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Para análise de deriva foram obtidas conclusões voltadas para as diferentes respostas das embarcações às condições adotadas. Observa-se que as direções de cargas ambientais aplicadas influenciam diretamente nas conclusões comparativas e por isso foram realizadas simulações para três aproamentos diferentes: mar de proa (0°), mar oblíquo (45°) e mar de través (90°).

A Tabela 5-7, Tabela 5-8 e Tabela 5-9 apresentam para cada embarcação os tempos de POD, de alerta vermelho e de alerta amarelo obtidos como resultado das análises realizadas. Além disso apresentam os deslocamentos que a embarcação teve de seu ponto inicial (acima do poço) até atingir cada ponto desses tempos citados. Por último tem-se o critério que falhou primeiro na análise, responsável por determinar o tempo máximo disponível para desconexão do poço (Tempo de POD).

Como o objetivo desta análise é determinar o tempo máximo permissível para a desconexão do poço em um caso de perda da capacidade de DP, quanto maior o tempo de POD encontrado melhor e mais segura é a operação. Desta forma serão realizadas as comparações entre as duas sondas, afim de determinar para cada caso qual apresenta melhor resposta.

12,88% 12,16% 11,80% 12,00% 12,20% 12,40% 12,60% 12,80% 13,00% ja n ela d e O p era ção (% Lâ m in a d 'águ a) Sondas

Non-Drilling

Semisubmersível Navio

Tabela 5-7 Resultados para Lâmina d’água Rasa Aproamento Embarcação Tempo (s) Raios (m) Critério limitante Tempo de POD Alerta

Vermelho Amarelo Alerta POD Vermelho Alerta Amarelo Alerta

Semissubmersível 69,2 9,2 6,8 17,2 0,4 0,2 MF na Cabeça de Poço Navio 96,4 36,4 25,8 16,5 2,7 1,3 MF na Cabeça de Poço

45° Semissubmersível 67,8 7,8 5,6 17,2 0,3 0,2

MF na Cabeça de Poço Navio 75,0 15,0 10,6 18,1 0,8 0,4 MF na Cabeça de Poço

90°

Semissubmersível 75,4 15,4 11 16,9 0,9 0,4 MF na Cabeça de Poço

Navio 72,2 12,2 8,8 17,3 0,6 0,3 MF na Cabeça

de Poço

Figura 5-8 Tempo de POD para a Semissumersível em Águas Rasas

Tabela 5-8 Resultados para Lâmina d’água Profunda

Aproamento Embarcação Tempo (s) Raios (m) Critério limitante Tempo de POD Alerta Vermelho Alerta Amarelo POD Alerta Vermelho Alerta Amarelo

Semissubmersível 88,4 28,4 20,0 69,3 8,4 4,2 MF na Cabeça de Poço Navio 124,8 64,8 45,2 65,7 19,4 9,7 MF na Cabeça de Poço

45°

Semissubmersível 87,8 27,8 19,4 69 8,3 4,1 MF na Cabeça de Poço Navio 91,2 31,2 22,2 81,1 10,2 5,1 MF na Cabeça de Poço

90° Semissubmersível 101,2 41,2 28,6 65,2 12,6 6,3

MF na Cabeça de Poço Navio 89,8 29,8 21 76,3 9,4 4,7 MF na Cabeça de Poço

Figura 5-9 Tempo de POD para o Navio em Águas Profundas

Tabela 5-9 Resultados para Lâmina d’água Ultra Profundas Aproamento Embarcação Tempo (s) Raios (m) Critério limitante Tempo de POD Alerta

Vermelho Amarelo Alerta POD Vermelho Alerta Amarelo Alerta

Semissubmersível 103,2

43,2 29,8 134,5 28,7 14,3 do Tracionador Curso Máximo

Navio 165,6 105,6 72,6 147,8 66,9 33,5 do Tracionador Curso Máximo

45° Semissubmersível

104,8 44,8 30,6 134,7 31,1 15,5 Curso Máximo do Tracionador Navio 87,2 27,2 19,4 121,9 13 6,5 do Tracionador Curso Máximo

90° Semissubmersível 131,2

71,2 48,2 143 50,7 25,3 do Tracionador Curso Máximo

Navio 88,4 28,4 20 120 14,4 7,2 do Tracionador Curso Máximo

Figura 5-12 Tempo de POD para a Semissubmersível em Águas Ultra Profundas

As conclusões obtidas foram diferentes para cada aproamento adotado. Para a condição de mar oblíquo, a embarcação que apresentou pior desempenho nas lâminas d’água rasas e profundas foi a semissubmersível. Esta conclusão pode ser explicada por esta ser a direção de aplicação de carga mais crítica para a plataforma, uma vez que é a que apresenta maior área de incidência sobre ela.

Porém, para a condição de lâmina d’água ultra profunda de mar oblíquo, o navio apresentou pior tempo de resposta. Este resultado pode ser explicado devido à mudança no critério limitante para esta profundidade que deixou de ser o momento fletor na cabeça de poço e passou a ser o curso máximo das linhas tracionadoras.

Quanto menor for lâmina d’água, maior é a angulação do riser em relação ao poço e por isso maior é o momento fletor atuando sobre ele, que foi o critério de falha resultante para os casos de lâmina d’água rasa e profunda. A Figura 5-13 abaixo apresenta uma representação dessa angulação e evidencia a variação devido à mudança de profundidade. As figuras seguintes apresentam os tempos de POD para

Figura 5-13 Representação de Angulação do Riser Para Diferentes Profundidades

Tem-se que

Onde:

é o ângulo do riser adotado para a condição de águas rasas em relação à um plano vertical perpendicular ao plano longitudinal da embarcação.

é o ângulo do riser adotado para a condição de águas profundas em relação à um plano vertical perpendicular ao plano longitudinal da embarcação.

é o ângulo do riser adotado para a condição de águas ultra profundas em relação à um plano vertical perpendicular ao plano longitudinal da embarcação.

Figura 5-16 Tempo de POD para Águas Ultra Profundas – Mar Oblíquo

Para a condição mar de través, naturalmente o navio apresentou pior resposta para todos os casos de lâminas d’água, uma vez que é a direção que incide sobre maior área da embarcação, neste caso a área longitudinal. Com isso quanto maior a área de aplicação de força, maior é a intensidade e influência desta no movimento de deriva.

Figura 5-18 Tempo de POD para Águas Profundas – Mar de Través

intensidade da forças sobre ele. Por mais que a intensidade de forças sejam próximas para este aproamento, a diferença de inércia entre as duas determina a melhor resposta para o navio.

Figura 5-20 Tempo de POD para Águas Rasas – Mar de de Proa

Figura 5-22 Tempo de POD para Águas Ultra Profundas – Mar de Proa

Para fins de interpretação dos resultados, foram analisadas a resultante das forças ambientais atuantes nas duas embarcações para a condição de mar oblíquo (mais crítica para semissubmersível) e de mar de través (mais crítica para o navio). No geral as cargas ambientais apresentam consideravelmente menor intensidade na semissubmersível do que no navio, o que pode ser explicado devido à diferença entre as áreas vélicas e submersas das duas embarcações.

Considerando apenas a intensidade das forças, espera-se que a semissubmersível apresente melhores resultados de tempo disponível para desconexão. Porém, deve-se considerar o deslocamento das duas sondas e as suas propriedades de massas adicionais para duas amplitudes de movimentos no plano de linha d’água: Surge e Sway.

O navio apresenta propriedade de inércia maior do que a semissubmersível, e por este motivo é necessária uma força maior para acelerá-lo igualmente. Para comparar

Com isso tem-se que:

Onde:

é a força ambiental resultante na embarcação em função do tempo

é a massa da embarcação

é a massa adicional de Surge

é a massa adicional de Sway

é a aceleração da embarcação ao longo do tempo

Figura 5-24 Aceleração de surge nas sondas – Mar Oblíquo em Águas Rasas

Figura 5-26 Força Resultante nas sondas – Mar Oblíquo em Águas Profundas

Figura 5-28 Aceleração de sway nas sondas – Mar Oblíquo em Águas Profundas

Figura 5-30 Aceleração de surge nas sondas – Mar Oblíquo em Ultra Profundas

Figura 5-32 Força Resultante nas sondas – Mar de Través em Águas Rasas

Figura 5-34 Aceleração de sway nas sondas – Mar de Través em Águas Rasas

Figura 5-36 Aceleração de surge nas sondas – Mar de Través em Águas Profundas

Figura 5-38 Força Resultante nas sondas – Mar de Través em Águas Ultra Profundas

Figura 5-39 Aceleração de surge nas sondas – Mar de Través em Águas Ultra Profundas

Figura 5-40 Aceleração de Sway nas sondas – Mar de Través em Águas Ultra Profundas

Em relação às lâminas d’água, não pode-se concluir qual embarcação apresentou melhor desempenho no escopo de análise de deriva. Porém deve-se observar que para os resultados encontrados, quanto maior a profundidade maior é tempo disponível para desconexão. Isto ocorre porque a distância de deriva até atingir a primeira falha segue uma lógica de proporção de lâmina d’água.

Portanto, se a perfuração for em uma lâmina d’água rasa, a distância de deriva até atingir o primeiro critério limitante vai ser proporcional à profundidade e quanto menor for essa distância, mais rápido a sonda é capaz de cobri-la e consequentemente menor é o tempo disponível para a desconexão.

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