamente organizada e uniformizada, uma vez que as diferentes unidades dependem entre si para conseguir satisfazer os serviços de cada um desses hospitais. Para isso, os SF guiam-se por um Plano Operacional (Anexo I), onde estão apresentadas todas as tarefas diárias que necessitam de ser cumpridas.

3.1.1.1. Localização

Os SF do HPBN localizam-se no Piso -1 desta unidade hospitalar, próximo dos serviços de Oftalmologia, Bloco Operatório, Endoscopia, Esterilização, Bloco de Partos, Unidade de Cuidados Intensivos e Fisioterapia. A

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proximidade com o Bloco Operatório é uma vantagem, dada a necessidade de reposição de stocks ser mais frequente e em maiores quantidades, comparativamente com outros serviços. Exemplificando, os soros fisiológicos são necessários em grandes quantidades durante os procedimentos cirúrgicos, pelo que a logística de transporte e o seu circuito foi tido em consideração aquando da instalação dos SF neste piso. Além disso, esta localização no hospital está relacionada com a facilidade de acessos às zonas de carga e de descarga das equipas de logística e transportadoras.

Apesar da proximidade ao Bloco Operatório, a distância aos internamentos traduz-se numa desvantagem, sobretudo porque estes se encontram nos Pisos 1 e 2. Contudo, dada a facilidade de comunicação com as equipas de enfermagem e médica que estão nos internamentos, consegue-se colmatar eventuais necessidades quase no imediato. Por exemplo, os cuidados intermédios localizados no piso 1 do hospital, necessitam com grande frequência de medicação que não estava parametrizada na dose unitária prescrita pelo médico, dada a instabilidade dos doentes que normalmente estão internados neste serviço. Nesses casos, o enfermeiro de serviço contacta os SF, que prontamente fazem chegar a medicação com a maior brevidade possível.

3.1.1.2. Horário

Os SF funcionam entre as 9h e as 18h, de segunda a sexta-feira, com uma hora de intervalo para almoço. Fora deste horário, e somente quando há necessidade de levantar algum medicamento com urgência, os enfermeiros estão autorizados a levantar a medicação nos SF, realizando o registo em documento próprio (Registo de Levantamento de Medicação – Anexo II). Na eventualidade de surgir alguma questão em que seja pertinente a contribuição do farmacêutico, esta deve ser colocada à DT dos SF desta unidade hospitalar, que à data deste relatório é assumida pela Dr.ª Ana Isabel Esteves. Contudo, para qualquer evento fora do horário laboral, deve contactar-se preferencialmente a Dr.ª Patrícia Moura, coordenadora dos SF do TSH, dada a isenção de horário que lhe foi atribuída.

3.1.1.3. Recursos Humanos

Tal como referido anteriormente, a DT dos SF do HPBN é assumida pela Dr.ª Ana Isabel Esteves, a única farmacêutica nesta UH. O farmacêutico de cada unidade do TSH, é o responsável pela receção, aprovisionamento

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