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--- Mas gostaria de salientar que este Orçamento e GOP só são possíveis nos moldes em que são apresentadas, porque Oeiras, realmente, conseguiu adquirir um estatuto económico-financeiro e está a colher os frutos daquilo que foram boas sementes nas últimas duas décadas, porque, caso contrário, estaria na situação em que muitos outros municípios se encontram. --- --- Devo dizer que estamos a fazer pagamentos a quarenta e sete dias quando a maior parte dos municípios pagam a mais de cento e oitenta dias e, portanto, apesar da situação difícil em que o País se encontra, nós vamos poupar, estamos a fazer um Orçamento rigoroso, há aqui reduções em despesas correntes no funcionamento da Câmara Municipal significativas, mas não se toca naquilo que é essencial, pelo contrário. Como já referi, ainda na passada quarta-feira tínhamos uma verba prevista de cento e trinta, ou cento e trinta e cinco mil euros para medicamentos em dois mil e onze e já vamos com perto de trezentos mil euros, porque tem vindo a aumentar em exponencial o recurso dos munícipes a este programa de aquisição de medicamentos com financiamento da Câmara e tudo indica que em dois mil e doze irão aumentar. - --- --- Portanto, senhores deputados, quero-lhes dizer que é uma satisfação e um privilégio para a Câmara Municipal, para os seus serviços, para esta Assembleia Municipal podermos, nesta altura em que os constrangimentos são tantos, apresentar um Orçamento como este, que não deixa nada por fazer, garante a continuidade dos investimentos que estão em curso, reforça e tem possibilidade de garantir todas as condições àquelas famílias que, porventura, se venham a encontrar numa situação de maior dificuldade. Isto é que é fundamental e, portanto, não fora a boa gestão deste Município, não fora as sementes que foram lançadas à terra nos últimos vinte anos e, possivelmente, não estaríamos aqui, nesta situação. --- --- Apresentamos aqui um Orçamento que, cada vez mais, corresponde à realidade, à nossa capacidade de execução e que garante a continuidade do bem-estar dos nossos munícipes, mas, sobretudo, garante que aqueles que, efectivamente, hoje se encontrem numa situação difícil,

a Câmara Municipal possa ser solidária, justamente com aqueles que mais precisam.” --- --- O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) fez a seguinte intervenção: --- --- “Vamos começar pela página quarenta e três das Grandes Opções do Plano e Orçamento para dois mil e doze da Câmara Municipal de Oeiras, e vou passar a citar: --- --- “No âmbito do apoio aos órgãos municipais, continuaremos a garantir a recensão administrativa e jurídica das propostas submetidas à deliberação do Executivo, atendendo que se continua a verificar deficiências ao nível da redacção e da instrução dos processos e das propostas de deliberação. --- --- Esta função é apenas assegurada por um técnico jurista. Aqueles constrangimentos condicionam a boa apreciação e decisão dos membros do Órgão do Executivo Municipal.” --- --- Isto é dito nas GOP por uma responsável desta Câmara Municipal. --- --- Vou repetir: Continuam a verificar-se deficiências ao nível da redacção e da instrução dos processos e das propostas de deliberação. --- --- Aqueles constrangimentos condicionam a boa apreciação e decisão dos membros do Órgão do Executivo Municipal. --- --- “A pergunta que se coloca desde logo é: como é possível? --- --- Como é possível, num Município que gere anualmente mais de cento e cinquenta milhões de euros, com mais de dois mil funcionários, que implicam centenas de decisões que interferem com a vida de mais de cento e sessenta mil pessoas? --- --- Como é possível num Município que se arroga de exemplo e modelo para o País? ---- --- Como é possível num momento histórico de tanta exigência e esforço colectivo? --- --- Como é possível que a Câmara Municipal de Oeiras, reconheça neste documento um sintoma de tamanho amadorismo e irresponsabilidade no seu funcionamento e num dos aspectos mais críticos da actividade autárquica? --- --- Minhas senhoras e meus senhores, para nós, que estamos na Assembleia Municipal e

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participamos nos processos de decisão, esta constatação é, há muito tempo, uma evidência. O PS há muito a denuncia com vigor. --- --- Sucedem-se os casos de propostas mal elaboradas, mal instruídas, omissões graves de informação e até actas de reuniões importantes gravemente condicionadas por “falhas técnicas na gravação”. --- --- Esta é uma realidade muito reveladora, a que agora a própria Câmara assume o estado da arte aqui em Oeiras.--- --- Quando o processo de decisão falha desta maneira, significa que a Câmara Municipal está menos eficaz, é menos credível, serve pior os munícipes, as empresas e o Concelho de Oeiras. ---- --- --- Quando isto se torna possível, significa que deixou de haver liderança, rigor e autoridade na gestão do Município de Oeiras. --- --- Por isso, face aos indícios graves de desorganização na Câmara Municipal, estes e outros, o Partido Socialista, ao fim de anos em que apresentou sucessivas propostas integradas nos Orçamentos, mas nunca postas em prática, e sabendo do desmando e falta de sentido de compromisso patentes em atitudes erráticas do Executivo PSD/IOMAF, adoptou, desta feita, uma posição de máxima desconfiança, relativamente aos números e objectivos que o documento apresenta. - --- --- Aliás, não é só o PS que olha com desconfiança. Quando tantas ideias e projectos se repetem e passam de ano para ano sem concretização, e se observa tanta despesa em obra ou iniciativa inútil, a Câmara Municipal entra numa espiral de descrédito que leva cada vez mais gente, também, a desconfiar dessa liderança. --- --- As freguesias a quem foram prometidas “obras estruturantes” que nunca passaram dos outdoors colocados antes de eleições, também desconfiam. --- --- As associações e colectividades a quem foram prometidos, pelo Doutor Isaltino

Morais, é preciso recordar, apoios e que hoje são adiados, cortados ou atribuídos em função do mais descarado favoritismo, também desconfiam. --- --- Os autarcas das juntas de freguesia a quem foram retiradas competências e verbas a favor de uma empresa municipal falida no seu substrato e a quem é retirada capacidade de investimento, também podem desconfiar. --- --- Os jovens que acreditavam em poder beneficiar de apoios para a sua primeira habitação ou para o seu primeiro emprego ou negócio que nunca aconteceram, também podem desconfiar. --- --- As instituições de solidariedade que esperaram em vão ter em dois mil e onze um apoio importante no acesso ao fundo de emergência municipal, também desconfiam Senhor Presidente. Comprometeu-se aqui com o Partido Socialista, um milhão e agora teve que gastar nos medicamentos, dizendo que aumentou o programa. Infelizmente dizia, e afirmou aqui nesta Assembleia Municipal por diversas vezes, que não reconhecia ao Partido Socialista, que não havia pessoas que necessitavam de dinheiro para comer, não havia pessoas sem-abrigo no Concelho de Oeiras e agora vem assumir essa realidade, que é uma realidade objectiva e que existe há muito tempo e que o Senhor Presidente sempre renunciou aqui nesta Assembleia Municipal. - --- --- Os munícipes que sempre se orgulharam de viver num Concelho limpo, e que agora vêem as suas ruas, ao fim de semana, invadidas de lixo não recolhido, também desconfiam. --- --- A verdade é que hoje há cada vez mais gente no Concelho de Oeiras que não acredita na sua Câmara Municipal. --- --- Cada vez mais gente deixa de acreditar num certo estilo de fazer política propagandística, irresponsável e irrealista, que em tantas áreas finge resolver sem resolver, que marcou a gestão do Município dos últimos anos e que ainda se reflecte nas Opções do Plano para dois mil e doze. ---

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--- Minhas Senhoras e Meus Senhores, verdadeiramente, o que podemos dizer do Orçamento de dois mil e doze da Câmara Municipal de Oeiras é que é um Orçamento de olhos fechados, ouvidos tapados e mão na boca, um Orçamento Cego, Surdo e Mudo. --- --- É um orçamento cego, sim. --- --- Cego, porque é totalmente desprovido de visão estratégica e ignora os problemas do futuro. --- --- --- Não dá uma linha de enquadramento e resposta credível e global para as implicações diversas da evolução demográfica do Concelho. --- --- Não avança num programa integrado e transversal de conversão dos modelos de consumo energético no Concelho. --- --- Não se compromete com posições face ao futuro das políticas de mobilidade na área urbana de Lisboa, que afecta tantos milhares de munícipes, fortemente condicionadas pelas opções do Governo do PSD/CDS. --- --- Ignora ou finge não ver o problema grave de sustentabilidade ambiental no tratamento dos lixos e resíduos no Concelho. --- --- A Tratolixo é hoje responsável por um trágico crime ambiental e por uma dívida que é gerida sem horizonte com prejuízo para os nossos munícipes e empresas que pagam quase o dobro pelo tratamento do lixo que pagam os municípios vizinhos associados à ValorSul. --- --- Mas este Orçamento é também cego, porque desconsidera as capacidades dos funcionários municipais, recorrendo desnecessariamente a serviços externos, não olhando para as potencialidades na complementaridade das políticas nas diversas áreas, pelas diferentes divisões, estruturas e instâncias autárquicas, não apelando a um necessário espírito de entreajuda e partilha de recursos. --- --- É também um Orçamento surdo. --- --- Porque em dois mil e doze, mais uma vez, apesar da insistência do PS, a Câmara de

Oeiras rejeitou a aplicação do modelo de orçamentos participativos e recusou assim ouvir os munícipes sobre as suas ambições e aspirações para o Concelho. --- --- E finalmente, este Orçamento é um Orçamento mudo. --- --- É mudo, porque não é transparente. Nada diz, nada explica, sobre matérias fundamentais. --- --- Num momento assumido de contenção e austeridade fiscal, este Orçamento não fundamenta globalmente as suas opções num programa completo e sistematizado. --- --- Nada fala sobre as opções em concreto no plano de racionalização do sector empresarial local que se espera há mais de dois anos. --- --- Relembro que o PS já falou nisso há muito tempo e o Senhor Presidente sempre disse que sim. Nós ainda não vimos nada relativamente a essa matéria. --- --- Nada diz sobre os critérios utilizados para os cortes na despesa. --- --- Nada fala sobre a forma que vai ser utilizada para colmatar a falta de crédito no pagamento de compromissos assumidos em obras de grande envergadura, no âmbito de parcerias público-privadas. --- --- Não quantifica objectivos nem define metas concretas em áreas essenciais da sua actividade. - --- --- E um Orçamento de um município com as responsabilidades sociais e económicas como o de Oeiras, não pode ser apenas um repositório de números e objectivos genéricos. --- --- Em suma, este Orçamento da maioria IOMAF-PSD, este Orçamento cego, surdo e mudo, é uma decepção. --- --- Um mero exercício minimalista de gestão corrente de alguém que sabe que já não vai estar cá quando se sentirem as suas consequências. --- --- De alguém cujas prioridades já não são o Concelho de Oeiras e os seus munícipes. --- --- Minhas Senhoras e Meus Senhores, por tudo isto, para o PS, esta discussão de

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Orçamento não se resumirá de novo por uma discussão sobre percentagens de aumentos ou cortes, plantada pela Câmara Municipal na comunicação social, que demasiadas vezes se revela estéril face aos resultados concretos de execução e sucessivas alterações orçamentais durante o ano. --- --- --- Num momento de urgência e dificuldades, o que está em causa é saber quem quer estar do lado da responsabilidade face ao futuro, ou quem quer continuar a jogar à política com o destino do Município que não é e nunca será propriedade de ninguém. --- --- Quem está do lado das famílias, das empresas, dos jovens, dos idosos, dos mais pobres no esforço de resposta à crise, ou quem quer continuar a viver do oportunismo e com indiferença à desgraça alheia. --- --- E por isso reiteramos a nossa preocupação com as questões que aqui trouxemos. --- --- Seremos sempre exigentes e intransigentes na defesa da transparência e do interesse público. --- --- --- Porque Oeiras sabe que pode contar sempre com os autarcas do PS. --- --- A nossa abstenção na Câmara Municipal e, hoje, na Assembleia Municipal não constituirá qualquer voto de confiança no Executivo que já demonstrou à exaustão não a merecer.--- --- --- Pelo contrário, a nossa abstenção exigente representa o sentido inequívoco de que os resultados desta governação municipal, atendendo ao contexto histórico muito especial em que vivemos, nunca deixarão de contar com o contributo activo de proposta construtiva ou de contundente crítica do Partido Socialista, seja na Câmara, seja na Assembleia Municipal. --- --- Assim, continuaremos a servir os munícipes, construindo solidamente as bases do novo ciclo de esperança de que Oeiras precisa. --- --- Com mais participação, mais inovação, mais rigor, mais transparência. --- --- Porque para nós socialistas, as pessoas estão primeiro.”.” ---

--- O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) referiu o seguinte: --- --- “Voltamos hoje a discutir o Orçamento e as Grandes Opções do Plano e, mais uma vez, isto é feito sob o signo da palavra crise. --- --- E se nos últimos anos esta crise parecia muito associada a fluxos de informação e tinha uma importante componente psicológica, já hoje, e certamente pelo menos durante o ano de dois mil e doze, não deixa de reflectir a situação das pessoas, das empresas, do Estado, enfim, do País. ---- --- --- Ficámos hoje aqui a perceber que apenas o PS não tem nada a ver com esta crise em que o País está nesta altura. --- --- São conhecidas de todos as condicionantes que envolvem a preparação deste Orçamento, não só pela quebra da receita, mas também pelas fortes restrições impostas ao endividamento e pelas dificuldades de concessão de crédito por parte da banca. --- --- Este será assim mais um exercício exigente de contenção e de disciplina para todos nós. --- --- --- Claro que existem resistências tanto ao nível interno, como ao nível externo. Mas como sempre aconteceu, todos saberemos encontrar um caminho de equilíbrio e de bom senso, que garanta que os objectivos de todos serão alcançados. --- --- Importará aqui dizer que este grande esforço de contenção tem sido conseguido com as pessoas e nunca contra as pessoas. --- --- O acompanhamento que temos feito da actividade da Câmara Municipal, podemos afirmar que tem sido exemplar o comportamento e a atitude da grande maioria dos seus funcionários, ou melhor, dos servidores públicos ou, como noutros tempos se dizia, dos servidores do Estado. Esta expressão, servidores do Estado, parece ter caído em desuso, mas ganha hoje uma importância especial. --- --- Num tempo em que os principais responsáveis deste País aconselham muitos

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funcionários públicos a tentar a sua sorte em África, importa salientar a relevância e o papel insubstituível de quem tem por função, servir os fins do Estado. --- --- É certo que no âmbito das políticas de cooperação com os PALOP, deverá ser possível estimular a presença de quadros portugueses nesses países. --- --- É certo que para muitos portugueses deverá ser possível escolher uma vida fora do País. Mas também é certo que muito mal vai um país, que devia ter como prioridade, quer o crescimento, quer a criação de emprego, prescindir dos seus quadros e da sua gente. --- --- Se é esta a visão que tem o actual Primeiro-Ministro de Portugal, essa não é, certamente, a nossa. --- --- Em Oeiras, queremos que este mesmo conjunto de servidores dos fins do Estado continue a desempenhar as suas tarefas com o mesmo brio, com a mesma vontade e o mesmo profissionalismo, como tão bem o têm feito até aqui. --- --- Mas olhemos mais de perto para o Orçamento e para as GOP de dois mil e doze. --- --- O ponto de partida é, desde logo, o da redução de dezoito milhões de euros no Orçamento de dois mil e doze face ao de dois mil e onze, o que corresponde a pouco mais de dez por cento. - --- --- Este facto impõe, como é óbvio, que sejam continuadas, quando não reforçadas, as medidas de contenção da despesa, quer pelo combate ao desperdício, quer pelo esforço permanente de racionalização dos serviços, tarefas aliás, que devemos reconhecê-lo, foram já empreendidas desde dois mil e onze. --- --- Este esforço deve ser estendido a todas as entidades que são apoiadas através do Orçamento Público, sem que isso torne inviável a sua acção. Falamos de uma redução média de cerca de dez por cento, para um conjunto de associações na área da cultura e do desporto. --- --- O esforço deve ser repartido por todos e estamos certos que todas estas entidades não só compreendem estas medidas, como farão, elas próprias, um percurso rápido de adaptação a

estes novos tempos. --- --- Um olhar atento sobre a taxa de execução orçamental dos últimos anos, como o Senhor Presidente já aqui fez, permite-nos verificar que, em média, esta não excede os cento e vinte milhões de euros/ano. As razões para este facto são múltiplas e encontram explicação em cada um dos respectivos anos de execução. --- --- Mas se assim tem sido, podemos hoje afirmar sem grande risco que o Orçamento de dois mil e doze não representará, em termos práticos, uma redução tão acentuada como aquela que parece resultar da frieza dos números. --- --- Quanto muito, poderemos afirmar que no plano dos grandes números, e apenas neste, as expectativas serão mais baixas. --- --- Mas no plano das acções será possível continuar a cumprir o que foi prometido, pagar tudo aquilo que está em curso e lançar obra para os próximos anos. --- --- É certo que para prosseguir este caminho e esta ambição, teremos que ser ainda mais eficientes, ainda mais audazes e ainda mais criativos. --- --- Só assim será possível garantir que, com estes meios, o Orçamento de dois mil e doze continuará a ser um instrumento importante ao serviço das políticas sociais e do desenvolvimento económico do Concelho. --- --- É hoje praticamente indiscutível para grande parte dos economistas, que políticas centradas na austeridade conduzem a maior recessão e a mais desemprego. --- --- E quanto mais acentuadas são e mais perduram no tempo, piores consequências trazem consigo. --- --- Portugal é hoje um País em austeridade. Portugal será, em dois mil e doze, um País com ainda mais austeridade. O mesmo é dizer que a continuar esta política, se Portugal está hoje mal, em dois mil e doze estará ainda pior. --- --- Em Oeiras, não poderemos alterar esta linha de rumo do País. Mas em Oeiras

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podemos tentar evitar algumas das consequências da política económica que a Troika nos pretende impor. --- --- Oeiras é hoje um exemplo de coesão social. E foi a coesão social que trouxe o investimento, a segurança, a melhoria da qualidade de vida, através de uma rede de equipamentos sem paralelo no País. --- --- É por isso que a aposta tem que continuar a ser na coesão social, desde logo naqueles que mais precisam e que mais estão expostos às consequências da crise económica, os mais jovens e os mais velhos. Mas também todos aqueles que, apesar das suas qualificações, vão perdendo o emprego e com ele as condições de assegurar o cumprimento das obrigações assumidas. --- --- O reforço do Fundo Social, como o Senhor Presidente aqui nos disse, é uma medida importante, e estamos certos que a Câmara Municipal estará atenta para acorrer a todas as questões que venham a ser postas. --- --- Ao contrário do PS, não ficamos felizes ao saber que o Fundo Social não foi usado este ano no máximo que podia. --- --- É uma boa prova de que o Concelho, apesar de tudo e apesar da crise, continua forte e que as pessoas, graças a Deus, não precisaram ainda de vir a recorrer a apoios desse tipo. --- --- Num contexto de descida da receita em impostos como o IMT, ou a Derrama, e de desaparecimento completo (que é importante que se diga) das transferências da Administração Central, importa salientar que está previsto um aumento da receita apenas naqueles impostos que mais directamente resultam das opções feitas no passado. O IMI, o Imposto de Circulação e a participação fixa no IRS, resultam claramente dos modelos de desenvolvimento escolhidos no passado e que fizeram convergir em Oeiras pessoas mais qualificadas, com um índice de rendimento mais elevado e maiores padrões de consumo. --- --- Acentua-se desta forma a tendência para uma dependência quase nula das receitas do

Estado e torna-se evidente a sustentabilidade económica do Concelho. --- --- Mas é hora também de que se diga que, ao contrário do que a Câmara Municipal, e bem, sempre fez, não será possível continuar a assegurar investimentos e funções que deveriam ser pagos pela Administração Central do Estado. --- --- Ainda assim, os grandes projectos irão continuar a bom ritmo, bem como os investimentos em sectores tão importantes como a reabilitação urbana, o espaço público, as escolas e outros equipamentos sociais. --- --- Também o ritmo das transferências para as juntas de freguesia não irá abrandar, o

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