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Associação entre variáveis nas subamostras de participantes primíparos e de

Parte II − − Estudo Empírico 37 − −

4. Apresentação dos resultados

4.4. Associação entre as variáveis

4.4.1. Associação entre variáveis nas subamostras de participantes primíparos e de

Nesta investigação efetuou-se um estudo da correlação entre as variáveis especificamente por subamostra de homens primíparos e multíparos em relação à vinculação pré-natal, ansiedade e qualidade do relacionamento conjugal. Recorreu-se para tal à correlação de Spearman´s Rho (quadros 25 e 26).

O estudo da associação das variáveis no grupo de participantes primíparos (quadro 25) revelou uma associação significativa e positiva entre a subescala qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação com intensidade elevada (r=0.593; p<0.01), o que indica que elevados níveis elevados de experiências afetivas se associam a maior quantidade de tempo despendido a pensar e sonhar com o bebé. Uma correlação significativa e positiva entre a qualidade da vinculação e o relacionamento conjugal positivo também se verifica com intensidade elevada (r=0.560; p<0.01), isto é, níveis elevados de experiências afetivas associam-se a níveis elevados de aspetos positivos na relação conjugal. As correlações positivas entre a subescala intensidade de preocupação e o relacionamento conjugal positivo de intensidade moderada também foram encontradas com intensidade moderada (r=0.362; p<0.05), revelando que uma maior quantidade de tempo despendido a pensar e sonhar com o bebé associa-se a níveis elevados de aspetos positivos na relação conjugal. Na subescala relacionamento conjugal positivo verificou-se uma correlação significativamente negativa com a subescala ansiedade estado (r=-0.563; p<0.01) e a ansiedade traço (r=-0.566; p<0.01) ambas com intensidade elevada, ou seja, níveis elevados de aspetos positivos na relação

conjugal estão associados a baixos níveis de reações emocionais desagradáveis e baixos níveis de caraterísticas ansiosas da personalidade.

A subescala relacionamento conjugal negativo correlaciona-se positivamente com a subescala ansiedade traço com intensidade moderada (r=0.350; p<0.05), tal significa que elevados níveis de aspetos negativos na relação conjugal estão associados a elevados níveis de reações emocionais desagradáveis caraterizados por sentimentos subjetivos de apreensão e nervosismo. A subescala ansiedade estado correlaciona-se positiva e significativamente com a subescala ansiedade traço com intensidade elevada (r=0.640; p<0.01), o que revela que elevados níveis de reações emocionais desagradáveis caraterizados por sentimentos subjetivos de apreensão, nervosismo estão associados a elevados níveis de caraterísticas ansiosas da personalidade.

Quadro 25: Coeficientes de correlação de Spearman’s Rho entre as subescalas da vinculação pré- natal paterna, relacionamento conjugal e ansiedade na subamostra de participantes primíparos (n=35) Qualidade de Vinculação Intensidade de Preocupaçã o Relaciona- mento Conjugal Positivo Relaciona- mento Conjugal Negativo Ansiedade

Estado Ansiedade Traço Qualidade de Vinculação 1 .593** .560** .035 -.299 -.303 Intensidade de Preocupação .593** 1 .362* -.050 -.174 -.020 Relacionamento Conjugal Positivo .560** .362* 1 -.194 -.563** -.566** Relacionamento Conjugal Negativo .035 -.050 -.194 1 .296 .350* Ansiedade Estado -.299 -.174 -.563** .296 1 .640** Ansiedade Traço -.303 -.020 -.566** .350* .640** 1 (**p<0.01; *p<0.05)

Foram efetuadas correlações parciais para verificar se o controlo de uma variável pode afetar os resultados elevados da associação entre as subescalas estudadas: idade, tempo de relacionamento conjugal e tempo de gestação da companheira. Os resultados demonstraram que no grupo de participantes primíparos a variável idade sugere não haver peso desta variável na força da relação entre a qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação (r=0.594), entre a qualidade de vinculação e o relacionamento conjugal positivo (r=0.518), entre a intensidade de preocupação e o relacionamento conjugal positivo (r=0.407), entre a ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.705), entre o relacionamento conjugal positivo e a

ansiedade estado (r=-0.537) e a ansiedade traço (r=-0.530). Também não foi encontrado o peso da subescala relacionamento conjugal negativo na ansiedade traço (r=0.167) em função da idade, no entanto a força da associação altera de moderada a baixa.

O controlo da variável tempo do relacionamento conjugal sugere também não haver peso desta variável na força da relação entre a qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação (r=0.613), entre a qualidade de vinculação e o relacionamento conjugal positivo (r=0.560), entre a intensidade de preocupação e o relacionamento conjugal positivo (r=0.433), ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.678), entre o relacionamento conjugal positivo e a ansiedade traço (r=-0.568). O peso exercido pelo relacionamento conjugal negativo na ansiedade traço em função do tempo de relacionamento também não foi identificado, porém a força da associação altera de moderada a baixa. É ainda de referir que a força da associação entre o relacionamento conjugal positivo e a ansiedade traço (r=-0.488) também se altera de alta a moderada.

Relativamente ao controlo da variável tempo de gestação da companheira também revelou não existir influência da força da relação entre a qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação (r=0.533), entre a qualidade de vinculação e o relacionamento conjugal positivo (r=0.504), entre a intensidade de preocupação e o relacionamento conjugal positivo (r=0.360), entre a ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.670), entre o relacionamento conjugal positivo e a ansiedade estado (r=-0.504) e a ansiedade traço (r=- 0.568). Apesar de não se verificar o peso do relacionamento conjugal negativo na ansiedade traço (r=0.227) em função do tempo de gestação a força da associação altera-se de moderada a baixa.

No grupo de participantes multíparos (quadro 26) também se verificou algumas associações de variáveis nomeadamente, entre ansiedade estado e a ansiedade traço, entre a qualidade de vinculação e a intensidade da preocupação e entre a qualidade do relacionamento conjugal negativo e a ansiedade estado.

Quadro 26: Coeficientes de correlação de Spearman’s Rho entre as subescalas da vinculação pré- natal paterna, relacionamento conjugal e ansiedade na subamostra de participantes multíparos (n=26) Qualidade de Vinculação Intensidade de Preocupação Relaciona- mento Conjugal Positivo Relaciona- mento Conjugal Negativo Ansiedade

Estado Ansiedade Traço Qualidade de Vinculação 1 .463* .085 .032 -.024 -.015 Intensidade de Preocupação .463* 1 .107 .010 .037 .044 Relacionamento Conjugal Positivo .085 .107 1 -.268 -.291 -.295 Relacionamento Conjugal Negativo .032 .010 -.268 1 .469* .251 Ansiedade Estado -.024 .037 -.291 .469* 1 .740** Ansiedade Traço -.015 .044 -.295 .251 .740** 1 (**p<0.01; *p<0.05)

Na subescala ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.740; p<0.01) verificou-se uma associação significativa e positiva com intensidade elevada, o que indica que elevados níveis de reações emocionais desagradáveis caraterizados por sentimentos subjetivos de apreensão e nervosismo estão associados a elevados níveis de caraterísticas ansiosas da personalidade. Foi encontrada uma correlação moderada e positiva entre a subescala qualidade da vinculação e intensidade de preocupação (r=0.463; p<0.05), o que revela que elevados níveis de experiencias afetivas se associem a maior quantidade de tempo despendido a pensar e sonhar com o bebé. Na subescala relacionamento conjugal negativo verificou-se uma correlação positiva com a subescala ansiedade estado com intensidade moderada (r=0.469; p<0.05), isto significa que elevados níveis de aspetos negativos na relação estão associados a elevados níveis de características ansiosas da personalidade.

Foram efetuadas correlações parciais controlando as variáveis idade, tempo de relacionamento conjugal e tempo de gestação da companheira no grupo de participantes multíparos. Os resultados evidenciaram que no grupo de participantes multíparos a variável idade sugere não haver peso desta variável na força da relação entre a qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação (r=0.410), entre o relacionamento conjugal negativo e a ansiedade estado (r=0.484), entre a ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.701).

No que concerne ao controlo da variável tempo do relacionamento conjugal, os resultados sugerem também não haver peso desta variável na força da relação entre a qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação (r=0.437), entre o relacionamento

conjugal negativo e a ansiedade estado (r=0.418), entre a ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.671).

No que diz respeito ao controlo da variável tempo de gestação da companheira também revelou não existir influência da força da relação entre a qualidade da vinculação e a intensidade de preocupação (r=0.425), entre a ansiedade estado e a ansiedade traço (r=0.697). Apesar de não se verificar o peso entre o relacionamento conjugal negativo e a ansiedade estado (r=0.514) em função do tempo de gestação a força da associação altera-se de moderada a elevada.