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3. PRODUÇÃO, PERENIDADE E CIRCULAÇÃO 1 Ritualidade e pertencimento

3.3 Arranjos e perspectivas

As pessoas que participaram dos laboratórios eminentemente pareciam perceber bem que as mídias sociais, por exemplo, seguem o modelo hegemônico de negócios na explo- ração de uma massa gigantesca de dados pessoais em sistemas de captura, rastreamento e mo- dificação de comportamento106 que se estendem até territórios mais íntimos da existência. Ao mesmo tempo, às vezes se faz presente a percepção de que o intercâmbio de informações online produz a inteligência de enxame na disputa pela atenção mundial que ocorre predominante- mente em terrenos como o Youtube, Facebook e Twitter. O que aparece como menos evidente ou com menos ênfase parece ser sob quais condições de controle e quais jogos econômicos as grandes infraestruturas pelas quais volumes gigantes de dados trafegam globalmente funcio- nam, algo que é ocultado na interface dos sistemas de vigilância empresarial e estatal apresen- tada publicamente.

Dito isso, considero que a comunidade estudada se vale do modo de organização característico do software livre – que serviu de base para a criação de licenças livres para tra- balhos artísticos, a Creative Commons (CC) – em torno do aprendizado e inserção profissional; socialização; construção de identidade. Isso se dá em um contexto mais geral no qual as insti- tuições tradicionais de ensino e pesquisa convivem com um regime de atores que produzem conhecimento e que emprestam algo da legitimidade acadêmica. No entanto, abarcar essas prá- ticas aqui analisadas partindo somente do ponto de vista institucional, ainda que tenha áreas de sobreposição e contraste com o mesmo, me parece insuficiente na medida em que essas expe- riências são significadas como passíveis de incorporar a participação de não acadêmicos – uma vez em que a grande maioria dos participantes inscritos e chamados para a imersão era de pes- soas com alguma entrada na universidade. Dito isso, o sentido recorrentemente dado ao uso de certas licenças livres aparece na Nuvem como uma investida contra certas vantagens indevidas de uns poucos e, ao mesmo tempo e principalmente, um aceno amigável para o potencial en- volvimento de outros muitos, com ênfase na promoção da livre expressão e diversidade cultural.

Considero que essa ênfase se dá primordialmente na implicação de intencionali- dade naquilo que é produzido sobre as atividades – seja fazer um jogo, uma rede local, uma área de cultivo, um dispositivo, um texto, etc –, ou seja, principalmente no sentido atribuído a

106 Ver ZUBOFF, Shoshana. (2015) Big other: Surveillance capitalism and the prospects of an information civilization. Journal of Information Technology, 30, 75–89. Disponível em <https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2594754> Acesso em:27 de junho de 2018.

essas relações com a tecnologia na documentação. A documentação seria a chave para a impri- mir ao processo a possibilidade de desdobramentos a serem realizados mesmo depois de pas- sado esse momento de imersão (que é tido como o momento propriamente coletivo) e incorpo- ração dos saberes que são mobilizados durante a estadia. Ao se documentar o processo, vira-se a chave e passa-se para o domínio do não planejado e/ou não alardeado, dissipando de certa forma a intencionalidade inicial. A partir desse momento, aquilo que foi produzido passa a contar com a possibilidade de ter sua existência reconfigurada por forças além desse entendi- mento proveniente do arranjo temporário que se articula em cada atividade da iniciativa e se imprime na documentação.

Durante a semana do Contralab:Reboot, por exemplo, uma colaboradora fez uma objeção porque não desejava que aquilo que fosse produzido durante o laboratório pudesse ser posteriormente usado por um partido político. Como candidato a uma cadeira na Câmara de Municipal de sua cidade, um dos proponentes respondeu que sua intenção seria de que o pro- duto decorrente do trabalho feito ali pudesse ser usado por qualquer pessoa ou organização, pois não seria carimbado nem com o selo da própria legenda à qual ele era filiado. A ressalva feita pela colaboradora em relação aos possíveis usos do projeto também pode ser colocada em perspectiva na medida em que ela entra em conflito com uma das características do software livre, a da não discriminação ou restrição de uso. A lógica de não restringir as possíveis explo- rações do software corresponde às “noções mais liberais de liberdade e equidade que subscre- vem boa parte da cultura legal do software livre” (COLEMAN, 2013, p. 195) que reconhece a produção de código como interdependente de sua circulação social. Vale destacar aqui que o proponente em questão destacou o delineamento do seu projeto como um processo que emerge dentro do escopo de ideias que se colocam mais à esquerda do espectro político (onde se situa, entre outros grupos, o seu próprio partido), mas se opôs explicitamente à pretensão de impor uma restrição prévia em relação aos potenciais usos, distribuições e modificações do que seria produzido. O projeto “Se a Democracia Fosse nossa” tinha como descrição: “o objetivo da pre- sente proposta é estudar, mapear a aprofundar os processos de efetivação dessas campanhas- movimento no ano de 2016, e buscar a conectividade narrativa e metodológica entre elas”. As campanhas-movimento, no caso, se valem de páginas online que surgiram durante a campanha para eleições municipais, então em andamento, com o objetivo de concentrar, divulgar e receber proposições de políticas públicas locais. São elas: “Se São Carlos fosse nossa”, que, no caso, era capitaneada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); assim como “Se a cidade fosse nossa” (Rio de Janeiro) e “Compartilhe a Mudança” (Porto Alegre). A proposta que foi o foco

dessa discussão acabou sendo fundida com um outro projeto, que também estava entre os sele- cionados, para o Contralab:Reboot.

O software livre contém uma possibilidade inclusiva que diz respeito a viabilidade de que um usuário comum estude um código fonte e possa interagir criativamente, participando do processo de criação de programas em relativa igualdade com qualquer outro esforço empre- sarial de produção. No entanto, essa também é uma leitura que ganha ênfase, é considerada desinteressante ou ganha contornos diferentes mesmo dentro do movimento software livre. No Brasil, representantes públicos mais evidentes do grupo free, por exemplo, “levam o debate interno do movimento [software livre] para além das questões de direito autoral, patentes e desenvolvimento tecnológico, abarcando também as implicações do software livre para a jus- tiça social, igualdade de oportunidades, desenvolvimento econômico local e autonomia nacio- nal” (EVANGELISTA, 2010, p. 119). O acesso igualitário à tecnologia, dada a gratuidade do software, é visto nesse contexto como um vetor para o desenvolvimento de soluções mais ade- quadas à realidade regional e o fim da dependência tecnológica por parte do Estado tem “in- fluência do grupo free, mas também é fruto de uma interpretação específica feita por movimen- tos sociais de esquerda, funcionários públicos e políticos que lidam com os problemas de países pobres”. É interessante notar como o movimento software livre no Brasil interpreta e coloca em jogo as fronteiras que cerceiam a propriedade intelectual, tornando-as intercambiáveis, ao mesmo tempo que significa sua relação com um outro nível de fronteiras, que são as estatais.

Quando se refere ao grupo free, Evangelista (2010) aborda a principal divisão polí- tica internacional do movimento software livre, que se estabelece por contraste e áreas de so- breposição na relação dessa primeira frente com o grupo open. Na medida que essa divisão ajuda a entender certos aspectos da organização da produção e da circulação daquilo que é produzido na Nuvem, vamos nos deter brevemente em alguns choques entre esses grupos. Além de defenderem as quatro liberdades já citadas, que são repetidas exaustivamente por todos os esforços de definição do movimento, as duas frentes tiveram até o início dos anos 2000 mo- mentos de convergência para uma afinidade bastante evidente: a oposição à Microsoft, vista como a grande corporação monopolista calcificada pela própria acumulação de poder e lucro, representando algo a ser superado. Além de ter um adversário político em comum – as licenças proprietárias – “para fazer parte do software livre é preciso defender certos valores e certas práticas que estão, no limite, identificadas com o que o movimento chama de ‘cultura hacker’, mas que se traduzem, no cotidiano, na defesa das posições políticas do movimento e no uso de

determinados softwares” (EVANGELISTA, 2010). Apesar de se sobreporem em alguns aspec- tos ou momentos específicos, os dois grupos entendem de forma diferente a razão de existir e o objetivo do software livre, assim como seu modo de produção coletiva.

A origem desse modo de produção coletiva é marcada pela ascensão das poderosas empresas de comunicação e tecnologia. O crescimento acelerado dessas empresas, em meio a mudanças importantes no capitalismo, culminam na transformação do modo principal de pro- dução de software característico da indústria de informática. O setor até então atuava principal- mente como licenciador de programas para computadores pessoais. Entre os fatores decisivos para essa mudança estão maior capacidade de processamento das máquinas, maiores velocida- des para as conexões e popularização dos dispositivos móveis conectados à Internet – sendo que o software livre teve relevância na implantação dessa infraestrutura, com os últimos dez anos marcados pela expansão do movimento (EVANGELISTA, 2014). A eminência das dife- renças políticas entre seus membros ganhou contornos mais destacados a partir da adoção do primeiro sistema operacional completo funcionando apenas com softwares livres por empresas. Como desdobramento, a cultura hacker passou a ser vista cada vez mais pelos seus aspectos positivos e a relação dos hackers com o trabalho ganhava destaque por ser considerada como um modelo a ser seguido. Pouco antes disso, o momento mesmo no qual sistema operacional se torna completo marcou o início da principal divisão política do movimento software livre. Um dos marcadores de maior afinidade entre um grupo ou outro é chamar o sistema operacional em questão de GNU/Linux (free software) ou apenas Linux (open source).

Na cultura hacker, a luta por liberdade é identificada com o pioneirismo dos hackers “autênticos” ao explorar possibilidades mais inventivas, interativas e lúdicas, quebrando limi- tações e burlando o acesso restrito aos computadores do MIT que eram dedicados prioritaria- mente à pesquisa militar e realizavam aplicações comuns como simulações matemáticas e aná- lises estatísticas. Seus questionamentos eram mais em relação à partir de qual base as hierar- quias (que se expressavam nesse contexto também pelos funcionários que controlavam o acesso aos computadores, além dos professores) eram construídas – estabelecendo como critérios para essa crítica a virtuosidade, a funcionalidade, o estilo e a inovação. Ao mesmo tempo, eles rejei- tavam a acusação de que o dinheiro que financiava as essas máquinas, empregadas majoritari- amente em pesquisa militar, era sujo (EVANGELISTA, 2018). Uma vez que a ação do hacker fosse capaz de libertar as máquinas, divindades valiosas, das limitações às quais tinham sido submetidas por aqueles no topo da hierarquia duvidosa, todo seu potencial poderia ser plena- mente realizado.

Ao criar a licença GPL, sobre a qual discorremos no capítulo anterior, Richard Stallman – que emerge como maior representante do grupo free – usou a lei de propriedade intelectual que protegia os interesses desses atores privados para estabelecer as bases de um movimento contra a apropriação corporativa de códigos de computador. Utilizando as regras do próprio sistema de licenças – o mesmo que permite que o software seja passível de apropri- ação privada – para instaurar um regime de cooperação e liberdade, Stallman usou a lógica jurídica para abrir espaço para a possibilidade da existência de softwares enquanto algo que não é de propriedade estatal e tampouco é privado, de modo a refletir as práticas produtivas coletivas das quais são resultado. A GPL não abre mão da autoria ou da propriedade, nem abdica do controle sobre o software em nome de seu aprimoramento ou mesmo do reparo de falhas. Uma das características da GPL é o seu efeito copyleft ou de reciprocidade, que demanda a obriga- toriedade da retribuição em termos de benefícios para a própria comunidade software livre, evitando que o software produzido coletivamente (muitas vezes por trabalho voluntário) se torne um instrumento para a apropriação privada. É a partir da GPL que o grupo free estabelece mais condições e limites na relação com o mercado, enquanto o grupo open é mais permissivo nesse ponto, admitindo inclusive a coexistência com o software proprietário.

Esse é um aspecto importante e diferencial do software livre com relação a outros movimentos. O software livre não é um movimento que apenas demanda políticas e/ou busca por uma nova ordem de relações sociais, ao contrário, ele busca, a partir de um sistema jurídico já constituído, usar a lógica desse mesmo sistema para cons- truir alternativas. A força do movimento não está em suas demandas, mas em sua capacidade de arregimentar trabalho voltado à produção popularização de softwares que usam as regras convencionais, de forma inteligente, para garantir certas práticas. É um movimento que produz softwares e esses softwares se tornam produtos distri- buídos no mercado de informática e que ocupam posições antes ocupadas, ou que poderiam ser ocupadas, por softwares proprietários. Por isso é especialmente rele- vante a análise das correntes políticas e ideológicas do software livre, pois elas se fortalecem em suas ligações produtivas com certos projetos de software assim como servem a esses projetos como fatores de atração de trabalho voluntário. (EVANGE- LISTA, 2010, p. 206)

É importante notar que o grupo open surge posteriormente, fundando a divisão po- lítica fundamental no contexto mundial do movimento – como uma reação àquilo que considera como uma politização excessiva do grupo free – e prefigurando a adesão empresarial ao sof- tware livre. Diferentemente dos hackers da Califórnia, que eram mais próximos da Nova Es- querda, Stallman se guiava mais por um racionalismo cartesiano na sua forma de entender o mundo – longe da atmosfera espetacular das práticas políticas tradicionais e também não tão “anti-intelectual” quanto os Novos Comunalistas. Stallman sustenta publicamente uma crítica radical ao uso cotidiano de software não livre, ao mesmo tempo em que tem restrições à inter- pretações do movimento software livre como algo que é, em alguma medida, anticapitalista –

o que também lhe rende alguma superfície de contato com o grupo open (EVANGELISTA, 2010, p. 134). Três anos após a criação da GPL, Linus Torvalds lança a primeira versão do kernel107 Linux, a peça que faltava para que o sistema operacional livre GNU, projetado pela Free Sotware Foundation (FSF), se tornasse completo. O Linux, ainda que licenciado em GPL, foi a força propulsora da ascensão da ideia e do grupo político open, que tem como marco a fundação da Open Source Initiative (OSI) em 1998. Desde então, o grupo open vêm produzindo suas próprias licenças e defendendo que sujeitos em liberdade agindo de maneira individualista gerariam progressos técnicos significativos a ponto de atrair o interesse do mercado (que é al- mejado), enquanto o free continuou reeditando os limites e condições que impõe na relação com o mercado – conforme corporações como Google, por exemplo, avançavam nos modos de apropriação do trabalho – na forma de atualização de licenças como a GPL 3, entre outras coi- sas. Além disso, o grupo free enfatiza que programadores não são diferentes dos usuários, en- quanto o grupo open é indiferente a isso e considera a obrigatoriedade de reciprocidade contida na licença GPL como um obstáculo para a maior flexibilização da propriedade intelectual, vista como necessária para a produção de software de melhor qualidade.

O crescimento do movimento software livre no Brasil se deu primordialmente a partir da superação dos limites do conhecimento técnico, fundamental para a atração de usuários médios e simpatizantes de algumas ideias gerais do software livre (EVANGELISTA, 2010, p. 80). É notável que “técnicos, muitos ligados ao serviço público, e com passado ligado aos mo- vimentos de esquerda, entenderam o movimento software livre também como uma resposta ao domínio das grandes empresas de informática e ao saque de riquezas promovido pelos países desenvolvidos”. Essa ênfase na autonomia e independência nacional, resistência à globalização corporativa e ao neoliberalismo, entre outras bandeiras de esquerda, são creditadas como uma das características que permitem que diferentes camadas sociais, muitas vezes com interesses conflitantes, encontrassem identificação e descrevessem o movimento com as diferentes mati- zes que deram a ele sua força inicial. A influência cruzada que se manifesta no interesse de empresas em instrumentalizar o software livre configura tensões na medida em que o conflito

free e open ganha uma nova síntese no atual cenário de incentivo à troca, ao fluxo, à criação

coletiva (EVANGELISTA, 2018), no qual essas corporações buscam códigos livres para suas

107 O kernel é uma parte central do sistema, responsável pela configuração e gerenciamento dos dispositivos

atividades comerciais e eventualmente a aquisição de profissionais a partir das bases do movi- mento.

É possível dizer que tal confluência de tensões também se aplica à Nuvem, uma vez que a construção de oposições ou adversários e os objetivos da iniciativa tem grande variabili- dade dependendo do interlocutor que os descreve e isso se reflete nas condições de produção e circulação do que é produzido ali. Essas divergências que acabo de descrever reverberam dota- das de contornos próprios decorrentes das associações e tensões que ali se estabelecem. Durante a reunião do Contralab:Reboot na qual foram divididos os grupos de colaboradores entre os projetos, por exemplo, tomou lugar uma discussão sobre a melhor forma de fazer com que fosse possível que cada colaborador se envolvesse com mais de uma proposta, se assim desejasse. Para que isso funcionasse, as reuniões de todos os grupos não poderiam acontecer simultanea- mente, e a discussão tomou como princípio que no máximo dois grupos poderiam se reunir ao mesmo tempo de cada vez. A artista que propôs o Hybris_Latinoamerica sugeriu que “podemos ser mais flexíveis mas com pessoas que se comprometam com tarefas. Gostaria de ter duas pessoas fixas no meu grupo, porque às vezes alguma coisa não dá certo”, dando a entender que os colaboradores do seu grupo não precisariam necessariamente trabalhar juntos no mesmo horário, contanto que ficassem responsáveis por realizar partes do projeto. Ao que o proponente do Jogo do Golpe respondeu: “acho que as pessoas desanimam recebendo ordens como modelo tradicional”. Um dos convidados108 do laboratório lembrou que aquela era uma situação privi-

legiada de convivência intensa, no sentido de que deveríamos contar principalmente com a se- mana de duração do laboratório para desenvolver os projetos juntos. O outro109 convidado con- tou sobre sua experiência na edição anterior do Contralab, na qual ele foi proponente e atuou também com a colaboração de pessoas que não estavam no laboratório durante e depois de seu período de duração.

É interessante notar que as questões em disputa se colocaram como modos diferen- tes de mobilizar o trabalho: uma mais convencional, na qual as tarefas são divididas e cada um fica responsável por uma parte do trabalho e outra na qual as pessoas se reúnem para trabalha- rem juntas. Ainda que as pessoas possam continuar a trabalhar no mesmo ambiente, por exem- plo, independentemente de terem dividido as tarefas, as decisões sobre o trabalho tendem ser a

108 O Contralab:Reboot não contou com pessoas que se identificavam como “mentores”. Os dois convidados foram chamados por Bruno Vianna, uma vez que o laboratório foi uma atividade realizada pela sua coordenação. 109 Nomes preservados propositalmente levando em conta possíveis riscos da exposição

se dar unilateralmente de forma pulverizada ou centralizada quando essa divisão de afazeres é feita. Chama a atenção como o pequeno embate – vale dizer que foi essa reunião em particular com todos os participantes do Contralab:Reboot a qual me referi no primeiro capítulo como aquela que durou uma tarde inteira – remete à disputa free e open do software livre no sentido em que coloca em jogo a capacidade de mobilizar trabalho. O grupo open considera que a forma de organização do trabalho do software livre resulta em softwares melhores e é mais eficiente, com foco no resultado enquanto o grupo free estaria mais identificado com a coletivização do

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