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ANÁLISE DO RESULTADO CONSOLIDADO NO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2003 EM COMPARAÇÃO AO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE

Valores em milhares de Reais, exceto se indicado de outra forma

Lucro Líquido

A CEMIG e suas controladas (“Grupo CEMIG”) apresentaram, no período de janeiro a setembro de 2003, um lucro líquido de R$813.163, em comparação ao prejuízo de R$1.150.905 no período de janeiro a setembro de 2002.

O resultado do Grupo CEMIG em 2003 foi favorecido principalmente pelo aumento na receita com fornecimento bruto de energia elétrica e pela receita financeira advinda da valorização do Real em relação ao Dólar norte-americano. No exercício anterior o resultado foi impactado de forma negativa pela provisão para perdas referente ao contrato de Contas a Receber do Governo do Estado de Minas Gerais e pela despesa financeira advinda da desvalorização do Real em relação ao Dólar norte-americano.

Fornecimento Bruto de Energia Elétrica

A receita com fornecimento bruto de energia elétrica foi de R$5.267.379 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$4.431.993 no período de janeiro a setembro de 2002, representando um aumento de 18,85%. Este resultado decorreu basicamente dos seguintes fatores:

reajuste médio nas tarifas de 10,51% a partir de 8 de abril de 2002 (efeito integral no exercício de 2003);

reajuste médio nas tarifas de 31,53% a partir de 8 de abril de 2003;

aumento no Encargo de Capacidade Emergencial cobrado no período de janeiro a setembro de 2003; e,

aumento de 0,61% no volume de energia vendida (excluindo consumo próprio). Fornecimento a consumidores finais

A receita com fornecimento bruto de energia elétrica a consumidores finais foi de R$5.217.275 de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$3.942.861 no período de janeiro a setembro de 2002, um aumento de 32,32%. Este resultado decorre substancialmente dos reajustes tarifários de 10,51% e 31,53% em abril de 2002 e 2003, respectivamente, e, em menor parte, do crescimento de 0,76% no volume de energia vendida (excluindo consumo próprio). Dentre as principais classes de consumo, a residencial e comercial, apresentaram crescimentos no volume de energia vendida de 3,96% e 4,15%, respectivamente, em contrapartida a uma redução de 1,80% no volume de energia vendida da classe industrial.

Adicionalmente, contribuiu para o crescimento da receita com fornecimento bruto de energia elétrica a consumidores finais o Encargo de Capacidade Emergencial cobrado dos consumidores nas contas de energia elétrica, R$194.463 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$44.602 no período de janeiro a setembro de 2002 (início da cobrança a partir de março de 2002). A variação expressiva entre os dois períodos decorre principalmente da cobrança retroativa, em 2003, de parcela do Encargo de Capacidade Emergencial referente ao período de 2 de julho de 2002 a 8 de outubro de 2002, no montante de R$46.468, em função de liminar de Ação Cível Pública que impedia a cobrança dos valores no período mencionado.

Volume de energia vendida a consumidores finais - GWh

8.295

8.798 9.074 8.938 9.114 8.947

1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 2002 2003

Receita com suprimento (incluindo transações com energia livre no MAE)

A receita com suprimento de energia elétrica foi de R$50.104 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$489.132 no período de janeiro a setembro de 2002, uma redução de 89,76%. Este resultado decorre basicamente da maior receita de transações com energia no MAE no ano anterior, advindas do registro do direito de ressarcimento à CEMIG da diferença entre os montantes pagos pelas transações no MAE durante o período de vigência do Programa de Racionamento e o valor de R$49,26/MWh.

Receita com Recomposição Tarifária Extraordinária

A CEMIG, em conformidade ao Acordo Geral do Setor Elétrico, reconheceu no período dejaneiro a setembro de 2002, receita com recomposição tarifária extraordinária no montante de R$268.913, referente às perdas de faturamento e parcela das despesas com energia livre comercializada no Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE durante a vigência do Programa de Racionamento. Os valores reconhecidos como receita com recomposição tarifária extraordinária estão sendo

Despesas Gerais e Administrativas

As despesas gerais e administrativas foram de R$3.240.112 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$3.406.871 no período de janeiro a setembro de 2002, uma redução de 4,90%. Este resultado decorre principalmente de uma redução na despesa com energia elétrica comprada para revenda e benefícios pós-emprego em contrapartida ao aumento nas despesas com pessoal, gás comprado para revenda, provisões operacionais e da nova contribuição, a partir de 2003, para a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE. As principais variações nas despesas estão descritas a seguir:

Pessoal

Despesa com pessoal de R$466.742 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$398.328 no período de janeiro a setembro de 2002, um aumento de 17,18%. Este resultado decorre principalmente do reajuste de 11,45% nos salários dos empregados da CEMIG em novembro de 2002 e redução no percentual dos gastos com pessoal transferidos para o custo das obras em andamento.

Energia Elétrica Comprada para Revenda

A despesa com energia comprada para revenda foi de R$1.036.669 de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$1.455.041 no mesmo período do exercício anterior, uma redução de 28,75%. Este resultado decorre da redução nas despesas de transações com energia no MAE, R$37.121 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$564.538 no mesmo período de 2002. A maior despesa com transações no MAE em 2002 deve-se às tarifas significativamente mais altas para compra de energia livre praticadas durante o período em que Programa de Racionamento encontrava-se em vigência, sendo que em função de revisão da metodologia de apuração dos custos e atraso na divulgação das informações pelo MAE, somente foram registradas no exercício de 2002. Em contrapartida, ocorreu um crescimento na despesa com compra de energia de Itaipu, R$865.850 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$727.705 no mesmo período de 2002.

Depreciação/Amortização

A despesa com depreciação e amortização não apresentou variação relevante na comparação entre os períodos, montando R$421.766 de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$408.388 de janeiro a setembro de 2002, sendo decorrente principalmente da entrada em operação de novas redes e linhas de distribuição da CEMIG e ativos permanentes da Infovias, companhia controlada pela CEMIG.

Serviços de terceiros

A despesa com serviços de terceiros foi de R$221.944 no período de janeiro a setembro de 2003, em comparação a R$179.556 no período de janeiro a setembro de 2002, uma variação de 23,61%. Esse resultado deve-se basicamente ao reajuste nos contratos de prestação de serviços, destacando-se aqueles relacionados à manutenção e conservação de instalações e equipamentos elétricos.

Obrigações pós-emprego

A despesa com obrigações pós-emprego foi de R$35.630 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$162.748 no período de janeiro a setembro de 2002, representando uma redução de 78,11%. A redução nas despesas deve-se basicamente a estimativa, para o exercício de 2003, de um menor crescimento nas obrigações com benefícios futuros relativamente a uma maior rentabilidade esperada nos ativos do fundo de pensão.

Provisões Operacionais

Provisões operacionais de R$133.912 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$28.032 no período de janeiro a setembro de 2002, um aumento de 377,71%. Este crescimento nas provisões deve-se ao complemento, no período de janeiro a setembro de 2003, na provisão para perdas na recuperação dos valores da Recomposição Tarifária Extraordinária, no montante de R$32.166, e provisões para créditos de liquidação duvidosa de R$66.168 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a uma provisão de R$4.717 no período de janeiro a setembro de 2002. O crescimento expressivo nos valores provisionados referentes a créditos de liquidação duvidosa deve-se ao reajuste tarifário de abril de 2003 (com impacto na provisão efetuada no 3º trimestre de 2003) e ao aumento da inadimplência entre os períodos comparados.

Conta de Consumo de Combustível – C.C.C

A despesa com C.C.C. foi de R$219.900 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$252.373 no período de janeiro a setembro de 2002, uma redução de 12,87%. Refere-se aos custos de operação das usinas térmicas dos sistemas interligado e isolado brasileiro rateados entre os concessionários de energia elétrica através de Resolução da ANEEL.

Gás comprado para revenda

A compra de gás para revenda foi de R$126.148 no período de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$75.568 no período de janeiro a setembro de 2002, um aumento de 66,93%. Refere-se a compra de gás pela GASMIG, sendo que esta variação decorre do reajuste no preço do gás, sendo parcialmente compensado por uma redução de 0,73% no volume de gás adquirido, 319.056 mil m3 de janeiro a setembro de 2003 em comparação a 321.415 mil m3 de janeiro a setembro de 2002 em função da menor compra de gás por usinas térmicas e grandes consumidores industriais, sendo compensado parcialmente por um incremento nas vendas para o setor automotivo.

Conta de Desenvolvimento Energético - CDE

A Conta de Desenvolvimento Energético – CDE tem o objetivo de promover o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida através de fontes alternativas. Os

Receitas (Despesas) Financeiras

Os principais fatores que impactaram o resultado financeiro estão relacionados a seguir:

Renda de aplicação financeira no período de janeiro a setembro de 2003 de R$65.572 em comparação a R$196.829 no período de janeiro a setembro de 2002. A variação negativa decorre do menor volume de recursos aplicados em 2003.

Ganhos líquidos com variações cambiais no período de janeiro a setembro de 2003 de R$315.726 em comparação a perdas líquidas de R$887.591 no período de janeiro a setembro de 2002, advindos basicamente dos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira. No período de janeiro a setembro de 2003, o Real apresentou uma valorização de 17,26% frente ao Dólar norte-americano em comparação a uma desvalorização do Real de 67,85% em relação do Dólar norte-americano no mesmo período de 2002.

Receita líquida com atualização monetária da CVA de R$74.090 de janeiro a setembro de 2003 em comparação a R$2.341 de janeiro a setembro de 2002. Esta variação deve-se ao maior saldo médio da CVA, em 2003, utilizado como base para atualização pela SELIC.

Despesa com encargos e variação monetária de empréstimos e financiamentos, no montante de R$244.464, no período de janeiro a setembro de 2003, em comparação a R$184.117 no mesmo período do exercício anterior. Este resultado deve-se principalmente ao menor volume de encargos financeiros transferidos para o custo das obras em andamento em 2003.

Reversão, no período de janeiro a setembro de 2003, da provisão para desvalorização ao valor de mercado das Notas do Tesouro Nacional, que são indexadas a variação do Dólar norte-americano, no montante de R$53.498 em comparação à provisão de R$70.579 no período de janeiro a setembro de 2002.

Juros sobre o capital próprio declarados no período de janeiro a setembro de 2002 no montante de R$120.000.

Resultado não operacional

Resultado não operacional devedor de R$24.470 no período de janeiro a setembro de 2003, em comparação a R$1.064.866 no período de janeiro a setembro de 2002. Este resultado decorre da provisão para perdas, constituída em 2002, no montante de R$1.045.325, referente ao Segundo Aditivo Contratual assinado com o Governo do Estado de Minas Gerais relativo ao contrato de cessão da CRC.

Imposto de Renda e Contribuição Social

O grupo CEMIG apurou, no período de janeiro a setembro de 2003, despesas com Imposto de Renda e Contribuição social no montante de R$480.128, representando 37,15% do lucro antes dos efeitos fiscais.

No período de janeiro a setembro de 2002, foram apurados benefícios fiscais de R$126.809 em relação ao prejuízo antes dos efeitos fiscais de R$1.407.912, um percentual de 9,01%. Este resultado decorre basicamente da provisão para perdas com o contrato da CRC, constituída em 2002, no montante de R$1.045.325, indedutível para fins de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social.

Informações não revisadas pelos Auditores Independentes

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