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SESSÕES DO PLENÁRIO. 41ª Sessão Extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 11 de janeiro de Sessão realizada por meio virtual.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

SESSÕES DO PLENÁRIO

41ª Sessão Extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 11 de janeiro de 2021. Sessão realizada por meio virtual.

PRESIDENTE: DEPUTADO NELSON LEAL

À hora marcada, 15 horas, na lista de presença, verificou-se o comparecimento dos senhores Deputados: Aderbal Fulco Caldas, Adolfo Menezes, Alan Castro, Alan Sanches, Alex da Piatã, Alex Lima, Angelo Almeida, Antônio Henrique Júnior, Bira Corôa, Bobô, Capitão Alden, Carlos Geilson, Carlos Ubaldino, David Rios, Diego Coronel, Eduardo Alencar, Eduardo Salles, Euclides Fernandes, Fabíola Mansur, Fabrício Falcão, Fátima Nunes Lula, Hilton Coelho, Ivana Bastos, Jacó Lula da Silva, Josafá Marinho, José de Arimateia, Júnior Muniz, Jurailton Santos, Jurandy Oliveira, Jusmari Oliveira, Kátia Oliveira, Laerte do Vando, Luciano Simões Filho, Marcelinho Veiga, Marcelino Galo Lula, Maria del Carmen Lula, Marquinho Viana, Mirela Macedo, Nelson Leal, Neusa Lula Cadore, Niltinho, Olivia Santana, Osni Cardoso Lula da Silva, Pastor Isidório Filho, Paulo Câmara, Paulo Rangel Lula da Silva, Pedro Tavares, Roberto Carlos, Robinson Almeida Lula, Rosemberg Lula Pinto, Samuel Junior, Sandro Régis, Soldado Prisco, Tiago Correia, Tom Araújo, Tum, Vitor Bonfim, Zé Raimundo Lula e Zó. (59)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão extraordinária com o objetivo de apreciar o Projeto de Lei nº 4.053/2020, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo Garantidor do Aporte da Ponte, FGAP, e dá outras providências; e o Projeto de Lei nº 23.995/2020, também de autoria do Poder Executivo, que estima a receita e fixa a despesa do estado para o exercício de 2021.

Não há Expediente a ser anunciado.

Não há manifestação de oradores no Pequeno Expediente. Grande Expediente. Não há orador inscrito.

GRANDE EXPEDIENTE

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Horário das Representações Partidárias. Com a palavra o nobre líder... Com a palavra o nobre representante do PSOL, deputado Hilton Coelho, para falar ou indicar orador pelo tempo de 2 minutos.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Antes de passar a palavra ao deputado Hilton, nós temos, também, um requerimento assinado por 21 Srs. Deputados.

(Lê)“Os deputados infrafirmados, com base no que dispõe no Inciso II, do artigo

92 do Regimento Interno, requerem a convocação de Sessão Extraordinária a ser iniciada dois minutos após o encerramento desta, com o objetivo de apreciar o Requerimento de Prioridade nº 9.699/2021, para o Projeto de Lei...” (Pausa)

Mas já votamos a prioridade do Orçamento, nós já votamos prioridade do Orçamento. (Pausa) Isso já foi votado aqui. Estou com o requerimento aqui apresentado. Mas nós já votamos a prioridade do Orçamento. Aí, não tem necessidade, porque já foi votado.

(Lê) “(...) Projeto de Lei nº 24.053/2020 e o Projeto de Lei nº 23.995/2020.” E, também, aqui, nós temos uma dispensa das formalidades.

(Lê) “Os Líderes dos Blocos da Maioria e da Minoria Parlamentar, com assento

nesta Casa vêm, de forma regimental, requerer de V. Ex.ª, dispensa de todas as formalidades regimentais, para que seja apreciado de logo o Projeto de Lei nº 24.034/2020, de autoria do Deputado Adolfo Menezes, que dá à Rodovia BA-142, que interliga os municípios de Barra da Estiva/Ibicoara/Mucugê/Andaraí e Barra da Estiva/Ituaçu/ Tanhaçu a denominação RODOVIA DONA LÚCIA AGUIAR VIANA.”

Na hora em que entrarmos na Ordem do Dia, vou solicitar aos deputados que a gente possa inverter as votações e votar, em primeiro momento, a homenagem à mãe do deputado Marquinho Viana.

Eu vou mandar fazer, aqui, uma verificação a respeito da prioridade. Eu acho que nós já votamos a prioridade, mas, de qualquer forma, eu vou fazer a consulta. Caso, obviamente, isso venha a ocorrer, a gente deixa prejudicado. Caso contrário, já está convocada também a prioridade.

Com a palavra o nobre deputado Hilton Coelho pelo tempo de 2 minutos.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o nobre deputado Hilton Coelho pelo tempo de 2 minutos.

O Sr. HILTON COELHO: O.k.

Boa tarde, Sr. Presidente e demais deputadas e deputados.

Quero, aqui, Sr. Presidente, utilizar o nosso breve tempo nesta tribuna para fazer referência a uma situação que esta Assembleia vem acompanhando, que é a situação na cidade de Santo Antônio de Jesus, da comunidade Nova Canaã, uma comunidade sem-teto, que ocupou um terreno que supostamente é de propriedade da Coelba.

Essa ocupação, só de acompanhamento da ALBA, nós temos quase 3 anos que acompanhamos esse conflito. E, de lá para cá, foram várias as ameaças de possibilidade de reintegração de posse, portanto, de expulsão das famílias e negação do seu direito básico, como é garantido na Constituição, o direito básico à moradia.

O último momento em que a Assembleia, representada pela Comissão de Direitos Humanos, teve contato com essa situação foi no final, agora, de 2020, o período natalino, em que a empresa foi à Justiça, e tentou impor, mais uma vez, a reintegração de posse. E nós conseguimos fazer com que a decisão da Justiça fosse protelada até meados, agora, de janeiro.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Então, mais uma vez, a situação se aproxima de um momento tenso que é essa possibilidade da execução da reintegração de posse. E, amanhã, nós teremos, então, o encontro das lideranças da comunidade com o prefeito Genival, PSDB, eleito, no último processo, agora em 2020, prefeito da cidade de Santo Antônio de Jesus.

Quero registrar, aqui, Sr. Presidente, que nós estamos com todas as expectativas, porque foi promessa de campanha do prefeito Genival a possibilidade de fazer uma negociação com a permuta de terrenos e, enfim, pôr um basta à agonia dessa comunidade. São dezenas de famílias que não conseguem dormir sossegadas com a possibilidade de terem todo o seu investimento jogado terra abaixo, literalmente, por caminhões que venham a pôr abaixo suas casas.

Então, amanhã, tem essa negociação prevista com o prefeito Genival. E nós estamos com todas as expectativas de que essa situação que está nas mãos, hoje, do poder público municipal resolver, tenha, de fato, um desfecho amanhã.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Para concluir, deputado Hilton.

O Sr. HILTON COELHO: Só para concluir, Sr. Presidente.

Nós temos a possibilidade de resolver isso do ponto de vista municipal e, também, do ponto de vista estadual com a perspectiva de definição da área como uma área de interesse do poder público.

Então eu quero concluir e já solicitar a nossa inscrição para o ponto sobre a questão do Fundo Garantidor da Ponte Salvador-Itaparica. Viu, Sr. Presidente. Nós estamos fora do espaço da ALBA. A gente, sempre, faz aquela inscrição, não é?

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): V. Ex.ª já está inscrito.

O Sr. HILTON COELHO: Nós temos muita saudade.

Eu queria fazer, desde já, a nossa inscrição. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o nobre líder do Governo e da Maioria ou o líder do PT para falar ou indicar orador pelo tempo de 12 minutos.

O Sr. Rosemberg Lula Pinto: Sr. Presidente, Srs. Deputados, em primeiro lugar, boa tarde.

Presidente, na realidade, primeiro, só para esclarecer essa questão do requerimento. Tanto na minha opinião quanto na de vossa opinião, todas as vezes em que nós conversamos, nós tínhamos entendido que havia requerimento de prioridade votado lá atrás, mas alguém me disse que não e tal. Então, na dúvida, apenas para validar o que nós já tínhamos conversado, é que eu coloquei esse requerimento exatamente nesse espírito. Entendeu? Porque eu sei que V. Ex.a já tinha contado os

prazos, exatamente, nessa condição de prioridade.

Sr. Presidente, nós vamos fazer o mesmo encaminhamento das outras vezes. Eu vou deixar o último tempo reservado para um representante da Base do Governo.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Porque eu tenho, aqui, uma solicitação, deputado Rosemberg, do deputado Angelo pelo tempo do PSB, repetindo, eu tenho a do deputado Angelo Almeida que está, aqui, pelo PSB.

Deputado Rosemberg, como é que eu faço? Deixo por último? (Pausa) Atenção, som, aí, para o deputado Rosemberg. (Pausa) Abre aí. Está aberto. O Sr. Rosemberg Lula Pinto: Sr. Presidente, sem nenhum problema. Inclusive, estou com uma dívida com o deputado Angelo, que tinha sido inscrito. Eu combinei com ele que ele falaria na sessão seguinte. Então, não vejo nenhum problema de ser o deputado Angelo já com a inscrição definida.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): No último horário? (Pausa) Fechado.

Então, só vou voltar a palavra a V. Ex.a no último tempo do PT; nos outros, já

estão automaticamente sem orador.

Concedo a palavra ao nobre líder da Minoria ou Bloco Parlamentar PSDB/Republicanos para falar ou indicar orador pelo tempo de 10 minutos.

O Sr. Sandro Régis: Sr. Presidente...

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Pois não, deputado Sandro Régis.

O Sr. Sandro Régis: (...) falará por todo o tempo o deputado Soldado Prisco. O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Soldado Prisco pelo tempo de 10 minutos.

(Interferência na conexão.)

Deputado Sandro, o deputado Prisco está com instabilidade, aí, na internet, pois ele está entrando e está oscilando. V. Ex.a quer indicar outro deputado?

O Sr. Sandro Régis: Sim. Falarão o deputado Carlos Geilson por 5 minutos; e o deputado...

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): E quem? O Sr. Sandro Régis: Um minuto, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Espere aí que o deputado Prisco... deputado Prisco já voltou. Então, abra o som para o deputado Prisco.

Deputado Prisco, V. Ex.a tem 10 minutos. Às 15h13min, V. Ex.ª começa.

(Interferência na conexão.)

Deputado Prisco, V. Ex.a... Cadê o som? Som para o deputado Prisco. Ernâni está

cassando a palavra sua, deputado Prisco! É o Ernâni. Deputado Prisco, cadê o Ernâni, o perseguidor?

O Sr. SOLDADO PRISCO: Rapaz, não sabia que Ernâni estava com essa

maldade comigo, não.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Pois é.

O Sr. SOLDADO PRISCO: É um absurdo!

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Para conseguir esse horário seu foi difícil. Ernâni está aí lhe bloqueando, viu, Prisco?

O Sr. SOLDADO PRISCO: Oh, Ernâni, é só por que eu sou soldado, é? Se

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Sr. Presidente, demais membros desta Casa, eu quero falar sobre dois fatos que aconteceram nesse final de semana na Bahia, porque não vi nenhuma nota da imprensa, malmente um site a colocou. Tenho certeza de que se fosse o contrário, a realidade seria outra, totalmente diferente. Nós tivemos dois policiais militares brutalmente assassinados nesse final de semana na Bahia, crime assim extremamente covarde como aconteceu...

(Interferência na conexão.)

Pronto, voltei, Sr. Presidente. Desculpe aí, porque entrou uma ligação.

Quero falar sobre um fato muito covarde que aconteceu na Bahia nesse final de semana, em que dois policiais militares foram assassinados de forma brutal e covarde. Dois marginais, três marginais, na verdade, na cidade de Feira de Santana, adentraram à casa, onde estava o policial militar. No áudio da câmera que grava, é muito bem claro e audível para ouvir quando os marginais falam: “É policial? Mata ele, mata ele”. Eram dois marginais negros que mataram um policial branco.

Se fossem os policiais brancos que tivessem, ali, no confronto, matado um marginal negro, mesmo assim, eu não tenho dúvida nenhuma da repercussão que estaria.

Mas eu não vi nem a imprensa dar repercussão a esse fato tão covarde.

Os marginais não só levaram a arma do policial e o celular, mataram ele, atiraram nele naquele momento. Quando eles já estavam saindo da casa, voltaram para terminar a execução covarde e deram mais seis tiros. O policial levou dez tiros! Policial militar do estado de Pernambuco, mas é baiano, morador da Bahia, que teve ali a sua casa invadida e morreu de forma covarde e brutal.

Deixo a minha nota de repúdio a toda a imprensa da Bahia que nada falou, que nada fez. Não vi nenhum órgão de direitos humanos também falar sobre isso. Não vi nenhuma ONG, nenhum movimento falar nada sobre isso também. Então, deixo a minha nota de repúdio.

Até quando essa inversão de valores vai acontecer na Bahia? Até quando os policiais serão tratados como marginais e os marginais serão tratados como heróis? Essa inversão de valores tem que acabar, não pode ficar dessa forma.

Na cidade de Amargosa, quer dizer, na verdade, o crime aconteceu na cidade de Brejões. Era mais um policial militar que trabalhou na região de Santo Antônio de Jesus, Amargosa. Sargento Gonzalez, um herói, foi assassinado brutalmente; seu corpo encontrado às margens de uma BR, às margens de uma BA. No dia de ontem, isso aconteceu. Dois policiais assassinados! E você, malmente, vê uma nota no rodapé de um site. Ninguém falou sobre esse caso, policiais exemplares, pais de família exemplares e nada!

Até quando a violência na Bahia vai imperar desse jeito?

Volto a falar. Não é trocar peças, é necessário, inclusive, neste momento, trocar peças, já que o modelo da Secretaria da Segurança Pública do governo do estado não demonstrou eficácia nenhuma no combate ao crime.

Mas não basta só fazer isso! Tem de olhar para o homem que está fazendo a ponta, tem de tratar aquele homem que faz a ponta, aquele herói que faz a ponta de

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

forma diferenciada, tem de valorizar o seu salário, fazer o que a gente já pediu, aqui, ao governador do estado várias vezes, que é conceder a isenção para a compra de armas e material bélico dos policiais.

É o imposto mais caro do Brasil! É conceder isenção só para essa categoria de trabalhador, não é para todos os baianos, é só para a categoria de trabalhador que utiliza isso como instrumento de trabalho. Não sei por que não vamos colocar isso aqui. O gasto será zero praticamente para o governo. E o policial vai ter o armamento para que ele possa trabalhar, porque nem isso o estado fornece condições. Hoje, a marginalidade está muito mais bem armada do que o próprio policial militar.

Nós temos, aí, a questão do Código de Ética.

Tive, hoje, uma reunião com o líder do Governo, deputado Rosemberg. Coloquei para ele a importância de esse projeto ser aprovado da forma como foi discutido, lá, em 2013, 2014. Um avanço histórico para a nossa categoria! E o governo dele, foi inclusive iniciativa do governo àquela época. Não sei por que o próprio governo quer mudar essa realidade.

Então, peço, aqui, ao governo pensar em nossa categoria, pois ela não tem insalubridade e periculosidade: a única categoria de trabalhador que não tem isso na Bahia. As promoções, todas elas estão atrasadas! Não sei por quê.

Assim, espero que o governador olhe a segurança pública com outros olhos, olhe a segurança pública com seriedade e, realmente, mude a nossa realidade.

Infelizmente, isso não tem acontecido. Até quando baianos e baianas vão estar chorando pela violência, pelo sangue derramado do povo baiano, dos policiais militares, de seus heróis, sejam eles policiais militares, policiais civis?

Peço ao novo secretário, inclusive, que assumiu agora, que ele dê um pulo, lá, na sede do Draco, na sede do DHPP, para ver a condição em que se encontra aquela delegacia. É um verdadeiro absurdo que está acontecendo lá: não tem elevador, não tem condições nenhumas. São 2 anos e meio sem elevador. Pode ser até uma coisa simples. Mas se trata de um prédio de cinco andares para os policiais que carregam peso, sobem e descem.

É importante que o secretário saia da sede da secretaria. Eu sei que ele está com Covid. Inclusive, peço a Deus que ele melhore o mais rápido possível e vá andar nas unidades para ver as condições, ver as condições de trabalho desses heróis que estão trabalhando.

Esta é a minha fala, meu presidente, meu presidente.

Deixo, aqui, o meu registro e o meu repúdio contra as mortes desses dois policiais militares que aconteceram neste final de semana.

Para complementar meu tempo, Sr. Presidente, peço 1 minuto de silêncio desta Casa, mesmo sendo virtual, em homenagem a esses dois heróis que morreram, pois eles foram assassinados de forma brutal nesse final de semana.

Deixo, aqui, as minhas condolências e a minha solidariedade a todas as famílias baianas que perderam dois excelentes profissionais.

Peço a V. Ex.a completar o meu tempo com 1 minuto de silêncio em homenagem

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): V. Ex.a será atendido.

Marcarei 1 minuto do tempo restante do pronunciamento de V. Ex.ª. (Faz-se 1 minuto de silêncio.)

(Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Concedo a palavra ao nobre líder da Minoria ou Bloco Parlamentar Patriota/PSL/PSC para falar ou indicar orador pelo tempo de 10 minutos.

Deputado Sandro Régis.

O Sr. Sandro Régis: Pois não, Sr. Presidente, um minutinho só. (Pausa) Não há orador, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Não há orador.

Com a palavra o nobre líder da Minoria do Bloco Parlamentar DEM-MDB para falar ou indicar o orador pelo tempo de 11 minutos.

Deputado Sandro Régis.

O Sr. Sandro Régis: Falará o deputado Tiago Correia.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Tiago Correia por até 11 minutos.

Antes, porém, deputado Carlos Ubaldino. Deputado Carlos Ubaldino, V. Ex.ª está fazendo a inscrição... deputado Carlos Ubaldino, abra o microfone, por favor. Esta inscrição de V. Ex.a é para... é no tempo do partido ou V. Ex.a vai discutir o projeto?

O Sr. Carlos Ubaldino: No tempo do partido, meu presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): É porque, no tempo do PSD, o deputado Rosemberg disse que não teria orador. Como é que... Só se V. Ex.ª falasse por 5 minutos na hora da discussão.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Tiago Correia por 11 minutos. Deputado Tiago Correia já está com o microfone aberto.

O Sr. TIAGO CORREIA: Bom dia, Sr. Presidente, bom dia, nobres colegas,

servidores dessa Casa, pessoas que nos acompanham pela TV Assembleia e outros meios de comunicação.

Sr. Presidente, nós vemos que hoje temos, na Ordem do Dia, dois projetos importantes para o nosso estado. Um projeto é o Orçamento do ano de 2021, ano esse em que nós já nos encontramos e que ainda não foi aprovado. E é uma peça, um instrumento muito importante para a gestão do nosso estado.

O outro projeto é a criação do Fundo Garantidor da Ponte Salvador-Itaparica. Projeto esse que é mais um dos passos dados na ideia e no sentido da construção desse projeto maior que é a Ponte Salvador-Itaparica. Nós sabemos que serão diversos passos. Esse é mais um importante passo quando a PPP exige esse Fundo Garantidor que, inclusive, suscita diversas dúvidas quanto à sua formalização, à maneira como o governo o apresentou, de forma açodada, apresentando, de última hora, uma peça que, talvez, seja fundamental para a conclusão desse importante projeto.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

A Oposição precisa se posicionar em relação ao projeto maior que é a Ponte Salvador-Itaparica que vem sendo debatida, principalmente pela imprensa, há muito tempo, mas nós não estamos vendo o governo se mobilizar para conversar com os setores da sociedade, com os setores envolvidos, com as pessoas que serão impactadas por essa obra não só no município de Salvador, onde, após concluída, essa ponte irá receber milhares de carros, diariamente, impactando o seu trânsito, impactando a sua mobilidade, impactando o urbanismo.

Então é um projeto que vai além da ponte, é um projeto que precisa tratar todo o entorno, não só Salvador, como as cidades do Litoral Norte, que, inclusive, terão um acesso muito mais fácil pelas cidades, os moradores das cidades da Costa do Dendê, mas também é preciso dialogar com as pessoas da Ilha de Itaparica e de todo o Baixo Sul, Costa do Dendê, as cidades que serão impactadas, tendo em vista que também será duplicada a rodovia 001, pelo menos um trecho dela, para que esses veículos consigam chegar até à ponte.

E nós sabemos que isso impacta a vida de milhares de pessoas. E aqui estamos falando apenas de questões urbanísticas. E, aí, nós temos de discutir também os impactos sociais que uma obra dessa magnitude trará ao nosso estado, os impactos ambientais que uma obra dessa magnitude trará não só para a Baía de Todos-os-Santos, mas também, como eu falei, para todos esses municípios envolvidos. Como é que, inclusive, a concessão da BR-324, que hoje vai de mal a pior, a concessionária não consegue entregar o que foi prometido no acordo, imaginem quando esses veículos deixarem de transitar pela BR-324, o impacto que vai ter na arrecadação, nos pedágios.

Então, são muitas coisas e muitos assuntos que devem ser observados: muitas pessoas que serão impactadas; o ambiente que será impactado; o meio ambiente; quais medidas serão tomadas; quais medidas serão tomadas para que esses impactos sejam minimizados, tanto nas populações que vão viver no entorno dessa grandiosa obra, mas também das populações que serão impactadas após a entrega da obra.

Então, nós acreditamos que esse debate deva acontecer de maneira mais frequente, nós não vemos o governo preocupado em debater com a sociedade, debater com os institutos. Enfim, com as diversas ONGs do meio ambiente que já vêm se posicionando e começam agora, a cada passo que é dado no sentido da concretização dessa obra, procurar os deputados, questionar. E, muitas vezes, nós não temos respostas a dar, justamente, porque não houve esse debate, não houve debate na Casa, não houve debate com a sociedade.

Enfim, é um debate que precisa ser colocado em pauta, é preciso construir uma agenda de debates, de audiências públicas, chamar todos os envolvidos, ver as pessoas que podem contribuir. Enfim, o Instituto de Arquitetos que também vem se manifestando. Convocar urbanistas.

Como falei, é um projeto muito impactante e as pessoas estão resumindo ele apenas à ponte que vai ligar Salvador-Itaparica e esquecendo de todo contexto. Esquecendo tudo que vai ser diretamente afetado após a construção dessa ponte. Esquecendo, principalmente, o acontecer da ponte durante a obra: os diversos impactos, principalmente ambientais que vão ser causados e sociais também em todas essas comunidades do entorno dessa grandiosa obra.

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Então, nós vimos aqui, mais uma vez, em nome da Oposição, solicitar do governo que crie essa agenda de debates. Solicitar, inclusive, ao líder Rosemberg que se empenhe para desenhar essa agenda, entendendo os diversos atores que precisam ser envolvidos e cada qual nos seus segmentos. Por isso que a gente acredita que esse debate, realmente, o quanto mais acontecer mais será produtivo.

Os municípios que estarão envolvidos. O município de Salvador precisa sentar à mesa com o governo do estado e entender de que forma esses veículos vão transitar pelos municípios: se eles vão ter acesso aos municípios; se vai ser uma via expressa que vai levá-los até outra rodovia; de que maneira isso vai impactar no dia a dia dos habitantes de Salvador; de que maneira isso vai impactar no dia a dia dos habitantes, principalmente dos municípios da Ilha de Itaparica, Vera Cruz, que vão sofrer imensamente com o trânsito de veículos diário. Além do desenvolvimento, que a gente espera, também pode trazer muitos problemas. Pode trazer violência. Pode trazer, inclusive, uma favelização de toda aquela região da Ilha de Itaparica – e não é isso que nós queremos.

Então, nós achamos que o governo vem pecando nessa comunicação, nessa interlocução com a sociedade. Queremos provocar aqui que isso aconteça o quanto antes. Nós vemos os passos sendo tomados, muitas vezes de maneira acelerada. Mas muito tempo já se passou e pouco se discutiu, Sr. Presidente.

Então, é esse o apelo que venho fazer ao governo do estado, ao líder Rosemberg, a todos os envolvidos nesse projeto que, com certeza, colocará Salvador e a Bahia em outro patamar de desenvolvimento.

E, aqui, mais uma vez, quero dizer que nós não somos contra o projeto. Mas a forma como ele está sendo gerido, com certeza, tem deixado a desejar. A sociedade já começa a se mobilizar, já começa a nos buscar pedindo respostas, pedindo esclarecimentos. E nós não temos, realmente, muito por falta de conhecimento. Conhecimento esse que não foi desenvolvido ainda, justamente, pela ausência desses debates, Sr. Presidente.

Então, esse é o posicionamento. É um apelo que eu faço ao governo do estado e um apelo que eu faço ao líder Rosemberg para tentarem intermediar junto aos atores envolvidos para que esse debate aconteça o quanto antes. Como eu já falei, envolvendo todos os atores que podem ser impactados pela construção da Ponte Salvador-Itaparica.

É isso que eu trago hoje, Sr. Presidente. Muito obrigado. (Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Angelo Almeida pelo tempo de 12 minutos.

O Sr. ANGELO ALMEIDA: Sr. Presidente, queridos colegas meus colegas e

minhas colegas desta Casa, eu quero aqui usar a palavra neste momento, primeiro, para saudar e celebrar o retorno às nossas sessões da nossa querida companheira, amiga, a deputada Fabíola.

Estou aqui apreciando-a, depois de ter atravessado as dificuldades que ela atravessou na superação da Covid-19. Dizer, Fabíola, que você voltou na moda,

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cabelinho um pouquinho branco, está linda, como sempre. Agradecer a Deus pelo seu retorno, e dizer da felicidade como seu companheiro de partido. O PSB sentiu sua falta, acredito que todos nós aqui na Casa, porque você é uma pessoa muito querida.

Portanto, saudando o seu retorno e a sua presença, no vigor da sua força, porque você é uma mulher de força, é uma mulher que representa muito bem a força das mulheres baianas, das políticas e das não políticas, daquelas que estão também ali sempre precisando que alguém, nesta Casa, faça a retaguarda na defesa das mulheres. E você, junto com a presidente, nossa presidente Lídice da Mata, é uma delas, faz sempre a defesa intransigente das mulheres.

Saudando a sua presença, saudando todos os colegas e as nossas colegas, quero aproveitar esta oportunidade para dizer que, na manhã de hoje, nós tivemos a satisfação de poder instalar a Comissão Especial para Avaliação dos Impactos da Pandemia da Covid-19, no estado da Bahia, com uma sessão mista, presidida pelo nosso querido decano aqui da Casa, deputado Carlos Ubaldino, a quem também quero saudar e agradecer por ter presidido a sessão que fez a instalação da referida comissão, e também com as presenças dos deputados Vitor Bonfim, Pedro Tavares, Paulo Câmara e do deputado Pastor Isidório Filho. Acreditamos que, infelizmente, ela seja necessária, porque, por mais que estejamos todos esperançosos de que a vacina chegue ao nosso território, mais de 45 países já estão vacinando a população. Percebemos que estamos um pouco atrás, e me parece que, embora exista luz no fim do túnel, ele é um pouco longo. E nós não sabemos ainda sequer o tamanho dele, não temos essa capacidade.

E nos intriga ver, por exemplo, que a primeira-ministra alemã, a chanceler Angela Merkel, nesta semana, alertou o mundo − e olha que penso que ela tem uma posição privilegiada de informações −, ela fez um alerta ao mundo que, embora tenhamos a vacina já sendo distribuída e aplicada em alguns países desenvolvidos, nós temos ainda muito a caminhar, ainda muita coisa está para acontecer.

Nós, que somos de um país subdesenvolvido, abaixo da Linha do Equador, precisamos ter muito cuidado. Lembro também que, no mês de dezembro, o principal assessor da área sanitária do governo dos Estados Unidos, um cientista, médico do Hospital John Hopkins, que atua há quase 50 anos prestando assessoria sanitária ao governo americano, cita que ainda estamos no processo ainda inicial no sentido de termos tranquilidade quanto a essa pandemia. Segundo ele, palavras dele, muita coisa ainda está para acontecer.

Eu penso que essa comissão que foi criada vem com a responsabilidade de trazer para esta Casa esse debate e ver de que forma nós podemos mitigar por soluções... Que não sejam soluções, mas que pelo menos a gente possa atravessar esses tempos duros que ainda teremos com relação à pandemia dialogando com a nossa comunidade, com o povo da Bahia e também com a participação da Assembleia Legislativa do Estado. Creio que essa tarefa é uma tarefa em que vou contar com a contribuição dos colegas que vão participar.

Informar que, ainda na sessão, tivemos a possibilidade de compartilhar com os membros que estiveram presentes que foi apresentado o nome deste deputado, Angelo Almeida, como presidente da comissão e, por maioria, foi aclamado presidente eleito

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Angelo Almeida. E o deputado Paulo Câmara, a quem também eu quero agradecer, e todos que estiveram presentes.

Nós apresentamos um projeto de resolução que dispõe sobre a concessão da Comenda Dois de Julho a uma baiana, aquela que foi responsável pelo sequenciamento genético do novo coronavírus, a baiana Dr.a Jaqueline Goes de Jesus. Vai então essa

informação de que assinaram conjuntamente conosco todos os membros presentes da comissão instalada hoje.

Portanto, presidente, estamos aqui acompanhando, mais uma vez, esta sessão extraordinária. Todos nós ansiosos para que a Ponte Salvador-Itaparica seja uma realidade, até porque nós que caminhamos pelo interior da Bahia sempre ficamos naquela dúvida e sempre as pessoas perguntam, o povo baiano me parece que todo ele, toda a comunidade está ansiosa para saber se a Ponte Salvador-Itaparica realmente vai sair. Embora muita gente tenha até desconfiado desse projeto grandioso para a Bahia, que nasceu inclusive no governo Jaques Wagner e foi muito bem conduzido pelo governador Rui Costa, sobretudo com o apoio do vice-governador João Leão, atual secretário de desenvolvimento econômico.

Portanto é uma obra grandiosa para Bahia, para o povo da Bahia, que vai gerar muito emprego, muita renda, mas vai gerar sobretudo o desenvolvimento. Desenvolvimento mais democrático para o povo da Bahia a partir do momento que abre novas frentes, fluxo de tráfego de automóvel, de gente indo e vindo para a capital do estado, aqui para Salvador.

São essas as minhas palavras, Sr. Presidente. Estou aqui concluindo, dando um beijo grande em nossa querida companheira Fabíola Mansur. Seja bem-vinda, minha querida.

(Não foi revisto pelo orador.)

ORDEM DO DIA O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Ordem do Dia. Pela ordem o deputado Alan Sanches

O Sr. Alan Sanches: Escuta-me bem, Presidente?

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Escuto muito bem, deputado Alan.

O Sr. Alan Sanches: Nós estávamos aqui conversando – eu e os deputados da Oposição –, e eu queria que V. Ex.ª solicitasse o quorum, verificasse o quorum para a continuidade desta sessão.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Pode ficar tranquilo que eu farei a verificação de quorum.

Eu quero aproveitar, também, para dar as boas-vindas ao retorno da nossa querida deputada Fabíola Mansur. Um beijo, deputada. Nós estávamos morrendo de saudades. Estamos muito felizes. Eu sei que V. Ex.ª passou por momentos difíceis,

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mas, guerreira que é, vencedora que é, conseguiu superar essa doença que mudou tanto a realidade das nossas vidas, não é?

Nós estamos aqui hoje numa sessão virtual – todos nós de máscara. Há 1 ano, praticamente, a humanidade vive este momento extremamente complicado, difícil. E mesmo com a vacinação em massa que se inicia, nós ainda teremos que passar muitos meses, talvez até anos, nesse novo normal.

Eu fico muito feliz em receber V. Ex.ª de volta, uma amiga do coração, uma pessoa que eu aprendi a gostar, a respeitar. Tenho uma admiração muito grande, você sabe que você mora no meu coração, no coração de Danda. A gente tem um carinho muito grande por você. Então, um beijo!

Abra o som aí da deputada, para ela mandar um beijo para a gente. Deputada Fabíola, um beijo em seu coração.

A Sr.ª Dra. Fabíola Mansur: Bem gente, eu o quero agradecer, Nelson, agradecer a Angelo por esses carinhosos beijos, abraços virtuais. Saudar todo mundo que está mandando mensagens e dizer que eu tive muita saudade de vocês. Não pude estar presente antes nas sessões, porque tive muitas complicações. Mas, graças a Deus, a gente superou. Deus sabe de todas as coisas. Quão importantes foram as mensagens carinhosas que recebi de vocês, de você, Nelson, de todos, de Ivana, de todas as pessoas que estavam… de Maria del Carmen, todas as pessoas… de tantos outros que estavam na torcida. E como é bom voltar! Como é bom a gente voltar à normalidade! A normalidade que não é ainda a que a gente deseja, sem a vacina. Mas a normalidade dos trabalhos, desse ambiente que eu construí, que recebi orações e preces. Considero vocês minha família.

Eu ainda me emociono e não tinha aberto o microfone, meu querido presidente, porque ainda é… ainda é emoção de alegria. Mas eu quero dizer que a força que vocês me deram foi fundamental para estar aqui de volta. Graças a Deus, eu superei e virei a página desse pesadelo. Depois, com calma, vou contar todos os detalhes.

Que Deus abençoe essa Casa! Que Deus abençoe vocês, meus amigos, e que a gente possa seguir com energia e com as bençãos de Deus para continuar cuidando do povo baiano.

Obrigada, Nelson, meu presidente, meu amigo. Obrigado pela força e pelo carinho. Obrigado, deputado Marquinho Viana, que foi uma pessoa que acompanhou todo o meu internamento, praticamente. Enfim, eu quero agradecer a vocês. Não vou me estender muito porque ainda me emociono vendo vocês e retornando pela primeira vez depois de 60 dias do início dos sintomas. A guerreirinha está meio combalida ainda, mas creio que já vai estar na ativa com a força de vocês e desse retorno para seguir defendendo os interesses da Bahia.

Um beijo no coração seu, Nelson. Um beijo no coração de todos vocês e obrigada. Minha palavra é só gratidão por todo mundo que torceu pela minha recuperação e que foi fundamental saber o quanto sou querida para ter força para vencer essa terrível doença, que vocês não têm noção, que pode afetar todas as pessoas, independente de idade, independente de comorbidade.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Eu tenho 58 anos, não tenho nenhuma doença associada, nenhuma comorbidade. Quero pedir que a gente… como a gente está fazendo aqui: que a gente cuide da gente, da nossa família e cuide das pessoas, orientando, torcendo para que essa vacina chegue.

Parabéns a Angelo, por criar essa comissão para avaliar os efeitos da pandemia, a nosso governador, que vem envidando esforços para acelerar esse processo de vacinação e à Assembleia Legislativa, que vem trabalhando e trabalhou incessantemente para mitigar os efeitos dessa terrível doença.

Um beijo no coração de vocês, gente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Um beijo, Fabiola. Te amamos!

Abra todos os microfones, por favor. Ernâni. Vamos iniciar a nossa verificação de quorum, lembrando que nós vamos marcar os 15 minutos. Então são 15h47min e poderemos ficar até às 16h2min.

Aderbal Fulco Caldas.

O Sr. Aderbal Fulco Caldas: Presente, deputado.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Adolfo Menezes. O Sr. Adolfo Menezes: Presente, presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Alan Castro. O Sr. Alan Castro: Presente, presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Alan Sanches. Presente, porque foi ele que pediu a verificação de quorum.

Deputado Alex da Piatã (Pausa); deputado Alex Lima (Pausa); deputado Angelo Almeida.

O Sr. Angelo Almeida: Presente, presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Antonio Henrique Jr. O Sr. Antonio Henrique Jr.: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Bira Corôa. O Sr. Bira Corôa: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Bobô. O Sr. Bobô: Presente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Capitão Alden (Pausa); deputado Carlos Geilson (Pausa); deputado Carlos Ubaldino.

O Sr. Carlos Ubaldino: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Dal (Pausa); deputado David Rios (Pausa); deputado Diego Coronel.

O Sr. Diego Coronel: Presente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Eduardo Alencar. O Sr. Eduardo Alencar: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Eduardo Salles… Eduardo Salles. O Sr. Eduardo Salles: Presente, presidente. Presente, presidente.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Euclides Fernandes... Euclides Fernandes.

Deputado Euclides Fernandes está sem som. Deputado Euclides, tente abrir o seu microfone.

Está aberto.

O Sr. Euclides Fernandes: Presente, Sr. Presidente, Nelson Leal.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputada Fabíola Mansur... Fabíola Mansur. Passe a palavra à deputada Fabíola.

Deputada Fabíola Mansur.

A Sr.ª Dra. Fabíola Mansur: Presente, Sr. Presidente. Graças a Deus. O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Graças a Deus.

Deputado Fabrício Falcão.

O Sr. Fabrício Falcão: Presente Sr. Presidente. Presente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputada Fátima Nunes Lula... deputada Fátima Nunes Lula, deputado Hilton Coelho.

O Sr. Hilton Coelho: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputada Ivana Bastos. A Sr.ª Ivana Bastos: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Jacó Lula da Silva. O Sr. Jacó Lula da Silva: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Josafá Marinho... deputado Josafá Marinho, deputado José de Arimateia, deputado Júnior Muniz... deputado Júnior Muniz, deputado Jurailton, deputado Jurandy Oliveira.

O Sr. Jurandy Oliveira: Presente, presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputada Jusmari Oliveira. A Sr.ª Jusmari Oliveira: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputada Kátia Oliveira, deputado Laerte do Vando...

Deputado Aderbal, o seu microfone está aberto. Fechem o microfone do deputado Aderbal.

Deputado Laerte do Vando, deputado Luciano Simões Filho, deputado Marcelino Galo.

O Sr. Marcelino Galo Lula: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Marcelinho Veiga. O Sr. Marcelinho Veiga: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputada Maria del Carmen Lula. A Sr.ª Maria del Carmen Lula: Presente, Sr. Presidente.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Alan.

Já temos 23 Srs. Deputados. Então, já há número legal para a continuidade da presente sessão.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal) Com a palavra o primeiro orador inscrito, deputado Hilton Coelho, pelo tempo de até 20 minutos.

Deputado Hilton.

O Sr. Hilton Coelho: Presente, Sr. Presidente

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal) Pronto, está aí V. Ex.ª.

O Sr. HILTON COELHO: Sr. Presidente, todos que estiveram presentes à

reunião conjunta das comissões que iniciou o debate sobre a questão do fundo tiveram acesso às nossas posições no início da semana passada. E, me parece, chamou a atenção da sociedade baiana um artigo que foi num caminho bastante parecido. Foi um artigo publicado pelo professor Paulo Ormindo, um arquiteto, professor titular da UFBA, que dispensa apresentações pelo significado que tem do ponto de vista das formulações relacionadas à questão do urbanismo na cidade de Salvador, especialmente. É uma pessoa de referência nacional e internacional também.

E esse artigo, que foi publicado ontem, tem, Sr. Presidente, o seguinte título: “O

panorama visto da ponte”.

É um paralelo que ele faz entre a situação de uma peça ambientada em Nova Iorque na década de 50, se não me engano, e a relação entre Salvador e a Ilha de Itaparica, os interesses de Salvador e de setores econômicos de Salvador e a Ilha de Itaparica.

Ele faz uma observação que vai no seguinte trajeto:

(Lê) “A nossa Paquetá,...” – fazendo uma referência, obviamente, à ilha carioca – “...patrimônio cultural e ambiental baiano, das crônicas de João Ubaldo Ribeiro e da poesia de Myriam Fraga, não se coaduna com a Salvador da especulação imobiliária.” E continua: “A ponte já foi contratada pelo leão baiano com o dragão chinês.”

Ele fala desse acordo feito por essa personalidade política baiana, com os interesses do governo e de grupos econômicos chineses.

E, a partir daí, ele vai fazer considerações que, segundo ele, não devem servir como um choro sobre o leite derramado, devem servir para nós entendermos o que vai ser esse processo, complexo, difícil e que precisa ser compreendido pela sociedade para que seja enfrentado, que as suas contradições sejam enfrentadas, com o pouco debate que nós fizemos aqui, na comissão. Nós falamos da complexidade do projeto, das consequências que teríamos, no mesmo caminho das argumentações do professor Paulo Ormindo, que ele levanta com a perspectiva de estarmos alerta e prosseguir o debate sobre a questão da ponte Salvador-Itaparica, suas consequências e o enfrentamento delas.

O primeiro argumento apresentado nesse artigo foi “a perda da atratividade da ilha com a sua transformação em grande terminal rodoviário e porto seco de Salvador. Vera Cruz vai rivalizar com São Cristóvão, com as suas oficinas, armazéns e favelas.” A ideia é a de que a região de Itaparica vai servir como um grande porto seco, um estacionamento de caminhões, com oficinas e, portanto, com um processo de degradação e favelização muito grande.

O segundo componente sobre o qual ele alerta é “o possível esvaziamento das atividades econômicas do oeste da Baía de Todos-os-Santos...”

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Ele fala das cidades de Nazaré, Valença, por exemplo, Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana e do Recôncavo histórico. Ele observa que essas cidades... essa região só tende a perder, a se esvaziar, o dinamismo que, hoje, ela tem tende a ser tragado pelo magnetismo de Salvador.

Num diálogo que tivemos antes desse artigo ele nos disse que serviços que antes eram realizados nessas cidades passarão a ter Salvador como uma grande competidora. Serviços de saúde, de educação. Enfim, um conjunto de dinâmicas da prestação de serviço tenderá a ser tragado pela cidade de Salvador – que já está absolutamente congestionada, que não consegue responder a essas demandas, mantendo minimamente a salubridade da vida urbana do nosso município –, causando, portanto, o enfraquecimento paralelo desses outros municípios.

O afundamento da multicentenária navegação na Baía de Todos-os-Santos. Ou seja, é óbvio, a ponte vai criar a noção de que a navegação vai se tornar algo secundário na Baía de Todos-os-Santos. O que seria a grande alternativa para que nós tivéssemos, de fato, um transporte ainda acessível, transporte mais barato para a população, seria algo que aproveitasse essa baía, que é um grande patrimônio de toda a região do Recôncavo baiano, um grande patrimônio da Bahia.

Ele fala também da inversão do tráfego de carga na BR-324. Ou seja, nós vamos ter uma inversão de fluxo. Ele diz que enquanto São Paulo e Rio de Janeiro criam anéis e arcos rodoviários para fazer com que as cidades não sejam invadidas por carros e, principalmente, por caminhões, nós vamos fazer a opção de induzir um verdadeiro atropelo da cidade de Salvador por esses automóveis pequenos e de grande porte sem discutir o significado da gravidade dessa situação.

O estrangulamento da entrada da Baía de Todos-os-Santos. É sabido que teremos que ter um esquema móvel de abertura para a passagem de navios, o que vai fazer com que a nossa baía fique completamente subutilizada. Por quê? Vai ser uma abertura estreita, não se vai ter a passagem de várias embarcações ao mesmo tempo, seja porque a passagem de embarcações de grande porte vai nos exigir também uma quantidade muito expressiva para que a Baía de Todos-os-Santos continue sendo a alternativa que é.

E ele fala também da inviabilização das plataformas de petróleo em São Roque. E, por fim, também o processo de endividamento.

Nós queremos, aqui, mais uma vez, Sr. Presidente, demais deputados e deputadas, considerar que o Orçamento do nosso estado já está sendo atrofiado, especialmente no campo das políticas sociais do governo, com essa ponte.

Nós tivemos aqui uma revisão do PPA que nada mais foi do que uma adequação do PPA à perspectiva de responder às necessidades do financiamento dessa chamada Ponte Salvador-Itaparica.

Nós já tivemos a redução das metas no campo da educação, no campo da defesa do meio ambiente, no campo do enfrentamento à violência contra a mulher, no campo da saúde e da assistência social. Essas áreas foram significativamente afetadas do ponto de vista das suas metas já na revisão do PPA.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

E mais do que isso, a revisão do PPA prevê no art. 16 que nós deveremos atender ao disposto nessa lei, portanto, fica o Executivo autorizado a adaptar instrumentos de planejamento financeiro e orçamentário nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e 46, todos da Lei Federal no 4.320, de 17 de março de 1964; a abrir crédito adicional ao orçamento

corrente; bem como reabri-lo pelo seu saldo para o exercício seguinte, relacionado, com certeza, à perspectiva de maior investimento em obras relacionadas à infraestrutura que, obviamente, são relacionadas a essa demanda da Ponte Salvador-Itaparica.

Então, nós já começamos a ter uma redução de metas para o nosso estado nessas áreas.

E, obviamente, o estado começa também a se condicionar porque além da tarifa que vai ser cobrada aos baianos e às baianas por essa travessia, uma tarifa elevadíssima…

O professor Ormindo chega, inclusive, a observar que as pequenas lanchas que fazem o transporte Salvador-Mar Grande terão que permanecer, porque a população de Itaparica não terá nenhuma condição de fazer essa passagem pela ponte dado o valor de mais de R$ 40 para fazer essa travessia.

Mas, além disso, além do valor extremamente volumoso da tarifa, nós vamos ter também que fazer uma complementação do pedágio para a rentabilidade dos chineses. Certo?

Então, nós já subsidiamos a arena da Odebrecht, o metrô da CCR e um conjunto de outras iniciativas que estão aí no campo das parcerias público-privadas. Nós já comprometemos quase R$ 1 bilhão anualmente com essas parcerias público-privadas e vamos assumir isso mais uma vez também por décadas. O projeto prevê cerca de 35 anos de complementação da rentabilidade dos chineses caso o pedágio não consiga se encarregar de garantir o lucro dos grupos econômicos chineses aqui, na nossa Bahia.

Portanto é um projeto que, para o professor Paulo Ormindo, não cumprirá o papel de maneira satisfatória, visto que cumprir esse papel de maneira satisfatória seria aproveitar, principalmente, a Baía de Todos-os-Santos e, através da construção de pequenas pontes, se garantir também um tráfego pelo continente. Seria viável e a baixo custo. Além das possibilidades que existem, também, da criação de um porto. E, aí, ele levanta essa possibilidade a ser discutida do porto em Salinas das Margaridas.

Além de não ser uma alternativa, os malefícios para a Bahia, não apenas para a cidade de Salvador, mas para toda uma região, são, a nosso ver, também...

(Interferência na conexão.)

Por fim, Sr. Presidente, quero dizer que esse objetivo de exportação de grãos e minérios para a nossa Bahia – apesar de se ter estabelecido uma dinâmica econômica de busca de dólares para a economia do Brasil e da Bahia através desse caminho – não é o melhor caminho para a afirmação da soberania nacional. O principal para a gente seria o processamento dessa produção primária, seja de grãos, seja de minérios, no próprio país.

Ele continua servindo a um trajeto que é um trajeto colonialista de transferência de riqueza para fora, na medida em que essa matéria-prima, seja grão, seja minério, vai

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

ser transferida para outros países, e esses países processam e nos vendem como produtos industrializados, com uma diferença no montante do seu valor cerca de 120 vezes maior.

E nós precisaríamos estar discutindo como é essa produção e o fortalecimento, também, da agricultura familiar, da agrofloresta, que é uma forma de plantar, de gerar trabalho com distribuição de renda e riqueza e com perspectiva de preservação do nosso meio ambiente. Como isso poderia funcionar para uma economia que, de fato, viesse a se contrapor a essa lógica da Bahia ser a 6ª economia e o 24º estado em condições sociais de vida.

Todo esse debate não está sendo feito. Nesse sentido, o nosso voto – quero anunciar e que fique já marcado aqui, para não termos nenhuma confusão no momento do voto –, o voto do PSOL será contrário a esse projeto.

E, ao lado disso, nós traremos a discussão, continuaremos os debates sobre a questão da ponte. Entendendo, obviamente, que o que estamos discutindo aqui é o chamado Fundo Garantidor, a garantia que o governo... uma espécie de colchonete, porque não é nem um colchão, é um colchonete que o governo está fazendo para dar garantias a esse projeto.

E aí está entrando a venda do Odorico Tavares, entra a venda do Parque de Exposições, a venda do nosso Cesat… o centro de estudos e vigilância que está relacionado à segurança e à saúde do trabalhador da Bahia, que por décadas vem sendo uma referência de trabalho nesse campo, pode ser completamente desestruturado. Tudo isso para fazer caixa, fazer esse colchão para dar garantias a esse empreendimento tão pouco debatido pela sociedade baiana.

Portanto, nosso voto será contrário, mas não significará, de forma nenhuma, uma retirada da reflexão sobre o significado desse empreendimento. Muito pelo contrário, nós pretendemos dar continuidade ao debate, promovendo audiências públicas seminais que façam com que posições como essa, também defendidas pelo professor Paulo Ormindo, possam ser externalizadas para o grande público, para a sociedade baiana, para a sociedade civil organizada, para as diversas instituições num dos seus principais espaços institucionais de debates, que é a Assembleia Legislativa da Bahia.

Então, queremos, Sr. Presidente, que esse artigo do professor Paulo Ormindo seja, portanto, registrado nos Anais da nossa Casa. E eu faço uma requisição verbal, aqui, à Mesa para que coloque, registre nos Anais da Casa esse artigo do professor Paulo Ormindo. Volto a referenciar: o nome do artigo é “O panorama visto da ponte”, publicado no jornal A Tarde ontem, domingo, dia 10 de janeiro de 2021, página A3.

Faço esse requerimento verbal, Sr. Presidente, para o registro nos Anais da Casa. Concluo, Sr. Presidente.

Vou aproveitar aqui e me desculpar porque queria ter iniciado com essa observação: um forte abraço à deputada Fabíola Mansur. Deputada, eu estive entre aqueles que ficaram não apenas muito apreensivos, mas dedicaram energias positivas para o seu pleno restabelecimento. Foi uma alegria muito grande. Eu fui um dos que fizeram aqui a volta para ver, justamente, a sua imagem aqui, na nossa TV ALBA.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Acredito que tenha sido extremamente difícil e vai ser, de fato, um testemunho importante, principalmente para nós, que somos pessoas que ocupam cargos públicos relacionados e que devem, nesse sentido, estar preocupados com a situação dramática que este país vive.

Deputada Fabíola, eu fiz uma fala na sessão passada porque a observação do presidente Jair Bolsonaro...

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Para concluir, deputado Hilton.

O Sr. HILTON COELHO: (…) foi que a vida… Só para concluir, Sr. Presidente.

(...) continuava em nosso país. E eu dizia que a continuidade da vida não é algo que chama a atenção nesse contexto, o que nos chama a atenção é a continuidade da morte. Mais de 1 milhar de pessoas morrendo neste país todos os dias, enquanto a vacina atrasa a cada dia.

Relacionado a diversos países, principalmente aos nossos irmãos latino-americanos, que nos dão o exemplo de ação do poder público nacional, nós temos aqui um presidente que, do ponto de vista dos interesses populares, é um presidente fake, absolutamente, que a nada serve a esta nação.

Então, um forte abraço, deputada Fabíola Mansur, seja bem-vinda, mais uma vez, às nossas sessões. E nós, com certeza, contamos com sua fala forte em defesa dos interesses, especialmente da vida, do povo brasileiro e do povo baiano.

(Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o nobre deputado Carlos Ubaldino...

O Sr. CARLOS UBALDINO: Meu amigo e presidente Nelson Leal, eu gostaria

de estar falando do Plenário, e os meus olhos poderem contemplar as Galerias Paulo Jackson repletas de pessoas. Mas neste momento eu levo uma palavra de alento me solidarizando com a minha amiga Fabíola, pois eu passei pelo mesmo episódio da Covid e quero dizer que há tempo debaixo dos céus para todas as coisas: tempo de rir, tempo de chorar... (Silêncio)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Deputado Ubaldino travou. Deputado Ubaldino!

O Sr. CARLOS UBALDINO: (...) tempo de colher e tempo de plantar. O nosso

querido amigo, governador Jaques Wagner, na época, realizou um trabalho relevante construindo o anel viário. E depois veio a Via Expressa, que foi uma das obras mais caras da capital.

Eu tenho certeza, meu querido amigo Nelson Leal, que dirige os trabalhos desta Casa com tanto brilho, eu tenho certeza de que essa inspiração vem de Deus para nosso mui digno presidente. Eu, como vice-líder do Governo nesta Casa, quero neste momento dizer que o governador Rui Costa, eu tenho certeza de que ele irá presentear todos os soteropolitanos com a construção da Ponte Salvador-Itaparica.

Mas neste momento eu digo, meu presidente, que com muito brilho nesta manhã foi criada a... instalada a sessão para a Comissão de Combate aos Efeitos da Covid-19, e ficou como presidente o nosso mui digno deputado Angelo Almeida. Nesta Casa,

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

existe o contraditório, que realmente contribui para o êxito de todos os baianos e de todos os soteropolitanos.

Desejo que neste novo ano seja realizado o desejo de cada baiano, de cada soteropolitano. Neste momento pelo qual nós estamos passando, de agonia, momentos cruciantes, momentos em que a gente se solidariza com pessoas que perderam os seus entes queridos, eu quero dizer que este momento vai passar, e nós vamos poder estar no Plenário desta Casa contemplando as Galerias Paulo Jackson repletas de pessoas ouvindo os Srs. Deputados. E eu quero abraçar todos os meus pares, pois eu também, nobre presidente, fui uma pessoa que saí da vida, perdi o sentido da vida sofrendo a consequência da Covid. Quem nunca passou por isso, com fé em Deus, Deus não vai permitir que passe, mas nós estamos aqui gratos, agradecidos.

Este momento é um momento em que V. Ex.ª dirige os trabalhos desta Casa através de vídeo, com o apreço, com o apoio, e eu tenho certeza de que os baianos estão sintonizados na nossa TV Assembleia, ouvindo a palavra de cada parlamentar. Que cada um que está sintonizado na TV Assembleia receba o abraço, o apreço de um homem que quer o bem de toda a nossa querida Bahia. Aqui fica o meu apreço, o meu abraço, mui digno presidente, vamos sonhar que amanhã será outro dia.

Você não está só. E por que você não está só? Existia um homem que palmilhava a areia de uma praia, ele via duas pegadas, e depois passou a ver só uma pegada. Disse ele: “Quando eu mais precisava de meu amigo, ele me deixou só”. Naquele momento, bradou uma voz que dizia: “Meu filho, as pegadas que você está contemplando não são suas, mas são minhas, pois você está nos meus braços”. Eu quero dizer para quem está sofrendo neste momento que você está nos braços daquele que tudo pode.

Um abraço, e esta é a palavra do deputado Ubaldino. Muito obrigado, Sr. presidente.

(Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra o deputado Zé Raimundo. Deputado Zé Raimundo.

O Sr. ZÉ RAIMUNDO LULA: Sr. Presidente Nelson Leal, colegas deputados,

deputadas, eu me inscrevi, Sr. Presidente, muito rapidamente, gostaria de tocar nos dois temas que estão referidos nos projetos que vamos votar nesta tarde.

Eu ouvi atentamente as oposições, os contra-argumentos do nobre deputado Hilton Coelho contra, de certa maneira, o projeto; ouvi as palavras de reconhecimento da importância do projeto do nobre deputado Tiago, que tem ressalvas com relação à forma do projeto, mas, no seu conteúdo, concorda com ele.

Eu chamo a atenção, Sr. Presidente... Eu não sou da Comissão de Infraestrutura, estou lá na Comissão de Orçamento, Finanças e Controle Social e na CCJ, mas sou também, modéstia à parte, um observador da Bahia, em particular, da história econômica do nosso estado ao longo desses séculos. E nós observamos, Sr. Presidente, que nos últimos 80, 100 anos a Bahia passou por momentos impactantes. Todos os historiadores, inclusive os autores aqui referidos pelo nosso colega Hilton Coelho, evidentemente, estão reconhecendo o desafio que vai ser a Ponte Salvador-Itaparica.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

Mas eu lembro que quando a Petrobras, nos anos 50, foi implantada no Recôncavo, houve uma gritaria, houve uma preocupação geral sobre os impactos da Petrobras, tanto positivos como negativos.

É claro que naquele momento não havia uma consciência ecológica espraiada na vida pública, mas havia muitas manifestações das comunidades rurais, das pequenas comunidades, que foram reorganizadas e destruídas pela presença da Petrobras no Recôncavo da Bahia: em Candeias, Catu, Pojuca, Camaçari, Dias D'Ávila, Mata de São João... Da mesma forma, as siderurgias, a Cibra, a Usiba, a Ferbasa, quando chegaram, impactaram enormemente essas comunidades. Depois, o CIA (Centro Industrial de Aratu), o Polo Petroquímico. E nessa dinâmica, Sr. Presidente, esses projetos se implantaram trazendo problemas ecológicos, trazendo desenvolvimento, emprego e renda, trazendo uma nova inserção da Bahia no quadro nacional.

Ora, é claro que esse projeto, ele vai impactar e, eu diria, com grandes efeitos sociais e econômicos em toda a região, como foi também ali nos anos 60, 70, quando abriram as grandes avenidas ligando o centro velho de Salvador à área litorânea, vindo a especulação imobiliária, eu diria, a expulsão das populações pobres do centro de Salvador, e não houve uma política de inclusão social. Tanto que Salvador hoje é a cidade mais desigual do Brasil, é a cidade que não teve planejamento, apesar... Olha as estruturas que foram montadas ao longo dos anos 70 e 80, e Salvador não acabou com as suas desigualdades. Uma parte da cidade é planejada, da Paralela até o litoral, você tem uma Salvador. E ao longo das outras cercanias, você tem lá uma Salvador da exclusão, da pobreza, sobretudo da população negra.

Então, Sr. Presidente, parece-me que o grande debate que se trava hoje no mundo inteiro é o de que os grandes projetos precisam ser acompanhados de retornos sociais. Isso ocorreu em Portugal, na Espanha, na Grécia... Todos os países que foram incluídos nos grandes projetos da União Europeia sofreram impactos sociais gigantesco.

Neste momento, portanto, me parece que as forças democráticas, as pessoas que querem o desenvolvimento da Bahia com progresso, com igualdade social... nós precisamos, na verdade, somar esforços para que as prefeituras decretem legislações específicas de ocupação do solo no seu entorno, precisamos reforçar a questão ambiental, o controle ambiental e, sobretudo, Sr. Presidente, é preciso se criar mecanismos para que as grandes fortunas, para que o rendimento da sociedade possa ser retornado em benefício, em políticas sociais.

Por isso, eu quero dizer como cidadão: aqui eu tenho esse olhar muito particular de defesa do projeto, mas rigorosamente nós precisamos fortalecer os movimentos sociais de controle externo para que esse projeto não aumente as desigualdades e a pobreza na Bahia. E quanto à outra modelagem, a público-privada, é um debate também, nós precisamos construir no Brasil o modelo de Estado que nós queremos. Não pode ser aquele modelo de Estado tradicional, mas também não pode ser um modelo de Estado que transfira renda da sociedade para os grupos privados.

Por isso, Sr. Presidente, estarei, como cidadão, opinando e debatendo. Modéstia à parte, eu li todos os artigos que saíram. O professor Paulo Ormindo não escreveu somente esse, não, mas vários outros artigos, bem como houve também outros autores, outros comentadores que escreveram sobre o assunto. Mas também quero dizer que aí

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

estão os nossos companheiros da Comissão de Infraestrutura da Ponte Salvador-Itaparica, que têm feito audiências, ouvido a população para que, de fato, as forças sociais possam ser agregadas no controle social desse projeto, presidente.

Eram minhas considerações.

(Não foi revisto pelo orador.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra a deputada Maria del Carmen. Prezada amiga, deputada Maria del Carmen, com a palavra.

A Sr.a MARIA DEL CARMEN LULA: Sr. Presidente, eu queria, de forma

muito rápida, me associar às palavras e ao pronunciamento do deputado Zé Raimundo. O deputado Zé Raimundo, que é um entusiasta dessa área de desenvolvimento urbano, tem sempre debatido esse assunto, esses temas. É óbvio que uma obra da envergadura da Ponte Salvador-Itaparica trará grandes impactos.

Essa região do Baixo Sul, Sr. Presidente, tem indicadores sociais muito piores do que os de várias das regiões do Sertão da Bahia, do Semiárido baiano. É um absurdo que aquela região tão rica, como é a região do Baixo Sul, tenha hoje ainda esses índices de desenvolvimento tão precários e uma situação tão grave de pobreza. Tem um patrimônio cultural, tem um patrimônio ambiental, mas ela continua sem se desenvolver de forma correta, com a força que é necessária.

A ponte, é claro que ela vai trazer impactos. A gente tem dito e tem debatido em todos os fóruns em que a gente está que é preciso um cuidado especial em relação a como implantar esses equipamentos que serão feitos ao longo dela, em relação a como se relacionar com os movimentos sociais, como reforçar o debate e a discussão nas diversas comunidades ao longo de todo o Baixo Sul e também da região que sai da Ilha de Itaparica até chegar a Nazaré das Farinhas e a interligação dela (de Nazaré com Santo Antônio de Jesus) para que a gente não traga para essas regiões mais prejuízos sociais do que aqueles que elas já têm hoje.

Então, é preciso, de fato, mobilizar a sociedade para fazer o debate e a discussão. A sociedade dessa região, desse território, deseja que essa ponte seja implantada, mas cabe a nós legisladores e a nós também sociedade fazermos o debate e a discussão para que ela possa ser implantada com o menor número de riscos possível.

É óbvio que grandes outras intervenções já foram feitas em vários pontos da Bahia, em vários pontos do Brasil e fora do Brasil. Com esses impactos, naquele momento, a gente tinha outra legislação ambiental, tinha outra forma de realização das intervenções, sem debate, sem discussão e sem a participação, inclusive, dos órgãos de controle da sociedade, necessária para que esse debate seja feito e a gente possa avançar e trazer de novo, trazer, de fato, um alento para aquela região, um alento que possa transformar a realidade daquela região.

Portanto, eu queria me associar ao deputado Zé Raimundo. Nós, da Comissão de Desenvolvimento Urbano da ALBA, Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano, temos feito, já fizemos várias discussões, já ouvimos o professor Paulo Ormindo, que tem uma posição com relação a isso, ouvimos a professora Ana Fernandes e outros profissionais da área para que a gente possa, de fato, implantar essa ponte com o menor

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

prejuízo ambiental possível e com o menor impacto social negativo possível. E para isso, a gente precisa desse envolvimento de toda a sociedade e de todos nós parlamentares.

Eu quero também neste momento me associar aos demais companheiros que já cumprimentaram a nossa querida deputada Fabíola Mansur pelo seu retorno à nossa convivência. Estávamos sentindo muita falta sua, Fabíola, você faz enorme... A sua presença transforma as diversas reuniões das quais você participa com todo o seu vigor, energia, coragem e determinação.

Portanto, Sr. Presidente, com certeza, a partir do nosso retorno, no mês de fevereiro, deveremos debater esse tema por diversos momentos e com profissionais das diversas áreas da sociedade como um todo. Debater não sós, o governo já os fez, fez esses debates em várias áreas, inclusive temos estudos sobre esses impactos, temos diversas ações que estão sendo realizadas pelo governo, mas é claro que a sociedade precisa estar atenta, com a sua participação.

Acabei, Sr. Presidente, foi bem rápido.

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Eu estou vendo, rápido. (Não foi revisto pela oradora.)

O Sr. PRESIDENTE (Nelson Leal): Com a palavra a deputada Olívia Santana.

A Sr.a OLÍVIA SANTANA: Sr. Presidente, colegas deputados e deputadas,

quero saudar a todos e a todas e, em especial, dar as boas-vindas à nossa colega Fabíola Mansur, acompanhei também muito atenta e com preocupação, deputada Fabíola, a sua condição de saúde. Fico feliz em vê-la aqui, temos amigas em comum que me davam notícias suas, mandei mensagem, mas quero dizer, assim, da minha felicidade de te ver aqui, a senhora sabe muito bem do meu carinho, do meu apreço por você, gosto muito de você e quero dizer que estou torcendo pelo seu pleno restabelecimento, que você consiga e recupere plenamente sua saúde.

Essa doença, de fato, não é uma gripe, não é uma gripezinha, impacta e muito a estrutura física da pessoa, o emocional também, eu desejo, portanto, que não fique, de fato, nenhuma sequela, porque nós estamos aqui defendendo a vida, defendendo a saúde das pessoas, defendendo que a vacina chegue. Eu quero dizer que vejo o esforço do governo para que venha essa vacina, o Brasil ultrapassou 200 mil mortes. É uma situação absurda, são números de guerra, nós precisamos entender a gravidade do momento que estamos passando. Viramos o ano, e o debate foi sempre a saúde, a necessidade da vacina chegar.

E eu quero aqui deixar registrada, Sr. Presidente, a minha indignação, inclusive, com a politização da Anvisa, essa manipulação completamente descomprometida com o dom da vida. É impressionante a tradição que há, eu peço às pessoas, aos cristãos que acompanham esse presidente que também defen... Agora que é a hora de a gente defender a vida e não permitir que a negligência, a irresponsabilidade do presidente da República deixe esse rastro de óbitos pelo caminho.

Referências

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