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Art. 1º - Passa a denominar-se RODOVIA DONA LÚCIA AGUIAR VIANA a

BA - 142 que interliga os municípios de Barra da Estiva/Ibicoara/Mucugê/Andaraí e Barra da Estiva/Ituaçu/Tanhaçu.

Art. 2º - Este Projeto de Lei entra em vigor na data da sua publicação. Sala das Sessões, 08 de dezembro de 2020.

Deputado Adolfo Menezes

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Agora, iniciaremos a discussão do Projeto de Lei nº 23.995/2020, que estima a receita e fixa a despesa do estado para o exercício financeiro de 2021.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Hilton Coelho.

O Sr. HILTON COELHO: O.k., Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Pronto, estamos escutando.

O Sr. HILTON COELHO: Nós dispomos de quanto tempo, Sr. Presidente?

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): V. Ex.a tem 20 minutos.

O Sr. HILTON COELHO: O.k. Bom, a primeira coisa que precisa ficar

evidenciada, Sr. Presidente e demais deputados e deputadas, é que nós temos uma Lei Orçamentária Anual que, do ponto de vista do montante do exercício de 2021, não tem diferença em relação ao de 2020. Nós tivemos em 2020 o montante de R$ 49 bilhões e 281 milhões, e a previsão para 2021 é de R$ 49 bilhões e 303 milhões. Existe, inclusive, um pequeno acréscimo, mas apesar disso, as despesas fixas com pessoal e encargos sociais foram reduzidas, o que significa que não teremos nenhuma possibilidade, tanto de reajustes salariais nas diversas categorias, como também, praticamente, há o impedimento da realização de concursos públicos.

Quero frisar aqui que nós temos as categorias dos serviços públicos com cerca de 6 anos de congelamento em seus salários. Então, isso para nós é muito ruim e, ao mesmo tempo, há uma deficiência muito grande do quadro de pessoal. Além disso, Sr.

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Presidente, temos o corte em áreas sociais muito importantes, especialmente relacionadas à situação da criança e do adolescente em nosso estado.

Então, temos a redução do orçamento do Fundo Estadual de Assistência Social e do orçamento do Fundo Estadual de Atendimento à Criança e ao Adolescente. O Fundo Estadual de Assistência Social é responsável por diversas ações, como a proteção à população de rua e a complementação da renda de famílias que são consideradas em situação de vulnerabilidade social. Os centros especializados também estão relacionados ao Fundo Estadual de Assistência Social. Enfim, temos uma redução nominal de mais de R$ 1 bilhão, obviamente considerando que esses R$ 49 bilhões não são os mesmos do ano de 2020, porque nós temos o problema da correção inflacionária.

Temos também a redução orçamentária da Fundação da Criança e do Adolescente, a Fundac, em cerca de R$ 8 milhões; a redução do orçamento da nossa Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, a nossa SEI, que é tão estratégica; a redução do orçamento da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia, o Hemoba, em cerca de R$ 2 milhões; a redução do orçamento de assessoria da gestão da Secult, a Secretaria de Cultura, em cerca de R$ 5 milhões. O planejamento de gestão da Secretaria de Meio Ambiente também tem uma queda de cerca de R$ 2 milhões.

Bom, essas são as reduções que nós percebemos na comparação da LOA de 2020 com a LOA de 2021. Por outro lado, além disso, nós fizemos um conjunto de emendas orçamentárias, além das impositivas, e que não foram contempladas.

Nós destacaremos a questão das creches universitárias: a creche universitária para as mães estudantes, professores e técnicos da Uneb e da Uesb; a reforma e ampliação da creche da Universidade Estadual de Feira de Santana, a nossa Uefs; a construção da creche da Uesc, que também foi proposta nossa. Ainda na área da educação, a ampliação dos recursos destinados às matrículas de jovens e adultos e à construção de residência estudantil universitária, no sentido de responder a essa problemática dos gastos com aluguel da nossa juventude, que precisa, portanto, de residências estudantis universitárias.

Do ponto de vista da cultura, priorizamos a questão das bibliotecas públicas e comunitárias. Fizemos também a indicação de emendas, projetos de emendas orçamentárias relacionados à proteção animal, relacionados à questão da assistência social, no fortalecimento e apoio financeiro ao funcionamento dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social, os Creas. Além de apoio financeiro ao funcionamento dos Centros de Referência de Assistência Social, os Cras.

Do ponto de vista da saúde, nossa indicação, nossos projetos de emenda orçamentária priorizaram questões como o aparelhamento do Creasi, o Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso. O espaço se configura não apenas como espaço de formação dos profissionais da atenção primária em conteúdos relacionados à saúde da população idosa, mas também de ampliação dos cuidados e do escopo de ações dos diversos municípios do estado.

Nada disso foi contemplado, Sr. Presidente, e demais deputados, sob o argumento de que não existiria indicação de fonte orçamentária. Ora, Sr. Presidente, essas emendas não passaram pela Comissão de Constituição e Justiça, a nosso ver, ao

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arrepio da legislação do estado, porque as indicações de onde seriam transferidos, relocados os recursos foram feitas nas nossas emendas. Então, evita-se o debate no Plenário e evita-se um posicionamento do Plenário em relação a essa redefinição de prioridades do Orçamento.

Hoje, a meu ver, temos uma situação escandalosa, tanto no nosso estado como também no município, que é um gasto absurdo com publicidade, que, na verdade, é propaganda do governo. Eu nunca vi uma situação desse tipo, com o governo fazendo publicidade de obras que foram feitas há 3 anos. Isso não é publicização das obras do governo, isso significa, na verdade, uma propaganda de fortalecimento da referência do governador e do seu campo político.

Então, para nós, essa é uma situação vergonhosa que está, por exemplo, espalhada por toda a cidade de Salvador. Como eu disse, a prefeitura também repete esse modelo, de fazer propaganda da sua referência política, e não a publicização das obras que são feitas pelo poder municipal, justamente relacionado a esse tipo de propaganda que nós indicamos a redefinição dos recursos que serviriam para áreas que, ao nosso ver, são de maneira muito evidente prioritárias em relação à aplicação dos recursos públicos do governo estadual, do nosso Executivo.

Mas tudo isso foi barrado na Comissão de Constituição e Justiça sob essa alegação. Nós queríamos, então, marcar aqui o nosso protesto em relação a isso. Nós queríamos ver votada aqui neste Plenário. Nós queríamos ter a oportunidade de convencer os deputados e as deputadas de que precisaríamos fazer uma inversão de prioridades e essa possibilidade nos foi negada.

Por isso, estamos fazendo a nossa argumentação aqui de que a Lei Orçamentária Anual precisa ser discutida democraticamente com a sociedade civil organizada. Nós precisamos discutir com os movimentos sociais. É um poderoso instrumento, se bem utilizado, para a democratização dos investimentos por parte, especialmente, do Executivo, mas que é definido dessa forma ultracentralizada ao arrepio do interesse público, ao nosso ver.

É em função disso que o nosso voto, o voto do Partido Socialismo e Liberdade, do Partido Comunista Brasileiro e do Unidade Popular será um voto contrário a esse teor.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Carlos Geilson, das Feiras de Santana.

O Sr. CARLOS GEILSON: Como é que vai, presidente? Tudo bem?

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Graças a Deus, na paz. Como está aí? Está em Feira ou em Salvador?

O Sr. CARLOS GEILSON: Estou em Feira de Santana.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Muito bem! Abraço a todo o povo dessa querida terra.

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O Sr. CARLOS GEILSON: Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas,

aqueles que nos assistem pelo Canal TV Assembleia, eu ouvi atentamente a fala do deputado Hilton Coelho. Ele pontuou diversos problemas no Orçamento para 2021. Vários pontos abordados, ele alega que estão em dissonância com a carência, com as necessidades da população do estado da Bahia.

Quero parabenizar o deputado que pontuou muito bem, item por item, essa questão das creches, das nossas universidades. Quando o senhor falava da nossa querida Uefs, eu fiquei, assim, muito orgulhoso, porque é uma instituição muito forte a Universidade Estadual de Feira de Santana e, ao longo dos anos, não tem recebido do governo do estado o carinho devido e necessário. De modo que ressalto aqui a importância desse pronunciamento do deputado Hilton Coelho.

Vamos aguardar os outros pronunciamentos e as outras falas, mas falas como essa do deputado Hilton Coelho enriquecem perfeitamente o debate.

Queridos deputados e deputadas, eu ouvi mais cedo, acompanhei o pronunciamento do deputado Prisco, Soldado Prisco. Ele traz aqui uma situação em que dois policiais militares foram assassinados na Bahia nesse final de semana. Um deles, meu caro Prisco, foi assassinado em Feira de Santana.

Nós tivemos um final de semana extremamente violento na Princesa do Sertão. Chocante, um absurdo o que nós vimos, sentimos e divulgamos através do nosso programa de rádio.

Um policial foi morto de forma covarde! Covarde! Os caras invadiram uma área comercial onde estava o policial, no sofá, foi assaltado, baleado no sofá mesmo e os meliantes, os vagabundos saíram do ambiente, depois um deles resolveu voltar e deu mais cinco tiros no policial. Foi realmente absurdo. O vídeo viralizou nas redes sociais com essa violência.

Mas o final de semana em Feira não ficou apenas com a morte desse policial. Para que vocês tenham noção do banho de sangue em Feira de Santana, nesse final de semana foram 14 homicídios. Eu disse 14 homicídios. Em dois autos de resistência, no enfrentamento com a polícia, bandidos se deram mal. Dezesseis mortes nesse final de semana. Além do mais, nós tivemos mais de 15 tentativas de homicídio.

Senhores e senhoras, nós tivemos um final de semana para ser esquecido, um verdadeiro banho de sangue! Feira de Santana viveu o “feiraoeste”! A Secretaria de Segurança Pública precisa dar uma resposta imediata para a sociedade baiana e especialmente para a sociedade feirense. O que está acontecendo? O que aconteceu? A polícia trabalhou demais com os levantamentos cadavéricos! Famílias e mais famílias enlutadas nesse final de semana em Feira de Santana!

Então, quero dizer, meu caro Soldado Prisco, quando faz uma abordagem na qual o policial assassinado não tem a mesma divulgação, não tem o mesmo apelo de mídia que tem quando a polícia enfrenta um marginal e o mata, a imprensa não dá a mesma repercussão. Nós não podemos generalizar! Hoje, em nosso programa de rádio, aqui em Feira de Santana, abordamos essa questão. Voltaremos a abordar amanhã, em nosso programa, porque a mídia, eu não sei por que, eu não entendo isso. Há uma presunção, há uma perseguição justamente com as ações policiais. Vocês querem saber a importância da polícia? Quando a polícia cruza os braços, é um Deus nos acuda.

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Nós precisamos valorizar, enaltecer o trabalho da polícia. Se a polícia mata o bandido no enfrentamento, ora, a polícia não está executando, não é grupo de extermínio, mas é o enfrentamento que é imperioso: ou morre o policial, ou morre o bandido! E que escolha você faz? É uma situação em que é uma, ou é outra! O enfrentamento é necessário em muitos casos e a sociedade precisa tomar ciência de que há um verdadeiro apego de setores da mídia em defesa da marginalidade. Até hoje eu não entendi, não compreendo e não sei por que cargas d’água isso acontece.

Mas foram 14 homicídios, com mais dois autos de resistência, 16 mortes em Feira de Santana, no final de semana, sem contar as tentativas de homicídios. Então, tivemos um banho de sangue. Aqui, prestar a minha solidariedade à família do policial assassinado de forma bruta, cruel e covarde, como também do outro policial militar e prestar a minha solidariedade aos policiais militares de todo estado da Bahia que passaram um final de semana muito triste.

Mas, senhores e senhoras, e a vacinação conta o coronavírus? Este não é o momento de disputa ideológica. Aqueles que são contra, pelo amor de Deus, não impeçam que o país seja vacinado. Não tentem impedir que os governos estaduais exerçam a sua função de proteger a população. Não queira o governo federal impedir que municípios e municípios adquiram a vacina para imunizar a sua população. Seja de onde for, venha de onde vier. Se a vacina vem da China, da Rússia, de Cuba, do Reino Unido, dos Estados Unidos, o importante é que ela chegue.

O que nós não podemos é ficar de braços cruzados, vendo e assistindo milhares de brasileiros perdendo as suas vidas! Fez-se muita propaganda desses medicamentos, e eu quero dizer que eu, que fui acometido no mês de julho passado pelo coronavírus, tomei todos esses medicamentos. A ivermectina, eu tomava de forma preventiva. A cada semana eu tomava uma dose, até excessiva, da ivermectina. Depois que contraí ainda continuei tomando. Não funcionou no meu organismo. Não posso aqui, diante dos colegas e daqueles que nos assistem pelo Canal Assembleia, dizer que a ivermectina não presta, mas no meu organismo teve resultado zero.

Tomei a hidroxicloroquina, sete comprimidos, e de nada adiantou. Nada adiantou, não é? Mas não posso dizer... Que base eu tenho, legal e científica, para dizer que não serve? Eu estou dando o meu testemunho. Eu tomei azitromicina. Também não funcionou no meu organismo. Todas essas medicações, tão cantadas em prosa e verso por aqueles que defendem esses medicamentos, nada funcionou! Eles não funcionaram em meu organismo.

Quero dizer aqui aos senhores e às senhoras, é minha responsabilidade dizer que eu não estou afirmando que os medicamentos não servem, não prestam, mas eu os estava tomando como se estivesse tomando água. No 14º dia foi preciso ser levado para o Hospital da Bahia, onde fiquei internado, onde beijei a lona, fiquei por 6 dias, baixei na UTI, na semi-UTI, onde recebi outros medicamentos, anticoagulantes, antibiótico, corticóide, foi aí que realmente consegui vencer o coronavírus.

Quero prestar a minha solidariedade a milhares de famílias, especialmente baianas, que sofrem e vêm sofrendo com essa pandemia e falar da irresponsabilidade de alguns que insistem no negacionismo, que insistem em combater a vacina. Ora, gente, o que é que nós temos para o enfrentamento? Tem gente que fica com essa coisa:

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“Eu vou tomar vacina, que é isso, que é aquilo.” As pessoas comem em vários locais, no meio da rua, tomam remédio por conta própria, se automedicam. Se há uma população no mundo que mais se automedique do que a brasileira, eu duvido. “Ah, mas não vou tomar a vacina.” Mas não vai tomar por quê? O presidente é contra, por que diz que não vai se vacinar? Não vai tomar por quê? “Ah, mas pode desenvolver alguma reação alérgica.” E qual a vacina que não tem essa condição de ter reação alérgica?

Então, está na hora de deixarmos essa questão de lado, esse negacionismo e investirmos na vacinação. Eu quero voltar a minha vida normal, caramba! Chega! Esta sessão de que eu participo, agora, de forma virtual, não me dá o prazer de estar no Plenário da Casa discutindo diante dos meus pares, por exemplo, a aprovação do Orçamento do estado. Não me dá o mesmo prazer, mas exerço o meu papel enquanto parlamentar de estar aqui, de forma virtual, colocando as minhas ideias e debatendo essas questões pelo tempo regimental que me é dado e que me é oferecido em base pelo Regimento pelo querido presidente Nelson Leal.

Eu sou a favor de que a Assembleia volte às ações presenciais, mas entendo perfeitamente que, neste momento, quando há aumento de casos e que ainda não temos uma vacina – e, se temos, não começou ainda a ser aplicada –, que os cuidados sejam redobrados. Porque foi triste ler que algumas cidades do estado da Bahia já não têm mais leitos, tanto na rede pública quanto privada, de UTI. Então, Sr. Presidente, aqui fica a minha observação, aqui fica o meu pedido para que os governos se entendam e comecem a vacinar a população. Obviamente, de imediato, as pessoas que trabalham com a população, como os profissionais de saúde; os grupos de risco; os policiais; professores e aí o governo vai fazer uma escala para chegar até o final do ano vacinando toda a população.

Mas, Sr. Presidente, imagine que, com o advento da pandemia, nós teremos um prejuízo astronômico. Neste momento, em outras eras, em tempos pretéritos, nós estaríamos discutindo as questões do Carnaval. Os artistas com os seus ensaios, os turistas colocando Salvador na rota do turismo, da alegria, colocando Salvador como a capital da folia. E o que é que a gente vê hoje? O prefeito Bruno Reis tendo que não realizar o Carnaval, um prejuízo astronômico para a indústria carnavalesca, para os artistas que perdem uma oportunidade ímpar de aparecerem com os seus produtos, já que eles estão também, ao longo desse período, sem amealhar, sem fazer shows. Veja que a situação é complicada. E não teremos também, pelo andar da carruagem, o São João.

Então, observamos e observemos que nós teremos prejuízos absurdos para a classe artística, que já vem padecendo há algum tempo. Notadamente, os artistas de menor espaço na mídia, porque os artistas famosos, não é que eles não estejam sofrendo, mas estão bem, graças a Deus, ricos, afortunados. Esses sofrem, mas muito menos do que o cantor de barzinho, o grupo de forró, a banda do bairro, da periferia que estava ensaiando para o Carnaval, para apresentar o seu trabalho, sonhando com a possibilidade de colocar uma música no mercado e ela fazer sucesso, o prejuízo é enorme para essa comunidade. O governo federal tem tido ações, através da Lei Aldir Blanc, mas muito longe e distante de poder fazer frente a este momento tão difícil e tão

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complicado para os artistas no Brasil. Sr. Presidente, quero, aqui, prestar minha solidariedade a esses profissionais e a esses artistas.

Também, no final da minha fala, dizer que o mandato do querido amigo, presidente Nelson Leal, está chegando ao final. E, para mim, não foi surpresa o amigo fazer a gestão que está fazendo. Convivemos durante 8 anos, no Plenário da Assembleia Legislativa, e Nelson sempre foi um deputado muito cortês, um deputado dado ao diálogo e ao bom trânsito com todos os colegas. Só lamento ter ficado de fora desse período de sua gestão, meu querido presidente, por não ter tido a oportunidade de desfrutar de um espaço maior, de conviver na Casa com um presidente tão plural, tão aberto ao diálogo e tão, ao mesmo tempo, parceiro da Minoria, mas sem tirar o foco de ser um governista.

É isto que o próximo presidente da Casa precisa saber: que mesmo sendo um deputado governista, ele é um deputado, ele faz parte do grupo de 63 parlamentares. Que nós estejamos, eu diria, inspirados na escolha do futuro presidente. Quer dizer, o seu exemplo tem que servir de rota, de bússola para aquele que vai governar, que vai comandar a Casa pelos próximos 2 anos. Um deputado que seja duro quando tem que ser, mas saiba ser amigo, parceiro e entender as dificuldades da Casa e especialmente do seu colega de parlamento.

Então, meu caro presidente Nelson Leal, eu sei que V. Ex.a merece todas

as loas, todos os elogios, mas é necessário que façamos essa observação: que o próximo presidente da Casa saiba ouvir, não seja um tirano, não seja um ditador e, sendo governista, que vista a camisa de governista, mas, ao sentar na cadeira de presidente, seja ele o magistrado, seja aquele que vai tomar a sua decisão baseado no Regimento da Casa, na Constituição do estado, que não queira nos atropelar no enfrentamento porque somos minoria e queira passar um trator, passar um rodo, como se diz, na Minoria. A democracia está aí e precisa ser exercitada na sua plenitude e V. Ex.ª fez e faz muito bem. Sei que o próximo presidente terá extrema dificuldade em substituí-lo não só pelo seu equilíbrio, mas pela forma cordata como lida com as questões da Casa. Então, Sr. Presidente, concluo a minha fala dizendo que torço fervorosamente para que o próximo presidente mesmo governista, não o seja na cadeira de presidente; na cadeira de presidente, seja um novo Nelson Leal.

Obrigado, Sr. Presidente, e aguardo a orientação do meu líder Sandro Régis para me posicionar sobre os projetos em tela na tarde de hoje, mas, como a gente defende na bancada, o que é bom para a população tem o nosso crivo e o nosso apoio.

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