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1ª PERGUNTA

- Atualmente e de um modo geral, como você analisa a dimensão técnica e dimensão humana na formação do aluno de nível médio de Enfermagem?1

ESCOLA A

P3: Melhorou muito esta parte humana da Enfermagem, o pessoal tinha medo das enfermeiras. Eu acho que

atualmente as pessoas dão mais atenção, são mais dóceis com os pacientes, mas vejo bastante contraste ainda no ambiente de trabalho. Tem aquelas que são muito impessoais, tratam o paciente como se ele já soubesse tudo que deveria acontecer. No Pronto Socorro, onde eu fico, as pessoas ficam completamente perdidas, aonde eu vou, porque que eu vou, o que eu estou fazendo , eu vejo que tem as enfermeiras que dão atenção e tem aquelas que tratam como se eles não fossem ninguém, eu vejo assim bastante heterogêneo esse cuidado

P5: Eu acho que as escolas têm ainda uma formação mais técnica do que voltada para a dimensão humana,

também isto reflete naquele profissional que se preocupa só com a técnica e esquece a pessoa como um ser humano, né? Então, ele vai lá, executa aquela técnica e ele não vê que o paciente está mais calado, mais triste, então isso muito é da pessoa, mas muito também eu acho que a escola, não a nossa escola, acho que de modo geral está começando a ter uma preocupação com a parte humana, mas é uma coisa muito inicial, a parte técnica ainda é muito mais importante .

P2: Eu também tinha essa visão, eu dou Introdução de Enfermagem para o 1º ano e Pediatria para o 3º ano, esse

ano. E quando eu vim para cá, eu achava que a parte técnica não precisava falar isso. Um exemplo, que precisa virar para dar o banho, promover conforto, para mim era muito óbvio certas coisas, e eu fui percebendo que para o aluno não é, tem que falar detalhes que parece tão óbvio que, às vezes, o aluno não consegue, às vezes, enxergar, né? Um tipo assim, você vai fazer uma limpeza de unidade, porque você precisa virar o pano, precisa ter o cuidado para lavar, né? Para enxaguar, umas coisas assim que parece óbvio, mas na realidade deles não é, então eu acho que no primeiro ano, acho que a gente dá muita informação técnica para eles, e ou que eu sinto, já que com o terceiro ano, você dá essa informação técnica, mas você se preocupa muito com o lado humano, né? Do profissional, explorar esse lado humano, essa compaixão pelo outro, essa preocupação, né? Como cuidar do outro é um exemplo, na hora de uma punção venosa, não é pegar no pé do bebezinho, como se estivesse pegando uma borracha, ou uma mão, tem que ter muito cuidado há hora de lidar e com a pessoa, não só com uma criança, principalmente com o acompanhante, né? Hoje nós trabalhamos muito com acompanhante, agora, o profissional tem que estar, eu acho que de uma maneira geral, a gente tem dois extremos, tem o lado técnico que é fundamental, né? E o lado humano, que acho que um não dá para viver sem o outro.

P4: Viu, como eu considero minha formação mais recente, né? Porque saí há pouco tempo da graduação, eu acho

que hoje já está tendo a preocupação principalmente, da escola que eu vim, em tratar a humanização num aspecto mais amplo, porque eu fiz, a gente tinha uma matéria lá, que a gente via, visava muito o atendimento de sistematização da assistência, visava muito ver o paciente, o cliente, não só como patologia, mas tratar o cliente como um todo. Então batia-se muito nessa tecla da assistência ser uma coisa completa, o psicológico do cliente, ele quer tomar um banho agora, eu não preciso tirar ele 7:00 horas da cama, porque, de repente, ele passou a noite toda acordado, com dor, aí eu vou chegar de manhã, pegar o plantão oh! Seu João, senhor vai ter que tomar banho agora, e ele acabou de dormir, então é respeitar a vontade do paciente, então eu acho que a gente passa isso, mas nós temos horário, o plantão tem que ser feito dessa maneira, eu acho que não tem! Pela visão que eu tenho, esse atendimento humanizado para o paciente é você respeitar o paciente e respeitar a equipe e agora né? início, eu estou iniciado como o 2º ano, né? em estágio. Eu sou iniciante, eles também são iniciantes, meu grupo nunca entrou em hospital, eu procuro sempre fazer uma reunião antes, conversar com eles, você vai tratar dele e não da patologia; não ver o seu cliente como é a “gastre” do quarto dois., não, o nome dele, pega o prontuário, vê o que ele tem, chega e conversa, se tem acompanhante, explica, e então eu estou procurando trabalhar muito isso, com isso. Acho que, quando eles entrarem no mercado de trabalho, eles vão levar essa carga de ver o cliente não só a patologia, o curativo, o banho que foi dado, mas vê-lo como um todo, como ser humano, tratar ele como ser humano, respeitando as vontades, as limitações dele.

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O texto foi reproduzido de acordo com as falas gravadas. Muitas palavras e frases estão de acordo com a linguagem falada e apresentam expressões escritas pouco familiares dificultando a interpretação. Os nomes das escolas que foram citadas ao longo das entrevistas pelas participantes foi substituído por “nossa escola”.

P1: Eu tenho um pensamento muito próximo da colega, existe uma dimensão humana, mais que ainda há uma

ênfase para a dimensão técnica na formação dos alunos. Na verdade, eu vejo assim, um grande discurso de humanização, faz parte até do ministério. Quando ele cria um programa de humanização, já criou uma portaria sobre a humanização do parto e a do atendimento ao recém-nascido. Isto já está em vigor, só que este discurso ele até existe em relação à resgate dessa dimensão humana, mas na enfermagem, só que eu me preocupo sim que a prática ela não é assim tão verdadeira, não corresponde a este discurso não, porque a instituição, ela tem uma certa resistência a valorizar essa dimensão humana, ela valoriza tarefas, números de leitos, números de procedimentos de Enfermagem, a eficiência da equipe de Enfermagem, está mais para a dimensão técnica, do que da atuação dessa equipe; do que da dimensão humana. Isto acho que dá para ficar muito claro quando você vê que existe um exagero, um número de pacientes designados para cada funcionário de Enfermagem. Isso é uma política da instituição, trabalhar com o mínimo de pessoas possível, provavelmente, porque lhe falta da dimensão técnica e jamais a dimensão humana poderia estar atuando nos cuidados dele. Acho que ainda persiste no discurso em relação à humanização dos cuidados, coisa que é tão óbvia, quando fala em Enfermagem, a gente pensa em cuidado; quando pensa em cuidado, você pensa no ser humano. O cuidado em Enfermagem é essencialmente humano, que mexe com gente, então eu acho que é uma coisa muito clara, mas no discurso; na prática, não vejo esse profissional ser atendido na própria formação. Passar como?

P4: Passando para ele, ver o cliente como um todo, verificar o fator psicológico, emocional, tudo isto que é

humanização, respeitando, eu não sei, eu acho que é uma sementinha, não é?

P2: Eu acho que o que acontece aqui, o que pega muito é também a imaturidade, porque eu já peguei, quantas

vezes que a gente fala para o aluno manter a privacidade, porque é importante, o paciente tem sua privacidade preservada, né? Então quantas vezes a gente pega o aluno, não tem aquela maturidade. Uma vez, eu peguei um aluno que pois uma comadre no paciente, tinha mais três pacientes no quarto, o paciente descoberto, sem um biombo, a hora que eu cheguei e vi aquilo! Mas o aluno não se toca, entendo que isso precisa, é fundamental, né? É isso que eu falo, a gente tem que falar tantas coisas básicas para eles, de higiene, percepção da situação que às vezes, a imaturidade conta, eu acho que na habilitação, eu adoro dar aula para a habilitação, porque o interesse deles, eles têm aquele interesse técnico, mas eles têm uma característica humana muito trabalhada, uma vivência, têm essa parte humana mais aflorada do que num adolescente.

P3: Eu acho que aquele estresse técnico, aquela pressão que tudo tem que ser misterioso, que não pode contaminar,

cuidado olha onde você põe a mão, são tantos detalhes.

P2: Assim, a observação que eu tenho no primeiro ano em Introdução de Enfermagem, eles estão preocupados

agora, não é com o paciente, eles querem saber aplicar injeção, quem vai fazer curativo, eles querem técnica, técnica. Eu acho que a hora que sanar essa ansiedade de técnicas, eu acho que a gente vai conseguir passar a parte humana para eles, não que não seja importante, acho fundamental, mas acho que cada época tem um peso diferente.

ESCOLA “B”

P8: Eu dou aula para três níveis de ensino de Enfermagem e já tive experiência nessa dimensão diferente para as

três. O ensino médio é aquele aluno que ainda não fez o curso de ensino médio normal. Então, ele está fazendo junto, o ensino médio com português, matemática, etc. junto com aulas técnicas de Enfermagem. Também dou aula para o Auxiliar de Enfermagem que é um pessoal que tem primeiro grau e depois ele vai atuar como auxiliar e para o Curso Técnico de Enfermagem que é o que a gente chama de pós ensino médio, então ele já concluiu ensino médio e só faz disciplinas técnicas. A realidade de cada um deles é bem diferente, então para o pessoal que faz o ensino médio junto com o técnico eu não sei se ele tem bem a maturidade para saber o que eles estão se formando, se é isso mesmo que eles querem ou não: Enfermagem. Eu acho que eles não tem ainda a consciência do que seja fazer curso de , a maturidade para saber do que seja fazer curso de Enfermagem e a responsabilidade que visa isso. O pessoal de Auxiliar de Enfermagem, eu creio que eles tenham uma certa maturidade, mas uma maturidade profissional, sem também saber, ter a consciência, a implicação do que é ser um profissional da área de saúde. Então, muitos gostam, ah! Eu gosto de cuidar das pessoas, eu ajudo meu tio, mas falta um conhecimento técnico, um embasamento para saber mesmo que além de uma profissão, eles sabem que vão ter uma responsabilidade, que não podem faltar, mas assim, assim. O cuidado de Enfermagem, o que envolve esse cuidado de Enfermagem, eu acho que visa mais, tem uma concentração, mas é que falta um pouco de consciência do que significa isso como profissão. O nível técnico é aquele pessoal que gostaria de fazer uma faculdade, mas que não tem condições, então fazer o curso técnico, eu

posso dizer que 80% tem a consciência do que é um curso técnico, eles vão, pagam o que estão fazendo, querem, exigem, já tem uma idéia do que implica responsabilidade de um curso técnico, é um pessoal que na maioria das vezes já trabalha na área, então existe uma troca de informações com o professor, então: - olha, eu vi isto no meu trabalho, é verdade isso, então eles já tem um conhecimento científico, não tão embasado, mas acaba sendo uma troca em sala de aula, essa a minha realidade para esses três níveis na área de Enfermagem.

P7: Bem, na ideologia e na filosofia da escola não tenho dados para falar. O que eu posso falar é do meu papel e

daquilo que me leva para a sala de aula e o que busco desenvolver. Então, é claro que o estudo das técnicas, as disciplinas técnicas vêem na frente, o aluno valoriza isso, é o que eu percebo, quando entro com a psicologia, na qual mostro para eles que o objeto de estudo é eles. Depois de muita resistência e barreira, uma dificuldade muito grande de estar cada um consigo mesmo apavora, a história dessas pessoas, segundo a colega fez uma colocação, a diferença entre auxiliar e técnico, com o auxiliar eu percebo que é uma pessoa que chega muito sem consciência do papel, sem saber direito o rumo que vai tomar, o grande desafio passa a ser o estágio, então são pessoas mais difíceis na minha área a serem trabalhados, com baixa maturidade, tem que estar com cada aluno, porque eu acredito que a pessoa que experimenta isso, ela não tem com dar para o outro essa qualidade humana, essa condição humana, se ela não vive como ela pode dar. Então, muita dificuldade, eu sinto com essas classes. Eles não tem concentração, não reconhecem o ponto proposto, o técnico que já trabalha na área, eu sinto que respeita mais aquilo que eu tenho para oferecer e reconhece o valor daquilo que estou oferecendo. Então desenvolvem mais, são aulas muito ricas, muito mais produtivas e eu sinto que dá para sensibilizar na humanização, na qualidade final da Enfermagem, mas em termos das coisas que tenho aplicado em sala de aula, são pessoas, de uma forma geral, de uma vivência extremamente sofrida, vidas trágicas quando eu dou Psicologia do Desenvolvimento, quando eu dou fase oral, fase anal, fase fálica, e daí falo que não adianta nada a gente ler aquilo e não saber o que tem a ver com a vida da gente, peço para eles: - Relatem para mim a vida de vocês de zero aos sete anos. É terrível o que acontece em sala de aula, muita resistência, uma dificuldade muito grande, eu acolho algumas pessoas, inclusive começa haver um desconforto grande, eu peço para sair quem não vai querer participar, que caos! Então, eles me entregam por escrito, eu até estava lendo da turma da manhã, hoje. Então, é muito trágica a vida dessas pessoas, é uma tragédia assim impressionante, então, eu percebo assim, que material humano é esse que vem buscar a Enfermagem, tão precário?! Tem uma condição extremamente precária, uma condição emocional muito precária. O meu trabalho na escola tem se voltado para isso, buscar caminhos para realizar esse trabalho, porque tecnicamente perfeito, eles falam assim: - Tem prova na sua matéria? Porque só isso que você está dando, eu insisto na vivência, na participação, no empenho, porque é difícil eles virem para sala de aula, que é essa a qualidade, porque se eles não vivem isso eles não vão ter para dar nesse nível, eles não valorizam também, não conseguem valorizar. Eles percebem algum sentido, mas eu não tenho carga horária suficiente para que eles possam sair daqui sensibilizados.

P6: Quando eu dou teoria, eu dou em seguida a prática, sempre, e às vezes, revezo a parte técnica com professores

que deram bloco teórico e complementando somente a parte delas. Nós vemos assim se formar grupos não muito diferenciados em conceitos de classe. Nós conseguimos conceituá-los em ABC, regular, bom, ótimo, englobando todos., É claro que cada turma tem suas características, o que eu vejo é realmente na parte técnica, você vai cobrar coisas que eles tiveram mais afinco na teoria. Eu tive alunos que não tinham dinheiro para a condução, tinham condução para o trabalho ou condução para o bloco teórico. Então, o que eles fizeram, tanto podiam faltar daquele bloco para poder guardar, para poder participar do outro, então isso envolve outras coisas, os próprios alunos é muito gratificante quando a gente pega. Eu já tenho preferência pelos auxiliares que estão iniciando mesmo, sem saber nada, eu gosto muito, não saber muito aquilo que vai querer e mostrar o que é Enfermagem para eles, tanto na teoria, quanto na parte técnica o mesmo trabalho. Eu não gosto que fiquem questionando: - Vai ter prova? Como é o estágio? Eu perdi ponto porque eu fiz isso? Eu não gosto de dar conceitos, eu quero crescimento do zero e que saia com um percentual acima do que chegou comigo e isso eu trabalho com todos eles, tanto na teoria como na parte técnica, e a única dificuldade é na parte desses que estão vindo para cá para complementar o técnico, esses tem uma vivência diferente totalmente, é bem mais atuante, eles sugam mais a gente. A próxima aula eu trago a sua dúvida. Mas é muito interessante nesse ponto, a diferença que há entre todos , mas aqui acho que dá para complementar bem, a gente consegue puxar a teoria deles, só que muitas vezes cai nessa instabilidade da vida de cada um, muitas vezes emocional, às vezes, parece que é um determinante, aquele que tem que trabalhar para pagar o curso, aquele que não tem como chegar às 18:45 horas para a aula, porque sai do serviço às 18:00 horas, deixa o material arrumadinho para sair correndo, porque às 22:30 horas eu páro, porque tem que pegar às 23:00 horas o ônibus para Sumaré. A gente tenta, mas na vivência é mais dessa parte humana deles que a gente tem que submeter, então veio para o curso, esquece relógio, esquece nota, vai aprender, para mim é interessante que você saia daqui aprendendo, se você aprendeu o que te passei para mim está ótimo, se eu te der um cinco, você passa, se eu te der o dez você passa, aí, eu consigo sugar ainda mais deles, aprenderem mais, mas tem aquele que você é difícil estar

lidando pela diferença dos grupos que nós temos e por estar conhecendo, nós trocamos muitas idéias entre os professores na sala dos professores, isto muda bastante.

P9: Para mim fica claro com esse três anos dando aula, tem mudado muito o perfil do aluno que procura fazer

Auxiliar e Técnico de Enfermagem. A gente vê muito em sala de aula, eu falo o que eu faço e eles também tem a oportunidade de falar e há algum tempo atrás eles falavam que eles estavam desempregados há muito tempo e resolveram fazer Enfermagem. Hoje, a realidade é um pouco diferente, os que estão fazendo técnico é porque são auxiliares, não conseguiram entrar no mercado de trabalho e agora estão fazendo técnico com a esperança de entrar no mercado e tem outras pessoas esporadicamente que vêm de outras áreas que não tiveram sucesso, mas uma coisa interessante é que a vida dessas pessoas são vidas marcadas por coisas muito drásticas. Eu sempre pergunto para eles, cuidar não é uma coisa fácil, a gente cuida do paciente, a gente tem que dar o melhor, muitas vezes este melhor não é bom, eu sempre acho que é uma coisa muito interessante, porque quando me vejo falando de recém-nascido prematuro por exemplo, eu tenho que falar para uma pessoa que não tem a mínima noção de condições básicas, porque a vida dela foi uma vida marcada de muito sofrimento, de muita coisa, que muitas vezes eles não conseguem absorver o conteúdo teórico que é técnico, porque a história dele é uma vida marcada de sofrimento. Na realidade eu acredito, eu nunca li nada sobre isso, mas eu acredito que a procura de Enfermagem está muito relacionada ao que eu tenho como história de vida e não sei porque a gente da Enfermagem tem condição de vida que não é das mais agradáveis e acho que isso interfere muito no nível e na qualidade do ensino. Há uma turma recente que estou dando aula, antes o aluno faltava, ele perguntava quantas faltas eu tenho, hoje ele falta e pergunta quantas faltas eu posso ter na sua disciplina, e é muito pobre. A minha prova é toda de critique, comente e eles não sabem comentar, explicar. Então, é uma pobreza de conteúdo. Como eu entendo que a gente é um todo, está muito relacionado a isso e mudar, porque você dá a técnica que tem que existir, mas você tem que dar a noção de vida, de respeito, mesmo que você tenha tido a vida tão triste, você pode mudar isso de alguma forma, minha visão do aluno é essa.

P7: Nessa busca de achar um caminho, eu acabo fazendo na sala de aula algumas dinâmicas que envolvem desenho,

a gente vai trabalhar com o desenho de árvore e o que me chama mais a atenção é isso que, quando eu faço a autobiografia de zero a sete anos, vem uma história de vida que você fala: - Como foi que sobreviveu? E está aí e eu peço para fazer a árvore, é muito interessante quando trabalho uma noção corporal diretamente ligada à consciência, a árvore passa a ser toda a simbologia desse corpo, muito mal amado e o que me deixa assim, muito intrigada é ver a qualidade das árvores que eles desenham, eles desenham de carvalho para cima, é raro você ver árvores frágeis. O meu questionamento é como que essa história de vida de base propicia essa força do inconsciente em fazer uma árvore daquele tamanho. Para mim é um paradoxo ainda a ser resolvido. Como é que essas pessoas