• Nenhum resultado encontrado

Com estes questionários pretendia-se, num primeiro momento, identificado como A, conhecer os gostos das alunas em relação às aulas de TDC (o momento que preferiam e o que

63

menos gostavam de fazer nas aulas); determinar os seus gostos musicais e o tipo de música que gostariam de ouvir nas aulas de TDC. Este momento coincidiu com o início do Estágio no 1º Período letivo.

Num segundo momento, denominado B, procurou-se avaliar o grau de recetividade relativamente às músicas utilizadas em aula; perceber como as alunas vivenciaram a utilização de diferentes estímulos musicais nas aulas de TDC e como sentiram o contributo das aulas na ampliação dos seus gostos e conhecimentos pessoais em termos musicais, assim como perceber se os seus gostos em relação às aulas de TDC, tal como acima assinalados, se tinham mantido ou tinham sofrido modificações. O momento B ocorreu no final do 2º Período letivo, aquando do final do Estágio.

Da análise do gráfico 4, verificamos que, no momento A, as alunas escolheram mais do que um momento preferido nas aulas. Preferiam realizar os exercícios da diagonal (“podemos usar o espaço” - PB) e a parte artística (“podemos dar uso à nossa personalidade tornando o exercício único” – PA), havendo ainda 1 aluna que gostava de realizar os exercícios da barra e outra que gosta de realizar saltos.

Gráfico 4 – O que gostas mais nas aulas de Técnica de Dança Clássica

Do momento A para o momento B, observa-se uma grande alteração nas respostas das alunas. Apesar de continuarem a manifestar agrado pelos exercícios da diagonal, existe um aumento de alunas a gostar de realizar os exercícios na barra em detrimento do gosto pela parte considerada como mais artística das aulas. Salienta-se o facto de as alunas responderem que gostavam de exercícios específicos da aula – pirouettes, fondu, battement jeté e plié -, o que não se verificou no momento A.

Quando questionadas sobre o que gostavam menos nas aulas de Técnica de Dança Clássica, no momento A, todas as alunas responderam ser a realização de exercícios no chão (“que exijam

64

mais força” – SM). No entanto, verifica-se que no momento B essa unanimidade já não existe. Da análise do gráfico 5, observamos que as alunas identificaram como menos satisfatórios de realizar os exercícios do centro. É visível também neste gráfico que algumas alunas não gostavam de realizar exercícios específicos da aula – plié, frappé e rond de jambé -, ao contrário das respostas dadas no momento A.

Gráfico 5 - O que gostas menos nas aulas de Técnica de Dança Clássica

Na questão “Gostas da música utilizada nas aulas de Técnica de Dança Clássica”, no momento A, todas as alunas responderam de forma afirmativa, apresentando como justificação:

→ “A música utilizada é mais indicada para o tipo de exercícios exigidos. Alguns são um pouco “secantes” mas apropriados.” – AN;

→ “Porque a música Clássica inspira-me e assim dá para respirar mais.” – PB; → “Gosto da música, em especial quando é com acompanhador.” – SM;

→ “Acho que a música clássica é inspirante e permite-nos ter uma maior concentração.” – CG;

→ “Eu gosto da música de Dança Clássica mas é sempre muito melhor com acompanhador.” – AG.

Analisando as respostas obtidas, observamos que as alunas gostavam da música utilizada nas aulas por ser adequada aos exercícios, fazendo-as perceber o encadeamento dos movimentos a realizar e ajudando-as na execução dos exercícios. Verifica-se ainda que algumas alunas preferem que as aulas tenham acompanhador musical devido ao auxílio que o acompanhador presta na perceção da dinâmica dos exercícios e ao bom relacionamento existente na sala de aula.

No momento A, 3 alunas responderam sim enquanto as outras 2 responderam que não à questão “Gostaria de ouvir outro tipo de música nas aulas de Técnica de Dança Clássica. As 3 alunas justificaram as suas respostas positivas: “Músicas mais conhecidas, mais mexidas e

65

divertidas.” (SM); “Poderíamos tentar encaixar alguns exercícios nas adaptações para piano de músicas mais conhecidas no quotidiano.” (PB); “Gostava de ouvir música pop mais conhecida que eu oiça nos meus tempos livres ou durante o dia.” (AG).

As alunas que responderam de forma negativa, justificaram dizendo “Porque as músicas são inspiradoras para o que estamos a fazer.” (CG) e “Porque são adequadas aos exercícios que fazemos.” (AN).

Podemos concluir que algumas alunas gostariam de ouvir outro tipo de música nas aulas, músicas que ouviam no seu dia-a-dia, desde que fossem adaptadas às aulas de Técnica de Dança Clássica.

No momento B, quando questionadas sobre se gostaram da música utilizada nas aulas de Técnica de Dança Clássica, todas as alunas responderam afirmativamente, justificando:

→ “Porque gostei das músicas.” – CG;

→ “ Porque eram músicas que eu gostava e que me inspiravam.” – PB;

→ “Gosto das músicas mas nem sempre me ajudaram, foi uma experiência e deu para aprender.” – SM;

→ “Gostei pois foi diferente e as músicas eram muito parecidas/iguais ao nosso estilo habitual.” – AG;

→ “Apesar de algumas músicas não se adequarem à dinâmica e essência do exercício, foi uma boa experiência.” – AN.

Apesar de terem gostado das músicas utilizadas durante as aulas de estágio, algumas alunas sentiram dificuldade na execução dos exercícios.

Da análise do gráfico 6, sobre a forma como as alunas sentiram a música utilizada nas aulas, verificamos que todas as alunas assinalaram mais do que uma resposta à questão.

66

No momento A, todas as respostas dadas foram positivas, considerando as alunas a música das aulas como uma inspiração, uma motivação, uma forma de auxílio à expressão e uma ajuda para a execução do exercício.

No momento B, as alunas sentiram que a música utilizada durante o estágio foi uma inspiração, uma motivação e um meio que auxilia a expressão.

. No entanto, todas as alunas consideraram também a música das aulas durante esse período como um obstáculo à execução do exercício. Como justificação às respostas as alunas disseram:

→ “Porque eu podia gostar das músicas e até dava motivação, mas as músicas não eram indicadas para os exercícios e era difícil colocar os exercícios nas músicas.” – CG;

→ “Apesar de gostarmos das músicas, distrai-nos da execução do exercício e por vezes dificultava o reconhecimento da dinâmica do movimento. “ – AN;

→ “Mesmo com o meu enorme gosto por ouvir e fazer os exercícios com as minhas músicas, acho que dificultou um pouco o desempenho deles.” – AG;

→ “Porque apesar de gostar muito das músicas, estas não deixavam trabalhar bem as dinâmicas dos exercícios e dificultavam a execução de alguns.” – SM e PB.

Conclui-se que as alunas manifestaram grande agrado pelas músicas utilizadas durante o estágio mas sentiram dificuldades em concentrar-se nos exercícios e na sua dinâmica.

Na questão “Qual o género musical utilizado nas aulas de Técnica de Dança Clássica que mais te agradou”, as alunas identificaram por ordem crescente os seus gostos, sendo 1 o que mais gostou e 4 o que menos gostou.

Gráfico 7 – “Qual o género musical utilizado nas aulas de Técnica de Dança Clássica que mais te agradou”

67

Analisando o gráfico 7, verificamos que quanto ao género que mais gostaram, as alunas colocaram como género que mais lhes agradou as escolhas que fizeram. Os géneros de música pop e rock aparecem com respostas semelhantes, apesar de uma das alunas ter escolhido o género pop como o que menos gostou. A fusão de música jazz, world music, banda sonora original foi a que menos cativou as alunas, obtendo maior número de respostas 4 – o que menos agradou.

Apesar da diferença apresentada pelas alunas quanto ao género musical que mais gostaram na aula de TDC, as suas fundamentações foram bastante semelhantes. Assim, deram como justificação para o género musical que mais gostaram: “Escolhi este género musical (Pop) porque podia não ter letra mas dava para fazer os exercícios de Dança Clássica.” – CG; “É o género musical (Rock) que me identifico mais e que ajudou mais nos exercícios.” – AG; “Gostei porque eram músicas escolhidas por nós e nós gostamos.” – PB, “Gostei mais daquelas que escolhemos porque motivaram mais.” – AN, “Porque eram músicas que me agradavam e foi divertido.” – SM.

As alunas explicaram como razão da segunda escolha: “Porque eram na minha opinião as músicas (Pop) que deixavam trabalhar melhor as dinâmicas.” – SM, “Gostei menos porque não fomos nós que escolhemos mas adequavam-se aos exercícios.” – AN; “Porque foi o género de música (Rock) que mais se adequou aos exercícios.” – AG e PB; “Escolhi as que nós escolhemos porque eram músicas que eu gostava e tinha a letra.” - CG.

Para justificar a sua terceira escolha, as alunas fundamentaram da seguinte forma: “As músicas escolhidas (Pop) foram boas escolhas mas as dinâmicas foram um bocado “apagadas”.” – AG, “Adapta a música para piano de forma a respeitar o exercício apesar de não gostar muito das músicas.” – AN; “Porque são músicas (Rock) que eu gostei e que conheço.” – CG, “Porque até gostei das músicas e foi divertido.” – SM; “Não gostei tanto como das outras mas também foi giro.” – PB (Fusão).

As alunas apresentaram como justificação à escolha do género musical que menos gostaram: “Porque não gostei tanto como das outras porque não me identificava tanto com elas.” – PB (Pop); “Com estas músicas (Fusão) foi um pouco difícil trabalhar dinâmicas.” – AG; “Escolhi o Jazz como último porque não gostei das músicas.” – CG; “As músicas não se adequavam a alguns exercícios.” – SM; “Porque não me identificava com as músicas.” – AN.

68

Documentos relacionados