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Capitulo 3 Estudo empírico

3.3. Caracterização da organização em estudo

3.3.7. Análise SWOT

Depois de uma revisão interna da realidade da PH Energia, considerando os aspetos do seu ambiente macroeconómico, tecnológico e sócio-cultural, bem como uma avaliação do seu ambiente competitivo, é possível listar um número de fatores de sistema operacional que se mostram decisivos para o desenvolvimento da estratégia da empresa. Estes fatores podem ser classificados através da matriz SWOT.

Factores internos Pontos Fortes

Qualidade de liderança dos gerentes da empresa;

Forte know-how e formação superior dos recursos humanos; Potencial de clientes alargado;

Qualidade e Desempenho do serviço de apoio ao cliente;

Existência de um CRM12 funcional que melhora a ligação entre todos os departamentos envolvidos na angariação de clientes;

51 Relacionamentos estratégicos com fornecedores de energia e produtores;

Metodologia robusta já desenvolvida e testada na gestão de energia e na área comportamental para alavancar os resultados da implementação da tecnologia; Rede de parceiros locais no exterior alargada e prestação eficiente de serviços; Soluções que possibilitam alavancar estratégias de inovação de mercado;

As infraestruturas e o ambiente de trabalho para a operacionalização dos processos; A disponibilidade desmonstrada pelos colaboradores e a recetividade para melhorar

as boas práticas existentes na organização;

Modelação de processos automáticos de forma a que estes pudessem responder a todos os requisitos;

Facilidade para fazer benchmarking e aumentar o valor para o cliente; Capacidade e eficiência dos projetos de Investigação & Desenvolvimento.

Pontos Fracos

Pouca experiência operacional para projetos de grande escala em mercados externos;

Tarifários sem diferenciais competitivos;

Os custos de investigação e desenvolvimento são ainda elevados;

Não cumprimento de alguns requisitos especificados (ex.: regulamentares ou legais, normativos, subscritos pela organização ou requisitos de outras partes interessadas); Modelo de faturação e de cobrança com algumas limitações

Sistema de análise de risco com deficiências;

Anomalias na informatização e automatização de processos internos;

Grande dependência das instituições financeiras e custos elevados com operações financeiras;

Necessidades financeiras importantes para o desenvolvimento de soluções e marketing e inovação;

Ineficácia na comunicação entre departamentos; Pouca visibilidade para mercado de massas;

Alguma experiência está ainda muito dependente de projetos piloto; Risco de não aprovação dos projetos;

52 Fatores externos

Oportunidades

Fornecimento de um serviço primário; Inclusão recente de investidores externos; Avaliação de Sistema de Gestão da Qualidade;

Liberalização dos mercados no setor energético fazem aumentar a necessidade de os pequenos comercializadores implementarem estratégias de diferenciação;

Exploração de àreas de alta capacidade: Energia Solar Fotovoltaica e Agregação de Energia;

Lançamento de soluções no mercado para estimular os consumidores a minimizarem, otimizarem e monetizarem o seu consumo de energia;

A sociedade está cada vez mais sensibilizada para as questões da poupança energética;

Políticas públicas tanto de vários governos como da própria Comissão Europeia incentivam cada vez mais a realização de investimentos em soluções energéticas.

Ameaças

Aumento do preço de compra da energia;

Reincidência de recessão económica e retração na realização de novos investimentos.

Elevada concorrência instalada no mercado e existência de concorrentes maiores no negócio;

Mudança de Leis e parâmetros regulamentadores; (observação 1)

Mercado dinâmico com forte exigência em termos de atualização tecnológica; Poder de negociação dos fornecedores;

Redução dos prazos de pagamento por alguns fornecedores;

Reduzida influência no mercado e risco de uma má critica recebida publicamente; Roubo de know-how e informações fundamentais;

53 Ineficácia na comunicação com o ORD13 e o ORPE14 e os atrasos na faturação de uso de redes;

Dependência de incentivos públicos em alguns mercados por parte dos clientes.

Depois de se realizar uma análise SWOT deve-se impor medidas que consigam estancar as fraquezas e maximizar as forças. O objetivo será sempre superar as ameaças, tentando beneficiar ao mesmo tempo das oportunidades. A identificação destes elementos é importante para se estabelecer prioridades e tomar decisões estratégicas.

Para além da análise SWOT apresentada, será importante salientar neste estudo que o negócio da PH energia Lda está afetado por vários constrangimentos, nomeadamente a instabilidade/volatilidade legislativa do sector e das politicas económicas e energéticas em geral:

Alteração legislativa – alterações legislativas introduzidas pelo Governo ao setor energético ou propostas do regulador da Energia: a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Alteração na política energética – refere-se ao reflexo das preocupações e alterações que são feitas por cada governo no que se confere, por exemplo, à produção de energia de fontes renováveis ou o estimulo às empresas para a redução do consumo de eletricidade, salientando que qualquer alteração introduzida cumpre a lei e têm estabilidade regulatória.

A PH Energia Lda preocupa-se em ser um Agente de Mercado ativo e cumpridor para com os regulamentos da ERSE, legislação nacional e comunitária. A organização exige a si mesma estar em compliance legal e regulamentar, participa nas consultas públicas e de interessados que dizem respeito à sua atividade, integrando ainda o corpo associativo da “ADENE – Agência para a Energia”, e da “ACEMEL – Associação de Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado”, que tem como finalidade dar maior representatividade às preocupações das pequenas comercializadoras, bem como contribuir

13 Eletricidade: A gestão da logística do processo de mudança de comercializador está atribuída ao

operador da rede de distribuição (EDP Distribuição)

14 Gás Natural: O processo de mudança de comercializador está legalmente atribuido à REN

54 construtivamente com ações e opiniões junto dos órgãos decisórios do Sistema Energético Nacional.

O maior risco inerente para a organização é não se conseguir adaptar em tempo útil a todas as alterações necessárias de implementar.

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