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Antes e depois da pandemia, a UnATI.Uerj é uma instituição de fundamental e importância no trabalho com os idosos a partir dos 60 anos, ela

VALORIZANDO A ESCUTA ATIVA DOS NOSSOS IDOSOS

4) Antes e depois da pandemia, a UnATI.Uerj é uma instituição de fundamental e importância no trabalho com os idosos a partir dos 60 anos, ela

representa vida, alegria, felicidade.

ALUNA M.A.R., anos

Aprendi a amar a UnATI.Uerj através dos meus netos, pois meus netos cursaram a UERJ. Conheci a UnATI através da minha neta em 2009, comecei na Biodança, só deixarei quando não puder mais me locomover. Foi lá que aprendi muitas coisas boas, tenho uma professora maravilhosa, nos orienta a nos cuidar, faz passeios maravilhosos que nos tira do tédio. Neste momento de pandemia dentro da minha casa, eu pratico tudo que ela nos orienta, dos passinhos a higiene que a nossa professora maravilhosa nos ensina tanto física quanto emocional. Na UnATI, a gente começa a partir dos 60 anos em diante, estou de quarentena por causa da doença que assola o mundo esperando voltar à sala de aula, a UnATI com

meus queridos colegas, até lá peço a Deus que me dê vida e saúde para desfrutar da UnATI que tanto amo, e voltar as apresentações no grande teatro no final do ano. A UnATI é a minha segunda casa e a minha segunda família. Amo tudo, amo a UnATI de coração e sou muito grata a minha professora. Quem não conhece não sabe o que está perdendo. Sou agradecida do reitor até o mais simples funcionário.

N.C.A.S., 80 anos

Com certa preocupação, acompanhando e rezando, com fé para que o nosso pai dê ciência e ilumine a mente de nossos cientistas para a fabricação de uma vacina.

2 – Lembrei-me com saudades dos meses de setembro e dezembro, quando meu pai, com ajuda de todos nós, pintava a casa para as festas de fim de ano (eu pintava as janelas e portas), só que agora não dá mais, (alegria) a cheiro de tintas). Mesmo assim, fiz modificações em casa, li bastante, fiz doações, graças a Deus.

3 – Levar experiências, que (somos um barco à deriva, somos todos iguais sem distinção), aprendizados para termos mais amor e solidariedade.

5 – Antes da UnATI, colaborei com a minha filha tomando conta do meu neto: ao ir a UERJ, haveria um sorteio para o colégio da universidade, caminhei até o 10º andar, avistei algumas senhoras no corredor, foi quando conheci uma professora, e passei a frequentar a UnATI. São aulas que nos eleva e emociona, pois são maravilhosas estas convivências e novas amizades, e com certeza de dias melhores através do carinho, sabedoria e paciência da nossa professora.

ALUNA R.C.B.S., 80 anos

A primeira pergunta não tenho nada que você falou, descobri que tenho muita paciência para passar este “pandemônio", eu espero procurar esquecer essa fase, estou sim, sentindo falta das nossas aulas e das meninas, mas falo com elas todos os dias, espero que voltemos o mais breve possível para nos encontrarmos novamente. Só espero que isso que nós estamos passando nos sirva de lição e que sejamos mais humildes, não aprendemos com amor, estamos aprendendo com a dor, Deus é misericordioso, mas é pai e tem todo o direito de nos punir, te garanto

que ele não gostaria de fazer isso, mas a gente procurou, nós reclamamos de tudo, principalmente de tempo. agora ele deu para nós e não reclamamos mais. Quanto a UERJ, estou com saudade das nossas aulas e de você.

S.S.S., 80 anos

1ª) Quanto ao uso da Internet, utilizo o Zoom

2ª) Vivenciando, lendo, falando com familiares, reorganizando a casa e limpando, cozinhando, fazendo pães, geleias, inovando os sabores, exercitando frequentemente em casa, rezando o terço.

3ª) Descobrimento, paciência de ver os dias passarem, cozinha com mil sabores e formatos, união da família, principalmente os distantes, carinho de alguns amigos, a dor solitária da despedida de um ente querido, sem o calor dos corpos dos que acalentam.

4ª) Guardar na bagagem o exercício da paciência, valorização das experiências vividas, o amor, a família, fé, os amigos queridos. Comprar somente o necessário, vivemos e somos felizes com poucas coisas, a doença atinge a todos. Somos frágeis diante da doença e da dor. Valorização da saúde física e mental.

5ª) UnATI, antes da pandemia, uma busca de socialização, conhecimentos e vivência durante a pandemia, um suporte emocional com novos amigos e professores. Depois o reencontro dos amigos e professores na socialização e vivências criativas.

S.M.V., 80 anos

O nosso bate-papo em sala de aula para mim é muito bom, nós conversamos sobre várias coisas e isso é muito bom, eu vejo os seus vídeos e acho muito bom, pode colocar, às vezes quando é para adivinhar e tem umas que eu acerto. É uma distração ótima.

S.M.V., 80 anos

1ª) Estou com saudades das nossas reuniões, doida que volte, estou jogando baralho, não tenho saído, tenho feito palavras cruzadas, no mais não tenho feito nada.

2ª) Triste, pois muita gente morreu com essa doença, peço a Deus que nos guarde, perdi há 4 meses uma prima, e graças a Deus o resto da família está bem. 3ª) Há 15 anos na UERJ, gosto de todos, meus professores, amigas. Me sinto bem, parece que estou em casa, saudades dos passeios, parece uma família.

4ª) Espero que, no próximo ano, quando voltarmos, seja ou esteja melhor que antes, pelo tempo que passamos lá espero que seja tudo de bom, fazer nossas aulas gostosas, que possamos estar juntas, nossa convivência que continue acontecendo.

CONCLUSÃO

Ao fim deste trabalho, pude concluir que a tarefa realizada ampliou satisfatoriamente as minhas expectativas acerca do momento que estamos passando, percebi que, em sua maioria, tentamos contribuir para que estes momentos de desafios sejam os mais suaves possíveis.

Também está sendo possível aprender a lidar com as nossas emoções e sentimentos relatados pelas companheiras e alunas, mensagens expressadas de amor e agradecimentos pelos momentos vividos na UnATI.Uerj.

Um dos fenômenos que marcaram os últimos anos do século 20 foi a democratização com a ampliação da tecnologia, que passou a fazer parte do nosso cotidiano doméstico nos permitindo, nestes tempos de afastamento social de estarmos mais juntos dos amigos e dos nossos entes queridos. É possível ver nossos idosos, através destas ferramentas, a disponibilidade carinhosa em relatar os momentos que estão vivendo, quais estratégias criadas para se reinventarem, para tornar o momento tão sofrido para muitos em aprendizado, refletindo para o fortalecimento espiritual, com esperança em um futuro pós-pandêmico mais

fraterno, exercitando o amor, a caridade, o desapego e o desejo de um mundo “diferente”.

Gratificante ouvir e ler os relatos das companheiras, incentivando as outras que por motivos próprios sentem-se deprimidas, desesperançosas. Muitas que já não tinham mas, que no momento de carência afetiva, era suprido pelo abraço, o sorriso do amigo, e que também não tem a aproximação o afeto da família. Eu, Enfermeira/Gerontóloga/Psicomotricista, sinto-me muito honrada, grata, e feliz pela oportunidade que a UNATI.UERJ confiou-me para realizar junto com as minhas queridas alunas e parceiras da Oficina Dançando a Vida na Bela Idade este trabalho edificante, de profunda reflexão e reforma íntima, onde aprendo todos os dias o verdadeiro significado da palavra resiliência.

Sou muito grato às adversidades que apareceram na minha vida, pois elas me ensinaram a tolerância, a simpatia, o autocontrole, a perseverança e outras qualidades que, sem essas adversidades, eu jamais conheceria”. (HILL, Napoleon)

“Nas nossas vidas diárias, devemos ver que não é a felicidade que nos faz agradecidos, mas a gratidão é que nos faz felizes”. (CLARKE, Albert)

REFERÊNCIAS

AFP. ONU pede ao mundo a não negligenciar idosos na luta contra a COVID-19.

UOL - Economia. 01 mai. 2020. Disponível em:

https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2020/05/01/onu-pede-ao-mundo-a-nao- negligenciar-idosos-na-luta-contra-a-COVID-

19.htm#:~:text=Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas%2C%20Estados%20Unidos%2C%20 1,%22%20e%20sua%20%22dignidade%22%20. Acesso em 28 ago. 2020.

FRAGOSO, V. et. al. Gerontologia e Transdiciplinaridade I. São Paulo: Portal Edições - Envelhecimento, 2017.

GZH. Pandemia faz emergir "o porco e o santo" em cada um de nós, define professor da PUCRS: Docente na Escola de Humanidades e coordenador do curso de Filosofia da universidade, Luciano Marques de Jesus avalia isolamento social:

"Nem todos aprenderão com a atual experiência". GZH – Comportamento. 27 maio

2020. Disponível em:

emergir-o-porco-e-o-santo-em-cada-um-de-nos-define-professor-da-pucrs- ckapo2wwe00f9015nfxta4kj5.html . Acesso em: 29 ago. 2020

MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: n1 edições, 2018. 80 p. NERI, L.A. et. al. Qualidade de vida na velhice – enfoque multidisciplinar. 2.ed. Campinas: Alínea, 2011.

QUARESMA, Maria de Lourdes Baptista. Crise, Envelhecimento, Velhice. Sinais de algum mal estar civilizacional? Rev. Longeviver, São Paulo, v. 7, p. 9-12, 07 jul.

2020. Disponível em:

https://revistalongeviver.com.br/index.php/revistaportal/article/viewFile/840/900. Acesso em: 28 ago. 2020.

WALKER, Alan. A strategy for active ageing. International Social Library. Vol.55, ed.

1. Janeiro/março de 2002, p.121-139. Disponível em:

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NOTAS:

*Maria José S. /Enfermeira/Gerontóloga/Psicomotricista / Docente do ensino Médio e Superior/Enfermeira/Dermatológica no Envelhecimento Tegumentar. Coordenadora, na Oficina Dançando a Vida na Bela Idade/UNATI.UERJ. Coordenadora, no Grupo Gerontoteca /Estimulação Cognitiva/HUPE. Supervisora de Estágio na Pós-Graduação em Geriatria/Gerontologia/UNATI.UERJ. Fundadora do Curso Gerontovidas-Rj/ para Atualização de Cuidadores de Idosos.

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