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Hollow section composite steel‐concrete columns at elevated  temperature

4  Análise dos Resultados

Le,fi/b ou Le,fi/d = 35  6,8810411,045037,176022,7180 1,000   Le,fi/b ou Le,fi/d = 30  14,5820420,6160311,379023,49101,000  Le,fi/b ou Le,fi/d = 25  21,8230429,6950315,281024,16501,000   Le,fi/b ou Le,fi/d = 20  57115 99521 68011 23458 2 4860 0 1000 0 3 0 4 0 5 0 , , , , , ,    Le,fi/b ou Le,fi/d ≤ 10  41,8220581,2670460,8380322,607024,9260 1,000   

Nas  expressões  da  tabela  6, 0  é  igual  a /b  ou /d,  para  seções  quadradas  ou 

circulares,  respectivamente.  Para  valores  intermediários,  pode‐se  fazer  interpolação  linear. 

Portanto,  para  que  um  pilar  tubular  preenchido  com  concreto,  submetido  à  compressão excêntrica ou ao efeito combinado de compressão axial e momento fletor,  seja  adequadamente  dimensionado  em  situação  de  incêndio,  deve‐se  ter

Rd , fi Sd , eq , fi N N  . 

O  método  apresentado  pode  ser  aplicado  a  pilares  tubulares  de  seção  quadrada  ou  circular  –  embora  não  haja  proibição  explícita,  a  EN  1994‐1‐2:2005  não  é  clara  se  o  método abrange também os pilares de seção retangular. Neste trabalho, entretanto, o  método também foi aplicado aos pilares de seção retangular. O método do Anexo H da  norma europeia possui ainda outras exigências e limitações que devem ser atendidas  para sua aplicação – ver EN 1994‐1‐2:2005 para maiores esclarecimentos. 

Neste trabalho, por facilidade e efeito de comparação, os parâmetros foram aplicados  multiplicando  a  força  axial  de  cálculo  resistente,  dando  origem  à  força  excêntrica  resistente de cálculo, Nfi,exc,Rd, a ser comparada com a força utilizada nos ensaios, dada  por: Nfi,exc,Rd sNfi,Rd.

   

Análise dos Resultados 

 

Nesta  seção,  apresentam‐se  análises  estatística  e  qualitativa  dos  resultados  encontrados.  A  análise  estatística  é  feita  com  base  em  simples  medidas  de  locação  (média) e dispersão (desvio padrão). Para isso, introduziu‐se uma variável denominada 

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erro de modelo (ME) – ver Tabela 1 a 4 – , isto é, da razão entre os valores calculados  teoricamente e os obtidos nos ensaios, cuja média é utilizada para verificar o grau de  conservadorismo  (ou  não  conservadorismo)  do  modelo  de  cálculo  adotado  pelo  programa.  O  desvio  padrão  de  ME  é  uma  indicação  da  precisão  desse  modelo.  Também  foram  calculados  coeficientes  de  correlação  entre  os  valores  obtidos  teoricamente pelo programa e os obtidos nos ensaios. 

A primeira observação que pode ser feita ao se analisar os resultados apresentados é  sua  grande  dispersão,  em  especial  na  região  de  esbeltez  reduzida  em  temperatura  elevada,  , ,  compreendida  entre  0,7  e  1,3,  evidenciada  pelo  alto  valor  encontrado  (0,26) do desvio padrão da variável erro de modelo (ME) – ver Figura 3 adiante. Isso,  de certa forma, já era esperado, haja vista as incertezas envolvidas no comportamento  de estruturas em situação de incêndio, relativas tanto aos procedimentos de ensaios –  e  ausência  de  informações  completas  nos  relatórios  –  quanto  ao  modelo  teórico  propriamente dito. No primeiro caso, podem‐se citar as dificuldades inerentes a esse  tipo de ensaio, a variação de procedimentos e equipamentos de um laboratório para  outro  –  por  exemplo,  a  maneira  de  carregar  o  protótipo,  o  tipo  de  mecanismo  de  controle  e  de  combustível  utilizados.  No  segundo  caso,  a  inabilidade  do  modelo  de  captar o comportamento real do pilar em situação de incêndio, modos alternativos de  colapso,  flambagem  local,  etc.  Elevados  valores  de  dispersão  também  foram  observados em outros trabalhos similares (Rush et al., 2011). Por outro lado, o baixo  valor  encontrado  para  a  média  do  erro  de  modelo  (0,68)  sugere  que  os  modelos  de  análise térmica e estrutural adotados pelo programa são bastante conservadores em  média. 

Apresenta‐se a seguir a Figura 4, de correlação entre os valores calculados e os obtidos  nos  ensaios,  que  contém  também  a  linha  de  correlação  perfeita  (linha  diagonal)  e  a  que representa o erro médio. A área abaixo da linha de correlação perfeita representa  valores  conservadores,  no  domínio  de  sobrevivência,  enquanto  a  área  acima  representa valores não conservadores, no domínio de falha. Observa‐se que a linha de  erro  médio  (0,68)  situa‐se  1,24  desvios  padrão  (0,26)  abaixo  da  linha  de  correlação  perfeita  (1,00).  Supondo  que  a  variável  erro  de  modelo  possa  ser  representada  por  uma  distribuição  normal  –  testes  de  normalidade  não  rejeitaram  essa  hipótese  para  nível de significância de 5% –, isso significa que se espera que 89% dos valores estejam 

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no  domínio  de  sobrevivência,  o  que  evidencia  novamente  o  caráter  conservador  do  método  de  cálculo  utilizado  pelo  programa.  Calculou‐se  também  o  coeficiente  de  correlação  entre  os  valores  teóricos  e  os  dos  ensaios,  obtendo‐se  o  valor  de  89%,  denotando  correlação  quase  perfeita  entre  o  método  de  cálculo  e  os  ensaios  –  segundo  Haldar  e  Mahadevan  (2000),  duas  amostras  podem  ser  consideradas  perfeitamente correlacionadas se o seu coeficiente de correlaçãofor igual ou superior  a 90%.      Figura 3 – Apresentação dos resultados relativos à curva da ABNT NBR 14323:2013  Observa‐se na Tabela 3, dos casos de carga centrada sem uso de armadura, o método  de  cálculo  mostra‐se  menos  conservador  à  medida  que  se  aumenta  a  dimensão  da  seção  transversal  até  que,  a  partir  de  dimensões  superiores  a  360  mm,  torna‐se  claramente  não  conservador.  Isso  se  deve  provavelmente  ao  desenvolvimento  de  tensões  locais  elevadas  e  fissuras  oriundas  do  gradiente  de  temperatura  que  se  propagam  através  do  núcleo  de  concreto  pela  ausência  de  armadura  transversal  e  perda  do  confinamento  do  concreto  à  medida  que  as  propriedades  do  aço  do  tubo  degradam‐se com o aumento da temperatura (Lie e Chabot, 1992a). Observou‐se que  quanto  maiores  forem  as  dimensões  da  seção  transversal  maiores  se  tornam  esses 

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0   Curva NBR 14323:2013 Com_armadura_sem_excentricidade Com_aramdura_com_excentricidade Sem_armadura_sem_excentricidade Sem_armadura_com_excentricidade

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efeitos.  Assim  sendo,  com  base  nos  ensaios  apresentados,  recomenda‐se  que  não  sejam utilizados pilares sem armadura com dimensão da seção transversal superior a  360  mm. 

  Figura 4 – Correlação entre valores calculados e de ensaio 

Ainda  em  relação  aos  pilares  sem  armadura,  pode‐se  notar  que,  embora  o  erro  de  modelo  apresente‐se  sempre  do  lado  da  segurança,  o  tempo  de  resistência  ao  incêndio‐padrão  na  presença  de  excentricidade  praticamente  não  ultrapassou  30  minutos nos ensaios – ver Tabela 1. Recomenda‐se, portanto, que os pilares mistos  tubulares  submetidos  a  forças  excêntricas  não  sejam  utilizados  sem  armadura  para  TRRF superior a 30 minutos. 

Expurgando‐se  as  situações  não  recomendadas,  observa‐se  uma  discreta  melhora  na  dispersão,  evidenciada  pela  diminuição  do  desvio  padrão  (0,24)  e  um  aumento  do  conservadorismo, representada pela diminuição da média (0,66). Nesse caso, a média  encontra‐se  1,41  desvios  padrão  abaixo  da  correlação  perfeita,  significando  que  se  espera que 92% dos valores estejam no domínio de sobrevivência.  0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 Carg a ú ltima calcu lad a -Ncalc (kN)

Carga última de ensaio - Ntest(kN)

Com_armadura_sem_excentricidade Com_armadura_com_excentricidade Sem_armadura_sem_excentricidade Sem_armadura_com_excentricidade Correlação_perfeita Média + 1,24

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Outro ponto que merece destaque são os relativamente bons resultados encontrados  com o método apresentado no Anexo H do EN 1994‐1‐2:2005 para cálculo dos pilares  tubulares com armadura submetidos a forças aplicadas excentricamente – ver Tabela  4.  A  análise  estatística  mostra  uma  dispersão  bem  menor  dos  resultados  (desvio  padrão  igual  a  0,19),  embora  um  pouco  mais  conservadores  (média  de  0,65),  e  correlação  perfeita  (92%).  Com  isso,  estima‐se  que  cerca  de  97%  dos  resultados  estejam no domínio de sobrevivência. 

Os  pilares  com  armadura  e  sem  excentricidade  –  Tabela  2  –  foram  os  que  apresentaram o maior grau de conservadorismo (média de 0,55), com desvio padrão  relativamente  baixo  (0,20).  Entretanto,  em  relação  aos  pilares  com  armadura  e  excentricidade,  apresentam  dispersão  relativa  um  pouco  maior,  evidenciado  pelos  coeficientes de variação, iguais a 29% e 36%, respectivamente. 

Analisando os resultados dos modelos sem armadura e sem excentricidade – Tabela 3,  observa‐se  um  aumento  da  capacidade  de  carga  daqueles  construídos  com  concreto  de agregado graúdo calcário em relação aos de agregado silicoso. Esse fato, também  observado em diversas publicações (Lie e Chabot, 1992; Chabot e Lie, 1992; Myllymäki 

et al., 1994), é devido principalmente ao processo de descarbonetação que ocorre no 

agregado  calcário  a  partir  de  700  °C,  atingindo  seu  ponto  crítico  próximo  a  900  °C  (calcinação). Essa reação, fortemente endotérmica, aumenta significativamente o calor  específico  e  diminui  a  massa  específica  do  agregado,  o  que  retarda  o  aumento  da  temperatura do núcleo de concreto. 

 

Conclusões 

 

Neste trabalho, após uma pesquisa abrangente, foram apresentados os resultados de  diversos  ensaios  encontrados  na  literatura  técnica,  que  foram  comparados  aos  calculados  pelo  programa  PilarMisto  versão  3.04.11,  com  o  intuito  de  verificar  a  adequação  da  análise  térmica  e  do  procedimento  de  cálculo  analítico  simplificado  apresentados  na  norma  brasileira  ABNT  NBR  14323:2013.  Algumas  conclusões  são  apresentadas a seguir: 

 Os  procedimentos  utilizados  são  bastante  conservadores  em  média,  mas  os  resultados apresentaram uma dispersão muito grande; 

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