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3.2. Processo de seleção do sensor inercial MEMS

4.1.1. Arduino

A Arduino é uma plataforma desenvolvimento e ensino de protótipos eletrónicos. Esta fabrica e comercializa hardware, disponibiliza software em open-source. Esta plataforma foi apresentada em 2005 com objetivo de produzir hardware e software de fácil utilização e disponível para todos. [23] Está vocacionada para aqueles que têm pouco conhecimento de eletrónica e querem apreender a desenvolver os seus próprios protótipos.

Esta plataforma desenvolveu-se rapidamente graças à sua adoção por parte da comunidade de praticantes e contribuidores que disponibilizam informação através de fóruns, como é caso do fórum existente na página na WWW da Arduino. [24] No site

podem-se encontrar muitos projetos de vários participantes, manuais de referência que ajudam a compreender a linguagem de programação. A Arduino que tem base na linguagem C, os programas na nomenclatura da Arduino se designam por sketch, e servem para controlar o hardware da Arduino. No seu fórum pode-se colocar dúvidas sobre problemas encontrados durante o desenvolvimento de projetos, programação, entre muitos outros assuntos, que por norma são rapidamente respondidos por outros membros da comunidade.

A Arduino desenvolveu o seu próprio ambiente de desenvolvimento integrado ou Integrated

Development Environment (IDE), que permite escrever programas e instala-los em placas

que aceitem a linguagem de programação Arduino. O IDE é instalado num computador pessoal, é neste aplicativo que se desenvolvem, compilam e importam os programas ou sketch, para dentro das placas usando uma ligação por cabo Universal Serial Bus (USB).

Uma IDE é um software de um computador que permite ao utilizador, criar, compilar, e atualizar código para um microprocessador. [24]

Este IDE da Arduino é compatível com três sistemas operativos correntes no mercado de PC pessoais, Windows, Mac OS X e Linus. Oficiosamente existem aplicações para os sistemas operativos móveis, Android e Windows, estes oferecem uma grande versatilidade e mobilidade, permitindo alterar os sketches de dispositivos fixos em locais remotos de difícil acesso.

O IDE comporta-se como um editor de texto, usa uma linguagem própria para criar um

sketch. Os componentes da linguagem agrupam-se em três partes ou grupos distintos,

cada um destes com características ou funções próprias necessárias para que um sketch opere corretamente, estas categorias da linguagem do IDE são: Estruturas; Variáveis e Funções.

Existem duas funções cruciais sem as quais nenhum sketch não funciona corretamente, estas são setup() e loop(), pertencem à categoria da Estruturas. A função setup() é a primeira a ser executada e apenas uma vez, dentro desta função são colocadas tarefas de iniciação, como iniciar bibliotecas ou ligar pins. A função loop() é uma função recursiva, todo o código, funções, etc, aplicado dentro desta função é repetido ciclicamente.

existem kits de iniciação que disponibilizam múltiplas experiências isoladas, permitindo explorar cada conceito, função, estrutura da linguagem Arduino separadamente. A medida que cada utilizador vai adquirindo os conceitos diferentes, vai tomando consciência das possibilidades desta linguagem, criando os seus próprios programas através da integração de códigos apreendidos nas experiências isoladas. A Arduino disponibiliza no seu site tutoriais sobre a linguagem e instruções para realizar cada experiência.

A linguagem Arduino possui vários recursos avançados que expandem as funcionalidades dos sketches, um destes são as Bibliotecas que permitem a reutilização de programa ou códigos previamente escritos, bastando invoca-lo através de comandos dentro de um novo

sketch, assim evitando a repetição de código e poupando espaço na memória do

microcontrolador.

Ao instalar o IDE da Arduino num computador pessoal, este já inclui várias bibliotecas para operar múltiplas placas, periféricos, exemplos de código, etc, este também inclui gestores que instalam, atualizam as várias novas bibliotecas.

Existem vários contribuidores que escrevem bibliotecas na linguagem Arduino, necessários para operar diversos dispositivos, componentes, etc, assim facilitando a utilização destes, sem estes contributos desta comunidade open-source, não seria possível a utilização de muita tecnologia existente no mercado e a existência de muitos produtos que se iniciaram em protótipos experimentais.

A IDE da Arduino permite três formas de instalação destas bibliotecas, a primeira através de um recurso existente no IDE que permite a instalação automaticamente de uma biblioteca, mas este só aceita ficheiros ZIP. O segundo processo é instalar a biblioteca manualmente, diretamente na pasta das bibliotecas dentro da pasta do programa. A terceira na opinião deste autor é a mais aconselhada, consiste em instalar as bibliotecas manualmente dentro duma pasta existente na pasta Documentos com nome Arduino, este é criada automaticamente durante o processo de instalação do IDE, a vantagem é, caso se atualize ou desinstale o IDE estas ficam salvaguardas de serem eliminadas.

As placas de desenvolvimento da Arduino interligam-se aos dispositivos e componentes elétricos ou eletrónicos através de pins e headers, que não são mais do que pequenas fichas machos e fêmeas. Também existem outras ligações ou portas com as USB tipo A, B, mini e conectores do género barrel jack. Estas ligações são usadas para receber ou fornecer, energia elétrica, sinais elétricos em formato analógicos ou digitais.

Por forma a aumentar as capacidades das suas placas, a Arduino desenvolve shields ou placas de expansão para cada modelo, múltiplas placas com funções diferentes podem ser empilhadas sobre uma placas base, através das ligações pins e headers. Cada placa de expansão ou shield adiciona novas funções a placa onde se insere, estas funções podem ser por exemplo, comunicação sem fios, tipo Bluetooth ou WIFI, dataloggers que entre outras funções, permite o registo de informação num componente físico, como é caso dos cartões SD.

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