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Definição: consiste numa aplicação de métodos e técnicas para identificação de riscos e

análise de possíveis conseqüências negativas para a sociedade e para o meio ambiente, resultantes das atividades humanas ou das forças da natureza, como terremotos, erupções vulcânicas, temporais, inundações, etc.

Objetivo do Estudo de uma Análise de Riscos

O objetivo de um estudo de Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos é identificar os riscos potenciais de geração de acidentes de um empreendimento e, ainda, avaliar os efeitos destes sobre o meio ambiente e a saúde pública nas áreas limítrofes, resultando na aplicação de medidas mitigadoras, através da implantação de programas de

gerenciamento de riscos.

Etapas do Estudo de uma Análise de Riscos

O Estudo de Análise de Riscos pode ser divido em quatro etapas:

Avaliação Prévia – etapa de estudos preliminares, onde são definidos os objetivos do

trabalho e é elaborado um estudo de caracterização do empreendimento, considerando as características do processo e dos equipamentos, os produtos envolvidos, as

CONTATOS: 65-9606-5868 / 9292-0800 / 8125-1802 / 8125-1801. www.maximamt.com.br estudo de análise de riscos, a disponibilidade de tempo, a disponibilidade de equipe técnica treinada, etc.

Identificação de Riscos - esta etapa tem por finalidade identificar os principais riscos

existentes no processo de funcionamento do empreendimento e, a partir daí, definir as hipóteses acidentais mais relevantes que devam ser estudadas mais detalhadamente. Devido ao caráter aleatório dos objetivos de segurança, a identificação dos riscos pode utilizar métodos qualitativos e/ou quantitativos. Os métodos quantitativos são

desenvolvidos quando se deseja implementar a segurança de maneira mais eficiente, utilizando-se para tanto de cálculos de probabilidades.

Existem inúmeras técnicas para identificação de riscos, dentre as quais podem ser citadas as seguintes:

Análise Histórica de Acidentes – deve ser levantada a história de acidentes ocorridos

em instalações similares. Isso é feito mediante consulta a banco de dados de acidentes internacionais e nacionais e /ou através de literatura especializada, para que se possa obter informações a respeito das causas mais comuns que geraram acidentes no passado, bem como da freqüência de ocorrência desses acidentes.

Dentre os principais banco de dados de acidentes existentes hoje no mercado, pode-se destacar:

Inspeção de Segurança – método através do qual é possível identificar os riscos

existentes em um empreendimento, efetuando-se pesquisas e visitas em campo.

“Checklist”- método qualitativo cuja aplicação se dá através da utilização de

questionários que fornecem uma visão dos riscos existentes em uma instalação. Pode ser aplicado em todas as fases de um empreendimento, ou seja, projeto, construção e

operação.

E se? – trata-se de um método qualitativo que tem como principio básico a formulação

de questionamentos através de pergunta “E se?”. O objetivo desse método é identificar os eventos indesejados, bem como suas conseqüências, sem, contudo, identifica-los. A equipe necessária para sua aplicação deverá ser composta por especialistas que irão formular as perguntas baseados em suas experiências particulares

Análise de Causas e Conseqüências – é uma combinação das técnicas utilizadas nas

análises de árvore de falhas e eventos. Seu resultado relaciona as conseqüências

especificas de um acidente e suas causas básicas. Esse método pode ser utilizado, ainda, para quantificar a freqüência de ocorrência de seqüência de cada evento.

Análise Preliminar de Risco – faz parte do Programa de Segurança padrão militar

exigido nos EUA. O objetivo principal dessa análise é reconhecer os riscos previamente e com isso economizar tempo e gastos no replanejamento de grandes instalações.

Estudos de Riscos e Operabilidade (HAZOP – Hazard and Operability Study) –

método que permite a identificação dos riscos e dos problemas de operabilidade. O HAZOP de palavras-guia é o mais utilizado e consiste na realização de uma série de reuniões, durantes as quais uma equipe multidisciplinar focaliza os pontos específicos

CONTATOS: 65-9606-5868 / 9292-0800 / 8125-1802 / 8125-1801. www.maximamt.com.br do projeto, os chamados “nodos de estudo”, dando idéias e soluções para os riscos

identificados.

As palavras-guia são palavras simples, utilizadas para qualificar ou quantificar a intenção de modo a guiar e estimular o processo de criatividade e, assim, descobrir desvios.

Ex: nenhum, mais, também, outro, etc.

A melhor ocasião para realização de um HAZOP é a fase em que o projeto se encontra razoavelmente consolidado. Nesta altura, o projeto já está no ponto de permitir a formulação de respostas às perguntas do estudo e ainda é possível alterar o projeto sem grandes despesas.

AMFE – Análise de Modos de Falhas e Efeitos (Failure Modes and Effects Analysis – FMEA) – técnica usada para enumeração dos possíveis modos, segundo os quais os componentes de um equipamento ou de um sistema podem falhar e determinação dos efeitos que surgem a partir dessas falhas. Trata-se de um método indutivo que parte de uma falha hipotética de um componente para o efeito resultante sobre o sistema, gerando resultados qualitativos.

Para obtenção de um bom resultado é imprescindível a participação de técnicos com profundo conhecimento e experiência no equipamento ou sistema a ser estudado. Para o estudo desta técnica, vale salientar a diferença entre modo de falha e causa de falha; várias causas distintas podem conduzir a um mesmo modo de falha.

Análise de Árvore de Falhas (AAF) – técnica recente, utilizada para identificação de eventos mais complexos que os determinados por FMEA.

Consiste na diagramação dos eventos contribuintes e das falhas, de modo sistemático, formando uma árvore, onde é mostrado o inter-relacionamento entre os mesmos e em relação ao evento “Topo” (evento indesejado).

Análise de Árvore de Eventos (Event Tree Analysis – ETA) – técnica para análise das conseqüências de um evento indesejado, na qual as árvores de eventos descrevem a seqüência dos fatos que se desenvolvem para que um acidente ocorra, definindo quais são as possíveis conseqüências geradas pelo mesmo.

O estudo de análise de árvore de eventos se desenvolve nas seguintes etapas:

Identificação do evento inicial – pode ser proveniente de outras etapas já

desenvolvidas, como análise histórica de acidentes, análise de árvore de falhas, etc.

Identificação de interferências – interferências são as situações que se relacionam com

o evento inicial, podendo acarretar diferentes caminhos para o desenvolvimento da ocorrência, gerando, assim, diferentes conseqüências.

Construção da árvore de eventos – o evento inicial é registrado do lado esquerdo da

pagina e as interferências no topo da pagina, em ordem cronológica. Linhas de

intersecção são traçadas fazendo as relações entre o evento e as diversas interferências. Descrição da Conseqüências – ultimo passo no desenvolvimento da árvore,

representando uma variedade de “saídas” resultantes do evento inicial.

Avaliação dos Riscos – Identificadas as hipóteses acidentais, faz-se uma avaliação

detalhada das mesmas para que se possa estimar as prováveis conseqüências ocasionadas por tais eventos.

A estimativa das conseqüências é feita através de modelos matemáticos conhecidos como “modelos de conseqüências” que fazem a “análise de conseqüências”, e a

quantificação de seus efeitos físicos através de “modelos de vulnerabilidade” que fazem a “análise de vulnerabilidade”.

CONTATOS: 65-9606-5868 / 9292-0800 / 8125-1802 / 8125-1801. www.maximamt.com.br Os modelos de conseqüência tem como objetivo gerar um mapa da região a estudada onde estarão assinalados os efeitos físicos das hipóteses acidentais. Enquanto os modelos de vulnerabilidade permitem a estimativa dos danos em função das características das conseqüências físicas.

Gerenciamento dos Riscos – estudo de alternativas para diminuição dos riscos

identificados.

A gestão do risco pode ser estendida como complexo constituído pelo processo de avaliação e de tomada de decisão com base nas informações obtidas a partir da analise de risco.

Programas de Gerenciamento de Riscos

Um Programa de Gerenciamento de Riscos tem por objetivo a implantação efetiva de uma filosofia de segurança e controle dos riscos durantes todas a vida útil de uma empresa, e deve apresentar:

Treinamento e capacitação técnica – o erro humano é uma das principais geradoras de

acidentes nas atividades industriais.

Manutenção – contribui diretamente para o aumento ou redução do número de

acidentes.

Auditorias – realizadas com a finalidade de avaliar periodicamente a eficiência do

Programa de Gerenciamento de Riscos.

Medidas de Redução de Riscos

As medidas de redução de riscos são ações que operam ora sobre a freqüência de ocorrência do evento, ora sobre a magnitude das conseqüências, permitindo passar de um risco inaceitável para um aceitável. Essas medidas são as seguintes:

Ações de Prevenção - corresponde a uma ação de redução do risco pela diminuição da probabilidade de ocorrência do evento indesejado, sem diminuir a gravidade de suas conseqüências.

Ações de Proteção – corresponde a uma ação de redução do risco, baseada na

diminuição da gravidade das conseqüências do evento indesejado após sua ocorrência, sem, contudo, diminuir sua probabilidade.

As ações de proteção podem ser por redução dos impactos físicos e por redução ou proteção da população exposta. Esta última pode ser de dois tipos: redução estática, efetuada à nível de projeto, evitando a localização de determinados equipamentos em áreas sensíveis; e redução dinâmica, efetuada pela adoção de um plano de ação deve ser previsto e está concluído antes da ocorrência do acidente.

Ações de Resseguro – não tem por objetivo nem reduzir a probabilidade nem a

gravidade de um evento indesejado. Seu objetivo é transferir para um terceiro (o segurador) total ou parcialmente as conseqüências financeiras do risco.

Método Qualitativo para Priorização das Medidas de Redução de Riscos

Diante das dificuldades em se estabelecer prioridades no controle dos riscos e da necessidade de se nortear o empreendedor e os responsáveis pela segurança do

CONTATOS: 65-9606-5868 / 9292-0800 / 8125-1802 / 8125-1801. www.maximamt.com.br empreendimento na tomada de decisões, a ESCA Ambiental desenvolveu uma

metodologia qualitativa para priorizar a implantação das medidas de redução dos riscos propostas no Estudo de Análise de Riscos.

Esse método é baseado em padrões de custo – beneficio, onde:

Custo- é o valor monetário necessário para implantação da medida, sendo: Baixo: até US$ 20.000

Médio: de US$ 20.000 até US$ 60.000 Alto: acima de US$ 60.000

Abandono de área: Conhecer as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada;

O Plano de Abandono de Área constitui na documentação dos procedimentos para a evacuação de pessoas em edificações ou locais que encontram- se em situações de riscos e perigos como: incêndios, explosões, atentados, colapsos estruturais e intempéries climáticas. Para a elaboração e

atualização são consideradas: Avaliações

Preliminares de Perigos e Riscos (APPR), distâncias,

velocidades e

intensidade de

radiações,

modelagens matemáticas, ocupações, horários, perfil da população fixa e flutuante, colaboradores, terceirizados e visitantes.

Algumas unidades empresariais, parques e Distritos Industriais podem necessitar de procedimentos específicos para o abandono de plantas ou

comunidades circunvizinhas, considerando a

abrangência dos efeitos de possíveis acidentes como: explosões, radiações, nuvens tóxicas entre outros.

Quando há necessidade destas evacuações e envolvimento de órgãos públicos como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, pode ser considerado a utilização dos

procedimentos do Processo APELL - Awareness and Preparedness for

Emergencies at Local Level ( http://www.uneptie.org/pc/apell/ - Programa de

Alerta e Preparação para Emergências Locais ) tendo como objetivo criar e

aumentar o alerta da comunidade aos possíveis riscos existentes a fabricação, manuseio e utilização de materiais perigosos e quanto às medidas tomadas pelas autoridades e indústria no sentido de proteger a comunidade local e com base nessas informações e em cooperação com as comunidades locais, desenvolver planos de atendimento para as situações de emergência que possam ameaçar a segurança da coletividade.

Os Planos de Abandono de Áreas são recomendados e exigidos por agências internacionais de certificação de qualidade, além de Normas Regulamentadoras e Legislações, podendo ser solicitado a sua apresentação e documentação de realizações

CONTATOS: 65-9606-5868 / 9292-0800 / 8125-1802 / 8125-1801. www.maximamt.com.br e avaliações de desempenho, durante auditorias internas e externas e também

processos judiciais. Elaboração e desenvolvimento de Exercícios Simulados de Emergências

O exercício Simulado de Atendimento à Emergências é o desencadeamento dos procedimentos documentados no PAE - Plano de Atendimento à Emergências, sendo desenvolvidos de acordo com os cenários emergenciais descritos na APPR - Análise Preliminar de Perigos e Riscos.

As ações de atendimento no exercício simulado podem ser no nível de comunicação com o acionamento de pessoal e recursos materiais através dos sistemas de

comunicações, podem ser de cenário “table top” ou "in door" com uso de maquetes e cenário virtual com recursos de multimídia e mobilização de pessoal em salas de treinamento, ou ainda em cenário real com a mobilização de pessoal, recursos materiais no local do cenário, atendendo assim a maior quantidade de itens de avaliação do exercício como: eficiência de comunicação, tempo de resposta, evacuação de área, dimensionamento de recursos materiais, logística, eficiência do atendimento e remoção de vítimas.

Controle de pânico: Conhecer formas de controle de pessoal em casos de emergência;

PÂNICO

É a manifestação do desespero que se apodera da maioria das pessoas, agem pelo instinto de autodefesa, diante de um perigo que muitas vezes é irreal.

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