Alternativas e implicações de uma educação que é especial
7. Aplicar metodologias instrucionais diversifi-
cadas. Como as turmas são marcadas pela diversidade hu-
mana, a diversificação metodológica para o aprendizado é significativo, pois quanto maiores forem as variações, me- lhores serão os encaminhamentos de uma educação física para todos os alunos. Destacamos as atividades de coope- ração, do sistema ecológico, entre outras. Quanto maior fo- rem as variações nas estratégias metodológicas, melhores serão os encaminhamentos do professor para proporcio- nar uma prática de Educação Física para todos os alunos.
A operacionalização dessas ações está comprometi- da com uma educação que:
• defende o princípio de que todas as pessoas devem estar em escolas comuns da comunidade;
• conhece o histórico social, cultural e fisiológico de cada aluno de sua turma;
• respeita o potencial e acredita na capacidade de aprender de cada aluno;
• adota uma abordagem educacional que propicia ajuda nas soluções de problemas;
• estimula e direciona o aprendizado do aluno para o conhecimento de si e do outro para participação social;
• estimula outras pessoas (pais e comunidade exter- na à escola) a se envolverem com o processo educativo dos alunos;
• utiliza as experiências de vida do próprio aluno como fator motivador da aprendizagem;
• solicita e reivindica suportes (acessibilidade arqui- tetônica, atendentes pessoais, profissionais de ajuda, ho- rários flexíveis, entre outros) para o acesso de todos na escola.
A tendência dessa concretização é longa e árdua, mas é com pequenos passos que se conseguirá realizar grandes caminhadas.
A reflexão apresentada baseia-se na ressignificação de valores sociais, pois enquanto sujeitos de um processo participativo, devemos gerar novos fluxos de reflexão so- bre o ser humano em suas diferentes interfaces organiza- cionais. Assim a configuração do saber deve extrapolar os muros escolares, expandindo-se para o sistema social no qual estamos inseridos.
O ato de ensinar deve erigir-se sobre significados de um saber baseados na tese do direito e do respeito mútuo entre educando e educador. Buscar compreender a trama social e histórica, cultural e política, com a premissa de uma prática educativa pela e para a diversidade implica uma formação para a compreensão dos diferentes cami- nhos que os procedimentos humanos nos apresentam.
A busca de ações educacionais na perspectiva de uma Educação Física da qual todas as crianças possam partici- par envolve paradigmas atitudinais e ideais. Para tanto, é indispensável ressignificar nossos paradigmas para que a educação possa se concretizar sem preconceitos, não so- mente relacionados às pessoas com deficiência, mas para todos.
Consideramos que, nesse processo não se pode “olhar” para o processo de inclusão escolar e deixar os en- caminhamentos acontecerem sem que se possa intervir. Enquanto professores, é importante ser sujeitos nesse re- construir educacional. Com certeza, teremos conflitos, mas também satisfação e o reconhecimento de que estamos formulando estratégias que ultrapassam a área restrita e isolada da disciplina em busca dos direitos de igualdade e de emancipação dos escolares.
O importante a destacar é que as ações permanece- rão ao longo de todo o processo de vida de cada aluno e que, com a obtenção da alteridade, eles poderão ser ca- pazes de refletir sobre diversas situações e necessidades políticas.
As propostas educacionais de uma concepção inclu- siva de ensino reflete a oportunidade da elaboração de ou- tros paradigmas. Embora difíceis de serem concretizadas, elas não são utópicas, mas demandam de inúmeras ações, desde o papel da escola ao planejamento curricular, e à formação continuada dos professores.
O processo já se iniciou, e, com a abertura das esco- las, começa a revolução nos processos de ensino/aprendi- zagem. O importante é o desencadeamento de princípios que valorizem as diferenças.
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O ponto de partida para as reflexões da presente pes- quisa que investigou a inclusão de crianças com necessi- dades especiais na educação física das escolas públicas da região do Vale do Taquari requisita descrever uma justifi- cativa que envolve aspectos de uma cultura educacional e social, bem como os aspectos da problemática da inclusão na educação física escolar.
Em relação à cultura educacional, Góes (2005) apre- senta estudos que descrevem a pequena inserção de crian- ças com necessidades especiais na classe regular. A per- gunta que pode ser realizada na sequência é: se na classe regular há pouca inclusão, como está a realidade quando