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32581 Atendimento e acolhimento às mulheres em consulta de enfermagem ginecológica

No documento EIXO TEMÁTICO V (páginas 39-41)

Siena Nogueira Guirardi; Rosana Oliveira de Melo; Jéssica Souto Maia Mascarenhas; Lais Pinheiro de Brito; Sérgio Felipe Machado Narcizo

Instituição: Universidade Estadual de Feira de Santana.

Introdução: Atualmente, no Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais frequente nas mulheres e a

quarta causa de morte na população feminina (BRASIL, 2016). O exame Papanicolau é realizado para detectar anormalidades nas células do colo do útero, sendo considerado a principal estratégia para constatar lesões imaturas e fazer o diagnóstico precoce, antes do aparecimento dos sintomas. Durante o exame deve-se realizar o acolhimento a mulher, que é preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como o ato de aproximar-se, sendo assim, uma forma de inclusão (BRASIL 2010). Objetivos: Relatar a experiência do atendimento nas consultas ginecológicas de enfermagem e médica. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência da prática em Ginecologia Preventiva, da disciplina Enfermagem na Saúde da Mulher, Criança e Adolescente I, tendo como campos da prática: o Laboratório de Enfermagem da instituição e unidades de saúde municipais. As atividades foram realizadas no período de agosto a novembro de 2013, se constituiu na anamnese (acolhimento da cliente), exame das mamas, exame ginecológico, além das orientações e encaminhamentos. Resultados: Na Ginecologia preventiva, é imprescindível o atendimento e acolhimento como preconizados pelo Ministério da Saúde. Além da realização de um bom acolhimento, é importante a capacitação profissional na execução do exame propriamente dito e no fornecimento das informações necessárias (BRASIL, 2013). Durante a prática, foi possível perceber, no atendimento de alguns profissionais, o desdém, a falta de diálogo e de consideração pela vontade da cliente, fatos que devem ser evitados porque essas condutas constituem um desrespeito aos usuários do serviço público. A partir dessa experiência, compreendeu-se a importância em sensibilizar os profissionais de saúde, principalmente os que atuam em ginecologia, a fim de conscientizá-los a respeito da importância de um atendimento mais humanizado, de se estabelecer um vínculo, uma relação de confiança com as clientes para que a realização deste exame, seja mais tranquilo e menos constrangedor. Uma maior adesão ao exame, consequentemente, diminuirá o alto número de casos de câncer do colo do útero. Conclusões: A consulta só tem sucesso quando é iniciada e conduzida de forma acolhedora, possibilitando uma interação eficaz entre profissional e usuária do serviço, deixando-a mais à vontade, quebrando tabus que permeiam esse tipo de consulta e sendo uma forma de reafirmar o que é preconizado para este tipo de atendimento, tornando-o prazeroso e humanizado. Ouvir, atentar, orientar e educar são palavras de ordem para as ações em Ginecologia Preventiva.

Descritores Ginecologia; Prevenção primária; Acolhimento; Enfermagem. Referências

BRASIL, Ministério da saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 2015. 98 p.

BRASIL, Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas Práticas de Produção de Saúde. Brasília, ed. 2ª, p. 1-43, 2010.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília, ed 6, n. 13, 2013. 124 p.

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32582 - Consulta de enfermagem no pré-natal: um espaço para educação em saúde – relato de experiência

Cristiane Alves dos Santos; Lais Costa

Instituição: Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG

Introdução: A Consulta de Enfermagem (CE) faz parte da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), sendo

uma ação privativa do enfermeiro. A aplicabilidade da CE no pré-natal de baixo risco é também um espaço para a promoção da saúde utilizando de estratégias para subsidiar maior adesão das usuárias num atendimento individual e humanizado nesta fase vital do ciclo gravídico-puerperal. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada na implantação da CE como estratégia na dimensão do processo de cuidar de gestantes no pré-natal de baixo risco. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado pela enfermeira do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia num Ambulatório de Especialidades da Serra Gaúcha entre os meses de janeiro a junho de 2016. A CE é realizada mensalmente no primeiro e no segundo trimestre da gestação, quinzenalmente no terceiro trimestre e no último mês semanalmente, intercaladas com a consulta médica. Foram atendidas neste período 16 gestantes. Resultados: Durante a CE foram aplicadas as condutas do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento – PHPN, conforme preconiza o Ministério da Saúde (2002) visando promover a saúde materno-infantil através do empoderamento, estimulando a autoconfiança da mulher na gestação, parto e puerpério, prevenindo agravos, reduzindo riscos e complicações no puerpério, favorecendo uma amamentação exitosa e um melhor preparo para a maternidade. A frequência e participação das gestantes nas consultas e atividades educativas propostas como o grupo de gestantes e fisioterapia obstétrica sinalizaram a credibilidade e importância estabelecida na consulta de enfermagem e a relação vincular e humanizada do cuidado especializado oferecido pela enfermeira no pré-natal de baixo risco. O baixo índice de gestantes encaminhadas ao serviço de Gestação de Alto Risco (GAR) e a não abstenção, caracterizou positivamente a adesão das gestantes à proposta de cuidados orientada na CE no pré-natal de baixo risco. Conclusão: A dificuldade inicial encontrada no serviço foi na abordagem da gestante para a primeira consulta de enfermagem, devido à sistemática do pré-natal neste serviço ser exclusivamente médica até o momento. Por ser uma proposta nova, surgiu a necessidade de se criar um formulário de consulta de enfermagem o qual está sendo adaptado para uso multiprofissional. Concluímos que a continuidade da implantação da CE e a adequação através de protocolo são essenciais para contextualizar ainda mais o empoderamento do enfermeiro no espaço da atenção ao pré-natal de baixo risco visando contribuir para melhoria na qualidade de vida dessas mulheres, ampliando a rede de atenção à gestante neste processo transformador da gestação.

Descritores: enfermagem, gestantes, pré-natal Referência

Ministério da Saúde (BR). Programa humanização do parto: humanização no pré-natal e nascimento. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2002.

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No documento EIXO TEMÁTICO V (páginas 39-41)

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