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Segundo Schliemann (1992) entre os princípios recomendados por Piaget para a educação matemática tem-se ”a criança é sempre capaz de compreender e

fazer na ação do que expressar verbalmente e conscientemente os princípios nos quais se baseiam suas ações. ”

Autores tais como: Carraher e Schliemann (1992), constataram que alguns conceitos matemáticos, no qual as crianças muitas vezes apresentam dificuldades na escola, são facilmente aprendidos e utilizados no, contexto de atividades cotidianas.

Durante as últimas décadas surge uma crescente preocupação na modernização dos conceitos matemáticos, visando preencher a lacuna que há entre a matemática escolar formal e sua utilidade no dia-a-dia.

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O antigo medo da matemática ainda existe, ele pode até ter diminuído, pois, o mundo em mudança, o ensino naturalmente progride. Mas, mesmo hoje, a Matemática ensinada da maneira tradicional é a disciplina que apresenta o mais baixo desempenho dos alunos e é, ainda, a que mais reprova. Isso acontece no Brasil e no mundo inteiro (Silveira, 1992).

Tanta dificuldade exigia um remédio. Há tempos, psicólogos, pedagogos, professores e matemáticos de várias nacionalidades vêm estudando as causas do fracasso do ensino de Matemática e as maneiras de evitá-lo. Formou-se um movimento internacional dedicado à educação matemática, com propostas de mudanças bem-sucedidas nos conteúdos e nos métodos de ensino.

As principais causas do fracasso do ensino tradicional, segundo (Lopes, 1992) são:

• A programação é mal distribuída;

• Desconsidera-se o desenvolvimento cognitivo do aluno.

• Há conteúdos que nem desenvolvem o raciocínio nem têm aplicações práticas; • O enfoque do ensino tradicional é incorreto. Gasta-se mais tempo treinando

cálculos mecânicos do que trabalhando com idéias.

O objetivo de todos nós, professores de Matemática, é desenvolver o raciocínio lógico do aluno. Só que, no ensino tradicional, isso não se dá plenamente.

O movimento de educação matemática, além de detectar os problemas, também busca soluções. Ele vem mudando currículos e formas de ensinar nos

Estados Unidos, França, Espanha e também no Brasil.

Atualmente, é consenso entre os educadores matemáticos que, no ensino bem-sucedido, os alunos precisam compreender aquilo que aprendem e que essa compreensão é garantida quando eles participam da construção das idéias matemáticas. É uma mudança significativa!

No passado, professor bom era o que explicava tudo muito bem. Com as novas idéias, professor bom é aquele que prefere ajudar o aluno a descobrir, construir, pensar, em vez de dar tudo pronto.

Sempre se falou que a Matemática deveria desenvolver o raciocínio, mas isso nunca ocorreria para a maioria dos aluno. Muitas inovações já atingiram as salas de aula, graças aos esforços de dedicados pesquisadores na área de educação matemática.

Os educadores matemáticos têm buscado novos métodos para levar à prática da sala de aula as idéias-chave de construção e de compreensão. A pesquisadora brasileira Beatriz D’Ambrósio publicou um artigo no qual destaca os principais métodos desenvolvidos:

• Resolução de problemas - Os alunos defrontam-se com problemas, a partir dos quais vão construindo seu saber matemático.

• Modelagem - Tomam-se situações da realidade, motivadoras para os alunos, procurando-se os modelos matemáticos que a elas se apliquem.

• Abordagens etnomatemáticas - Numa abordagem etnomatemática, o professor valoriza conhecimentos matemáticos do grupo cultural ao qual pertencem os alunos e aproveita a experiência matemática extra-escolar.

• Abordagens históricas - Usam-se motivações da história dã Matemática como ponto de partida para o aprendizado.

• Uso de computadores - O computador pode ser usado para reforço do velho ensino ou para implementar as novas idéias.

• Uso de jogos - o objetivo é abordar os conteúdos por meio de jogos, resgatando o lúdico do universo das crianças e também dos adolescentes.

Um dos problemas é unir o ensino tradicional da Matemática com ou por computadores. É fundamental, primeiro, persuadir e educar professores e administradores escolares com respeito às demandas que surgem com estes programas. Mesmo porque os benefícios não atingem igualmente a todos,

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alimentando as desigualdades, por exemplo, entre grupos sociais, regiões geográficas

Em poucos anos, tornou-se praticamente imaginável o funcionamento de qualquer meio de comunicação de massa prescindindo dos recursos informáticos e computacionais. Um dos efeitos mais interessantes da utilização dos computadores tem sido esta aproximação entre a matemática e a linguagem natural.

Em “O Sonho de Descartes”, Davis (1982), refere-se, com um otimismo exagerado, à realização desta fusão das funções da língua e da matemática através da utilização crescente dos computadores.

Em relação ao computador, quase todos são favoráveis. Mas não é tão simples saber como usá-lo no ensino da Matemática.

Existem programas “educativos”(alguns elaborados no Brasil, outros importados) que nada mais são do que livros didáticos tradicionais em nova embalagem. Entre eles podemos citar:

• Math Ace, trabalho multimídia produzido por Magic Quest Ltda,. Que contém jogos e informações matemáticas para crianças de 8 a 14 anos. Infelizmente só

existe a versão em língua inglesa desse produto.

• Mundo da matemática: Parque dos Números - IONA Software Limited., Fracionando- (8 a 12 anos) - BYTE & BROTHERS, sendo que no assunto abordado no trabalho é ainda muito pequeno o campo de aplicação.

• Atualmente, além do REDUCE, os principais softwares disponíveis no mercado são o MAPLE, o MATHEMATICA, o MACSYMA e o DERIVE e outros.

Na prática docente, as seguintes ferramentas computacionais estão disponíveis para suporte ao ensino de matemática, segundo (Carrol, 1990),são:

• ambientes para desenvolvimento de software (linguagens de programação orientadas a eventos);

• programas fontes de sistemas de software numérico; como exemplo podemos destacar o MATLAB, o qual torna disponível ao usuário rotinas para manipulação de matrizes e vetores.

• livros-texto onde acompanha um sistema de software; • ambientes interativos (software numérico e educacional).

O uso de computadores para auxiliar o ensino dos conteúdos da matemática computacional tem como objetivo promover algumas mudanças na forma como usualmente tem sido conduzido o processo de ensino.

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A folha de São Paulo do dia 28/01/98, mostra vários sites na área de matemática, como manchete, “Aprendizado de geometria álgebra ganha reforço na rede”.

Com isso o professor e o próprio aluno terão mais fontes de pesquisa para aprimorar seus conhecimentos. Dentre eles podemos citar alguns temas:

• Matemática & Educação; discussão de vários temas ligados ao aprendizado da matemática;

• Mat - 22 grupos de pesquisa sobre geometria e álgebra;

• Matemática atual - informações sobre ensino e aprendizagem para alunos de 1o e 2o graus;

• MatNet - espaço para discussões relativas à matemática; • Clínica de Matemática - reforço escolar;

• Matemática Contemporânea - publicação da Sociedade Brasileira de Matemática Contemporânea;

• Matemática e Eletricidade - informações para estudantes de cursos técnicos; • Eu Odeio Matemática - para estudantes deixarem seus protestos;

• Aulas Particulares - tire suas dúvidas de matemática e física; • Elementos de Matemática - conceitos para entender a matemática;

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• Matemática Arte e Cultura - rica fonte de pesquisa para estudantes

• Humberto’s Home Page - alguns institutos e departamentos de matemática.

• Aulas de Matemática - aulas on line para quem vai prestar vestibular e outros concursos;

• Clube Virtual de Matemática - traz curiosidades e resolução de problemas matemáticos;

• Olimpíadas Ibero-americanas de Matemática - as informações sobre a olimpíada anual;

• Caem - centro de aperfeiçoamento do ensino da matemática;

A Matemática não somente se desenvolve sob a ação de outras ciências, como também impulsiona o desenvolvimento delas, introduzindo os seus métodos de investigação.

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