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ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE EDIFÍCIO ATE

No documento Manual ITED3 Setembro2014 (páginas 65-70)

3.2 TUBAGEM

3.2.2 ESPAÇOS DE ALOJAMENTO DE EQUIPAMENTOS

3.2.2.1 ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE EDIFÍCIO ATE

O ATE é um PD constituído por uma caixa e pelos respetivos equipamentos e dispositivos alojados no seu interior.

O ATE deve garantir as seguintes funções:

 De interligação com as redes públicas de comunicações eletrónicas ou com as redes provenientes das ITUR;

 De gestão das diferentes redes de cabos de pares de cobre, coaxiais e de fibra ótica;

 De integração das valências dos sistemas de domótica, videoporteiro e sistemas de segurança.

Em função das redes a instalar num edifício podem ser considerados os seguintes tipos de ATE:

 Uma única caixa para o ATE;

 ATE com desdobramento em:

o ATE superior - a instalar normalmente perto do topo do edifício; o ATE inferior - a instalar normalmente perto do acesso subterrâneo.

 ATE exterior - a instalar no exterior do edifício, em local adequado.

O ATE deve ter acesso condicionado e é nele que se alojam os secundários dos Repartidores Gerais (RG) das três tecnologias previstas, designadamente:

 Pares de cobre: RG-PC;

 Cabo coaxial: RG-CC;

 Fibra ótica: RG-FO.

A escolha da localização dos secundários deve ser criteriosa, de modo a estarem o mais próximo possível da tubagem da coluna montante, na tecnologia correspondente.

A sua instalação deve ter em consideração o espaço, entendido como necessário e adequado, para a instalação dos primários dos RG.

As cores escolhidas para a diferenciação das tecnologias, verde para FO, laranja ou vermelho para CC e azul para PC, não são de aplicação obrigatória.

A figura seguinte exemplifica uma boa prática de instalação dos secundários dos RG, nos ATE:

PC CC

FO

3.39 - ATE com os secundários dos Repartidores Gerais

O dimensionamento e instalação dos primários dos RG, assim como a instalação de dispositivos de proteção, são da responsabilidade dos operadores.

O ATE deve disponibilizar espaço suficiente para a colocação dos primários dos RG de modo a garantir, no mínimo, o acesso de dois operadores de comunicações eletrónicas, em cada uma das três tecnologias, ou seja, 2 operadores em pares de cobre, 2 operadores em cabo coaxial e 2 operadores em fibra ótica.

O ATE superior, se existir, deve conter, pelo menos, uma Cabeça de Rede (CR) que garanta a receção e distribuição de sinais de S/MATV. Nesse caso deve existir um barramento de terra, que será interligado ao Barramento Geral de Terra das ITED (BGT). É obrigatória a existência de energia elétrica no ATE superior.

Para efeitos de telecontagem, recomenda-se a interligação do ATE aos armários dos contadores de água, gás e eletricidade.

Para a fixação dos dispositivos no ATE, estes devem ser providos de uma das seguintes soluções:

 Fundo vertical de material plástico rígido, com a espessura mínima de 10mm;

 Fundo vertical em PVC extrudido, ou similar, com a espessura mínima de 10mm;

 Perfis metálicos ou não metálicos com cursor, presos ao fundo vertical, comprimento correspondente à largura útil do compartimento, e fundo metálico com malha reticulada e perfurada, com capacidade de aparafusamento;

 Em qualquer dos casos a solução adotada não deve reduzir a profundidade do compartimento em mais de 30mm.

O ATE contém obrigatoriamente o Barramento Geral de Terra das ITED (BGT).

O ATE deve disponibilizar, no mínimo, um circuito com 3 tomadas elétricas com terra. Os circuitos de tomadas devem estar protegidos por um aparelho de corte automático, sensível à corrente diferencial, imunizado de forma a evitar disparos intempestivos, localizado no quadro elétrico de origem do circuito.

No caso de existir um ATE superior e um ATE inferior, qualquer um deles deve conter, no mínimo, 3 tomadas elétricas com terra.

O ATE pode não apresentar tomadas de energia elétrica na situação de inexistência de quadro elétrico de serviços comuns.

É obrigatória a criação de condições de ventilação por convecção nos ATE. Em qualquer situação, os ATE devem ter condições para a instalação de ventilação mecânica forçada.

3.2.2.1.1 RG-PC - REPARTIDOR GERAL DE PARES DE COBRE

O RG-PC é constituído por primários, da responsabilidade dos operadores, e por um secundário, onde se inicia a rede de pares de cobre do edifício.

O secundário do RG-PC é constituído por conectores de oito condutores do tipo RJ45 fêmea, ou réguas de terminação por cravamento (4 pares por fogo).

Nas figuras seguintes são apresentados exemplos dos dois tipos referidos, na constituição do secundário de um RG-PC:

3.40 - Exemplo de unidade modular do secundário do RG-PC

3.41 - Exemplo de réguas de terminação, categoria 6

A localização do secundário do RG-PC deve ser próxima da conduta destinada aos cabos de pares de cobre.

RG-PC

Cat.6 Secundário

A identificação das ligações deve estar devidamente assinalada.

3.2.2.1.2 RG-CC - REPARTIDOR GERAL DE CABOS COAXIAIS

O RG-CC é constituído por primários, da responsabilidade dos operadores no caso do CATV, e por um ou dois secundários, onde se inicia a rede de cabo coaxial do edifício.

O secundário do RG-CC é constituído por um painel de uniões fêmea-fêmea, para conetores coaxiais do tipo F (um por cada fogo);

3.42 - Exemplo de um secundário de um RG-CC

As uniões devem ficar instaladas com a entrada virada para baixo, ou na horizontal, para minimizar a entrada de impurezas. Se a entrada estiver protegida este posicionamento é opcional.

A continuidade da ligação da malha dos cabos coaxiais à terra deve ser devidamente garantida. A localização do secundário do RG-CC deve ser próxima da tubagem destinada aos cabos coaxiais.

A identificação das ligações deve estar devidamente assinalada.

3.2.2.1.3 RG-FO - REPARTIDOR GERAL DE CABOS DE FIBRA ÓTICA

O RG-FO é constituído por primários, da responsabilidade dos operadores, e por um secundário, onde se inicia a rede de fibra ótica do edifício.

O secundário do RG-FO é constituído por um painel de acopladores do tipo SC (dois conectores SC/APC por fogo).

Os acopladores devem ficar instalados com a entrada virada para baixo, ou na horizontal, de forma a minimizar a entrada de impurezas. Se a entrada estiver protegida este posicionamento é opcional.

Dada a fragilidade dos componentes deve ser adotada uma solução que garanta proteção mecânica e resista às condições ambientais adversas, como por exemplo humidade e poeiras. A localização do secundário do RG-FO deve ser próxima da conduta destinada aos cabos de fibra ótica.

A identificação das ligações deve estar devidamente assinalada.

A figura seguinte apresenta um exemplo de uma solução única para os secundários dos RG:

3.44 - Exemplo de secundários dos RG

No documento Manual ITED3 Setembro2014 (páginas 65-70)