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A Figura 5-42 e Figura 5-43 apresentam uma comparação entre os custos de construção médios, mínimos e máximos de jackups, semissubmersíveis e navios de perfuração, para as duas últimas décadas.

Figura 5-41 Custo de Contrução de embarcações de perfuração em 2012 [8]

Figura 5-42 Custos de construção de navios e semissubmersíves [8]

Pode-se observar que os custos de construção de semissubmersíveis e navios são próximos e apresentam variações ao longo dos anos. Porém para semissubmersíveis esses valores são levemente menores que os custos relativos à construção de navios de perfuração, pelo menos para os últimos navios da quinta geração e os de sexta geração.

Os custos de reposição/substituição respondem de maneira similar às mudanças no mercado dos custos de construção. Devida às altas rotatividades no mercado de construção, os custos de substituição são relativamente altos, até para embarcações mais antigas. A Figura 5-43 apresenta alguns exemplos para esses custos e como eles variam de acordo com o tipo de embarcação e o seu ano de construção.

Figura 5-43 Exemplos de Custos de Substituição em 2012 [8]

A taxa de frete é o custo diário especificado na licitação de contratação de uma embarcação, que depende principalmente dos custos operacionais e da demanda do mercado, enquanto que a utilização é a porcentagem de embarcações contratadas em relação ao número total disponível no mercado mundial.

A Figura 5-44 e Figura 5-45 apresentam respectivamente gráficos em histograma das médias das taxas de frete e utilização para semissubmersíveis e navios de perfuração nos últimos três anos com capacidade para perfurar em profundidades acima de 7500 pés.

Figura 5-44 – Taxas de Frete e Utilização para Semissubmersíveis de Perfuração [9]

Figura 5-45 Taxas de Frete e Utilização para Navios de Perfuração [9]

Pode-se observar que as taxas médias variam consideravelmente ao longo dos anos, e nem sempre seguem a mesma lógica em relação à qual dos dois tipos de sondas

este valor é maior. Porém é possível constatar que o valor médio máximo atingido foi para navios e as utilizações para semissubmersíveis são menores que os navios.

6 CONCLUSÕES

Para todas as análises apresentadas ao longo deste projeto, é possível concluir que uma semissubmersível e um navio para campanhas de perfuração se diferem em desempenho tanto operacional quanto econômico.

A análise de operabilidade, não foi conclusiva em relação ao objetivo traçado de determinar quais das duas sondas analisadas possuem maior janela operacional, uma vez que os valores obtidos foram próximos. O que permite concluir que a margem permissível para operação depende mais de critérios estáticos como os ângulos das juntas flexíveis e o momento fletor na cabeça de poço do que de critérios dinâmicos, cujos resultados são influenciados pelas respostas em amplitude das sondas em função das ondas. Ou seja, depende principalmente de fatores como a posição da embarcação, a estrutura do riser adotadas, a profundidade e os critérios limitantes do conjunto, que foram os mesmos aplicados para cada embarcação.

A análise de deriva foi conclusiva na comparação entre sondas para cada lâmina d’água e direção de aproamento adotados. Observou-se uma tendência lógica de que os piores resultados são característicos das situações em que as cargas ambientais incidem sobre as maiores áreas projetadas das embarcações. Para o navio os piores resultados são de mar de través, enquanto que para semissubmersível os menores tempos foram obtidos para a condição de mar oblíquo.

Portanto depende principalmente da resposta das embarcações às cargas aplicadas, que além de depender da intensidade e direção de incidência, ela varia também de acordo com as características de inércia das duas.

Por fim para análise econômica pôde-se observar que os custos analisados e envolvidos na construção são mais expressivos para navios do que semissubmersíveis de perfuração. Em relação ao custo de substituição pode-se observar que a situação do mercado de construção e a idade da embarcação são fatores fundamentais para determinar em valor este parâmetro, não sendo possível dizer em média qual das duas apresenta mais vantagem em relação a outra.

Para as taxas de frete diárias a comparação apresentou valores bem semelhantes entre as duas embarcações, com picos maiores para a média das taxas para os navios, enquanto que utilização de semissubmersíveis apresentou porcentagens menos expressivas.

Pode-se concluir portanto que para os parâmetros operacionais e de segurança, a tomada de decisão acerca de qual embarcação é mais vantajosa não é conclusiva, uma vez que ambas apresentam margem de operabilidade similares e as diferentes respostas às cargas ambientais devido à direção de aproamento é um fator controlável durante a operação de sondas com sistemas de posicionamento dinâmico.

Para trabalhos futuros sugere-se que seja aprofundada a análise de custos envolvidos desde a concepção, passando pela vida operacional até o descomissionamento das embarcações. Esta análise completa pode apresentar valores mais conclusivos acerca de qual embarcação é mais vantajosa em critério de custo-benefício.

7 Bibliografia

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[5] Drillship or semi?The choice is not always clear. (1 de Abril de 2002). Fonte:

Offshore:

https://www.offshore-mag.com/drilling-completion/article/16759756/drillship-or-semithe-choice-is-not-always-clear

[6] How do Average Costs Compare Different Types Oil Drilling Rigs. (27 de

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https://www.investopedia.com/ask/answers/061115/how-do-average-costs-compare-different-types-oil-drilling-rigs.asp

[7] How Much Crude Oil Has The World Really Consumed? (20 de Agosto de 2019). Fonte: Oil Price: https://oilprice.com/Energy/Crude-Oil/How-Much-Crude-Oil-Has-The-World-Really-Consumed.html

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[9] Oil Gas Drilling Rigs Offshore Day Rates. (Novembro de 2019). Fonte: IHS Markit: https://ihsmarkit.com/products/oil-gas-drilling-rigs-offshore-day-rates.html

[10] Reviewing rig construction cost factors. (1 de Julho de 2012). Fonte: Offshore: https://www.offshore-mag.com/business-briefs/equipment-engineering/article/16760123/reviewing-rig-construction-cost-factors

[11] Shell Lower Marine Riser Package. (3 de Dezembro de 2016). Fonte: FISHERYNATION: http://fisherynation.com/archives/53450/shell-lower-marine-riser-package

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