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As propostas demarcadas pelo Comitê de Liberdade Sindical da

5 ELEIÇÕES SINDICAIS NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO

5.3 As propostas demarcadas pelo Comitê de Liberdade Sindical da

regulatório autônomo sobre eleições sindicais

A problemática das eleições sindicais tem sido enfrentada a nível mundial, de modo que o Comitê de Liberdade Sindical da OIT tem sido instado a decidir sobre vários casos, os quais geraram diversos verbetes postados da Recopilação de Decisões e Princípios do Comitê de Liberdade Sindical e do Conselho de Administração da OIT235.

O Comitê de Liberdade Sindical já publicou a quinta edição da Recopilação de Decisões e Princípios236, em 2006, para a qual não se obteve a versão em português, mas em espanhol.

A questão eleitoral ocupa o Item 6 da obra em primeira edição, intitulado “Direito de Escolher Livremente os Representantes”, segue dos verbetes 350 ao 415, do qual serão analisados alguns mais relevantes para a adoção na proposta autorregulatória brasileira. Na quinta edição, está no Item 7, Derecho de las organizaciones de eligir libremente sus representantes, dos verbetes 388 a 453, englobando os Principios generales (verbetes 388- 453), Procedimientos electorales (verbetes 392-404), Conditiones de eligibilidad (verbetes 405-426), Obligatoriedad de participar en las votaciones (verbetes 427-428-453), Intervencion de las autoridades en las elecciones sindicales (verbetes 429-439), Impugnación de las elecciones sindicales (verbetes 440--443), Destitución de juntas directivas e intervención de sindicatos (verbetes 444-453).

No presente escrito utiliza-se das duas edições, português (primeira edição) e espanhol (quinta edição), sendo a primeira em casos de manutenção do texto e aproveitamento da tradução oficial da OIT, de modo que a quinta edição somente foi oficialmente traduzida nas versões inglesa, francesa e espanhola. Quando da manutenção do

235 OIT, 1997. 236 OIT, 2006.

verbete na atualização, nos mesmos moldes da tradução portuguesa será feita a transcrição com referência ao texto original mencionando o ano 1997, nos demais casos, pretende-se utilizar traduções livres ou o texto direto no vernáculo espanhol, com a numeração da edição atual de 2006, de compreensão acessível aos naturais de línguas derivadas do latim.

De início, nos princípios gerais (Verbete nº 390/2006) a OIT237 reconhece a imprescindibilidade da autorregulação, ao dispor competir às organizações de trabalhadores e empregadores definir condições de eleição de seus dirigentes sindicais. Repisa que as autoridades estatais devem abster-se de toda ingerência indevida no exercício do direito das organizações de trabalhadores e empregadores de escolher livremente seus representantes, garantido pela Convenção nº 87/1948 da OIT.

Para o Comitê, o direito de as organizações de trabalhadores elegerem livremente seus dirigentes constitui uma condição indispensável para que possam atuar efetivamente com toda independência e promover com eficiência os interesses de seus filiados (Verbete nº 391/2006)238.

A centralidade dos estatutos sindicais para o disciplinamento dos procedimentos eleitorais encontra-se demarcada no Verbete nº 392/2006 da Recopilação239. Repisa-se que, nos termos do terceiro artigo da Convenção nº 87 da OIT, a ideia fundamental é que os trabalhadores e empregadores possam decidir por si mesmos as regras que deverão observar para a administração de suas organizações e para as eleições que levarão a cabo.

O que se entende, por ocasião do presente escrito, poder ser ampliado para a elaboração ampla pela base ou possíveis potências sindicais concorrentes na elaboração de instrumento autônomo, com diretrizes gerais, sobre eleições sindicais, de eficácia nacional e previamente firmado pelas entidades. No caso brasileiro, poderia ser algo feito pelas Centrais Sindicais, com a participação do maior número possível, uma vez que são órgãos de composição eclética de categorias, ou pelas Confederações Sindicais de Trabalhadores, uma vez que detém a representação nacional por categoria, nos termos da CLT para o modelo sindical pátrio.

Não se propõe uma regulamentação nacional autônoma de extrema minuciosidade, mas a elaboração de balizamentos gerais garantidores do maior acesso possível aos membros interessados, afastando práticas antissindicais lesivas a setores divergentes da situação nas

237 OIT, 1997, p. 87. 238 OIT, 2006, p. 88. 239 OIT, loc. cit.

categorias representadas, sem inviabilizar o processo eleitoral. Atende-se ao disposto no Verbete nº 393/2006 da Recopilação240, que dispõe que “una regulamentación demasiado minuciosa y detallada del procedimento electoral de las organizaciones sindicales, viola el derecho de elegir libremente a sus representantes.”

Algo realizado, de forma heterônoma pelo Poder Público via CLT, em descompasso com as liberdades sindicais, como se pode notar nas hipóteses de validade, impostas pelo Estado que vêm nos §§ 4º e 5º do art. 524 da CLT, sendo ambas incongruentes com o convencionado pela OIT. No § 4º do art. 524 da CLT, destacando que o pleito só será válido na hipótese de participarem da votação mais de 2/3 (dois terços) dos associados com capacidade para votar. Não obtido esse coeficiente, será realizada nova eleição dentro de 15 (quinze) dias, a qual terá validade se nela tomarem parte mais de 50% (cinquenta por cento) dos referidos associados. Na hipótese de não ter sido alcançado, na segunda votação, o coeficiente exigido, será realizado o terceiro e último pleito, cuja validade dependerá do voto de mais de 40% (quarenta por cento) dos aludidos associados, proclamando o Presidente da mesa apuradora em qualquer dessas hipóteses os eleitos, os quais serão empossados automaticamente na data do término do mandato expirante, não tendo efeito suspensivo os protestos ou recursos oferecidos na conformidade da lei. No caso do § 5º, impõe declaração de vacância pelo Estado e nomeação de interventor.

Deste modo, várias situações permaneceriam para a estrita regulamentação via estatuto sindical específico, tais como a quantidade de cargos e a organização das funções, que depende da categoria, do âmbito e modo de atuação. Ocorrências que decorrem da observância da lógica sindical de cada categoria, mas que podem ser tratadas de forma principiológica na norma nacional autônoma ora proposta. O que atende ao disposto no Verbete nº 400/2006 da Recopilação241 que declara ser possível a eleição mediante voto por correspondência; ao Verbete nº 401/2006 da Recopilação242 que demarca ser desejável que as próprias organizações delimitem a maioria de votos necessários para eleger os dirigentes; ao Verbete nº 402/2006 recopilado243 que dispõe que a determinação do número de dirigentes de uma organização deve ser da competência da própria organização; ao Verbete nº 405/2006 da Recopilação244 que dispõe ser de competência dos estatutos dos sindicatos a determinação das condições para filiação e elegibilidade para cargos diretivos sindicais;

240 Ibid., p. 88. 241 OIT, loc. cit. 242 Ibid., p. 89. 243 OIT, loc. cit. 244 Ibid., p. 90.

Perceba-se que é salutar a previsão de limite máximo de duração razoável dos mandatos, evitando que perdurem nichos de poder por grupos com interesses pessoais, os quais podem ser dispostos em âmbito nacional de forma autônoma. Deixando-se as questões de reeleição para cada entidade tratar em seus estatutos, como dispõe o Verbete nº 425 da Recopilação245, ao entender como apto a vergastar a liberdade sindical a proibição de reeleição dos dirigentes sindicais. Para a OIT não é compatível tal proibição por poder gerar graves consequências para o normal desenvolvimento de um movimento sindical, em casos que conte com um número insuficiente de pessoas capazes de desempenhar, adequadamente, as funções de direção sindical.

Defende-se a regulamentação nacional autônoma com princípios e regras mínimas, elaborados de modo consensual pelos próprios representantes (órgãos de cúpula), que viabilize a disputa por atores divergentes com pluralismo de ideias, informações claras sobre a condição do filiado para fins de voto e/ou candidatura disponibilizados pelas entidades com fácil e rápido acesso pelos interessados, duração razoável dos mandatos, dentre outras que o processo de construção dialogal e democrático com os atores pode revelar.

Em uma análise sistemática das decisões postadas na Recopilação, percebe-se a imperatividade da existência de normas autônomas, sem a intervenção do poder estatal, o que inviabiliza a proposição de alteração na CLT ou a criação de normas heterônomas estatais próprias, como proposto por Ruiz na Argentina246.

A proposta do Código Electoral Sindcal para la República Argentina, diverge do objeto defendido neste trabalho por manter a centralidade do Estado na regulamentação de questão essencial da vida representativa sindical. Na obra argentina, fruto de um marco acadêmico que culminou com um projeto de investigação com reconhecimento pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires (UBA), Projeto R08-107 que investigava a viabilidade de um Regime Eleitoral Sindical247, prima-se pela regulação estatal, como se pode notar:

A modo de propuesta, impulsamos en términos electorales sindicales una etapa de promoción de la actividad sindical a partir de cierta regulación estatal que, sin avanzar sobre la autonomia y la libertad sindical, garantice la adecuada resolución de ciertas instancias electorales que son tomadas como paradigmas de una falta de democracia y que, si bien no puede generalizarse tan ligeiramente, pueden

245 OIT, 2006, p. 94.

246 RUIZ, Álvaro Ruiz; GAMBACORTA, Mario Luis. Código Electoral Sindical: consideraciones u

valoraciones para su redacción. Cuidad Autónoma de Buenos Aires: Infojus, 2013. p. 04.

247 RUIZ, Álvaro Ruiz; GAMBACORTA, Mario Luis. Régimen Electoral Sindical: analisis y propuestas. Cuidad

indudablemente incidir en las possibilidades efectivas de participación de los trabajadores.248

No presente escrito objetiva-se utilizar os instrumentos de dominação hegemônica, no caso do Direito, de forma contra-hegemônica, com a elaboração e eficácia normativa partindo de criações pelos interessados. Assim, denominando as normas produzidas como instrumentos de consenso autônomo nacional para as eleições sindicais. Para tanto, atende-se às recomendações da OIT, em especial ao disposto nos verbetes249 nº 395 e 396 da Recopilação/2006.

Verbetes demarcadores de normas que dão amplos poderes a ministros de estado, discricionariamente, para regulamentarem de forma minuciosa os procedimentos eleitorais internos dos sindicatos, a composição e a conclusão da eleição em seus diferentes momentos, a forma do voto, bem como disciplinar como devem funcionar são incompatíveis com os princípios de liberdade sindical, conforme o Verbete nº 395/2006 da Recopilação250.

Ademais, entende a OIT que pode constituir limitação do direito dos sindicatos elegerem livremente seus próprios representantes quando um governo regulamenta estritamente as eleições sindicais, como demarcado pelo Verbete nº 396/2006 da Recopilação251. Ainda, que as autoridades públicas deveriam se abster de toda intervenção que possa obstacularizar o exercício do direito de estabelecer as condições para filiação e elegibilidade para cargos diretivos sindicais, o que deve ser feito pelos estatutos sindicais, nos termos do Verbete nº 405/2006 da Recopilação252.

Algo que já vem sendo construído no Estado do Ceará para a elaboração de documentos e ações de consensos em matérias trabalhistas, estando como marco assinado por todas as Centrais Sindicais no Ceará, a Carta de Fortaleza, firmada no III Congresso Internacional de Direito Sindical, 2014. Demarcado também na formação do FCSEC (Fórum das Centrais Sindicais no Estado do Ceará), em funcionamento desde 2010, composto por todas as Centrais Sindicais com registro no Ministério do Trabalho e Emprego e demais que ainda lutam para o atendimento dos dispositivos da Lei das Centrais, para a obtenção do Registro Sindical, como a Central Sindical e Popular Conlutas.

Quanto a intervenção das autoridades nas eleições sindicais, vista com muita cautela

248 RUIZ; GAMBACORTA, 2013, p. 12. 249 OIT, 2006, p. 88-89.

250 OIT, loc cit. 251 OIT, loc. cit. 252 Ibid., p. 90.

pela OIT, uma vez que se percebe muita litigiosidade interna recorrente nas entidades sindicais. Para tanto, a OIT tem delimitado um quadro que prima pelo bom senso privado e razoabilidade junto aos poderes estatais253, para saneamento de eventuais desarmonias, pacificação ou estabilização dos conflitos na gestão dos sindicatos.

Prima-se pela solução autônoma ou paraheterônoma, com soluções extrajudiciais dos conflitos, mas, em último caso254, a OIT entende ser possível, quando extremamente necessário, a participação direta do Estado para solucionar os problemas internos das entidades sindicais.

O Verbete nº 429/2006 da Recopilação255, ressalta que uma intervenção das autoridades públicas nas eleições sindicais corre o risco de parecer arbitrária e de constituir uma ingerência no funcionamento das organizações de trabalhadores, o que seria incompatível com o artigo terceiro da Convenção nº 87 da OIT. Também, uma ingerência das autoridades e do partido político dirigente em relação a presidência de organização sindical central de um país não se compatibiliza com o princípio de que as organizações sindicais devem ter o direito de eleger seus representantes com plena liberdade (Verbete nº 432/2006 da Recopilação)256.

Reitera-se que o direito dos trabalhadores elegerem livremente seus representantes deveria fazer-se efetivo de acordo com os estatutos das diferentes associações profissionais e

253 444. La destitución por el Gobierno de dirigentes sindicales constituye una grave violación del libre ejercicio

de los derechos sindicales. 445. El nombramiento por el gobierno de personas encargadas de administrar una central sindical nacional, basándose en que dicha medida fue impuesta por la corrupción administrativa en que se encontraban los sindicatos, pareceria incompatible con el respeto de la libertad sindical en una época de normalidade institucional. 446. En un caso en que el gobierno había nombrado un administrador de assuntos sindicales con el fi n de garantizar, en nombre de los sindicatos, las funciones normalmente asumidas por una organización central de trabajadores, el Comité ha estimado que la reestructuración del movimiento sindical debería ser obra de las propias organizaciones sindicales y las funciones del administrador deberían limitarse a coordinar las actividades emprendidas por los sindicatos con miras a dicha reestructuración. Las prerrogativas conferidas a la persona encargada de tal coordinación no deben ser de tal índole que limiten los derechos garantizados por el artículo 3, párrafo 1, del Convenio núm. 87.

254 431. En relación con un conflicto interno en el seno de la organización sindical entre dos direcciones rivales,

el Comité recordó que para garantizar la imparcialidade y la objetividad del procedimiento conviene que el control de las elecciones sindicales corra a cargo de las autoridades judiciales competentes.

441. A fin de evitar el peligro de menoscabar seriamente el derecho de los trabajadores a elegir sus

representantes con plena libertad, las quejas por las que se impugna el resultado de las elecciones, presentadas ante los tribunales del trabajo por una autoridad administrativa, no deberían tener por efecto la suspensión de la validez de dichas elecciones mientras no se conozca el resultado fi nal de la acción judicial.

447. Una legislación que deja amplio margen a las autoridades administrativas para eliminar la junta

directiva de un sindicato si, a juicio suyo, existen «razones graves y debidamente justifi cadas» y que autoriza al gobierno a nombrar juntas directivas, en sustitución de las elegidas, es incompatible con los principios de libertad sindical. Dichas disposiciones no pueden compararse en modo alguno con las que en varios países permiten a los tribunales invalidar una elección por razones específi cas defi nidas en la ley.

255 OIT, 2006, p. 95. 256 OIT, loc cit.

não deveria subordinar-se a convocatória de eleições pela via ministerial estatal, conforme o Verbete nº 430/2006 recopilado257.

Em compasso idêntico, para a OIT (Verbete nº 434/2006 da Recopilação)258 afeta gravemente o princípio de que as organizações sindicais têm o direito de eleger livremente seus representantes em plena liberdade o ato das autoridades públicas intervirem durante o processo eleitoral de um sindicato expressando sua opinião sobre os candidatos e as consequências da eleição.

Contudo, em caso de existir um conflito interno no seio da organização sindical entre direções rivais, o Comitê recomenda que para garantir a imparcialidade e a objetividade do procedimento convêm que o controle das eleições sindicais seja das autoridades competentes, nos termos do Verbete nº 431/2006 da Recopilação259.

Porém, somente cabe ao Poder Público a destituição de dirigentes sindicais com base em disposições precisas dos estatutos sindicais respectivos ou da lei, destacando a OIT que, em regra, se necessárias as destituições, estas devem ocorrer por decisão dos membros dos sindicatos interessados (Verbete nº 435/2006 da Recopilação).

Nos casos em que sejam impugnados os resultados de eleições sindicais, as questões devem ser remetidas as autoridades judiciais, que devem garantir um procedimento imparcial, objetivo e rápido, conforme o Verbete nº 442/20006 recopilado pela OIT260. Em tais situações que questionam a validade de processos eleitorais, à espera do resultado definitivo dos procedimentos judiciais não deve penalizar o funcionamento das organizações sindicais (Verbete nº 443/2006 da Recopilação). Para a OIT os casos que envolvem a índole dos candidatos, também, devem ser examinados pelo Poder Judiciário (Verbete nº 440/2006 da Recopilação).261

Relembrando-se que, se extremamente indispensáveis, o afastamento de dirigentes com nomeação de juntas governativas somente pode ocorrer com base em razões graves e devidamente justificadas (Verbete nº 447/2006 da Recopilação). O que se justifica pela compreensão do Comitê de Liberdade Sindical da OIT de que os poderes públicos devem se abster de toda intervenção que possa limitar o direito das organizações de trabalhadores a eleger livremente seus representantes e organizar sua gestão e sua atividade (Verbete nº

257 OIT, loc cit. 258 Ibid., p. 95. 259 OIT, 2006, p. 95. 260 Ibid., p. 97. 261 OIT, loc cit.

449/2006 da Recopilação)262.

A OIT reconhece que a intervenção no sindicato apenas é admissível se estritamente provisória e tiver por objeto exclusivo permitir a organização de eleições livres, nos termos do Verbete nº 451/2006 e Verbete nº 452/2006 da Recopilação263. E, somente com base na violação de disposições precisas dos estatutos ou da lei, sem apreciação pelo Poder Público da capacidade dos dirigentes para manterem a disciplina sindical (Verbete nº 435/2006 da Recopilação)264.

Outrossim, a OIT tem entendido não viola as liberdades sindicais a existência de disposições legais que prevejam que um funcionário independente das autoridades públicas, tal como um registrador ou cartório próprio para sindicatos, possa tomar medidas se lhe apresentarem uma queixa ou se existirem motivos razoáveis para supor que em uma eleição sindical tenham sido produzidas irregularidades contrárias a lei e aos estatutos da organização interessada, desde que tais medidas possam ser discutidas no Poder Judiciário. Mas, contraria a Convenção nº 87 da OIT a exigência do Poder Público de que somente se consideram válidas as eleições sindicais após aprovadas pelas autoridades governamentais estatais (Verbete nº 439/2006 da Recopilação).

Por fim, conclui o Comitê de Liberdade Sindical da OIT que as prerrogativas conferidas a uma pessoa para promover a regularização de uma organização sindical não devem poder conduzir a uma limitação do direito das associações profissionais redigirem seus estatutos, elegerem seus representantes, organizarem sua administração e formularem seus programas de ação, conforme demarcado no Verbete nº 453 recopilado265.

5.4 Projeto de Lei nº 5.795 de 2016 e o Conselho Nacional de Autorregulação Sindical –