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Anatomia da Raiz

No documento Licenciatura em Biologia - Botânica (páginas 44-49)

Estrutura Primária da Raiz

Com o crescimento primário, o meristema apical da raiz, origina os meristemas primários: protoderme, procâmbio e meristema fundamental.

Após a diferenciação desses meristemas a raiz primária apresenta três sistemas de tecidos: o dérmico, o fundamental e o vascular.

Sistema Dérmico

O sistema dérmico - a epiderme da raiz geralmente é formada por uma única camada de células, o que facilita a absorção de água e de sais minerais.

Sistema Fundamental

O sistema fundamental - o córtex é formado por várias camadas de células parenquimáticas e representa o tecido mais volumoso da raiz primária, da maioria das plantas. Nos espaços intercelulares das células corticais, freqüentemente, podem ser observados depósitos de amido e ar.

A camada mais interna do córtex, denominada endoderme, é formada por células muito unidas entre si, e por isso, sem espaços intercelulares. A endoderme apresenta células com paredes suberizadas e, em alguns casos, lignificadas. A suberização e a lignificação dessas paredes originam uma faixa impermeável à água e a íons, conhecida como estrias

de Caspary.

Sistema Vascular

O sistema vascular - o cilindro vascular da raiz é formado por tecidos vasculares primários e por uma ou mais camadas de células não-vasculares, o periciclo. Encontrado entre os tecidos vasculares e a endoderme, o periciclo, forma as raízes laterais das plantas com sementes, contribui para a formação do câmbio vascular, do felogênio (câmbio da casca) e produz novas células do periciclo.

Botânica

Geral

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Câmbio Vascular

As estruturas secundárias da raiz resultam das atividades das células meristemáticas do procâmbio, localizada entre o floema e o xilema primário. Essas células dividem-se, dando início a formação do câmbio vascular. Quase simultaneamente, células do periciclo também realizam mitoses. As novas células formadas com essas divisões conectam-se a aquelas anteriormente formadas pelo procâmbio, contribuindo para formar o câmbio vascular. Posteriormente, o câmbio vascular cobre completamente o xilema. O câmbio vascular em atividade, produz xilema secundário para o lado de dentro e o floema secundário para o lado de fora. O xilema e o floema secundários ficam cada vez mais largos, comprimem ou obliteram o floema primário.

RAVEN, P. H., EVERT, R. F. and CURTS H. (1996) – Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Sugestão de Leitura...

Periderme

A periderme é um tecido protetor, de origem secundária, formado a partir da proliferação do periciclo e que serve de substituição à epiderme. Na parte externa do periciclo proliferado, surge um cilindro completo de câmbio

da casca, que produz súber para o lado externo e feloderme para o lado interno. Em algumas áreas

da periderme, células frouxamente arranjadas, permitem a passagem de ar, facilitando a respiração da raiz. Estas áreas são denominadas lenticelas. O surgimento da periderme em uma raiz provoca o isolamento, morte e descamação do córtex e da epiderme.

Raiz Primária

Os meristemas primários da raiz originam os sistemas dérmico, fundamental e vascular. Descreva, sucintamente, as principais funções desses tecidos.

Agora é hora de

TRABALHAR

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A partir de agora, o caule com suas células meristemáticas que crescem rapidamente promovendo o alongamento da planta, é o nosso novo tema de estudo.

Anatomia do Caúle

Origem e Crescimento dos Tecidos Primários do Caule

O meristema apical do sistema caulinar é responsável pelo crescimento do corpo primário da planta, através da adição de novas células, que irão formar folhas e ramos. A proteção do meristema apical do sistema caulinar é feita por folhas jovens, que se dobram, mantendo-o bem guardado.

No caule em crescimento ativo o meristema apical origina primórdios foliares tão rapidamente que, inicialmente, os nós e entrenós não são claramente identificados. Posteriormente, o alongamento dos entrenós promove o crescimento longitudinal do caule. O aumento diametral do caule, durante o crescimento primário, envolve divisões longitudinais (periclinais) e o aumento do volume celular.

A intensa atividade do meristema apical caulinar produz também, os cordões procambiais, numa área denominada capa meristemática. De maneira semelhante à raiz, o meristema apical do sistema caulinar, também origina os meristemas primários: protoderme, procâmbio e meristema fundamental.

Estes meristemas primários, quando maduros, formarão o corpo primário da planta, a epiderme, os tecidos vasculares primários e o tecido fundamental.

Estrutura Primária do Caule

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No terceiro tipo, os feixes vasculares, estão dispersos no tecido fundamental e não existe uma clara identificação do córtex e da medula.

O amadurecimento dos meristemas primários permite a formação da epiderme, do

tecido fundamental e dos tecidos vasculares primários. Epiderme

Originada da protoderme, a epiderme da maioria dos caules é formada por uma única camada de células revestidas pela cutícula. Apesar de numericamente menor, que os observados na epiderme das folhas, a epiderme dos caules também apresenta estômatos e tricomas.

Tecido Fundamental

O córtex, localizado abaixo da epiderme, é formado a partir do meristema fundamental e apresenta dois tipos de células: células de colênquima e células de parênquima. As células

de colênquima (ou às vezes esclerênquima) formam um cilindro contínuo com função de

sustentação. As células de parênquima têm cloroplastos quando maduras, e ocupa a maior parte do córtex.

Células corticais especiais, observadas em algumas espécies, podem secretar látex, mucilagem, resina ou ainda conter cristais de oxalato de cálcio e sílica.

Tecidos Vasculares Primários

Em quase todos os caules, as células mais externas do procâmbio formam o floema primário e as mais internas originam o xilema primário. Algumas células procambiais permanecem meristemáticas, dando origem ao câmbio vascular.

Estrutura Secundária do Caule

O crescimento secundário promove o aumento em espessura do caule, em regiões onde não ocorre mais alongamento. Este tipo de crescimento é observado com maior freqüência entre as eudicotiledôneas arbóreas, gimnospermas, magnoliidas, e algumas poucas monocotiledôneas. O crescimento diametral - crescimento secundário - resulta da atividade de dois meristemas laterais: o câmbio vascular e o câmbio de casca.

Câmbio Vascular

O câmbio vascular é formado por células altamente vacuolizadas denominadas: iniciais fusiformes e iniciais radiais. As iniciais fusiformes são longas e orientadas

verticalmente, e as iniciais radiais, ligeiramente alongadas ou quadradas e orientadas

horizontalmente.

Divisões periclinais, ou seja, paralelas à superfície do caule, destas iniciais e suas derivadas formam o xilema e floema secundários. A derivada de uma inicial cambial pode ser direcionada tanto para o lado externo como para o lado interno do caule (ou da raiz), originando células do floema e xilema, respectivamente.

Câmbio de Casca

Logo após a formação do floema e xilema secundários, na maioria dos caules lenhosos (e também das raízes lenhosas) é formada a periderme.

A periderme, que substitui a epiderme, é uma camada protetora, composta de três partes: câmbio de casca, súber e feloderme. O câmbio da casca ou felogênio é um tecido meristemático que produz a periderme. O súber ou felema, com função de proteção, é um tecido formado pelo felogênio, em direção ao lado externo do caule. A feloderme é um tecido parenquimático vivo, formada pelo meristema, que cresce em direção ao centro do caule.

Os caules que apresentam crescimento secundário, após o primeiro ano, têm os seguintes tecidos: restos da epiderme, periderme (câmbio da casca, súber e feloderme), córtex, floema primário, floema secundário, câmbio vascular, xilema secundário, xilema primário e medular.

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Como o Caúle cresce e Engrossa

Descreva os processos que promovem o crescimento longitudinal e diametral do caule.

Após estudarmos a anatomia da raiz e do caule, começaremos agora a nossa última etapa sobre a morfologia interna das plantas, aprendendo um pouco mais sobre a anatomia

da folha.

No documento Licenciatura em Biologia - Botânica (páginas 44-49)

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