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Escalão competitivo

A análise de variâncias multivariada (Manova) indica diferenças significativas nesta variável [F(6,114) = 2.594, λ de Wilks = .774, p = .022, p2 = .120 e PO = .835].

Existem diferenças significativas entre a autoconfiança e o escalão competitivo (p = .005), tendo sido obtido um efeito forte (p2 = .165). A ansiedade cognitiva obteve um

efeito fraco (p2 = .024) e a ansiedade somática um efeito moderado (p2 = .071).

Os testes Post-Hoc localizaram diferenças significativas na dimensão da autoconfiança, na qual os infantis 1.º ano têm índices superiores de autoconfiança quando comparados com os restantes escalões.

Quadro 7 - Comparação e diferenciação da ansiedade competitiva ao nível do escalão competitivo Infantis 1.º ano (1) (n=22) Infantis 2.º ano (2) (n=24) Iniciados (3) (n=16) p F p 2 PO (Post-Hoc)

Média ± DP Média ± DP Média ± DP

A. cognitiva 18.45 ± 6.52 18.71 ± 6.64 20.81 ± 5.62 .483 .738 .024 .169 -- A. somática 13.82 ± 4.01 16.13 ± 4.37 16.19 ± 3.99 .115 2.246 .071 .440 -- Autoconfiança 32.45 ± 2.92 28.71 ± 5.52 28.13 ± 4.27 .005 5.829 .165 .855 1 > 2

1 > 3

Anos de competição

O recurso à análise de variância multivariada (Manova), indicou não existir nenhuma diferença significativa nesta variável, relativamente às habilidades psicológicas [F (6,114) = 1.843, λ de Wilks = .831, p = .097, p2 = .088 e PO = .668].

44 Foi obtido um efeito fraco na variável da autoconfiança (p2 = .031), um efeito

moderado na variável da ansiedade cognitiva (p2 = .058) e um efeito forte na ansiedade

somática (p2 = .143).

Os testes Post-Hoc revelaram diferenças significativas ao nível da variável ansiedade somática (p = .015), em que 1 – 3 < 7+, ou seja, os jogadores com mais anos de competição apresentam índices superiores nesta variável comparativamente aos que competem há menos de 3 anos.

Quadro 8 – Comparação e diferenciação da ansiedade competitiva ao nível dos anos de competição 1 – 3 (n=36) 4 – 6 (n=20) 7 + (n=6) p F p2 PO

Média ± DP Média ± DP Média ± DP

A. cognitiva 17.92 ± 6.17 20.55 ± 6.32 22.00 ± 6.54 .169 1.832 .058 .367 A. somática 14.19 ± 3.90 16.15 ± 4.00 19.33 ± 4.46 .011 4.920 .143 .787 Autoconfiança 30.58 ± 4.39 28.80 ± 5.11 29.33 ± 5.82 .394 .946 .031 .206

Posição competitiva

A análise de variância multivariada (Manova) demonstrou não haver efeito diferenciador significativo [F(9,136) = 1.037, λ de Wilks = .851, p = .414, p2 = .052 e PO

= .402].

Ainda que não tenham existido diferenças significativas, foram obtidos efeitos moderados em todas as variáveis: ansiedade cognitiva (p2 = .040), ansiedade somática

45 Quadro 9 – Comparação e diferenciação da ansiedade competitiva ao nível da posição competitiva

GR1 (n=7) D2 (n=19) Me3 (n=22) A4 (n=14) p F p2 PO

Média ± DP Média ± DP Média ± DP Média ± DP

A. cognitiva 21.86 ± 5.18 19.89 ± 7.45 18.59 ± 5.75 17.71 ± 6.13 .496 .805 .040 .213 A. somática 16.86 ± 3.67 15.05 ± 4.39 15.91 ± 4.42 14.00 ± 3.96 .434 .927 .046 .241 Autoconfiança 27.57 ± 6.73 30.63 ± 4.37 28.73 ± 4.87 31.86 ± 3.23 .118 2.041 .095 .497

1

GR = Guarda-Redes; 2D = Defesa; 3Me = Médio; 4A = Avançado.

3. Orientações motivacionais

Escalão competitivo

A análise de variâncias multivariada (Manova) indica não haver diferenças significativas quanto à variável escalão competitivo [F (4,116) = 2.221, λ de Wilks = .863,

p = .071, p2 = .071 e PO = .637].

Apesar de não ter existido diferenças significativas, foram obtidos efeitos

moderados para as duas variáveis: orientação para a tarefa (p2 = .080) e orientação para

o ego (p2 = .067).

Quadro 10 - Comparação e diferenciação das orientações motivacionais ao nível do escalão competitivo Infantis 1.º ano (n=22) Infantis 2.º ano (n=24) Iniciados (n=16) p F p2 PO

Média ± DP Média ± DP Média ± DP

Orientação Tarefa 4.64 ± .30 4.33 ± .60 4.40 ± .48 .806 2.56 .080 .492 Orientação Ego 2.70 ± .75 2.26 ± .68 2.35 ± .86 .130 2.11 .067 .417

Anos de competição

A análise de variância multivariada (Manova) realizada para avaliar os anos de competição da modalidade concluiu não existir nenhuma diferença significativa nesta variável, relativamente à variável dependente orientações motivacionais [F(4,116) =

46 Foi obtido um efeito fraco para a orientação para a tarefa (p2 = .018) um efeito

moderado para a orientação para o ego (p2 = .051).

Quadro 11 - Comparação e diferenciação das orientações motivacionais ao nível dos anos de competição 1 – 3 (n=30) 4 – 6 (n=20) 7 + (n=6) p F p 2 PO

Média ± DP Média ± DP Média ± DP

Orientação Tarefa 4.52 ± .40 4.49 ± .58 4.38 ± .70 .591 .531 .018 .134 Orientação Ego 2.53 ± .79 2.21 ± .63 2.72 ± .99 .214 1.581 .051 .322

Posição competitiva

A análise de variância multivariada (Manova) mostrou não haver efeito

diferenciador significativo [F(6,114) = .194, λ de Wilks = .98, p = .978, p2 = .01 e PO =

.098].

Ao nível da posição competitiva, foi obtido um efeito nulo para orientação para a tarefa (p2 = .007) e pequeno para a orientação para o ego (p2 = .014). No entanto,

tendo o conjunto dos parâmetros em consideração parece-nos evidente que não há diferenças estatisticamente significativas ao nível das comparações realizadas.

Quadro 12 - Comparação e diferenciação das orientações motivacionais ao nível da posição competitiva GR1 (n=7) D2 (n=19) Me3 (n=22) A4 (n=14) p F p2 PO

Média ± DP Média ± DP Média ± DP Média ± DP

Orientação Tarefa 4.47 ± .41 4.43 ± .46 4.44 ± .59 4.53 ± .44 .943 .128 .007 .072 Orientação Ego 2.24 ± .92 2.48 ± .74 2.41 ± .81 2.55 ± .73 .844 .274 .014 .099

1

GR = Guarda-Redes; 2D = Defesa; 3Me = Médio; 4A = Avançado.

4. Correlações

Foram correlacionadas as variáveis dependentes dos questionários (CSAI-2 e TEOSQ), tendo sido apresentados os valores de r (relacionamento) e de p

47 (significância). As variáveis correlacionadas com elas mesmas obtiveram um

relacionamento perfeito (r = 1).

Quadro 13 - Correlações entre as variáveis dependentes do CSAI-2 e do TEOSQ

A. Somática Autoconfiança O. Tarefa O. Ego

A. Cognitiva .689** -.356** -.279* -.063

A. Somática -.438** -.332** -.076

Autoconfiança .425** .028

O. Tarefa .069

* p< 0.05 ** p<0.01

As correlações entre as variáveis dependentes, avaliadas pela correlação de

Pearson, indicaram correlações significativas ao nível da correlação das variáveis do

CSAI-2 entre si e destas com a orientação para a tarefa.

Entre as correlações significativas, apenas a relação entre a ansiedade cognitiva e a ansiedade somática (r = .689, p < 0.01) e a relação entre a orientação para a tarefa e a autoconfiança (r = .425, p < 0.01) são positivas, o que significa que sempre que a ansiedade cognitiva aumenta, aumenta também a ansiedade somática e o mesmo acontece quando os índices de orientação para a tarefa aumentam, a autoconfiança aumenta também.

Todas as restantes correlações significativas foram negativas, o que pressupõe que à medida que uma variável aumenta, a outra a si associada diminui.

48

Discussão dos resultados

O presente estudo objetivou caracterizar uma amostra de jogadores de futebol em fase de formação quanto aos seus níveis de ansiedade e às suas orientações

motivacionais comparando escalões competitivos, anos de competição da modalidade e posições competitivas.

Ao nível das variáveis avaliadas pelo CSAI-2 é importante começar por realçar a similaridade descrita por Vasconcelos-Raposo (1993) entre ansiedade e negativismo, uma vez que a primeira se utiliza frequentemente em contexto clínico e a segunda no meio desportivo e ambas se correlacionam negativamente com a autoconfiança. Desta forma, serão abordados também estudos que contemplem o negativismo em vez da ansiedade.

O presente estudo indica a autoconfiança como a variável mais desenvolvida, seguindo-se a ansiedade cognitiva e a ansiedade somática como a que tem a média inferior, resultados que corroboram a restante investigação (Carvalho, 2007; Cerdeira, 2009; Reis, 2014; Rodrigues et al., 2009; Tavares, 2006; Vasconcelos-Raposo et al., 2006). Almeida (2010) e Moreira (2012) verificaram igualmente, mas através de outra escala, que a variável autoconfiança apresenta melhor média que o negativismo.

Relativamente ao escalão competitivo foram encontradas diferenças significativas, sendo que o escalão dos mais velhos apresentou maiores índices de ansiedade, o mesmo se obteve no estudo de Tavares (2006) e os mais novos mais autoconfiança, o que corrobora o estudos de Costa (2009) e Tavares (2006) e contrapõe os resultados obtidos noutros estudos (Almeida, 2010; Moreira, 2012, Reis, 2014) que indicaram que à medida que o escalão aumenta, aumentam também os índices de autoconfiança e diminuem os índices de ansiedade e negativismo.

49 Sendo os anos de competição outra variável importante para perceber o

desenvolvimento e o rendimento desportivo dos atletas, este estudo verificou que os jogadores mais experientes são mais ansiosos e menos autoconfiantes, enquanto os menos experientes são exatamente o contrário. Novamente, estes resultados vão ao encontro dos de Tavares (2006) no que diz respeito à variável da ansiedade cognitiva e contrapõem os demais estudas da área (Almeida, 2010; Moreira, 2012). Como já foi explicado anteriormente, recorrendo-se ao pressuposto defendido por Cruz e Viana (1996b), o esperado nesta variável da experiência competitiva é que os índices de ansiedade e negativismo diminuam e a autoconfiança aumente à medida que o tempo passa.

Referente às posições competitivas, o presente estudo concluiu que os guarda- redes apresentam maiores índices de ambos os tipos de ansiedade, o mesmo se comprovou no estudo de Tavares (2006) quanto à variável da ansiedade somática, enquanto os avançados foram identificados como os mais autoconfiantes. Estes últimos foram descritos como os menos ansiosos (Vasconcelos-Raposo et al., 2006) e os

guarda-redes como os menos autoconfiantes. Desta forma, podemos ressalvar que os dois tipos de ansiedade diminuem e a autoconfiança aumenta à medida que as posições se aproximam da baliza atacante, o que contrapõe os dados de outras investigações (Almeida, 2010; Moreira, 2012).

Quanto às orientações motivacionais, o escalão de infantis de 1.º ano (escalão mais baixo da amostra) obteve médias superiores em ambos os tipos de orientação (para a tarefa e para o ego), enquanto o escalão de infantis de 2.º ano apresentam as médias mais baixas nas duas dimensões. Estes resultados corroboram os estudos de Almeida (2010), Costa (2009) e Moreira (2012) quanto à orientação para o ego e, por outro lado,

50 no que diz respeito à variável da orientação para a tarefa, Costa (2009) afirma que os atletas mais velhos são mais orientados para esta dimensão.

A variável orientação para a tarefa obteve melhor média no grupo dos menos experientes e pior no grupo contrário, o que contraria estudos da área (Costa, 2009; Moreira, 2012; Rodrigues et al., 2009) enquanto a dimensão da orientação para o ego adquiriu média mais alta no grupo que pratica a modalidade há mais tempo e média mais baixa naqueles que começaram a praticar recentemente, facto comprovado nos estudos de Moreira (2012) e Rodrigues et al. (2009) e contestado por outros (Almeida, 2010; Cerdeira, 2009). Não obstante, todos os grupos demonstraram ser mais orientados para a tarefa.

É natural que os atletas jovens obtenham valores mais elevados no que diz respeito a ambos os tipos de orientação, isto porque estão em fase de aprendizagem e querem aprender e desenvolver sempre mais as suas capacidades (orientação para a tarefa) e ao mesmo tempo sentem-se a “competir” uns com os outros e querem ser sempre melhores do que os restantes (orientação para o ego). Também é de esperar que atletas mais experientes e que já desenvolveram a grande maioria das técnicas

existentes, não tenham muito mais a evoluir, comparativamente a atletas menos

experientes, o que pressupõe que a orientação para a tarefa diminua com a experiência. Todas as posições competitivas evidenciaram estar mais orientadas para a tarefa do que para o ego, sendo que a posição de avançado obteve média superior em ambas as orientações, comparativamente às restantes posições. A defesa é a posição que tem o índice mais baixo de orientação para a tarefa, enquanto o guarda-redes é a que tem valor mais baixo na orientação para o ego. Todos estes valores contrariam os pressupostos obtidos no estudo de Almeida (2010). Relativamente ao pressuposto que resultou deste estudo de que o guarda-redes é a posição menos orientada para o ego, pode ser

51 assumido como verdadeiro, uma vez que esta posição não tem grande competitividade entre si, visto só haver um guarda-redes por equipa em campo.

Referentes às correlações efetuadas entre ambos os questionários foram obtidas relações positivas entre as orientações motivacionais (Moreira, 2012; Nicholls, 1989) e entre os dois tipos de ansiedade (Cerdeira, 2009; Fernandes et al., 2012), facto

comprovado pelos estudos referidos e contestado pelo estudo de Ntoumanis e Biddle (1998). No presente estudo e no de Fernandes et al. (2012), tanto a ansiedade cognitiva como a somática apresentaram relações negativas com a autoconfiança.

Ambas as orientações motivacionais se relacionam positivamente com a autoconfiança e negativamente com a ansiedade cognitiva e somática, o mesmo foi concluído no estudo de Ntoumanis e Biddle (1998). Apesar de Fernandes et al. (2012) partilharem os mesmos resultados quanto à orientação para a tarefa, contraria os pressupostos da orientação para o ego.

A presente investigação, bem como toda a outra aqui analisada têm conclusões bastante específicas, por vezes similares, outras nem tanto. Não obstante, é necessário realçar que este estudo teve em vista a caracterização de uma amostra específica, bastante jovem, e isto funcionou como uma limitação, pois condicionou a comparação com esses mesmos outros estudos, uma vez que não avaliaram as mesmas faixas etárias.

Uma vez que é referida a faixa etária que constituiu a amostra do presente estudo, que é bastante jovem, é importante referir que abordar jovens no sentido de os colocar a responder a questionários de forma coerente, calma e com atenção é uma tarefa

complexa e que exigiu um certo rigor e fez com que tivesse que adotar estratégias eficazes para os motivar continuamente neste processo.

Outra das limitações prendeu-se com a definição das variáveis dependentes que iriam ser analisadas, uma vez que os estudos que foram utilizados para a discussão de

52 resultados não abordam as mesmas variáveis independentes e fazem igualmente as mesmas comparações.

Apesar de todas as limitações, as mesmas são encaradas como enriquecedoras e de certa forma são vistas como propostas para novas investigações, ou seja, é necessário apostar em estudos que abordem amostras mais jovens, em fase de formação.

53

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58

Considerações finais

Finda a investigação é necessário evidenciar que, apesar das dificuldades sentidas, o objetivo primordial estabelecido ao início foi cumprido e creio que o presente estudo tem o poder de sensibilizar as comunidades desportivas para a pertinência de um psicólogo do deporto nos seus seios multidisciplinares. Uma vez abordadas algumas variáveis psicológicas com preponderância na habilidade mental de um atleta desportivo é possível realçar que algumas têm um impacto maior e ocorrem mais vezes do que outras.

Para a amostra em causa, com recurso à aplicação do Perfil Psicológico de

Prestação de Loehr (1986), adotando os pressupostos e os valores indicados pelo mesmo autor, os valores obtidos neste estudo indicaram que a amostra em causa necessita da implementação de um programa mental adequado, uma vez que a maioria das

habilidades psicológicas encontram-se no intervalo mediano. Este intervalo indica que as habilidades existem, mas necessitam de ser integradas com mais frequência no treino diário de um atleta.

Desta forma, apesar dos resultados não serem totalmente inovadores, em grande parte discordam da restante literatura da área, o que permite o aumento de informação e novos dados a serem comparados. Por outro lado, a amostra adotada pela presente investigação abordou faixas etárias bastante jovens, algo que não é tão frequente na restante literatura.

De acordo com as conclusões supracitadas é percetível que há, ainda, um longo caminho a ser percorrido para regularizar e otimizar os índices dos fatores psicológicos acima mencionados e estudados.

59 A título de exemplo, um atleta pouco autoconfiante, que não consegue controlar a ansiedade tende a evidenciar resultados fracos, assim o trabalho do psicólogo do

desporto passa por auxiliar o indivíduo a delinear e adotar estratégias que o tornem menos ansioso e mais consciente das suas qualidades. Foi neste sentido do

reconhecimento de determinadas habilidades psicológicas que surgiu o objetivo e, consequentes, conclusões do presente estudo.

Assim, espero que a presente investigação suscite dados inovadores e aumente a curiosidade de outros investigadores e, também, treinadores de diversas modalidades para o reconhecimento da psicologia do desporto como potencializadora de ótimos resultados. É necessário evoluir e estar um passo à frente nunca é demais.

60

ANEXO A

PERFIL PSICOLÓGICO DE PRESTAÇÃO

O Perfil Psicológico de Prestação (PPP) foi construído por Loehr (1986) e traduzido e validado para a população portuguesa por Vasconcelos e col. (1993) sendo um questionário que avalia o perfil psicológico de prestação de cada atleta e pretende- se, com este instrumento, conhecer o estado de preparação psicológica dos atletas (forças e fraquezas) através das 7 dimensões avaliadas: autoconfiança, negativismo, atenção, visualização mental, motivação, pensamentos positivos e atitude competitiva.

Este questionário é constituído por 42 itens, respondidos através de uma escala de

Likert de 5 pontos, que varia entre 1 (quase sempre) e 5 (quase nunca). A avaliação das

respostas obtém-se através do cálculo da média dos itens correspondentes a cada escala (quadro 15), o somatório para cada variável tem o valor máximo de 30 pontos, sendo este o definido como ideal (quadro 16). Para a variável negativismo a interpretação da escala é feita em sentido inverso, ou seja, o valor máximo significa que o atleta não possui elevados níveis de negativismo ou então que controla os pensamentos negativos. Relativamente aos itens invertidos a quantificação dos parâmetros respeita a seguinte sequência: 1 – 5; 2 – 4; 3 – 3; 4 – 2; 5 – 1.

Quadro 14 - Itens utilizados para o cálculo de cada habilidade psicológica do PPP

Escala Itens Autoconfiança 1, 8*, 15, 22*, 29*, 36* Controlo do negativismo 2, 9, 16, 23, 30, 37* Atenção 3, 10, 17*, 24, 31, 38 Imagética 4*, 11*, 18*, 25*, 32*, 39* Motivação 5*, 12*, 19*, 26*, 33, 40* Pensamentos positivos 6*, 13*, 20, 27*, 34*, 41* Atitude competitiva 7*, 14, 21*, 28*, 35*, 42* * Item com valor inverso

61 Quadro 15 - Correspondência entre valores e o seu significado no PPP

Valores Significado

≤ 19 Preparação mental muito fraca ou inexistente; o atleta necessita de integrar o treino mental

nas suas rotinas diárias de treino para melhorar a habilidade psicológica em causa.

20 - 25

Preparação mental média, realizada de forma não sistemática; o atleta necessita de melhorar a habilidade psicológica referenciado, integrando o treino mental nas suas rotinas diárias de treino.

26 - 30

Excelentes habilidades psicológicas, representativos de uma boa preparação mental, realizada de forma sistemática; o atleta já tem o treino mental integrado na sua preparação

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