2. O Caso em Estudo: SIC
2.2.2 Análise Orgânico – Funcional SIC
A Análise Orgânico-Funcional, não é desde logo, uma tarefa de elementar execução, independentemente da instituição ou contexto em estudo.
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Num caso como o da SIC Televisão, a responsabilidade acresce, uma vez que estamos a abordar o complexo meio da produção televisiva e na primeira televisão independente em Portugal. Acresce que, a dinâmica da empresa redunda numa alteração constante da sua estrutura orgânica no sentido de uma maior complexificação que reflete o seu crescimento.
Por opção, apresentam-se as pessoas responsáveis pela gestão operacional da SIC em diferentes áreas, procedendo-se a uma análise mais detalhada à Direção de Informação e Direção de Programas, fazendo o enquadramento direto do Arquivo Audiovisual da SIC nesta estrutura.
Na Sociedade Independente de Comunicação, a direção da empresa está a cargo do Conselho de Administração, ou seja, este ocupa o topo da estrutura, e é responsável pela orientação estratégica da empresa, a par da gestão corrente da sociedade.
Sendo o principal rosto da SIC e do Grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão surge aqui como o Chairman do grupo, apresentando-se como dono e líder da estrutura.
No cargo de CEO (Chief Executive Officer), desde 2012, Pedro Norton assume a responsabilidade de controlar e executar as diretrizes do grupo.
Num patamar inferior da estrutura hierárquica da SIC, Pedro Norton conta com uma equipa constituída por seis COO´s (Chief Operating Officer), em diferentes áreas nucleares para a gestão de uma empresa com as características da SIC.
O Arquivo Audiovisual encontra-se sob a coordenação de Ana Franqueira, que por sua vez responde a Raúl Carvalho das Neves, um dos COO, neste caso das Operações e Tecnologia.
Relativamente ao restante nível dos COO e respetivos cargos, a organização é a seguinte: COO Financeiro – Paulo Saldanha; COO Editorial – Luís Marques; COO Jurídico e Recursos Humanos - Francisco Pedro Balsemão; COO Comercial e Marketing – Martim Avillez Figueiredo; COO Operações e Tecnologia – Raúl Carvalho das Neves; COO Venda de Conteúdos e Desenvolvimento de Negócios – José Freire.
Como é facilmente identificável, até ao comum do espectador, não será difícil concluir que uma estação televisiva apresenta dois grandes segmentos no alinhamento da sua programação. Os Programas e a Informação. E neste caso a SIC não foge à regra.
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Começando pela Direção de Informação, o nome de Alcides Vieira surge aqui com o de Diretor de Informação da SIC. No auxílio à planificação da grelha de Informação do canal, Alcides Vieira conta com a colaboração de quatro Subdiretores de Informação. José Gomes Ferreira, Martim Cabral, Rodrigo Guedes de Carvalho e António José Teixeira ocupam esse cargo, sendo que o último apresenta-se como Diretor da SIC Notícias e Rodrigo Guedes de Carvalho acumula funções, desempenhando com frequência o papel de Pivot do Jornal da Noite.
Subordinados aos Subdiretores encontram-se os Coordenadores de Redação e os Editores.
Nos Coordenadores de Redação, encontramos em Lisboa os nomes de André Antunes, Coordenador do Primeiro Jornal. Maria João Ruela é a Coordenadora do Primeiro Jornal e do Jornal da Noite de sábado da SIC. Quanto a Pedro Mourinho, cabe-lhe a responsabilidade de coordenar os jornais de domingo. E ainda em Carnaxide, Anselmo Crespo e Joana Garcia ocupam também os cargos de Coordenadores de Redação. No Porto, Pedro Cruz é quem coordena a redação, sendo Lúcia Gonçalves sua Coordenadora-Adjunta.
Quanto à Editoria da SIC, esta divide-se em sete áreas distintas, cada uma com o seu Editor responsável.
As questões informativas relacionadas com Política, estão a cargo da Editora Paula Santos. José Gomes Ferreira, para além de ocupar o cargo de Subdiretor de Informação, acumula também o cargo de Editor de Economia. O Desporto, na SIC, está entregue à Editora Elizabete Marques. Relativamente às questões Online e Gestão de Conteúdos nas páginas da SIC na Internet, Ricardo Rosa ocupa o lugar de Editor Online. Como Editora Internacional, encontramos Cândida Pinto, que acumula também a coordenação da Grande Reportagem. Quanto ao cargo de Editor de Multimédia e Novas Tecnologias, este está a cargo de Lourenço Medeiros. Por último, e relativamente à Cultura, Graça Costa Pereira ocupa o lugar de Editora.
Esta breve apresentação da Direção de Informação, permite ficar com uma ideia do número de cargos e recursos humanos necessários para que se possa produzir e gerir a informação que mais tarde acaba por chegar aos principais consumidores de uma televisão, os telespectadores.
Contudo, esse consumo televisivo é também conseguido a partir de uma forte aposta dos canais de televisão nos programas de entretenimento, desempenhando um
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papel cada vez mais relevante na obtenção de lucros das estações televisivas, obtidas principalmente, a partir das receitas publicitárias.
Na SIC, a Direção de Programas encontra-se dividia por quatro diretores, não apresentando nenhum Diretor de Programas, ao contrário da Direção de Informação.
Sendo assim, Gabriela Sobral apresenta-se como Diretora de Produção. Relativamente à Gestão e Desenvolvimento de Conteúdos, Júlia Pinheiro, para além de apresentadora da SIC, assume o papel de Diretora do departamento. Luís Proença, por sua vez, surge como Diretor de Antena e Gestor de Projetos. Por último, Pedro Boucherie Mendes, que dirige a Direção de Canais Temáticos, e concomitantemente assume a Direção da SIC Radical.
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Na ilustração acima apresentada é possível observar o Organigrama da SIC e situar o Arquivo Audiovisual sob a Direção de Informação e Direção de Programas.
O Arquivo Audiovisual encontra-se na dependência da Direção de Operações e Tecnologia, cujas competências, no que respeita à Televisão, consistem em:
“Gestão de Conteúdos com a missão de garantir a receção, processamento, registo, difusão e arquivo de Conteúdos;
Engenharia e Manutenção, com a responsabilidade de planeamento, projeto, gestão de integração e manutenção de todos os equipamentos e infraestruturas dos “Sistemas de Televisão”, que suportam a atividade principal da SIC”.
Desta forma, foi-nos possível identificar e compreender de que forma se organiza o canal, bem como ter uma mais correta perceção da estrutura, pelo menos aos níveis de topo, sendo possível observar o contexto orgânico no qual se encaixa o Arquivo Audiovisual SIC.
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Refira-se que este Departamento de Operações e Tecnologias apresenta como principais áreas funcionais:
Tecnologia;
Continuidade e Tráfego;
Operações de Produção;
Infraestrutura;
Arquivo.
Porém a organização não se reduz a esta representação, existindo um conjunto de quadros que ocupam também um papel relevante no que respeita ao funcionamento da SIC.