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Sobre o encerramento de suas empresas, a concorrência era apontada pelos próprios empresários como o motivo principal motivo pelo fracasso. Note-se que esta concorrência refere-se tanto à concorrência das grandes empresas quanto à concorrência desleal de outras pequenas empresas. Outro importante motivo responsável por este fracasso, alegado pelos empresários, e talvez seja maior de todos, e a falta e a má Administração do Capital de Giro, motivo este, inclusive, bastante esperado e previsível, diferentemente do terceiro motivo mais apontado, que é o desentendimento entre os sócios. Neste sentido, acrescenta o

professor Leôncio Martins Rodrigues que o conflito entre sócios e a falta de Administração do Capital de Giro, são reveladores da importância dos aspectos pessoais para o êxito ou o malogro das Micro e Pequenas Empresas.

Não se pretende afirmar que tais problemas não existam nas grandes organizações. Ocorre, contudo, que essas últimas desenvolvem um sistema administrativo do seu capital de giro. (Rattiner, Henrique; Durand, José Carlos G; Rodrigues, Leôncio M. & Miceli, Sergio; Pequenas e Médias Empresas no Brasil; Edições Símbolo; 1ª. Edição; São Paulo; 1.979.).

Muito já se falou sobre a alta taxa de mortalidade das Micro e Pequenas Empresas no Brasil. Alguns estudiosos do assunto estimam que cerca de 80% das empresas desaparecem do mercado no primeiro ano de atividade e, ao final do quinto ano, 92% fecham suas portas. Portanto, números eloqüentes, que tornam o estudo das causas da mortalidade das empresas, tema de suma relevância.

Tomando como base o famoso censo do IBGE, constatou-se, que no Brasil 97,27% dos estabelecimentos industriais, 99,9% dos comerciais e 99,91% dos prestadores de serviço eram Micro e Pequenas Empresas. Segundo dados divulgados pelo SEBRAE, os pequenos e médios empreendimentos respondem por 40% do produto interno bruto brasileiro, sendo que 99,8% dos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços são Micro e Pequenas Empresas. Além disso, este extrato das empresas responde por 80% das vendas comerciais, 56% da produção industrial, 71% da receita de prestação de serviços, 84% da força de trabalho e 71% da massa de salários do país. Só por aí já poderíamos participar daquela referida situação consensual, concluindo pela extraordinária e real importância das empresas de menor porte no desenvolvimento econômico e social do país.

Esta notável importância econômica e social das Micro e PequenasEmpresas não se limita a países em desenvolvimento, como o Brasil. Muitos autores têm ponderado que independentemente do grau de industrialização do nível de desenvolvimento, a pequena e a média empresa têm uma substancial importância na evolução da sociedade, contribuindo do ponto de vista econômico, social e até político. Para muitos, a experiência histórica tem demonstrado que esse extrato de empresas vem se mostrando essencial e indispensável a economias desenvolvidas ou em desenvolvimento.

Com base nas informações elaboradas e fornecidas pela contabilidade, a Administração Financeira toma decisões quanto a investimentos, financiamentos, pagamentos das obrigações. Vale dizer que o administrador financeiro, no que diz respeito à empresa, está preocupado em manter a sua solvência e em maximizar a sua riqueza, tendo como ponto de partida as informações vindas da contabilidade.

As Micro e Pequenas Empresas necessitam implantar sistemas e métodos que tornem eficiente, moderna e dinâmica a administração nas mais diversas áreas da empresa. Significa dizer que o empresário, mediante uma prévia orientação técnica, poderia controlar e administrar os estoques, contabilizar os custos, elaborar planilhas financeiras para apurar o resultado operacional da empresa, decidir sobre investimentos e financiamentos e planejar um bom, e eficiente fluxo de caixa.

CONCLUSÃO

A administração empresarial é uma tarefa difícil, dado o volume de informações que envolvem a tomada de decisão. Para que este seja sempre no sentido de conseguir os resultados esperados, o administrador precisa ter informações que sirvam como subsídios no contexto administrativo.

Com a advento da globalização da economia e conseqüente aumento da competição, os obstáculos a serem superados pelo administrador requerem conhecimentos mais abrangentes, pujantes, sobre os recursos que a empresa precisa para atingir os objetivos. É nesse contexto que o capital de giro é cada vez mais importante na administração, principalmente se considerarmos o fato de este ser um dos problemas mais relevantes e que ocorrem com bastante freqüência na maioria das empresas brasileiras.

Visando detectar o problema, e possibilitar ao administrador tomar medida para evitar o efeito causado por esse problema, a Administração do Capital de Giro e sua respectiva Análise – trata do cálculo das necessidades do capital de giro na empresa comercial, de

forma diferente da empresa industrial. Na empresa comercial, utiliza-se informações que a contabilidade oferece. Visando facilitar o cálculo e a compreensão, enfocamos também a liquidez e o fluxo de caixa.

Na empresa industrial utilizamos as informações de custos onde for necessário trabalhar com a projeção de receita e custos e com essas informações, elaborar o quadro de necessidades de capital de giro para a empresa industrial.

Para melhor compreensão do estudo sobre capital de giro, enfocamos a empresa do ramo de atividade de comércio, onde utilizamos as informações da contabilidade; na empresa em que o ramo de atividade é indústria, utilizamos as informações de custos. Abordamos as principais características que apresenta uma indústria em que o sistema de trabalho é através de encomendas de produtos personalizados e de que forma modifica o cálculo das necessidades de capital de giro.

Enfocamos também as necessidades de capital de giro da empresa de prestação de serviços.

Demonstramos as necessidades de capital de giro através de análise vertical e horizontal.

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