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Aplicação do modelo matemático Industrial Source Complex

1.4. DISPERSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS

1.4.5. Aplicação do modelo matemático Industrial Source Complex

O modelo Industrial Source Complex (ISC3) é usado para predizer concentrações de poluentes em pontos, áreas ou volume contínuo.

Esse modelo desenvolvido pela United States. Environmental Protection Agency (USEPA), é um modelo de pluma Gaussiana de regime permanente que pode ser usado para calcular concentrações de poluentes de uma grande variedade de fontes associadas com um complexo de fontes industriais (TOMAZ & CLEMENTE, 2000), sendo apropriado para as seguintes aplicações:

 Fontes industriais complexas;

 Áreas urbanas ou rurais;

 Terreno plano ou elevado;

 Transporte a distâncias de até 50 quilômetros;

 Concentrações médias para períodos de 1 hora a 1 ano;

 Emissões contínuas de poluentes do ar.

O modelo ISC3 é disponível em 2 versões: um modelo de curta duração “Industrial Source Complex Short Term (ISCST3)” e o modelo de longa duração “Industrial Source Complex Long Term (ISCLT3)”, que se diferem pelo período médio disponível para os cálculos, distâncias maiores do terreno, opção de deposição e o formato de dados meteorológicos de entrada.

Ambos os modelos, possuem a utilização das “Regulatory Default Options”, que consiste na seleção automática dos parâmetros e condições recomendadas pela USEPA dos seguintes parâmetros:

 Altura final da pluma;

 Efeito “downwash” devido à chaminé que considera o efeito de dispersão da pluma devido à altura de prédios e instalações;

 Efeito downwash devido a prédio e instalações: considera o efeito de dispersão da pluma quando a altura da chaminé é menor que 50% da altura ou da largura dos prédios e instalações;

 Buoyancy induced dispersion (dispersão induzida pela flutuação da pluma, isto é, que considera o efeito térmico de elevação da pluma);

 Gradiente de temperatura vertical;

 Tratamento da condição de calmarias;

 Expoentes para o perfil vertical dos ventos;

 Meia-vida para poluentes específicos (consideração da transformação química para alguns poluentes).

A aplicação do modelo de dispersão requer as seguintes informações e parâmetros de entrada:

 Características das fontes: os dados das fontes necessários são a localização, taxa de emissão dos poluentes, altura da chaminé, velocidade de saída do gás da chaminé, diâmetro interno da chaminé e temperatura dos gases na saída da chaminé. Para fontes áreas faz a integração dupla

 Parâmetros meteorológicos: ISC3 requer dados meteorológicos horários do local tais como: temperatura ambiente, direção e velocidade do vento, temperatura e altura de mistura e classe de estabilidade. Para ISCLT3 os dados de entrada incluem estabilidade da rosa do vento, média da altura de mistura da tarde e da manhã e temperatura média do ar.

 Dados do receptor: Os dados do receptor necessários são as coordenadas e a elevação terreno para cada receptor.

 Dados de entrada opcionais: os dados opcionais incluem elevação da fonte, dimensões da construção, distribuição do tamanho da partícula com correspondentes velocidades de sedimentação e coeficiente de reflexão da superfície.

 Tipo de poluentes: ISC3 pode ser usado para modelos de poluentes primários e emissões contínuas de poluentes tóxicos ou perigosos. A sedimentação e a deposição de poluentes podem ser consideradas.

 Dispersão horizontal: Para a dispersão rural são usados o coeficiente de Turner (1969), sem ajustes para superfícies rugosas ou tempo médio, para a dispersão urbana o coeficiente de Briggs (GIFFORD, 1976), dispersão induzida pela flutuação da pluma (PASQUILL,1976) e seis classes de estabilidade (EPA,1995).

 Dispersão vertical: Da mesma forma que para dispersão horizontal são usados o coeficiente de TURNER (1969), sem ajustes para superfícies rugosas, dispersão induzida pela flutuação da pluma (PASQUILL,1976) e seis classes de estabilidade (EPA,1995). A altura da mistura é calculada com reflexões múltiplas até que o desvio padrão da pluma vertical seja igual a 1,6 vezes a altura de mistura; a mistura vertical fica uniforme acima deste ponto. A reflexão no solo é considerada especular.

 Relação entre fonte-receptor: O ISC3 é aplicado em locais especificados pelo usuário para fonte linha, pontual, área e volume e especificações de localização de receptores ou de grades de recepção.

 Comportamento da pluma: O cálculo da Elevação da Pluma pode ser realizado através da Fórmula de Holland (∆H), US H.E.W (1962), ver Eq 8

(

)





+

=

D

T

T

T

P

u

d

V

H

s a s bar s 3

10

68

,

2

5

,

1

Eq 8 Onde: - ∆H = elevação da pluma (m) - Ts = Temperatura de emissão (K). - Ta = Temperatura ambiente (K)

- D = Diâmetro interno da chaminé (m)

- Vs = Velocidade de saída dos gases (m/s)

- u = Velocidade do vento (m/s)

- Pbar = Pressão barométrica (mBar)

 Ventos horizontais e verticais: O modelo ISC3 considera as seguintes hipóteses para os ventos verticais e horizontais:

- Vento constantes e uniformes (regime permanente) são considerados para cada hora;

- É considerado o transporte da pluma em linha reta para todas as distâncias na direção do vento;

- São usados expoentes do perfil da velocidade do vento separados para casos rurais e urbanos;

- A velocidade do vento vertical é considerada igual à zero.

 Transformação química: No modelo ISC3, as transformações químicas são tratadas usando decaimento exponencial, sendo que a constante do tempo é um dado de entrada fornecido pelo usuário.

 Remoção Física: Efeitos de deposição seca para partículas são tratadas usando uma formulação de resistência na qual a velocidade de deposição é a soma de um termo de resistências à transferência dos poluentes dentro da camada da superfície da atmosfera, mais um termo gravitacional de deposição.

A resposta do modelo ou os dados de saída incluem as seguintes informações:

 Parâmetros de controle do programa, dados das fontes e dos receptores;

 Tabelas dos dados meteorológicos horários para todos os dias do ano considerado;

 Concentração média diária ou deposição total calculada para cada receptor ou para qualquer combinação de fontes desejada;

 Valores de concentração ou deposição calculada para qualquer combinação de fontes desejadas em todos os receptores para qualquer dia especificado ou período de tempo no prazo de um dia;

 Tabelas dos maiores valores até o décimo valor mais alto de concentração ou valores de deposição calculada para cada receptor, num período de tempo específico para qualquer combinação de fonte desejada;

 Tabelas de concentrações ou deposição dos 50 valores máximos calculados, num período de tempo específico para qualquer combinação de fonte desejada.