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4. O DIREITO E A ESCLEROSE MÚLTIPLA

4.4 Aposentadoria por Invalidez

A aposentadoria por invalidez é o benefício devido ao trabalhador, filiado ao regime da previdência, por conta de acidente de trabalho ou por enfermidade que o incapacite, permanentemente para o trabalho.

Para que essa pessoa consiga o benefício, é necessário realizar uma perícia médica, comprovando-se a real incapacidade da doença. Esse é um problema para os portadores de esclerose múltipla, porque ele tem a doença que, em algum momento, poderá deixá-lo incapacitado para o trabalho, mas mesmo assim têm períodos em que ele se encontra sem problema algum. Isso pode acabar gerando a reprovação do seu pedido de aposentadoria.

Importante ressaltar que se, na perícia, for comprovada que essa pessoa precisará de cuidados especiais, como a ajuda de uma terceira pessoa (no caso de ficar tetraplégico, por exemplo), ela poderá requisitar o aumento do seu beneficio em 25% (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2015).

A aposentadoria por invalidez será paga a partir da data do início da incapacidade ou da entrada do requerimento, quando solicitada, a partir do 30º (trigésimo) dia do afastamento da atividade (QUAGLIATO, 2009).

Ressalte-se que “para ter direito a esse beneficio, o paciente com esclerose múltipla não necessita esperar qualquer período de carência de filiação a Previdência Social.” (QUAGLIATO, 2010).

4.5 Direito à quitação do financiamento de imóvel pelo Sistema Nacional de Habitação (SNH).

Portadores de doenças graves, incapacitantes para o trabalho, como é o caso de parte dos portadores de esclerose múltipla, têm direito à quitação do financiamento de imóvel, firmado antes do acometimento da enfermidade.

Essa regra vale apenas quando a pessoa que se encontra incapaz arcava com todo o financiamento. Se, por exemplo, ele pagava metade do financiamento e uma outra pessoa

pagava o restante, não terá direito a esse beneficio. Essa quitação do financiamento vale também quando há a morte da pessoa responsável por esse financiamento.

Ao firmar o contrato de financiamento, o contratante paga também um valor relativo ao seguro para eventualidades como morte ou enfermidade do financiador.

5 CONCLUSÃO.

Como conclusão, pode-se dizer que, no geral, os portadores de esclerose múltipla dispõem de uma série de vantagens em relação às demais pessoas. No entanto, ainda há muito por fazer.

Primeiramente, antes de qualquer coisa, é preciso que se amplie o número e o incentivo de pesquisas para, pelo menos, amenizar a situação de vida dos pacientes. É até desumano não incentivar essas pesquisas por não trazerem tantos benefícios econômicos para as indústrias farmacêuticas.

O Projeto de Lei nº 5.027, de 2013, deve ser aprovada o quanto antes. Em virtude de tudo que foi analisado neste trabalho, está claro o porquê de os pacientes com esclerose múltipla precisarem de um atendimento mais urgente no SUS. No entanto, para isso acontecer, é necessário que, antes, o próprio sistema de saúde brasileiro melhore para toda a população.

Em relação à prioridade processual, como foi esclarecido, não é suficiente para que pessoas portadoras de necessidade mais urgentes sejam prontamente atendidas. É preciso “acelerar” todo processamento legal.

REFERÊNCIAS

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