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Tanto a prática pedagógica desenvolvida no pré-escolar, como a prática desenvolvida no 1º ano do 1ºCEB serviram de suporte para muitas aprendizagens, que serão fundamentais para o nosso futuro como profissionais.

No que concerne ao Estágio I, estágio desenvolvido no Pré-Escolar, podemos referir que sentimos algumas dificuldades. Muitas das atividades que foram planificadas e preparadas por nós enquanto estagiárias não foram concretizadas ou foram desenvolvidas pela educadora cooperante. Desta forma, no início da nossa prática pedagógica, sentimo-nos bastante desmotivadas. Talvez por não conhecer as nossas capacidades enquanto futuras educadoras/professoras, a educadora cooperante decidiu não nos dar liberdade e autonomia suficiente para desenvolvermos a nossa prática pedagógica.

Um dos itens pertencentes à nossa avaliação enquanto estagiárias era desenvolver, desde a «raiz», um projeto de sala. De facto, surgiu uma oportunidade de o desenvolver, uma vez que numa das reuniões de grande grupo, realizadas diariamente, as crianças questionaram acerca do nascimento dos bebés. Porém, a educadora cooperante não concordou que desenvolvêssemos esse projeto, limitando-nos assim a trabalhar apenas no projeto que ela mesma já tinha desenvolvido, o projeto “Como se formam as lágrimas?”.

Embora a nossa prática tenha sido um pouco limitada ao início, podemos referir que a nossa intervenção, perante o grupo de crianças, foi muito positiva, visto que não sentimos quaisquer dificuldades em nos integrarmos no grupo; isto é, tratava-se de um grupo de crianças muito sentimentalista, muito acolhedor e compreensível, que nos «acolheu» da melhor forma possível, fazendo-nos sentir prestáveis. Para além disso, perante as atividades que desenvolvemos, o grupo mostrou sempre muito interesse e satisfação.

Quanto ao estágio desenvolvido no 1º ano do 1º CEB, podemos dizer que foi um grande desafio. No começo, ficámos um pouco receosas, pois ensinar o grupo a ler e a escrever era a nossa preocupação primordial. A observação realizada antes da nossa prática pedagógica foi fulcral, visto que entendemos como se procede ao ensino da leitura e da escrita. A professora cooperante foi um excelente modelo, pois foi através das observações que fizemos que desenvolvemos o nosso estágio.

Relativamente ao grupo de alunos, sentimos algumas dificuldades no que diz respeito ao domínio de grande grupo. Porém, o grupo era muito carinhoso e mostrou sempre muita dedicação no desenvolver das atividades propostas.

89 Foi muito gratificante trabalhar com os dois grupos de crianças. Porém, sentimos que a nossa intervenção teve mais impacto no 1º ano do 1ºCEB. Consideramos que tal facto deveu- se à autonomia que nos foi dada pela professora cooperante, mas também ao desafio que se tornou trabalhar com este grupo de alunos, visto que nos sentimos concretizadas ao perceber que conseguimos atingir o nosso grande objetivo, o de os ensinar a ler e a escrever.

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CONCLUSÃO

O jogo é um recurso lúdico que cria um ambiente cativante e gratificante na sala de aula e que contribui potencialmente para o desenvolvimento integral da criança, ou seja, contribui intensamente para a formação da personalidade da mesma. É, sem dúvida, um proporcionador de aprendizagem que desenvolve não só capacidades cognitivas, socioafetivas e motoras, como também a autonomia e a criatividade da criança.

Poderíamos, entre as inúmeras vantagens da utilização do jogo, mencionar a aprendizagem por via aprazível como característica central. Porém, para muitos educadores e professores, o jogo é apenas um meio de criar «algazarra» na sala de atividades, o que leva à sua desvalorização como ferramenta de ensino. Cabe a cada professor/ educador assegurar-se de que o jogo vai ao encontro das necessidades e interesses do grupo, de tal modo que se verifique um envolvimento positivo por parte do mesmo.

Durante a nossa prática pedagógica, sentimos necessidade de encontrar uma ferramenta que motivasse e estimulasse a aprendizagem ativa da criança. O jogo foi a forma que encontrámos para envolver agradavelmente os grupos no processo de ensino- aprendizagem, mais concretamente na aquisição da leitura e da escrita.

O nosso grande objetivo, durante a prática pedagógica supervisionada no pré-escolar e no primeiro ano do 1º CEB, era criar aulas dinâmicas em que pudéssemos envolver ativamente as crianças nas aprendizagens. De facto, o objetivo central da nossa intervenção foi alcançado, visto que conseguimos facilitar a aprendizagem dos «nossos» grupos, levando- os a adquirir conhecimento de forma aprazível. Neste contexto, foi gratificante verificarmos quanta alegria e entusiasmo o jogo lhes proporcionou.

A partir da experiência que nos foi possível obter nos dois estágios, podemos referir que a utilização do jogo é uma tarefa complexa para o educador e para o professor, pois ele tem de ser bem pensado e bem estruturado, visto que o mais minucioso detalhe pode fazer uma grande diferença nas aprendizagens das crianças. Embora seja uma tarefa difícil, o resultado da utilização do jogo didático pode ser gratificante a vários níveis, tanto para as crianças como para o educador/professor. Contudo, o jogo deve, sobretudo, ir ao encontro dos interesses das crianças e estar destinado à faixa etária das mesmas.

Fazendo um balanço final do nosso percurso ao longo dos dois estágios (no pré- escolar e no 1º CEB), podemos concluir que este foi muito positivo, principalmente pela relação que conseguimos estabelecer com os dois grupos. Aprendemos que cada criança é

91 uma só, com capacidades e necessidades distintas, às quais há uma necessidade de adaptação por parte dos adultos, para que possa existir uma relação de amizade, de confiança e, sobretudo, de aprendizagem.

Com esta experiência, conseguimos perceber o quanto é importante para as crianças aprenderem por meio do prazer, o que nos leva a concluir que o jogo é um ótimo recurso a utilizar num futuro próximo.

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