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4. Resultados

4.4. Associações estatísticas

4.4.1. Associação entre o grau histológico e as variáveis clínicas e histológicas

O grau associou-se de forma estatisticamente significativa com a ulceração (p = 0,001), com o crescimento infiltrativo (p < 0,0001), com a quantidade de estroma (p = 0,004), com a degradação de colagénio (p = 0,036), com a presença de aberrações celulares (p < 0,0001), com o número de mitoses (p < 0,0001) e com o tamanho (p = 0,001).

Assim, os tumores que apresentam um maior grau são, de forma geral, ulcerados, têm crescimento infiltrativo, mostram maior degradação de colagénio e observam-se mais aberrações celulares. Já relativamente ao estroma, mastocitomas de maior grau apresentam menos estroma.

Verificou-se que mastocitomas de grau III apresentam maior actividade mitótica, sendo significativas as diferenças entre tumores de grau I e grau II (p < 0,0001) e entre tumores de grau I e grau III (p < 0,0001).

Finalmente, em relação ao tamanho, tumores de maior grau são maiores, existindo uma diferença significativa entre os de grau I e grau III (p < 0,0001).

E, apesar de, com o aumento do grau histológico, a actividade juncional também ter aumentado, esta associação não é estatisticamente significativa (p = 0,056).

4.4.2. Associação entre o grau histológico e as variáveis imunohistoqímicas (Ki-67 e Cox- 2)

Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre o grau histológico e o índice de proliferação celular, Ki-67 (p < 0,0001). Os valores obtidos estão sintetizados no

Estudo da relação entre a proliferação celular e a expressão da Cox-2 em mastocitomas caninos

Os tumores de grau I (2,8 + 1,2) apresentam proliferação inferior aos outros e, segundo os testes de Post Hoc, nomeadamente o teste de Tukey, estas diferenças são entre o grupo I e o grupo III (p < 0,0001).

Quadro 9: Associação entre o grau histológico e o índice Ki-67

Ki-67 (média + d. p.)

Grau histológico

I II III p

2,80 + 1,21 5,88 + 3,08 22,45 + 12,43 0,000

O grau histológico tem também, uma relação estatisticamente significativa com a intensidade de marcação de Cox-2 (p = 0,012), apresentando os tumores de grau III uma forte intensidade de marcação; tumores de grau II marcação moderada e tumores de grau I fraca / moderada intensidade. Os resultados desta associação estão descritos na figura 3.

Figura 3: Associação entre o grau histológico e a intensidade de marcação da Cox-2

4.4.3. Associação entre o índice de proliferação celular Ki-67 e as variáveis clínicas e histológicas

Estudo da relação entre a proliferação celular e a expressão da Cox-2 em mastocitomas caninos

juncional (p = 0,014), entre Ki-67 e o crescimento infiltrativo (p < 0,0001), entre Ki-67 e a quantidade de estroma (p = 0,011) e entre Ki-67 e a presença de aberrações celulares (p < 0,0001).

Os tumores mais proliferativos eram mais ulcerados (19,88 + 14,18), apresentavam maior actividade juncional (14,88 + 13,61), maior crescimento infiltrativo (15,87 + 12,77) e possuíam menor quantidade de estroma, sendo esta diferença entre os grupos com estroma classificado em pouco e moderado (p = 0,009). Em relação à presença de aberrações celulares, estas existiam em maior quantidade nos tumores com maior índice de Ki-67 (19,66 + 12,99). No quadro 10, encontram-se os resultados obtidos, nas associações atrás descritas.

Entre o índice de proliferação celular de Ki-67 e o número de mitoses existe uma correlação significativa (r = 0,748, p < 0,0001) e positiva, o que significa que quando aumenta a imunorreactividade ao Ki-67, aumenta o número de mitoses.

Também entre o índice de proliferação celular Ki-67 e o tamanho se verifica uma relação positiva, na qual quando a imunorreactividade de Ki-67 aumenta, o tamanho do tumor também é maior (r = 0,451, p = 0,001).

Quadro 10: Associação entre o índice de proliferação celular Ki-67 e variáveis clínico-histológicas

Variáveis clínico-histológicas (n) Índice Ki-67 média + d.p. p Ulceração Ausente 34 6,71 7,19 < 0,0001 Presente 16 19,88 14,18

Actividade juncional Ausente 25 6,96 7,59 0,014 Presente 25 14,88 13,61

Crescimento infiltrativo Ausente 20 3,50 1,54 < 0,0001 Presente 30 15,87 12,77 Quantidade de estroma Escassa 24 13,46 2,75 0,011 Moderada 16 4,75 4,66 Abundante 10 9,60 10,37 Degradação de colagénio Escassa 13 6,15 3,87 0,069 Moderada 18 9,61 10,65 Abundante 19 15,43 14,52

Aberrações celulares Ausente 30 5,10 5,45 < 0,0001 Presente 20 19,66 12,99

Estudo da relação entre a proliferação celular e a expressão da Cox-2 em mastocitomas caninos

4.4.4. Associação entre a intensidade de Cox-2 e as variáveis clínicas e histológicas

Apesar do crescimento infiltrativo não ter uma associação com significado estatístico com a intensidade de marcação de Cox-2 (p = 0,096), mastocitomas com maior intensidade de marcação eram mais invasivos.

Já relativamente à ulceração, a sua associação com a intensidade de Cox-2 foi significativa estatisticamente (p = 0,015), bem como a associação de Cox-2 relativamente ao estroma (p = 0,007) e também foi significativa a associação de intensidade de Cox-2 com aberrações celulares (p = 0,004).

Os mastocitomas marcados com maior intensidade eram mais ulcerados, tinham menos quantidade de estroma e apresentavam mais aberrações celulares. Os resultados obtidos estão discriminados no quadro 11.

Entre a intensidade da Cox-2 e o número de mitoses (p = 0,076), apesar da associação não ter significado estatisticamente relevante, tumores marcados com maior intensidade (+++) apresentam maior índice mitótico (3,24 + 2,84), como mostra o quadro 12.

A intensidade de marcação de Cox-2 e o tamanho não apresentam uma associação estatística significativa (p = 0,183), mas tumores de maior tamanho mostram-se marcados mais intensamente (quadro 12).

Quadro 11: Associação entre a intensidade de marcação da Cox-2 e as variáveis clinico-histológicas

Variáveis clinico-histológicas

Intensidade de marcação da Cox-2

0 1 2 3

p

n (%) n (%) n (%) n (%)

Ulceração Ausente 3 (6,0) 9 (18,0) 15 (30,0) 7 (14,0) 0,015 Presente 1 (2,0) 0 (0) 5 (10,0) 10 (20,0)

Actividade juncional Ausente 2 (4,0) 6 (12,0) 13 (26,0) 4 (8,0) 0,056 Presente 2 (4,0) 3 (6,0) 7 (14,0) 13 (26,0)

Crescimento infiltrativo Ausente 3 (6,0) 6 (12,0) 6 (12,0) 5 (10,0) 0,096 Presente 1 (2,0) 3 (6,0) 14 (28,0) 12 (24,0) Quantidade de estroma Escassa 2 (4,0) 1 (2,0) 10 (20,0) 11 (22,0) 0,007 Moderada 1 (2,0) 8 (16,0) 4 (8,0) 3 (6,0) Abundante 1 (2,0) 0 (0) 6 (12,0) 3 (6,0) Degradação de colagénio Escassa 2 (4,0) 4 (8,0) 5 (10,0) 2 (4,0) 0,287 Moderada 0 (0) 3 (6,0) 9 (18,0) 6 (12,0) Abundante 2 (4,0) 2 (4,0) 6 (12,0) 9 (18,0)

Aberrações celulares Ausente 3 (6,0) 9 (18,0) 13 (26,0) 5 (10,0) 0,004 Presente 1 (2,0) 0 (0) 7 (14,0) 12 (24,0)

Estudo da relação entre a proliferação celular e a expressão da Cox-2 em mastocitomas caninos

Quadro 12: Associação entre a intensidade de marcação da Cox-2 e as variáveis contínuas mitoses e tamanho

Mitoses

Intensidade de marcação da Cox-2

0 1 2 3

1,00 + 0,81 0,67 +1,32 2,50 +2,78 3,24 + 2,84 Tamanho 1,00 + 0,82 1,33 + 1,50 2,05 + 0,94 2,18 + 1,47

4.4.5. Associação entre Cox-2 e Ki-67

Não se verificou uma associação estatisticamente significativa entre a extensão de marcação da Cox-2 e o índice de proliferação celular - Ki-67.

Relativamente à intensidade de Cox-2 e ao índice de proliferação celular Ki-67 verificou-se uma associação estatística significativa, sendo p = 0,041. Os mastocitomas de intensidade moderada (++) ou forte (+++) são mais proliferativos que mastocitomas negativos (0) ou de fraca intensidade de marcação (+). De acordo com o teste de Tukey, as diferenças observadas são entre os grupos 1 (fraca intensidade) e o grupo 3 (de intensidade forte), com p = 0,049. O quadro 13 apresenta os resultados da associação entre as 2 variáveis atrás descritas.

Quadro 13: Associação entre intensidade de marcação de Cox-2 e o índice de Ki-67

Ki-67 (média + d. p.)

Intensidade de marcação da Cox-2

0 1 2 3

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