“Não.”
2) é uma criação da divindade?
“Sim, é o princípio elementar de todas as coisas.” nós conhecemos?
“é o seu elemento.” em sua maior simplicidade?
“Para encontrá-lo na sua simplicidade absoluta, seria preciso remontar aos puros Espíritos; no vosso mundo, ele está sempre mais - . mesmo tempo, a fonte da inteligência?
que, neste, ele se encontra numa espécie de estado de condensação “Até certo ponto, como o dizeis, pois dela não possui todas as propriedades; ele é mais ou menos condensado, conforme os mundos.” 8) Como um Espírito pode produzir o movimento de um corpo sólido?
o médium emite, próprio para aquele efeito.”
“Esta resposta ainda não levará ao que desejais. Quando uma - do universal o de que animar esta mesa com uma vida factícia. Estan-
quer colocar em movimento é pesada demais para ele, chama em seu Em razão de sua natureza etérea, o Espírito, propriamente dito, não pode agir sobre a matéria grosseira, sem intermediário, isto é, sem o elo, que o une à matéria; este elo que constitui o que chamais perispí- rito, vos dá a chave de todos os fenômenos espíritas materiais. Creio
Nota: Chamamos a atenção sobre esta primeira frase:
. O Espírito havia compreendido perfeitamente que todas as perguntas precedentes só tinham sido feitas para chegar-se a esta e fez alusão ao nosso ao pensamento, que esperava, com efeito, uma resposta inteiramente diversa,
que as mesas se movam.
a ele? Estarão sob suas ordens?
“Quase sempre, são iguais; frequentemente vêm espon tanea- mente.”
11) Todos os Espíritos são aptos a produzir os fenômenos deste gênero?
“Os Espíritos que produzem esta espécie de efeitos são sem- pre Espíritos inferiores, que ainda não estão inteiramente desprendidos
12) Compreendemos que os Espíritos superiores não se ocupem de estarem mais desmaterializados, teriam o poder de fazê-lo, se o quisessem.
“Eles possuem a força moral, como os outros têm a força fí- sica; quando necessitam desta força, servem-se daqueles que a pos- suem. Já não se vos disse que eles se servem dos Espíritos inferiores, como o fazeis com os carregadores?”
Nota: Já se disse que a densidade do perispírito, se assim se pode dizer,
varia, segundo o estado dos mundos; parece que ela também varia, no mesmo mun- do, de acordo com os indivíduos. Nos Espíritos adiantados, ele é mais
conservem, durante tanto tempo, as ilusões da vida terrestre; eles pensam e agem, como se ainda estivessem vivos; possuem os mesmos desejos e, poder-se-ia dizer, quase a mesma sensualidade. Esta grosseria do perispírito, que lhe dá mais - de com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais aptos às manifestações físicas.
é pela mesma razão que um homem comum, habituado aos trabalhos da inteligên- cia, cujo corpo é franzino e delicado, não pode suspender um fardo pesado, como um carregador. Nele, a matéria é, de certa forma, menos compacta, os órgãos menos
que o corpo é, para o homem, e sua densidade sendo proporcional à inferioridade do
necessários às manifestações, um poder maior do que àqueles cuja natureza é mais etérea. Se um Espírito elevado quer produzir tais efeitos, faz o que fazem, entre nós, as pessoas delicadas: incumbe um
que ele age sobre a matéria inerte. Será isso mesmo?
“Sim; quer dizer, ele anima a matéria com uma espécie de vida factícia; a matéria se anima da vida animal. A mesa que se move sob vossas mãos vive como o animal; ela obedece, por si mesma, ao ser inteligente. Não é este quem a empurra, como o homem faz com um fardo; quando a mesa se eleva, não é o Espírito que a ergue, com a força do braço; é a mesa, animada, que obedece à impulsão dada pelo Espírito.”
14) Qual é o papel do médium neste fenômeno?
- versal, para dar vida à mesa. Porém, observai bem que essa vida é
“Ele pode agir à revelia do médium; quer dizer que muitas
de um médium, tal como o entendeis, nem sempre é necessário, o 16) Animada, a mesa age com inteligência? Ela pensa? “Pensa tanto quanto o bastão com o qual fazeis um sinal inte- ligente, mas a vitalidade de que está animada permite-lhe obedecer
que se move não se torna e que não possui, em si mesma,
pensamento, nem vontade.”
Nota: -
são análoga: dizemos que uma roda que gira com rapidez está de um movimento rápido.
17) Qual é a causa preponderante, na produção desse fenômeno:
necessários.”
18) Qual o papel da vontade do médium neste caso? — a) A ação da vontade é sempre indispensável?
“Ela aumenta a força, mas nem sempre é necessária, visto que o movimento pode efetuar-se contra e apesar desta vontade e aí está uma prova de que há uma causa independente do médium.”
Nota: O contato das mãos nem sempre é necessário, para fazer mover-se
um objeto. Ele o é, o mais frequentemente, para dar o primeiro impulso; porém, uma vez que o objeto esteja animado, pode obedecer à vontade, sem contato ma- terial; isto depende, seja do poder do médium, seja da natureza dos Espíritos. Um primeiro contato nem sempre é indispensável; temos a prova disto, nos movimentos e deslocamentos espontâneos, que ninguém imaginou provocar.
19) Por que nem todo mundo pode produzir o mesmo efeito e por que nem todos os médiuns têm o mesmo poder?
“Isto depende da organização e da maior ou menor facilidade - pírito do médium simpatiza, mais ou menos, com os Espíritos estra- esta força o que se dá com a dos magnetizadores, que não é a mesma para todos. Sob este aspecto, há pessoas que são inteiramente refra- tárias; outras, nas quais a combinação só se efetua por um esforço tão facilmente, que nem mesmo o percebem e, inconscientemente, servem de instrumento, como já o dissemos.” (Ver adiante o cap. das Manifestações Espontâneas.)
Nota:
mas, não, como geralmente o entendem; a prova é que há magnetizadores muito poderosos que não conseguiriam fazer uma mesinha se mover, enquanto pessoas que não podem magnetizar, crianças mesmo, a quem basta colocar os dedos sobre
uma mesa pesada, para fazê-la agitar-se; portanto, se o poder medianímico não é proporcional ao poder magnético, é que há uma outra causa.
20) As pessoas ditas elétricas podem ser consideradas médiuns? produção do fenômeno e podem agir sem o concurso de Espíritos estranhos. Não são, portanto, médiuns, no sentido atribuído a esta palavra; mas, pode acontecer, também, que um Espírito as assista e aproveite suas disposições naturais.”
Nota: Aconteceria com essas pessoas o que se dá com sonâmbulos, que
podem agir com ou sem o concurso de um Espírito estranho. (Ver, no cap. dos Médiuns, o artigo relativo aos médiuns sonâmbulos.)
21) O Espírito que age sobre os corpos sólidos, para movê-los, está na própria substância dos corpos, ou fora dessa substância?
“As duas coisas; já dissemos que a matéria não representa um obstáculo para os Espíritos; penetram em tudo; uma porção do peris-
22) Como o Espírito faz para bater? Serve-se de um objeto material?
“Não, assim como não se serve de seus braços, para levantar a mesa. Sabeis muito bem que ele não possui martelo algum à sua dis- sua vontade, para mover ou bater. Quando ele move um objeto, a luz vos dá a visão dos movimentos; quando bate, o ar vos traz o som.”
23) Concebemos isto, quando ele bate num corpo duro; mas, como pode fazer que se ouçam ruídos, ou sons articulados, no vazio do ar? “Visto que ele age sobre a matéria, pode agir sobre o ar, tanto quanto sobre a mesa. Quanto aos sons articulados, ele pode imitá-los, como todos os outros ruídos.”
24) Dizeis que o Espírito não se serve de suas mãos para mo- ver a mesa; entretanto, em algumas manifestações visuais, vimos aparecerem mãos cujos dedos passeavam por um teclado, agitavam as teclas e produziam sons. Não poderia parecer que, neste caso, o movimento das teclas fosse produzido pela pressão dos dedos? Esta
pressão não será, também, direta e real, quando se faz sentir em nós “Só podeis compreender a natureza dos Espíritos e sua ma- neira de agir, através de comparações que delas vos dão apenas uma ideia incompleta e constitui um equívoco, querer sempre assimilar seus procedimentos aos vossos. Esses procedimentos têm de cor-
- uma vida factícia? Pois bem! Quando o Espírito coloca os dedos sobre as teclas, ele realmente os coloca e até as movimenta; porém, não é através da força muscular que ele pressiona a tecla; ele anima a tecla, como anima a mesa, e a tecla, que obedece à sua vontade, move-se e toca a corda do piano. Acontece mesmo, neste caso, algo tão pouco adiantados e tão materializados, comparativamente aos Espíritos elevados, que ainda conservam as ilusões da vida terrestre e acreditam agir como quando possuíam seu corpo; não percebem a verdadeira causa dos efeitos que produzem, assim como um cam- ponês não compreende a teoria dos sons que articula. Perguntai-lhes como tocam piano e vos dirão que batem nas teclas com seus dedos, porque acreditam que realmente o fazem; o efeito se produz instinti- vamente neles, sem que saibam como e, todavia, isto se dá pela vontade
Nota:
os efeitos que nós mesmos produzimos, mas, através de meios apropriados à sua
são necessários para agir; assim como o gesto substitui, para o mudo, a palavra que lhe falta.
25) Entre os fenômenos citados como provas da ação de uma potência oculta, há alguns que são evidentemente contrários a todas as “é que o homem está longe de conhecer todas as leis da Natu- reza; se as conhecesse todas, seria Espírito superior. Cada dia, entre- tanto, oferece um desmentido àqueles que, acreditando saber tudo, pretendem impor limites à Natureza e, nem por isso, se conservam
menos orgulhosos. Ao desvendar, incessantemente, novos mistérios,
chegará um dia em que .
movimento capaz de vencer a força da gravidade? A bala de canhão, lançada ao ar, não se sobrepõe, momentaneamente, a essa força? Pobres homens, que vos considerais muito sábios e cuja tola vaidade é, a cada instante, confundida; sabei, portanto, que ainda sois muito pequeninos.”
75. -
reside o princípio da vida, é o agente principal das manifestações e este agente recebe sua impulsão do Espírito, seja este encarnado, ou - rio semimaterial do Espírito. No estado de encarnado, o perispírito está unido à matéria do corpo; no estado de erraticidade, ele está livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito encontra-se mais ou menos ligada, mais ou menos aderente, se as-
propriamente falando, o que constitui os médiuns de efeitos físicos. - te, sua combinação, mais ou menos fácil, consequentemente, os mé- diuns, mais ou menos poderosos. Essa emissão não é permanente, o