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4. ANÁLISE E CARACTERIZAÇÃO DE PRÁTICAS DE GESTÃO DE FLUXO EM

5.4. ANÁLISES E DISCUSSÕES ACERCA DOS ESTUDOS DE CASOS

Esta subseção é dedicada a analisar os resultados obtidos com os estudos de casos.

O estudo da Empresa X revelou que a empresa usa os conceitos da prática CPFR (Figura 37).

O CPFR está na transmissão de informação que existe entre as empresas e no processo de confiança que há entre estes parceiros, como um elo de relacionamento. Ou seja, a cadeia, nesse caso é norteada por compromissos e por confiança, apesar disso cada um negocia seu preço de produto de serviço e quem detém toda a tecnologia de informação é a Empresa X, que possui um centro de dados que comanda todas as relações.

Em relação aos conceitos de sistemas puxados e empurrados, foi confirmada a relação do CPFR com a abordagem híbrida na empresa, pelo fato de que, em alguns momentos os processos são puxados em outros, empurrados: quando existe um consumo, o fornecedor recebe um sinal real e atual da demanda, o fornecedor se responsabiliza pelo estoque do cliente, porém parcialmente, pois o cliente pode interferir no processo. Quem estabelece as condições finais do pedido de compra ou da reposição (quais itens serão repostos, data de entrega, quantidade etc.), é o fornecedor, auxiliado em alguns ajustes pelo cliente.

Os reabastecimentos são freqüentes e de acordo com o consumo real, parcialmente, pois também são sujeitos a uma previsão: a freqüência e a forma que as informações sobre o consumo real são enviadas para os elos a montante na

cadeia de suprimentos são em tempo real e através do uso de tecnologia avançada de troca de informações, mas as quantidades a serem repostas são sugeridas pelo operador logístico, porém são definidas a partir de um sistema de reposição do que foi de fato consumido.

Empresa X Conclusões

A Empresa X usa os conceitos da prática CPFR. Justificativas

A empresa trabalha com centralização e gestão do estoque pelo distribuidor.

O CPFR está na transmissão de informação que existe entre as empresas e no processo de confiança que há entre estes parceiros, como um elo de relacionamento. Em alguns momentos os processos são puxados em outros, empurrados: quando existe um consumo, o fornecedor recebe um sinal real e atual da demanda, o fornecedor se responsabiliza pelo estoque do cliente, porém parcialmente, pois o cliente pode interferir no processo. Quem estabelece as condições finais do pedido de compra ou da reposição (quais itens serão repostos, data de entrega, quantidade etc.), é o fornecedor, auxiliado em alguns ajustes pelo cliente. Os reabastecimentos são freqüentes e de acordo com o consumo real, parcialmente, pois também são sujeitos a uma previsão. A empresa faz a relação com o controle da demanda e informa aos fornecedores quanto devem entregar.

Suporte da Literatura

O sistema deve ler on line (em tempo real) os dados do ponto de venda (PIRES, 2004).

Baseada na demanda do consumidor, flexibilidade e agilidade em toda as partes da cadeia de suprimentos desde o varejista até o fabricante (BARRATT e OLIVEIRA, 2001).

Integração dos fornecedores com as informações no sistema: principalmente, fazer a gestão de estoque, a transmissão de dados e checagens necessárias para não haver falhas (VIVALDINI, SOUZA e PIRES, 2008).

O CPFR consiste em três fases principais: planejamento, previsão da demanda e reposição de estoques (TAVARES e LIMA, 2006). A análise da previsão de vendas é conjunta e frequente (RIBEIRO, 2004).

Figura 37: Resumo do estudo de Caso - Empresa X

O estudo da Empresa Y revelou que a empresa trabalha com o sistema empurrado (Figura 38), pois os processos se realizam com as características deste sistema. A produção e distribuição são de acordo com a previsão, baseada no período anterior, a distribuição acontece sem que o cliente solicite, o material é disponibilizado normalmente em uma quantidade maior do que a utilização do elo

cliente e utiliza centros de distribuição regionais, o sistema MRP auxilia no plano de produção e na previsão da demanda.

Empresa Y Conclusões

A Empresa Y trabalha de acordo com o sistema empurrado.

Justificativas

A empresa Y, realiza produção e distribuição de acordo com a previsão, baseada no período anterior;

Gera um estoque para garantir as vendas de cadernos e agendas.

Os estoques ficam nos centros de distribuição regionais (no caso o de Bauru). Usa o sistema MRP que auxilia no plano de produção e na previsão da demanda.

Suporte da Literatura

Estoque de segurança é um dos métodos usados para lidar com a incerteza operacional (HO e CARTER, 1994).

Deixa um estoque mais próximo do cliente; envio de cargas planejadas para os centros de distribuição, sistema de estoque e distribuição locais (CORRÊA, GIANESI e CAON, 2001).

Os processos são executados em antecipação aos pedidos dos clientes, a demanda não é conhecida e deve ser prevista, exige uma informação em forma de sistemas (MRP) para criar programações (CHOPPRA e MEINDL, 2003).

Estratégia convencional de fabricação com previsão de demanda, o estoque é formado em antecipação e “empurrado” para os clientes no final da cadeia, para que os produtos estejam disponíveis, a previsão da demanda define a quantidade e o local de armazenagem (TAYLOR, 2005).

Figura 38: Resumo do estudo de Caso - Empresa Y

O estudo da Empresa Z mostrou algumas etapas e resultados do uso da Teoria das Restrições (Figura 39).

A empresa Z fez uma implantação de TOC em sua cadeia de Suprimentos. Com esta implantação, foi possível alcançar melhores resultados, de acordo com o relato do consultor. Foram utilizados os conceitos referentes à prática TOC referentes a foco em aumentar o ganho do sistema, consciência de restrições ao longo da CS, fornecedor assume a gestão dos estoques dos clientes, elevada freqüência de reposição a partir de informações do consumo real e manutenção de um armazém central para reduzir estoque na cadeia e aumentar a velocidade de resposta.

Empresa Z Conclusões

A empresa Z fez uma implantação de TOC em sua cadeia de Suprimentos. Justificativas

A Empresa Z assume a responsabilidade do reabastecimento dos estoques dos produtos por ela fornecidos. Foi utilizado um sistema para gestão dinâmica dos estoques. Com este sistema, foi possível gerenciar as lojas do varejo, os CDs regionais, bem como o CD Central (Fábrica) mediante o recebimento das informações diárias de estoques e vendas dos varejos (item a item, loja a loja); aumento da Freqüência de Reposição dos pontos de venda; redefinição dos estoques em cada depósito, bem como, em cada ponto de estoque dos varejistas; implementação do conceito de Depósito Central; implementação de um sistema para gerenciamento dinâmico dos estoques em toda a cadeia de suprimentos (pontos de estoques da Empresa Z, bem como, dos varejos).

Suporte da Literatura

O cliente apenas informa ao fornecedor, em uma base diária, sobre o montante de cada produto vendido (GOLDRATT e GOLDRATT, 2007).

A TOC é baseada em uma política em que o fornecedor gerencia os estoques dos clientes. O fornecedor substitui os produtos vendidos o mais rapidamente possível, com o objetivo de garantir a disponibilidade ao cliente (SOUZA e PIRES, 2010).

A TOC reduz drasticamente o tempo de reabastecimento. Com reposição mais rápida e freqüente, o tempo entre produção e entrega será menor, o que leva ao aumento de capacidade proposto pela TOC (KENDALL, 2007; GOLDRATT e GOLDRATT, 2007; GOLDRATT, 2008).

Figura 39: Resumo do estudo de Caso - Empresa Z

No capítulo subseqüente são realizadas as conclusões e considerações finais desta dissertação.