Capítulo III - Apresentação dos Resultados
3.1 Apresentação dos resultados
Neste capítulo serão apresentados os resultados referentes aos inquéritos por
questionário feitos aos pais/encarregados de educação e aos professores.
Inicialmente, encontram-se os dados obtidos nos inquéritos por questionário
pelos pais (anexo A). Em seguida, encontram-se os resultados dos inquéritos por
questionário destinados aos professores do 2º e 3º ciclos de ensino (anexo B).
Os dados encontram-se organizados por tabelas e/ou gráficos, de modo a haver
uma melhor interpretação. A cada pergunta do questionário corresponde uma tabela e
um gráfico, sistematizando os dados obtidos.
No que diz respeito aos resultados obtidos, para algumas das questões foram
calculadas as percentagens. Deste modo, pode-se ter uma visão mais globalizante e
esclarecedora do tipo de respostas que irão ser a base deste estudo.
Tendo em conta os questionários apresentados (pais e professores), a melhor
forma de obter uma apresentação esclarecedora da maioria das respostas foi através de
tabelas. As tabelas foram numeradas de acordo com o número atribuído à questão no
próprio questionário.
Os dados obtidos através das respostas aos questionários foram tratados
informaticamente com recurso a Folha de Cálculo do Microsoft Excel 2007, como
referido anteriormente.
Os resultados foram analisados, numa fase inicial, através de tabelas e/ou
gráficos de distribuição das respostas e são acompanhados da correspondente análise
estatística para cada uma das questões.
3.1.1 Apresentação dos resultados do questionário dirigido aos
pais de crianças com necessidades educativas especiais
A este questionário responderam 51 pais de crianças com necessidades
educativas especiais, ou seja 86,4% do universo inquirido (59 pais/encarregados de
educação).
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criar as condições para encetar a necessária revolução do ensino, pois tal como nos diz
Papert (1997), uma revolução do ensino deve ocorrer em qualquer momento.
Contudo, o uso do computador requer certas ações no processo de construção do
conhecimento, segundo Papert (1985), quando o aluno está a interagir com o
computador, ele está a manipular os conceitos e isso contribui para o seu
desenvolvimento mental, porque aprender algo de novo é relacioná-lo com algo já
conhecido e, seguidamente, torná-lo seu.
Os pais implicados no estudo, provavelmente, deixam os seus filhos utilizar o
computador, com ou sem acesso à rede (Internet), sem qualquer tipo de orientação ou
objetivo, o que por si só não promove grandemente o desenvolvimento de capacidades.
Porém, se determinarem objetivos de pesquisa, de construção dos próprios saberes, de
comunicação com o mundo exterior, etc., as TIC podem ser consideradas ferramentas
cognitivas.
As crianças de hoje já nascem dentro de um mundo informático, desde a
televisão com diferentes canais, ao telemóvel de quinta geração, passando pelos jogos
da PSP, aos jogos interativos da Xbox 360. Umas das expetativas destes artefactos são
que o softwareeducativo, ao integrar diferentes mediana representação da informação,
capta a atenção dos sentidos do utilizador, sobretudo da visão e da audição e, ao exigir
interação física e intelectual do sujeito, torna-se apelativo para o público-alvo (Carvalho
A. A., 2006). Segundo Pereira (2010), o ato de brincar para a criança não é apenas
diversão, mas também educação, socialização, construção e pleno desenvolvimento das
suas potencialidades. Brincar é imprescindível para o saudável desenvolvimento físico,
afetivo, intelectual e social do ser humano. Além disso, é uma técnica educativa
eficiente, dado que diverte enquanto motiva, exercitando as funções mentais e
intelectuais (Pereira D. S., 2010). Como diz Prensky (2001), porque não transformar a
aprendizagem num jogo digital?
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Dando continuidade à análise estatística do questionário, passamos a analisar a
dimensão “Sociedade” na categoria “Relações sociais”.
Tabela 20 - Atividades de âmbito social
Frequência
absoluta
Percentagem
( % )
Sempre 8 16
Nunca 32 63
Raramente 0 0
Algumas vezes 11 22
Verificamos que 63% das crianças com necessidades educativas especiais deste
Agrupamento de escolas nunca participam em nenhuma atividade de âmbito social.
Cerca de 38% da população pratica atividades de foro social, sendo que 16% pratica-o
sempre e 22% apenas algumas vezes.
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Necessidades Frequência absoluta Percentagem ( % )
Formação/informação para melhor compreender
a problemática do filho/a 20 39
Apoio social 7 14
Interação com o Pedopsiquiatra 3 6
Não respondeu 21 41
Verificamos que, em média, 34% dos inquiridos não responderam a esta
questão. Dos que responderam, prevalece como dificuldade a falta de habilitações e,
como necessidade, a de formação para melhor compreender a problemática do filho/a.
Nas dificuldades, não menos importante é o facto de os pais terem registado o receio de
ensinar ou orientar erradamente os seus filhos, três responderam não saber impor regras
e apenas dois assumiram dificuldades em controlar a medicação. Nas necessidades, sete
dos pais que responderam a esta questão registaram a necessidade de ter algum apoio
social para colmatar as necessidades prementes e três necessitam de interagir com o
pedopsiquiatra.
Esta questão conduziu à proposta de ação pensada essencialmente para colmatar
estas dificuldades/necessidades dos pais e/ou encarregados de educação.
89
Tabela 6.8.1 - Justificação da resposta anterior
Verificamos todas as respostas e transcrevemo-las separadamente pela resposta
anterior, isto é, pelo número de pessoas que responderam positivamente e
negativamente, sem esquecer que 7 professores (cerca de 13%) não justificaram a sua
resposta.
Justificação da resposta anterior Frequência
absoluta
Percentagem
(%)
Sim
Interesse e participação na vida escolar 5 9,3
Preocupação com o futuro e a integração do seu filho na sociedade 6 11,1
Incentivam a participar nas atividades propostas pelos professores 2 3,7
Acompanham os filhos às atividades locais 2 3,7
Preparar os filhos para a vida quotidiana 3 5,6
Valorizam o convívio em sala de aula com os membros da turma 4 7,4
Estabelecimento de contactos com os professores 1 1,9
Inscrevem os seus filhos em atividades fora da escola 3 5,6
Matricular a criança numa escola com capacidade de resposta para
as NEE 1 1,9
Pretendem que os seus filhos sejam iguais aos outros, sem NEE 3 5,6
Pressão em escolher a turma dos filhos (colegas) 2 3,7
A escola contribui para a melhoria da inserção social 2 3,7
Não
Falta de opções 3 5,6
Falta de interesse pelo percurso escolar 4 7,4
Incompreensão para a importância desse investimento 4 7,4
Abrangidos pela lei das NEE beneficiam de todas as medidas 2 3,7
Não responderam 7 13,0
Verificamos que 63% dos inquiridos justificaram a sua resposta positivamente,
pelos seguintes motivos:
cerca de 11% pela preocupação com o futuro e a integração do seu filho na
sociedade;
cerca de 9% pelo interesse e participação na vida escolar;
cerca de 7% porque valorizam o convívio em sala de aula juntamente com a
turma;
6% porque preparam o filho para a vida quotidiana;
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6% porque pretendem que os seus filhos sejam vistos como iguais às outras
crianças;
4% porque os incentivam a participar nas atividades propostas pelos
professores em sala de aula;
4% porque os acompanham nas atividades desenvolvidas na localidade;
4% porque exercem pressão sobre a direção da escola para escolherem a
turma dos seus filhos;
4% porque a escola contribui para a melhoria da inserção social das
crianças;
2% porque os pais estabelecem contactos com os professores;
e 2% porque matriculam a criança numa escola com capacidade de resposta
para as necessidades educativas especiais.
Verificamos, também, que cerca de 24% dos inquiridos justificou a sua resposta
negativamente, pelos seguintes motivos:
7% pela falta de interesse pelo percurso escolar do seu educando;
7% pela pouca importância dada esse investimento;
e 4% por estar abrangido pelas NEE.
Tabela 6.9 – Justificação do sucesso do aluno
Justificação da resposta anterior Frequência
absoluta
1 - Empenho por parte do professor titular da disciplina 50
2 - Empenho por parte do professor de educação especial 51
3 - Empenho por parte dos pais na aprendizagem do seu educando 36
4 - Empenho e interesse por parte do aluno 22
5 - O facto de estar abrangido pelo Dec. Lei n.º3/2008 49
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No documento
INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA Escola Superior de Educação
(páginas 40-92)