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Artigo 14º : Requisitos de eficiência energética no projecto de novos sistemas de climatização

No documento Sessão APIRAC Hotel Ipanema, Porto (páginas 52-62)

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5 - É obrigatória a instalação de sistemas próprios de co-geração nos grandes edifícios com áreas úteis superiores ao limite fixado no nº. 7 do artigo 27º, actualizado periodicamente por portaria conjunta dos ministros

responsáveis pelas áreas da economia, das obras públicas, do ambiente, do ordenamento do território e da habitação, sem prejuízo da prioridade das situações previstas nos n.ºs 3 e 4, salvo demonstração da sua não viabilidade económica.

Comentário:

 A obrigatoriedade de prever a instalação de sistemas de co-geração de energia nos edifícios e/ou situações contemplados assenta na perspectiva do aumento da eficiência energética dos edifícios tendo em consideração que esta abordagem consiste no aproveitamento energético do efluente térmico (produtos da combustão) e do bloco e radiador de óleo (no caso dos motores), contribuindo significativa-mente para a redução do IEE. Previasignificativa-mente à decisão de optar por sistemas de co-geração deverá ser efectuada a avaliação económica por meio do cálculo de PRS, seguindo a metodologia acima

apresentada e definida no Anexo XIII.

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6 - A potência eléctrica para aquecimento por efeito de Joule não pode exceder 5 % da

potência térmica de aquecimento até ao limite de 25 kW por fracção autónoma de

edifício, excepto nos casos em que seja demonstrada no projecto a não viabilidade económica da instalação de sistemas alternativos, segundo a metodologia definida no presente Regulamento.

7 - Nos sistemas destinados exclusivamente a arrefecimento é permitida a instalação de

equipamento destinado a reaquecimento terminal, cuja potência não pode exceder 10

% da potência de arrefecimento a instalar, sendo admissível o recurso a resistência eléctrica dentro das condições especificadas no número anterior.

Comentário:

Estas exigências já figuravam no antigo RSECE (DL 118/98, de 7 de Maio) e fundamentam-se na necessidade de opção pela utilização tecnologias de conversão energética mais eficientes para aproveitamento térmico como, por exemplo, com base na queima de combustíveis gasosos, restringindo ou

eliminado, sempre que possível, a utilização da energia eléctrica dada a carga poluente associada aos processos convencionais de conversão.

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8 - O recurso a unidades individuais de climatização para aquecimento ou arrefecimento

em edifícios de serviços licenciados posteriormente à data da entrada em vigor do Decreto-Lei nº 118/98, de 7 de Maio, ou em cada uma das suas fracções autónomas, só é permitido nos espaços que apresentem cargas térmicas ou condições interiores especiais em relação às que se verificam na generalidade dos demais espaços da fracção autónoma ou edifício, ou não ultrapassarem 12 kW de potência instalada de ar condicionado por edifício ou fracção autónoma, ou quando houver dificuldades

técnicas ou impedimentos fortes de outra qualquer natureza devidamente justificados e aceites pela entidade licenciadora.

Comentário:

 Esta situação pretende assegurar a possibilidade de obter condições ambientais distintas da generalidade dos espaços quando se verifique o desenvolvimento de perfis, quer de carga térmica, quer de horários de exploração, o que acontece tipicamente em espaços técnicos.

 Por exemplo, no caso particular dos Centros de Processamentos de Dados (CPD), supermercados, cinemas, etc. inseridos em centros comerciais, onde se verifiquem horários de funcionamento distintos da generalidade dos

utilizadores, é justificável a consideração de sistemas autónomos.

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9 - É obrigatório o recurso à recuperação de energia no ar de rejeição, na estação de aquecimento, com uma eficiência mínima de 50 %, ou

recuperação de calor equivalente, sempre que a potência térmica de rejeição em condições de projecto seja superior a 80 kW, excepto nos casos em que seja demonstrada em projecto a não viabilidade económica da sua instalação, segundo a metodologia definida no presente

Regulamento.

Comentário:

 A recuperação de energia entre o ar extraído e o ar novo admitido é enquadra-da em termos enquadra-da estação de aquecimento em termos de dimensionamento e exigência mínima, como acima explicitado, sendo igualmente eficaz na estação de arrefecimento, já se encontrando contemplado no regulamento anterior.

 Os critérios que definem a necessidade de considerar ou não recuperação de energia baseiam-se no potencial de recuperação (80 kW) e na viabilidade

económica, nos termos anteriormente referidos considerando as economias decorrentes da operação anual, isto é, em modo de arrefecimento e em modo de aquecimento. O âmbito de aplicação da medida consiste na fracção

autónoma ou no sistema, no seu conjunto, conforme o sistema aplicado no edifício.

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10 - Nos sistemas de climatização do tipo «tudo ar», com um caudal de ar de insuflação superior a 10 000 m3/h, é obrigatória a instalação de dispositivos que permitam o arrefecimento dos locais apenas com ar exterior quando a temperatura ou a entalpia do ar exterior forem

inferiores à do ar de retorno, excepto nos casos em que seja

demonstrada a não viabilidade económica da sua instalação, segundo a metodologia definida no presente Regulamento.

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Comentário:

• A utilização de dispositivos que permitam o arrefecimento dos locais ape-nas com o ar exterior (free cooling) é enquadrada em termos de caudal de ar mínimo como critério de dimensionamento, como acima explicitado, já se encontrando contemplado também, nos mesmos níveis, no anterior RSECE. • Os critérios que definem a necessidade de considerar ou não free cooling

baseiam-se no caudal mínimo (10 000 m3/h) e na viabilidade económica, nos termos anteriormente referidos, considerando as economias decorren-tes da operação anual. O âmbito de aplicação da medida consiste na

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11 - Os sistemas de climatização que são objecto do presente

Regulamento têm necessariamente de dispor de meios de registo do consumo próprio de energia.

12 - Todo o sistema de climatização comum a várias fracções autónomas ou edifícios tem necessariamente de dispor de dispositivos para

contagem dos consumos de energia de cada uma das fracções autónomas ou edifícios servidos pelo sistema.

15 - Todos os equipamentos dos sistemas de climatização com potência eléctrica instalada superior a 12 kW, ou potência térmica máxima em combustíveis fósseis superior a 100 kW, que integram os sistemas que são objecto do presente Regulamento, têm de dispor de meios de

registo individual para contagem dos consumos de energia, autónomos ou através de sistemas centralizados de monitorização.

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13 - A eficiência nominal dos equipamentos de aquecimento e de

arrefecimento dos sistemas abrangidos pelo presente Regulamento, expressa em termos de energia final, não deve ser inferior aos valores indicados nas directivas europeias aplicáveis transpostas para a

legislação nacional.

14 - É obrigatório o recurso à repartição da potência de aquecimento em contínuo ou por escalões, de acordo com o indicado no anexo II,

publicado em anexo ao presente Regulamento e que dele faz parte

integrante, excepto nos casos em que, pelos seus baixos consumos, seja demonstrada a não viabilidade económica desta repartição, segundo a metodologia definida no presente Regulamento.

16 - Os elementos propulsores dos fluidos de transporte, cujos motores

devem ter classificação mínima EFF2, conforme classificação nos termos do acordo voluntário entre os fabricantes de motores eléctricos e a

Comissão Europeia, são seleccionados de modo que o seu rendimento

seja máximo nas condições de funcionamento nominal, e as respectivas potências devem ser adequadas às perdas de carga que têm de vencer, sendo que, no caso dos equipamentos de caudal variável, este requisito se aplica sob condições de funcionamento médio ao longo do respectivo período de funcionamento anual.

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60

88,4

87,0

85,7

84,2

82,6

81,0

78,5

76,2

%

11

7,5

5,5

4,0

3,0

2,2

1,5

1,1

kW

eff

eff 22

93,9

93,6

93,0

92,5

92,0

91,4

90,5

90,0

89,4

%

90

75

55

45

37

30

22

18,5

15

kW

O rendimento mínimo de motores eléctricos de indução trifásicos com rotor gaiola de esquilo, protecção IP 54 ou IP 55, de 2 ou 4 pólos, de

fabrico de série com potências de 1,1 a 90 kW, deve ser igual ou superior:

O rendimento deve ser medido de acordo com a norma EN 60034-2

Excluem-se os motores para ambientes especiais, encapsulados, não ventilados, directamente acoplados a bombas submersíveis, de compressores herméticos e outros

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17 - Todas as redes de transporte de fluidos e respectivos acessórios e componentes devem ser termicamente isolados, e ter barreira contra vapor no caso das tubagens de água arrefecida, devendo as

espessuras de isolamento obedecer aos valores mínimos definidos no anexo III, publicado em anexo ao presente Regulamento e que dele faz parte integrante, em função da dimensão dos componentes a isolar, do tipo de isolamento e da temperatura do fluido em circulação.

Comentário:

 A eficiência energética não se resume ao desempenho dos equipamentos de conversão de energia e de propulsão de fluidos, pelo que a regulamen-tação também incide nas redes de transporte associadas que, dada a sua extensão em algumas situações, pode quando mal isolada e/ou mantida, competir em pé de igualdade com os componentes mais “nobres” da instalação.

 Tendo em consideração uma perspectiva geral do edifício, designada-mente no seu ciclo de vida, faz todo o sentido projectar, instalar e manter de forma correcta as redes de transporte de energia, devendo para tal respeitar as disposições do anexo III.

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