• Nenhum resultado encontrado

4. RESULTADOS

4.1 Apresentação dos Resultados

As amostras foram compostas por três escolas chamadas de Guitar Point, Pastore e RIFF Musical. A escola Guitar Point possui 22 colaboradores no total de sua estrutura organizacional, sendo a menor escola pesquisada, a escola Pastores possui 25 colaboradores e a escola RIFF Musical possui 30 colaboradores no total de sua estrutura, compondo uma amostra total de 77 colaboradores pesquisados.

O instrumento de coleta de dados possuiu oito campos, gerando um total de 616 dados diretos e possíveis de se analisar para buscar uma maior compreensão sobre os meios usados para a comunicação destas organizações.

Com o objetivo de orientar o leitor, demonstraremos as tabelas originais de cada uma das escolas analisadas, bem como sua relação setorial original para que sirva de base na análise dos resultados obtidos e assim, facilite a compreensão sobre como a estrutura organizacional da empresa realmente se organiza e qual a sua densidade comunicacional.

Veja a seguir a tabela completa da declaração das comunicações semanais de todos os colaboradores da escola de música Guitar Point:

48 Tabela 4 – Declarações de contatos semanais Guitar Point. Fonte: O autor.

A tabela quatro aponta um total de 241 contatos semanais entre os colaboradores, com seu proprietário, Affonso Júnior, declarado líder em recebimento e envio de contatos entre todos os respondentes da pesquisa.

A próxima tabela que segue faz referência à escola Pastore e, bem como a tabela quatro, procura demonstrar a totalidade dos contatos nesta empresa.

49 Tabela 5 – Contatos semanais Pastore. Fonte: O autor.

A tabela cinco se diferencia muito da tabela anterior, principalmente quanto a totalidade dos contatos formais e concentração da declaração de contatos, que, neste caso, não foi sobre o proprietário, mas sim com a equipe da administração. O maior envio de mensagens ficou por conta de Ricardo Abate (Setor 1) e a maior receptora de mensagens foi Amanda (Setor 1).

A última tabela de contatos semanais será da escola RIFF Musical. Essa escola é a maior dentre as três analisadas e sua tabela ultrapassa a declaração de 2500 contatos semanais entre seus colaboradores, necessitando assim, uma maior atenção ao analisa-la. Veja a seguir a tabela completa:

50 Tabela 6 – Contatos Semanais RIFF. Fonte: O autor.

A tabela número seis possui um total de 2891 contatos, com muitos colaboradores se declarando grandes provedores de contatos, destacando o colaborador Mozart Costa, com 1007 contatos semanais, Renato Gomes (Setor 2) com 560 contatos semanais e Marjorie Sant´Anna (Setor 1), com 477 contatos semanais.

A leitura cruzada desses contatos mostra uma situação em que a pessoa que mais recebe contatos foi seu proprietário Eduardo Soares (Setor 1) e a funcionária administrativa Marjorie Sant´Anna (Setor 1) com respectivos 406 e 335 contatos recebidos por semana.

51 Inicialmente, foi verificado se havia um centro e periferia nestas tabelas para se entender melhor em que setores acontecem as comunicações semanais, se elas realmente acontecem e qual a densidade do fenômeno de comunicação semanal dentro da empresa.

Para responder a hipótese H1, modelou-se as tabelas originais de contatos semanais utilizando a técnica de blockmodel, formando uma matriz 2x2, separando o grupo que mais troca informações dentro da estrutura organizacional das escolas, do grupo que tem uma baixa declaração de comunicação, como orienta Wasserman (1998).

As tabelas abaixo demonstram estes dados com uma marcação de cor vermelha nos colaboradores que fazem parte do centro, e coloração azul para os colaboradores que fazem parte da periferia, veja:

52 A tabela sete demonstra que há um centro menor do que uma periferia, porém com uma comunicação muito mais efetiva entre a população do centro, verificando-se uma periferia com poucos contatos.

Esses dados indicam que as pessoas relacionadas na matriz 2X2, situadas em suas primeiras linhas, na primeira coluna, exemplificada em vermelho, possuem um maior número de contatos entre si, sugerindo a existência de um centro de relações formais.

As pessoas situadas nas últimas linhas, em azul e na segunda coluna, são a periferia deste centro, devido a sua baixa densidade de contatos entre si, como orienta Wasserman (1998) e Mizruchi (2006).

A relação do centro e da periferia da escola Guitar Point pode ser analisada de forma clara quando se calculou a densidade da matriz 2X2, conforme demonstra a tabela abaixo:

Tabela 8 – Densidade centro e periferia Guitar Point. Fonte: O Autor

Esta tabela expõe uma densidade de 1,46 dentro do centro e 0,47 dentro da periferia, sugerindo que a comunicação dentro do centro pode ser três vezes maior do que esta comunicação na periferia, que possui uma densidade de 0,21 quando foi analisada a sua comunicação interna.

A comunicação por setores também foi analisada para entendermos quais setores possuem uma maior densidade de comunicação e se a comunicação ocorre de forma interna (dentro dos setores) ou externa (entre os setores).

Para demonstrar mais claramente quais setores mais se comunicam na tabela sete, foi calculada também a sua densidade setorial, identificando a densidade da comunicação organizacional dentro do setor e desse mesmo setor com os demais setores, conforme demonstra a tabela a seguir:

53 Tabela 9 - Densidade dos setores Guitar Point. Fonte: O Autor

O setor 1, que é formado pela administração da escola, foi o setor que possui a maior densidade interna de comunicação, com 3,83. A segunda maior densidade está nas comunicações do setor 2 com o setor 1, recebendo 1,25 de densidade.

As demais comunicações de maneira interna nos setores não superaram nenhuma densidade comunicacional do setor analisado com o setor 1, sugerindo assim um centro que se caracteriza com uma relação multiplexa com os demais setores, pois se comunica muito de forma interna, e ainda assim, possuir a maior densidade de comunicações com todos os outros setores da escola.

A mesma análise foi feita com as outras duas escolas para entendermos se os caminhos da comunicação das empresas segue o mesmo critério e assim poder serem comparadas num total para buscarmos a resposta das hipóteses das hipóteses H5 e H6.

A tabela matricial 2X2 de centro e a periferia da escola Pastore se diferem no volume da escola Guitar Point, pois seu centro é mais volumoso do que a periferia, sugerindo que há uma grande comunicação entre muitos colaboradores de outros setores, e não somente entre os colaboradores do setor 1.

A tabela a seguir busca explicitar esse amplo centro, com seus contatos e chama a atenção da pequena periferia na Matriz 2X2:

54 Tabela 10 – Centro e periferia Pastore. Fonte: O Autor

A permutação dos dados da escola Pastore, que gerou a tabela 10, coloca 16 colaboradores, de diferentes setores, como centro, e nove colaboradores como periferia. Os colaboradores do setor 1 estão situados no centro, indicando que a diretoria está presente neste amplo centro.

Os cálculos sobre densidade populacional do centro e da periferia, aliado ao cálculo da densidade setorial, serão apresentados na sequencia para manter a coerência da demonstração dos resultados e também para ajudar a compreender este fenômeno comunicacional dentro da escola Pastore.

A densidade do centro e periferia da escola Pastore possui uma situação interessante de ser analisada, pois o centro se comunica mais com ele mesmo, recebendo uma densidade de

55 1,20, porém a periferia possui uma comunicação com o centro maior do que ele internamente, apontando uma densidade de 1,35, conforme revela a tabela a seguir:

Tabela 11 – Densidade centro e periferia Pastore. Fonte: O Autor

A tabela 11 aponta uma alta comunicação tanto no centro como na periferia, sendo que o centro possuiu uma declaração de 398 contatos semanais e a periferia 227 contatos semanais, porém a periferia se comunica pouco internamente, com um total de apenas 33 contatos entre ela, recebendo uma densidade de 0,46.

Os segredos dos caminhos da informação dessa escola começam a ser melhor compreendidos com a análise da comunicação por setores, onde se desenha mais claramente os níveis de densidade comunicacional desta organização.

A próxima tabela refere-se ao resultado do cálculo dessa densidade, bem como sua organização por setores:

Tabela 12 - Densidade dos setores Pastore. Fonte: O Autor

A tabela 12 nos revelou que apesar da escola Pastore possuir um grande centro em suas comunicações, o setor 1 é o setor de maior densidade, revelando uma forte presença da diretoria administrativa nas comunicações, pois chegou a uma densidade de 11,67, sendo seguida pelo setor 5, que possui uma densidade interna de apenas 2,33.

56 Todos os outros setores acabam se comunicando mais com o setor 1 do que com eles mesmos, como é o caso do setor 3, que possui uma densidade comunicacional com o setor 1 de 3,22 e internamente, esse número cai para 0,83.

Por fim, a última escola a ser analisada e demonstrada foi a RIFF Musical, que, devido ao maior número de colaboradores, acabou por ser a amostra com resultados diferentes das escolas que foram apresentadas até então.

A análise de centro e periferia da escola RIFF Musical se pareceu, em uma primeira vista, mais com a escola Pastore do que com a escola Guitar Point, devido a constatação de um grande centro dessa escola, porém esse centro se configurou discretamente maior do que a periferia.

A tabela que será demonstrada a seguir sugere um equilíbrio entre centro e periferia, com o centro possuindo muitos contatos ocorrendo simultaneamente e a periferia também com contatos, porém não tão intensos e nem tão recíprocos entre os colaboradores de diversos setores que instituíram a sua formação.

57 Tabela 13 - Centro e periferia RIFF Musical. Fonte: O Autor

A tabela 13 demonstra que há uma dissipação dos contatos entre os colaboradores, pois as colaboradoras Fabiana Sanchez, Fernanda Sanchez, Tatiele Araújo, Flávia Pozzo e Tuani

58 Martins compõem o setor 1, e estão na periferia da escola, possuindo baixos contatos com o centro e com a periferia.

Foram totalizados 18 colaboradores formando o centro e 12 formando a periferia, sendo que quase a metade da periferia (um total de cinco colaboradores) são do setor 1, demonstrando inicialmente que a diretoria administrativa pode não estar sendo o maior setor comunicativo da escola RIFF Musical.

O estudo das densidades de centro e periferia poderá auxiliar a compreensão do que está de fato acontecendo com a comunicação desta escola, sendo interessante a análise setorial para identificar como está acontecendo a relação entre os setores, para finalmente entender-se os caminhos da comunicação nessa empresa.

A análise da densidade do centro e periferia da escola RIFF Musical indica uma alta concentração de contatos no centro, totalizando 2270 contatos de maneira interna, acrescido de 175 contatos realizados do centro com a periferia, gerando respectivos 7,42 e 0,81 de nível de densidade comunicacional proporcionada pelo centro, conforme demonstra a tabela a seguir:

Tabela 14 – Densidade centro e periferia RIFF Musical. Fonte: O Autor

Aliado a esses dados, por meio da tabela 12, observou-se uma maior concentração de contatos da periferia com o centro, com 317 contatos direcionados ao centro, sendo responsável pela densidade comunicacional de 1,47, sendo que o contraponto desses dados ficou por conta da baixa comunicação interna da periferia, com um nível de densidade de apenas 0,98.

A próxima análise a ser demonstrada fará referência a densidade dos contatos por setor, para entendermos qual setor mais se comunica de maneira interna nesta estrutura organizacional, e como eles se relacionam com os demais setores da escola de música RIFF Musical.

Para se obter estes dados foi calculada a densidade dos setores de maneira interna e externa conforme demonstra a tabela a seguir:

59 Tabela 15 - Densidade dos setores RIFF Musical. Fonte: O Autor

Os dados obtidos na tabela 15 revelam uma situação diferente das demais analisadas, pois o setor 1, composto pela diretoria administrativa, embora possuir uma alta densidade, não é o setor com maior densidade comunicacional, pois demonstrou um nível de 7,09 de densidade contra o expressivo nível de 18,00 de densidade comunicacional declarado pelo setor 4, composto pelos colaboradores que atuam no ensino de piano e teclado.

A maioria dos setores se comunicam bem com o setor 1 com o setor 4, sendo que para gerar uma melhor compreensão destes dados, foi elaborada uma tabela para cada setor, que relaciona a comunicação dos outros setores apenas com os setores 1 e 4.

A seguir apresenta-se a tabela que demonstra a densidade dos outros setores com o setor 1: SETOR 1 SETOR 2 com SETOR 1 SETOR 3 com SETOR 1 SETOR 4 com SETOR 1 SETOR 5 com SETOR 1 SETOR 6 com SETOR 1 SETOR 7 com SETOR 1 Densidade 7,09 Densidade 2,46 Densidade 0,38 Densidade 9,65 Densidade 0,38 Densidade 0,88 Densidade 0,38 Tabela 16 – Densidade dos setores com o setor 1. Fonte: O autor

Pela tabela 16, podemos observar que todos os setores mantém uma densidade comunicacional com o setor 1, mesmo que baixa, como é o caso do setor 5 e do setor 7, ambos com nível de 0,38 de densidade comunicacional.

O setor 4 volta a ser destaque nesta tabela 16, pois sua declaração de comunicação com o setor 1 gerou uma densidade comunicacional de 9,65, superando inclusive a própria

60 declaração de densidade do setor 1 internamente, que obteve o nível de 7,09 de densidade comunicacional.

A tabela 17 isolou as densidades obtidas pelo setor 4 para entendermos melhor a comunicação desse setor com os demais:

SETOR 1 com SETOR 4 SETOR 2 com SETOR 4 SETOR 3 com SETOR 4 SETOR 4 SETOR 5 com SETOR 4 SETOR 6 com SETOR 4 SETOR 7 com SETOR 4 Densidade 3,90 Densidade 1,09 Densidade 0,47 Densidade 18,00 Densidade 0,80 Densidade 0,73 Densidade 0,00 Tabela 17 – Densidade dos setores com o setor 4. Fonte: O autor

O setor 1 é o maior declarador de emissão de contatos com o setor 4, gerando a densidade comunicacional de 3,90. O setor 7 declarou que não mantém contatos com o setor 4 e os outros setores possuem uma menor taxa de densidade comunicacional com o setor 4 se compararmos a mesma declaração de contatos exposto na tabela 16, que faz referência ao setor 1, mantendo assim, o setor 1 como um setor com comunicações multiplexas e membro do centro da comunicação.

Como próximo passo da análise dos dados, será demonstrado os resultados obtidos com a junção das escolas, onde todos os participantes da amostra são submetidos a uma mesma análise para, inicialmente, correlacionar os dados obtidos, confrontando situações específicas para verificar se há uma correlação e se essa correlação é robusta o suficiente para explicar algum dos fenômenos de interesse deste trabalho.

Para se definir qual o tipo de correlação e de testes estatísticos ao qual será submetida a amostra, realizou-se o teste de aderência a normalidade de todas as variáveis à serem analisadas estatisticamente. Esses dados geraram um N total de 1932 contatos a serem correlacionados, formados pela equação (22*21) + (25*24) + (30*29), representando as escolas Guitar Point, Pastore e RIFF Musical, respectivamente, conforme demonstra a tabela a seguir:

61 Tabela 18 – Teste de Normalidade. Fonte: O autor.

O cálculo para testar a aderência à normalidade mais indicado para amostras que possuem mais de 50 respostas é o de Kolmogorov-Smirnov e o mesmo faz parte da Tabela 18. Este teste deu significância 1/1000 para todas as variáveis à serem analisadas por este estudo, indicando que essas variáveis não são aderentes a normalidade e devem ser testadas com testes não-paramétricos.

Para poder explicitar se há alguma correlação entre as variáveis já definidas como não paramétricas, o teste indicado de correlação é o tau-de-Kendall. A correlação procura esclarecer se os temas estão de fatos relacionados e se faz sentido submetê-los ao teste de qui-quadrado para verificar outras peculiaridades sobre as variáveis.

A tabela a seguir trabalha em um formato matricial, as correlações entre os contatos feitos via mídias sociais, cara-a-cara, e-mail, quantidade de aprovações por semana e nível de amizade de todas as escolas que fazem parte da amostra:

62 Tabela 19 – Correlações de Tau-de-Kendall. Fonte: O autor

A cálculo demonstrado pela tabela anterior revelou algumas correlações moderadas, como a correlação entre contatos cara-a-cara e amizade com um coeficiente de correlação de 0,413, ou seja, explicando 41,3% do fenômeno correlacionado, contatos por mídia social e amizade, constatado um nível de explicação de 40,7% de explicação do fenômeno e contatos cara-a-cara com contatos por mídias eletrônicas, que foi diagnosticado com um índice de 37,5% de explicação deste fenômeno nas organizações estudadas.

Mediante esta constatação sobre os dados, foi escolhido o teste Qui-quadrado de Pearson para se realizar o cálculo estatístico que revele o nível de correlação das variáveis que apresentaram uma significância moderada (acima de 0,3) para a elucidação das hipóteses propostas por este trabalho.

63 As variáveis à serem testadas com o teste Qui-quadrado foram contatos por mídia social e nível de amizade, contatos cara-a-cara e amizade e contatos cara-a-cara e mídia social.

O teste Qui-quadrado que irá calcular a correlação de contatos realizados por mídias eletrônicas com os contatos cara-a-cara é descrito por (x²(1) = 2167,098, p = 0,000). Os resultados indicam a rejeição da hipótese nula de que o nível de que contatos realizados por mídias eletrônicas são independente da comunicação cara-a-cara entre os colaboradores das escolas de música, conforme demonstra a tabela a seguir:

Testes de qui-quadrado Mídias Eletrônicas Comunicação Cara a Cara

Valor df Sig. Assint. (2 lados)

Qui-quadrado de Pearson 2167,098a 280 ,000

Razão de verossimilhança 686,473 280 ,000

Associação Linear por Linear 62,820 1 ,000

N de Casos Válidos 1932

a. 284 células (90.2%) esperam contagem menor do que 5. A contagem mínima esperada é .00. Tabela 20 – Qui-quadrado mídias eletrônicas e cara-a-cara, Fonte: O autor.

Para uma visualização do fonômeno calculado, foi gerado um gráfico que procura demonstrar como está distribuído a comunicação eletrônica em relação ao nível de amizade declarado pelos respondentes, veja:

64 O gráfico referente a comunicação cara-a-cara e o uso de mídias eletrônicas mostrou-se com uma ampla dispersão entre os dados. Sendo assim, com o intuito de procurar um pouco mais de explicação possível para estes dados, as variáveis foram submetidas a uma análise de

cluster para tentar identificar tendências comportamentais entre os colaboradores pesquisados.

A figura abaixo procura representar esta análise de forma clara para as discussões dos resultados que virão na próxima sessão:

Figura 5 – Cluster cara-a-cara e mídia eletrônica

Como resultado do teste para identificação de clusters podemos verificar que há dois comportamentos predominantes nas instituições sobre esse quesito e sua qualidade pode ser considerada alta.

O teste Qui-quadrado que irá calcular a correlação de amizade com os contatos por mídia eletrônica é descrito por (x²(1) = 729,592, p = 0,000) indica a rejeição da hipótese nula de que o nível de amizade é independente da comunicação por mídias eletrônicas entre os colaboradores das escolas de música, conforme demonstra a tabela a seguir:

65 Tabela 21 – Qui-quadrado mizade e mídias eletrônicas. Fonte: O autor.

O teste Qui-quadrado que irá calcular a correlação de amizade com os contatos cara-a- cara é descrito por (x²(1) = 706,804, p = 0,000) indica a rejeição da hipótese nula de que o nível de amizade é independente da comunicação cara-a-cara entre os colaboradores das escolas de música, conforme demonstra a tabela a seguir:

Tabela 22 – Qui-quadrado amizade e Contatos Cara-a-Cara

A tabela acima também pode ser entendida com um gráfico que procura demonstrar a visualização da amostra e sua distribuição, veja:

66 Embora não ter demonstrado uma alta significância, foi elaborado um gráfico com os dados sobre a quantidade de e-mails enviados com a declaração de contatos cara-a-cara entre os respondentes que compuseram a amostra e seu resultado pode-se ser observado a seguir:

O gráfico exposto revela uma predileção dos respondentes que se declaram comunicadores cara-a-cara por se comunicarem por e-mail quando os contatos cara-a-cara são mais raros, diminuindo este formato comunicacional quando a comunicação cara-acara passa a ser mais frequente entre os colaboradores respondentes.

A próxima tabela relaciona os pedidos de aprovação da escola Guitar Point pela técnica de blockmodeling:

67 Tabela 23 – Aprovações Guitar Point. Fonte: O autor.

A tabela 23 demonstra que nesta escola acontecem poucos pedidos de aprovações entre os colaboradores dessa escola, porém, todos os pedidos formais de aprovação que acontecem estão relacionados com membros do Setor , formando assim um centro de pedidos de aprovações formais para projetos. O centro inclui ainda alguns poucos membros de outros setores, porém de forma dispersa.

A próxima tabela seguirá a mesma técnica de modelagem de dados da tabela 23, porém trará os resultados obtidos com a escola Pastore referente aos pedidos de aprovação executados entre os colaboradores dessa escola:

68 Tabela 24 – Aprovações Pastore. Fonte: O autor.

Os resultados dessa tabela revelam raros pedidos de aprovação formal e todos os pedidos que acontecem são remetidos ao sócio-proprietário da escola Olegário Pastore. Isso indica que novamente o Setor 1, mesmo que de forma pequena, é o responsável pelas comunicações formais sobre pedidos de aprovação da escola estudada.

A próxima tabela analisará a escola RIFF Musical sobre o mesmo tema para que sejam possíveis interpretações sobre os dados das três escolas estudadas nesse trabalho:

69 Tabela 26 – Aprovações RIFF Musical

Nesta escola pode-se perceber que existe um maior número de pedidos de aprovações formais, totalizando 124 declarações de comunicação formal para pedidos de aprovações sobre projetos nessa escola.

Constituiu-se também um centro e uma periferia entre os colaboradores e os membros

Documentos relacionados