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O ARCABOUÇO GEOLÓGICO DO TERRITÓRIO BAIANO E O SEU POTENCIAL ARA ROCHAS ORNAMETAIS

A IMPORTÂNCIA DO SEGMENTO DE ROCHAS ORNAMENTAIS PARA A ECONOMIA DA BAHIA

3.2 O ARCABOUÇO GEOLÓGICO DO TERRITÓRIO BAIANO E O SEU POTENCIAL ARA ROCHAS ORNAMETAIS

Bahia é atualmente o 3º. maior produtor brasileiro de rochas ornamentais, incluindo ranitos, mármores, arenitos e conglomerados, detentora de variados padrões texturais cromáticos que lhes conferem um diferencial competitivo no mercado mundial.

ais importante, entretanto, é a ampla diversidade de ambientes geológicos existentes o território baiano, decorrentes de notável história evolutiva da crosta terrestre neste egmento, uma vez que são os fatores geológicos que condicionam,

questionavelmente, a existência e a configurações das rochas para fins ornamentais. ortanto, é pertinente fazer-se uma apreciação e correlação da história geológica e do atrimônio litológico da Bahia com as rochas ornamentais já produzidas no Estado, de

odo a prognosticar novas descobertas.

onquanto a maior parte do Estado esteja contida na Província Estrutural do São rancisco ou Cráton do São Francisco, estabilizado no final do Ciclo Geotectônico ransamazônico (1800 a 2000 Ma) a história evolutiva desse segmento estende-se do rqueano ao Recente.

sse núcleo estável é envolvido por seqüências de rochas sedimentares dobradas e etamorfizadas, do Proterozóico Superior (1.100 – 450 Ma), que constituem as faixas e dobramentos denominadas Sergipana, Riacho do Pontal, Rio Preto, Araçuaí e

rasília. Essas faixas limitam a área cratônica a nordeste, oeste, noroeste e su-sudeste, spectivamente. Todo o conjunto contém rochas de alto, médio e baixo graus de etamorfismo, que apresentam, correspondentemente, índices variados de ristalinidade. A Figura 3.4 apresenta um esboço geológico com suas principais nidades cronoestratigráficas. P A g e M n s in P p m C F T A E m d B re m c u

Os dados referentes à geologia do Estado da Bahia foram obtidas do Mapa Geológico da Bahia, 1996, publicado pela, Superintendência de Geologia e Recursos Minerais (SGM).

As rochas cristalinas precambrianas ocupam mais de dois terços da superfície do stado. Os diversificados ambientes geológicos em que essas rochas ocorrem,

e o Arqueano, pelas atuais dificuldades de dividualização, serão tratados conjuntamente.

e

propiciam a existência de uma grande variedade de tipos, com amplas perspectivas de aproveitamento ornamental. Em vista disso, a evolução geológica do território baiano será enfocada em função dos Eons Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico ressalvando- se que o Proterozoico Inferior

Figura 3.4 – Esboço Geológ

3.2.1 Arqueano: Granulitos

vo de granulito utilizado como rocha rnamental é a variedade denominada comercialmente de granito Verde Bahia,

o de Feira de Santana até Vitória da Conquista, ao sul.

o a Feira de Santana.

te como “movimentada”. Dentre os igmatitos atualmente comercializados destacam-se, entre outros, os “granitos” As rochas de alto grau de metamorfismo, compreendendo principalmente granulitos, derivados de rochas plutônicas, por vezes associadas a corpos intrusivos de granito, ocupam grande parte a porção oriental do Estado e encerram um grande potencial de ocorrências de rochas ornamentais.

Os terrenos granulíticos estendem-se desde Curaçá ao norte, até ao sul de Camacã (limite com o Espírito Santo). Aí estão expostos charnockitos ou granulitos listrados, de cor verde ou esbranquiçados. Exemplo representati

o

produzido na região de Itaúna.

3.2.2 Arqueano: Gnaisses e Migmatitos

As rochas de médio grau de metamorfismo são gnaisses, migmatitos e granitos, ortoderivados e paraderivados, em estágios migmáticos avançados ou ainda preservando resquícios da rocha original, sedimentar ou vulcânica. Esses gnaisses e migmatitos margeiam a borda ocidental do cinturão granulítico, desde Curaçá ao norte, passando pela regiã

Os gnaisses apresentam coloração avermelhada, uma foliação marcada pela orientação preferencial de cristais de biotita ou hornblenda. Um exemplo típico de rocha ornamental dessa unidade é a de nome comercial “granito” Jacarandá, cuja jazida está situada próxim

Os migmatitos apresentam estruturas completamente dobradas, decorrentes de um estágio avançado de mobilidade de suas massas parcialmente fundidas, conferindo à rocha uma feição designada comercialmen

Fantasia, Maracanã, Tigrado R, Vermelho Monte Santo, produzidos na região de Monte Santo e Kinaw Bahia, Nero Tiger, Okinaw e Macarena, na região de Ruy Barbosa.

3.2.3 Arqueano a Proterozóico Inferior: Granitos

Granitos aluminosos e leucogranitos a kinzigitos, predominantemente brancos, ocorrem da Bahia, nos municípios de Medeiros Neto e Itanhém. São omercialmente denominados de Macroponto, Desenhado, Microponto, Macroponto II e

s rochas de baixo grau de metamorfismo que compõem o resto do domínio cratônico

ências vulcanssedimentares de baixo grau de etamorfismo, têm bom potencial de aproveitamento ornamental.

tônico ao final do Proterozóico ferior (2.000 – 1.800 Ma), têm bastante interesse ornamental. Os sienitos em particular, como os das regiões de Riacho Santana e Queimadas, vêm sendo explotados, a exemplo dos denominados Café Bahia, Café Brasil e Café Royal.

na região Sul c

Ouro Bahia, este último no município de Guaratinga.

3.2.4 Proterozóico Inferior: Geenstone Belts

A

são seqüências vulcanossedimetares, aí incluídas estruturas do tipo greenstone belts. Em foco do baixo de recristalização metamórfica nesse ambiente, as rochas dessa seqüência têm poucas propriedades adequadas para o uso como rochas ornamentais. Entretanto, corpos de composição granítica e monzodiorítica, resultantes de processos de granitização no domínio das seqü

m

Na região de Iaçu, os exemplos de “granitos” ornamentais produzidos nesses corpos recebem os nomes especiais de Colonial Brown, Green Musk e Green Gabriela.

Corpos de sienito e rochas máficas e ultramáficas (gabros, piroxenitos, anfibolitos, serpentinitos), intrusivos nas rochas do domínio cra

3.2.5 Proterozóico Médio

Após a estabilização cratônica iniciou-se o ciclo de deposição sedimentar do proterozóico médio. A sedimentação processou-se em áreas, intracrotônicas e em

áre e e s f s o entos inais ao

Cráton anteriormente referidas. Os sedimentos, predominantemente clásticos, foram depositados em amplas bacias, como e , ada ntina e Espinhaço. Em regiões de “rift” profundo, no domínio do Espinhaço, ocorrem, na base

da üê e r d l s on tal. ontexto,

clásticas, que vão desde metaconglomerados que compõem o enominado supergrupo Espinhaço.

ace; os riolitos da região de Paramirim, denominados de zul Paramirim; e, principalmente, os dumortieritaquartizitos azuis que ocorrem em e em Oliveira dos Brejinhos, conhecido mundialmente como Azul oquira, Azul Macaúbas e Azul Imperial.

a de lajotas para revestimento de pisos e de aredes na construção civil.

as p riféricas, cuja volução re ultou nas aixa de d bram marg

as de L nçóis Chap Diama

seq ncia sedim nta , manifestações e vu cani mo c tinen Neste c são comuns expessos pacotes de rochas

a filitos, por vezes intercalados com rochas metavulcânicas ácidas, d

Em termos de aproveitamento ornamental destacam-se neste contexto os arenitos de cor rosada da região de Lençóis, designados comercialmente de Rosa Bahia; os conglomerados petromíticos, verdes de Oliveira dos Brejinhos e Morpará, denominados de Marinace e Verde Marin

A

Boquira, Macaúbas B

Outras rochas deste contexto geológico, que apresentam planos de clivagem regulares e bem definidos, tais como metarenitos, quartzitos, filitos e ardósias, vêm sendo largamente utilizadas in natura, em form

p

3.2.6 Proterozóico Superior

Compondo a cobertura da área cratônica, ocorre, nas regiões da Chapada Diamantina e Além do São Francisco, uma seqüência de sedimentos predominantemente carbonato-pelíticos do Proterozóico Superior, denominda supergrupo São Francisco.

Essa seqüência depositada em ambiente marinho epicontinental é formada por metaconglomerados, quartizitos, argilitos, margas e calcários fracamente metamorfizados.

A deposição desses sedimentos em zonas pericratônicas, em ambiência tipicamente eossinclinal, originou as faixas de dobramentos marginais que foram submetidos à deformação tectônica e a metamorfismo mais intensos, às vezes com ocorrências de atividade magmática significativa. Exempl

g g ã o e ro

e r s p Pa m re tiv t

N a en a alm e ip o P e

A r a g n e n rp s

d iç ca d ica ratônica, embora discreta,

calina e branca, lacionadas aos sistemas de falhamentos distensionais.

s bacias sedimentares, tanto do tipo rift valley, como costeiras, de idade masozóico, correm desde Jeremoabo, ao norte do Estado, até Ilhéus, ao Sul. Elas têm sua gênese gada aos esforços tectônicos tensionasi que causaram separação entre as massas ontinentais africana e sul-americana. Ao oeste, sedimentos de geometria tabular rmam uma ampla bacia intracratônica, essas bacias acumularam espessas eqüências de sedimentos clásticos carbonáticos, cujas características litológicas erais apontam para um baixo potencial de aproveitamento ornamental.

g

o de rochas ornamentais neste contexto eoló ico s o os márm res d cor sada designados comercialmente de Imperial Pink Rosa Patamutá, das egiõe de Ita ebi e ta utá, spec amen e.

as f ixas de dobram tos margin is, princip ent Serg ana, Riach do ontal raçuaí, há egistro de tividade ma mática inte sa, r prese tada por co os intrusivo e compos ão graníti . A ativida e magmát na área c

está representada por intrusões de rochas de composição al re

Na região Sul da Bahia, entre Itaju do Colônia, Potiraguá e Itarantim, ocorrem corpos descontínuos de sodalita sienito, de cor rosa azul intensa que constituem uma variedade rara de rocha ornamental, mundialmente conhecida com Blue Bahia ou Azul Bahia e Cobalt Blue.

3.2.7 Paleozóico – Mesozóico A o li c fo s g

3.2.8 Cenozóico

Os depósitos continentais de idade quaternária foram coberturas intensas (tabuleiros) e luvionares e eólicas, restritas aos vales e bacias atuais. Uma das

ciclo deposicional, a Formação Caatinga, constituída ocorre no noroeste do Estado, originou – da Chapada Diamantina. Os Travertinos da

ada de 50, uma das mais importantes e da Bahia, e hoje são comercialmente designados como Bege Bahia ou travertino Bahia.