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EIXO TEMÁTICO V

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EIXO TEMÁTICO V

Cuidado à mulher no âmbito da atenção básica e hospitalar

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32245 - Humanização do trabalho de parto: experiência da residência multiprofissional em neonatologia

Amanda Akemi Ribeiro Naka; Renata Soares Morais; Renides Brasil de Lima; Vanessa Mesquita Ramos; Denise Lima Nogueira.

Instituições: Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS); Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA).

Introdução: A maternidade para muitas mulheres é a consagração do seu papel feminino dentro da sociedade (GALLO

et al, 2011). Este momento deve ser tratado pela equipe de forma humanizada, dando a parturiente uma atenção pautada no respeito a seus direitos, preservando sua integridade física e emocional, protegendo-a de abusos e negligência (BRASIL, 2014). Objetivos: Descrever ações realizadas na maternidade de um Hospital Amigo da Criança pela equipe multiprofissional de uma Residência em Neonatologia. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado no período de março a abril de 2016, na sala de parto da maternidade de um hospital credenciado como Amigo da criança. Participaram da abordagem parturientes internadas na sala de parto do referido setor. Resultados: A partir da inserção da equipe de residentes na sala de parto do setor da maternidade percebeu-se a necessidade de aprimorar a humanização do trabalho de parto. Iniciou-se uma conversa com as parturientes e acompanhantes mostrando os benefícios da deambulação e da adoção de posturas verticais durante o trabalho de parto. Foram realizados exercícios colocando-as no “cavalinho” e/ou na bola suíça, massagens terapêuticas, técnicas de relaxamento associadas a respiração, estimulo a deambulação e a mudança de posição durante o trabalho de parto. Percebeu-se com essas ações que houve um retardamento na utilização da ocitocina, que o trabalho de parto prolongou-se menos, e, além disso, as mulheres relataram um maior conforto e segurança durante o parto. No entanto algumas mulheres mostraram-se resistentes, optando por permanecer na posição de litotomia. Enfatiza-se que estas constituíram minoria frente as intervenções realizadas. Outro fator considerado como positivo foi a própria fala das mulheres após o parto sinalizando o quão válida foi a abordagem e apoio prestado durante o trabalho de parto e parto. Conclusões: A realização do trabalho com as parturientes foi exitosa, pois trouxe benefícios como a redução de tempo do trabalho de parto, do uso de medicações e o maior conforto e segurança durante este momento tão importante que é o nascimento de um filho, no entanto nos deparamos com algumas dificuldades como o limitado espaço físico e a resistência de algumas mulheres. Considera-se relevante a reflexão e efetivação da humanização do trabalho de forma a promover um maior conforto e segurança a estas mulheres.

Descritores: Parto Humanizado; Humanização da Assistência; Enfermagem. Referências

GALLO, R. B.S. et al. Recursos não-farmacológicos no trabalho de parto: protocolo assistencial. FEMINA, v. 39, n. 1, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.v. 4. p. 465. ISBN 978-85-334-2136-3.

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32276 - Assistência de enfermagem a portadoras de câncer de mama na gestação

Mariana Maria Pereira Cintra Farias; Monik Amanda Lins Moura; Paula Weslânnya Porto da Silva Farias; Lhayse dos Santos Lopes; Irena Penha Duprat

Instituição:Universidade Estadual de Ciências da Saúde De Alagoas - UNCISAL

Introdução: o câncer de mama é muito comum em mulheres acima dos 35 anos e caracteriza-se por ser um tumor

maligno que tem como consequência o crescimento desordenado das células da mama (lima, 2009). Com a mudança de hábitos de vida da mulher moderna, que escolhe retardar a gravidez para as terceira e quarta décadas de sua vida, há o aumento dos riscos desta doença associado ao período gestacional (monteiro, 2013). O enfermeiro inserido no cuidado direcionado à mulher precisa implementar estratégias para intensificar as ações de prevenção e detecção precoce do câncer de mama, principalmente no período gestacional (Fernandes, 2011). Ainda existem lacunas na abordagem a gestante com câncer de mama, e isso se dá, principalmente, devido a uma assistência inadequada realizada, sobretudo, na atenção primária. Objetivo: avaliar a assistência de enfermagem à gestante com câncer de mama, buscando contribuir com as evidências para uma assistência de enfermagem mais efetiva, e com abordagem especial para essas gestantes. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que para sua elaboração foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF, onde foram encontrados 114 artigos, dos quais apenas 11 se encaixaram nos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, sendo selecionados para compor a amostra. Resultados: foram selecionadas 4 pesquisas de campo; 4 revisões de literatura; 2 casos clínicos e 1 artigo de atualização. Os anos de 2008, 2011 e 2012 apresentaram maior número de publicações sobre a temática com 3, 2 e 2 artigos respectivamente; 2 dos 11 artigos foram publicados em periódicos de enfermagem e todos foram no idioma português. Após a análise e síntese dos artigos selecionados surgiram três categorias principais: estadiamento clínico e diagnóstico do câncer; assistência de enfermagem na gestação e empoderamento da gestante. Conclusão: identificou-se que as lacunas envolvidas na assistência de enfermagem à gestante com câncer de mama ainda existem e precisam ser desestruturadas através da prática assistencial efetiva e de qualidade. Foi possível perceber mais uma vez a importância do cuidado integral e individualizado às gestantes, em que o enfermeiro inserido à frente desta prática, contribui de modo proporcional à assistência prestada. Podemos relacionar o quanto uma prática assistencial de qualidade está intimamente ligada ao empoderamento da mulher que, através de orientações e incentivos adequados, são movidas a serem coparticipantes nas ações de saúde, sempre respeitando suas perspectivas individuais e olhar sociocultural.

Descritores: gestantes. Complicações na gravidez. Neoplasias mamárias. Cuidados de enfermagem. Referências

Lima, a.p. et al. Câncer de mama e de colo uterino no período gestacional: uma revisão de literatura. Cienc cuid saude; 8(4):699-706. Out/dez, 2009.

Monteiro, d.l.m. et al. Câncer de mama na gravidez e quimioterapia: revisão sistemática. Rev. Assoc. Med. Bras. Vol.59 no.2 são paulo, março/abril, 2013.

Fernandes, a.f.c. et al. O prognóstico de câncer de mama na gravidez: evidências para o cuidado de enfermagem. Revista latino-americana de enfermagem. Dezembro, 2011.

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32287 - Perfil das nutrizes doadoras de um banco de leite humano

Larissa Gramazio Soares1; Dirléia Dolinski2; Leticia Gramazio Soares3; Verônica de Azevedo Mazza4

Introdução: O aleitamento materno (AM) contribui consideravelmente para redução da mortalidade infantil e para o

crescimento e desenvolvimento saudável da criança por apresentar vantagens imunológicas, psicológicas e nutricionais (SANTANA, BRITO E SANTOS; 2013). Tendo em vistas as vantagens do AM, o Banco de Leite Humano (BLH) surge como um serviço especializado voltado à saúde materno-infantil, com vistas a promoção, proteção e apoio ao AM, além do processamento, coleta e distribuição de leite humano (LH) (BRASIL, 2006). Entretanto, deve-se considerar que o volume de LH doado disponível nos bancos ainda é insuficiente para suprir toda a demanda existente, caracterizando como um desafio a ser superado (LUNA; OLIVEIRA; SILVA, 2014). Objetivo: Caracterizar o perfil das doadoras de LH no município de Guarapuava-Pr. Metodologia: Estudo quantitativo de corte transversal, realizado no BLH de Guarapuava-Pr. Os dados foram coletados, no período de janeiro e fevereiro de 2015, a partir de formulários arquivados no BLH. A população de estudo constituiu-se de 57 mulheres que doaram leite no período de outubro de 2013 a outubro de 2014, referente ao primeiro ano de prestação do serviço. Os dados foram tabulados e analisados pelo Software Excel 2007, por meio de estatística simples. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICENTRO pelo parecer nº 840.199/2014. Resultados: em relação a faixa etária 40,4% das doadoras tinham entre 26 a 32 anos; 77,2% eram casadas; 26,3% declararam sua ocupação como sendo do lar; 70,2% declararam ter de 1 a 2 filhos; 100% das nutrizes realizaram o pré-natal; 10,5% apresentaram algum tipo de intercorrência durante a gestação; 1,8% afirmaram ser tabagistas, e nenhuma fazia uso de substância alcoólica; 65% tiveram parto cesáreo e a idade gestacional prevalecente foi entre 37 a 41 semanas com 36,9%; em relação ao peso ao nascer 28,1% pesou entre 2500g a 3500g. Relacionado às indicações de doações ao BLH, 58% foram orientadas a doar pelos serviços de saúde, e 31,6% revelaram que o maior motivação para doação foi por excesso de leite.

Conclusões: As doadoras de LH são jovens, multíparas, com situação conjugal estável e com acesso à atenção

pré-natal. Estes dados refletem um maior preparo das mulheres multíparas por já terem vivenciado a prática da amamentação, além disso evidencia-se a importância do acompanhamento do pré-natal, por ser um momento crucial na decisão de amamentar. A prevalência do parto cesáreo representa o atual panorama brasileiro sobre a situação da atenção ao parto e nascimento, porém cabe destacar que mesmo com as dificuldades que este tipo de parto pode causar em relação a apojadura mais lenta e contato mãe-filho mais demorada, este não foi impeditivo para as nutrizes realizarem a doação. Destaca-se a importância dos serviços de saúde na indicação do BLH no apoio e incentivo ao AM. Foi importante delinear as principais características das doadoras, pois a partir deste conhecimento pode-se direcionar ações com vistas à captação de possíveis doadoras de outras realidades para otimizar o processo de trabalho do BLH.

Descritores: Enfermagem; Amamentação; Bancos de Leite; Doação. Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. RDC-ANVISA nº. DE 171, de 04 de setembro de 2006. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o funcionamento de Bancos de Leite Humano.Anvisa. 2005-2009.

CARNEIRO, L.M.M.C.; BARBIERI, F.; MORO, A.S.S.; FREITAS, H.M.B.; COLOMÉ, J.S.; BACKES, D.S. Prática do aleitamento materno por puérperas: fatores de risco para o desmame precoce. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 15, n. 2, p. 239-248, 2014.

LUNA F. D. T.; OLIVEIRA J. D. L.; SILVA L. R. M.; Banco de leite humano e estratégia saúde da família: parceria em favor da vida. Rev Bras Med Fam Comunidade. v. 9, n.33, p. 358-364, 2014. SANTANA, J.M.; BRITO, S. M.; SANTOS, D. B. Amamentação: conhecimento e prática de gestantes.Revista O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 37, n. 3, p. 259-267, 2013.

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1

Enfermeira. Doutoranda pelo Programa de Pós- Graduação em Enfermagem da UFPR. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Paraná. Membro do GEFASED. E-mail: lari_gramazio@hotmail.com

2

Enfermeira. Graduada pela Universidade Estadual do Paraná. E-mail: dirleiadolinski@gmail.com

3

Enfermeira. Doutoranda pelo Programa de Pós- Graduação em Enfermagem da UEM. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Paraná. E-mail: leticiagramazio13@gmail.com

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32294 - O incentivo do autoexame das mamas como forma de detecção precoce para o câncer

Lhayse dos Santos Lopes; Paula Weslânnya Porto da Silva Farias; Mariana Maria Pereira Cintra Farias; Monik Amanda Lins Moura; Dannyelly Dayane Alves de Lima

Instituição: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.

Introdução: O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma

um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas (INCA, 2014). No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, o que probabiliza que a doença só está sendo diagnosticada nos estágios avançados (BRASIL, 2014). O autoexame das mamas é capaz de identificar nódulos a partir de dois a três centímetros de diâmetro, por isso a importância de ser ensinado da maneira correta e incentivar a mulher a praticá-lo, estimulando assim sua consciência corporal e autoconhecimento (GOMES, 2016). Objetivos: relatar a experiência de discentes em enfermagem sobre o incentivo da realização do autoexame das mamas, através de ações de prevenção a saúde. Metodologia: trata-se de um relato de experiência realizado por estudantes do terceiro ano de enfermagem, frente a prática supervisionada de consulta ginecológica em uma ONG em Maceió. Resultados: durante a espera das mulheres para a realização da consulta ginecológica, foi organizado pelos discentes uma sala de espera, que teve como tema abordado a importância do conhecimento de seu próprio corpo, a partir do autoexame, entre eles, o autoexame da mama que tem grande contribuição na detecção precoce do câncer. Durante a conversa e troca de experiências, foi explicado o que é o câncer de mama e quais os malefícios que ele traz para a saúde da mulher, podendo gerar graves complicações e levar a morte, logo em seguida, mostrou-se quais as formas de identifica-lo, como por exemplo, a realização do autoexame das mamas como forma de detecção precoce de nódulos ou qualquer estrutura estranha nas mamas. Posteriormente, foi ensinado a forma correta de realizar o autoexame, que pode ser feito enquanto a mulher estiver deitada ou até mesmo de frente ao espelho, ressaltando a importância de não só tocar, mas também de observar a aparência das mamas. Alertou-se também que mesmo realizando o autoexame mensalmente, ele não previne o câncer e não substitui de forma alguma a realização da ultrassonografia mamária e a mamografia, mas, quando juntamos um ao outro, o resultado é mais fidedigno. Concluões: Assim, pode-se perceber um maior esclarecimento das mulheres sobre a temática, bem como a disseminação da importância da consulta ginecológica e o reconhecimento dos benefícios que o autoexame das mamas traz para a mulher, contribuindo na conscientização e autocuidado das mesmas.

Descritores: Saúde da Mulher. Prevenção. Autocuidado. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema de Informações sobre mortalidade (SIM). Brasília – DF, 2014.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA – INCA. CÂNCER DE MAMA: é preciso falar sobre isso. Rio de Janeiro, 2014.

GOMES, L.B. PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA: ações desenvolvidas no estágio multiprofissional interiorizado – relato de experiência. UEPB: Paraíba, 2016.

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32311 - Síndromes hipertensivas e fatores de risco associados à gestação

Ivana Mota dos Santos; Isabella Félix Meira Araújo; Pietro Araújo dos Santos; Renata Lopes de Oliveira; Climene Laura de Camargo

Instituições: Universidade Federal da Bahia; Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Introdução: A gravidez é um momento único e singular para a mulher, já que representa a renovação do núcleo

familiar. No entanto, este período gestacional pode por vezes acarretar riscos materno-fetais caracterizando a chamada gravidez de alto risco (TEIXEIRA et al., 2012). Estima-se que, no mundo, 1.000 mulheres morram de complicações na gestação ou no parto todos os dias. Em 2008, a mortalidade de mulheres por conseqüência da gestação de alto risco resultou em 358.000 e até o final de 2015 foram totalizados 303.000 óbitos maternos (WHO, 2015).A síndrome hipertensiva gestacional (SHEG) é uma doença multissistêmica, que acontece ao final do período gestacional e se apresenta em várias formas clínicas, estando em evidência a Hipertensão gestacional, a pré-eclampsia (PE), a eclampsia e a síndrome de HELLP (ANGONESI; POLATO, 2007).Objetivo: Identificar na literatura os fatores de

risco associados às síndromes hipertensivas da gestação. Metodologia: Caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura referente a produções científicas sobre os fatores de risco associados às síndromes hipertensivas da gravidez. A coleta de dados ocorreu no período de maio a junho de 2016. A revisão foi realizada a partir das bases de dados eletrônicos da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Centro Nacional de Informação de Ciências Médicas de Cuba (CUMED), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Instituto Brasileiro de Ensino em Ciências da Saúde (IBECS) consultadas através do site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), publicados no período de 2000 à 2106. Os descritores foram: Hipertensão gestacional e Fatores de risco. Resultados: Identificou-se uma amostra no total de 207 produções. Foram escolhidos 44 artigos e após a leitura integral dos textos selecionou-se 17 artigos. Os principais fatores de risco que favorecem o desenvolvimento de síndromes hipertensivas na gestação são: histórico familiar, extremos de idade materna, cor e a obesidade (FERRÃO et al., 2006). Conclusões: Os resultados permitiram identificar os seguintes fatores de risco para SHEG: Idades extremas, raça não-branca, nível socioeconômico e demográfico desfavorável, antecedentes pessoais e familiares para PE, sobrepeso, nutrição inadequada, hipertensão arterial crônica e DM. Logo, analisar estes fatores de risco é imprescindível, no sentido de orientar os profissionais de saúde para o a prevenção, diagnóstico precoce, reduzindo os danos às mães e aos conceptos.

Descritores: Hipertensão induzida pela gestação; Gravidez de alto risco; Enfermagem Obstétrica.

Referências

ANGONESI, Janaína; POLATO, Angelita. Doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), incidência à evolução para a Síndrome de HELLP. Rev. bras. anal. clin, v. 39, n. 4, p. 243-245, 2007.

FERRÃO, Mauro Henrique de Lima, et al. Efetividade do tratamento de gestantes hipertensas. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 52, n. 6, p. 390-394, 2006.

TEIXEIRA, Fanaia et al. Mortalidade materna e sua interface com a raça em Mato Grosso. Revista Brasileira de Saude Materno Infantil, v. 12, n. 1, 2012.

WORLD HEALT ORGANIZATION (WHO). Maternal Mortality [Internet]. Genebra; 2015 [citad2016maio17]. Available from:

https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=ptBR&prev=search&rurl=tnslate.google.com.br&sl =en&u=http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs348/en/&usgALkJrhikiQRt6fBj-QdeTvlxF70m1KgQ4Q#.

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32312 - Tromboembolismo venoso profundo em mulheres no ciclo gravídico

Caroline Lima dos Reis;Catarine Albuquerque Santana; Kelvyn dos Santos Trancoso; Lourivânia Oliveira Melo Prado; Sheila Jaqueline Gomes dos Santos Oliveira

Instituição: Universidade Tiradentes – UNIT.

Introdução: O Tromboembolismo Venoso Profundo (TVP) é uma das principais causas de morte em mulheres no

período gestacional, obtendo uma probabilidade de até seis vezes maior o seu desenvolvimento do que em não gestantes, assim apresentando uma incidência entre 0,76 a 1,72 a cada 1000 gestações (PONTES et al., 2013). Em uma metanálise apontou que cerca de dois terços dos casos de TVP eram igualmente distribuídos nos três trimestres da gestação. Os eventos de TVP em gestantes geralmente se apresentam em cerca de 70 a 90% dos casos no membro inferior esquerdo devido a compressão da veia ilíaca que tem seu cruzamento com a artéria ilíaca direita (SULTAN et al., 2012). Objetivos: Alencar os principais tópicos sobre o tromboembolismo venoso profundo no período gestacional, condutas para sua prevenção e tratamento. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, onde os autores realizaram buscas nas principais bases de dados de referência em saúde, como a Scielo (Scientific Electronic Library Online), MEDLINE, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e PUBMED. Onde foi utilizado descritores de acordo com o DeCS (Descritores em Ciência da Saúde) como: complicações na gravidez, tromboembolia venosa e gestante. Foram encontradas 25 publicações, destas 10 foram descartadas por não contemplarem os critérios propostos pela temática e dos 15 artigos restantes foram selecionados os cinco mais relevantes nas modalidades de artigos originais e editoriais, nos idiomas português e inglês, sem restrição de ano.

Resultados: De acordo com Silveira (2002), a deficiência em antitrombina (AT) e proteína S, são fatores que predispõe

a gestante a desenvolver eventos trombofilicos, assim associando ao alto risco de morte no período gestacional, desta forma se fazendo necessário ações de avaliação multidisciplinar na anamnese clínica destas pacientes. A TVP em gestante tem uma probabilidade de mais de 70% de ocorrência na região iliofemorais, enquanto em mulheres não gravidas tem uma incidência de 9% (PONTES et al., 2013). Sua profilaxia é baseada em hidratação adequada, uso de meias de compressão, evitar longas viagens terrestres e aéreas (mais de 4 horas), além da deambulação durante e após o parto que se tornam indispensáveis na prevenção dessa comorbidade. Segundo Kalil (2008), o tratamento da TVP em mulheres no período gravídico se baseia nos mesmo princípios que as não gravidas, com a adesão da anticoagulação plena que varias por período de 3 a 9 meses, a utilização de Heparina de baixo peso molecular se mostra promissor no tratamento da TVP. Conclusões: A TVP consiste em uma expressiva porcentagem nas causas de mortes em mulheres em ciclo gravídico em todo mundo. Ações como o tratamento profilático e uma avaliação clínica efetiva, são os principais fatores na redução de mortes destes indivíduos. A utilização da heparina de baixo peso tem vem mostrando resultados positivos em mulheres que necessitam desse aporte farmacológico.

Descritores: Complicações na Gravidez; Gestante; Tromboembolia Venosa. Referências

KALIL, J. A. Investigação da Trombose Venosa em Gestantes. J.Vasc.Bras, v.7, n.1, p.28-37, 2008.

PONTES, L.G.B. et al. Eventos tromboembólicos na gestação e puerpério: Revisão Sistemática e Recomendação atual. Femina (Rio de Janeiro), v.41, p.9-16, 2013.

SILVEIRA, P.R.M. Trombose venosa profunda e gestação: aspectos etiopatogênicos e terapêuticos. J.Vasc.Bras, v.1, n.1, p.65-70, 2002.

SULTAN, A. A. et al. Risk of first venous thromboembolism in and around pregnancy: A population – based cohort study. Br J Hematol, v. 156, n. 3, p. 366-373, 2012.

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32328 - Assistência de enfermagem à puérpera diagnosticada com trombose venosa profunda

Thaíssa de Araújo Ferreira Marques Santos; Danielle Machado Oliveira; Raissa Stephanie Coelho de Freitas; David Bernar Oliveira Guimarães; Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino

Instituição: Universidade Federal do Piauí

Introdução: A trombose venosa profunda (TVP) é caracterizada pela formação de trombos dentro de veias profundas,

ocasionando obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores, cerca de 80 a 95% dos casos. O coágulo sanguíneo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região afetada. A situação pode se tornar ainda mais grave quando o coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, denominando-se embolia, podendo atingir os pulmões, coração, cérebro e outras áreas (BARROS; PEREIRA; PINTOS, 2012). Caso Clínico: B.K.A.P., 19 anos, G4P3A1 (3N/1C), no puerpério de parto cesariano há 16 dias, com quadro de dor e edema assimétrico em MIE

há 13 dias. Apresentou Sinal de Homans positivo em MIE, associado à inflamação do membro. Possui antecedentes familiares de DM e HAS. Nega doenças crônicas. Pratica atividade física ocasionalmente. Sofreu um aborto aos 16 anos, após fazer uso de medicamentos para esse fim. Teve a primeira relação sexual aos 13 anos, tendo então engravidado do primeiro filho, e um único parceiro sexual ao longo da vida. US com Doppler realizada, evidenciando Trombose Venosa Profunda (TVP) aguda em femorais comum e superficial, poplítea, fibulares, tibiais (terços proximais) e veias da panturrilha, com extensão à safena interna. Objetivo: Descrever a assistência de enfermagem a uma puérpera diagnosticada com Trombose Venosa Profunda Metodologia: Trata-se de um estudo de caso elaborado com base na teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta (HORTA, 1979), realizado no mês de junho de 2016. A coleta de dados foi através da anamnese e exame físico e complementado com dados do prontuário.

Resultados: Os Diagnósticos de Enfermagem foram: (D.E.1) Mobilidade física prejudicada relacionada a desconforto e

dor, caracterizada por movimentos lentos. (D.E.2) Dor aguda relacionada a agentes lesivos, caracterizada por distúrbio no padrão de sono e relato verbal de dor. (D.E.3) Risco de infecção relacionado a internação hospitalar e procedimentos invasivos. Prescrições de Enfermagem foram: Implementar medidas de conforto (analgésico se dor), repouso no leito (se dor), monitorar SSVV, monitorar sintomas de infecção, avaliar queixa de dor, administrar analgésicos e observar resultados de exames. Plano de Alta: Orientar deambulação; Orientar ao aumento de peso corporal; Orientar quanto ao uso de anticoncepcionais; Orientar quanto a não ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo; Orientar quanto à prática de exercícios físicos regularmente; Orientar quanto ao uso de meias compressivas. Conclusões: A teoria de Wanda Horta se aplica a este caso em estudo de maneira bastante satisfatória, uma vez que visa a identificação de problemas nas esferas biológica e social da puérpera, objetivando promover o conforto e bem-estar a partir da satisfação das necessidades mais básicas.

Descritores: Cuidados de Enfermagem; Trombose Venosa; Período Pós-Parto. Teoria de Enfermagem. Referências

BARROS, M. V. L.; PEREIRA, V.S.R.; PINTO, D.M. Controvérsias no diagnóstico e tratamento da trombose venosa profunda pela ecografia vascular. J. Vasc. Bras. v. 11, n. 2, 2012.

BRASIL, Ministério da Saúde. Gestação de Alto Risco: Manual Técnico. 5 ed. Brasília-DF, 2012. HORTA, W. A. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.

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32338 - A importância do teste rápido de sífilis no pré-natal

Caroline Lima dos Reis; Catarine Albuquerque Santana; Juliana de Vasconcelos Cerqueira Braz

Instituição: Universidade Tiradentes – UNIT

Introdução: A sífilis congênita é um desafio para a saúde pública brasileira, pois apesar de ser uma doença prevenível

através do diagnóstico e tratamento, percebe-se que há um crescimento da incidência dessa enfermidade (FRANÇA et al, 2015). O número crescente dessas notificações não ocorre apenas no Brasil, mas em âmbito mundial, visto que a sífilis acomete anualmente cerca de 12 milhões de pessoas adultas e 90% desses novos casos estão em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que a prevalência da sífilis em parturientes varia entre 1,4% e 2,8% com uma taxa de transmissão vertical de 25%. Maiores índices de notificação da sífilis congênita concentraram-se na Região Sudeste, seguida da Região Nordeste, com 45,9% e 31,4%, respectivamente. (FRANÇA et al, 2015). A sífilis na gestação é uma das causas de óbitos perinatais, óbitos neonatais e natimortos. Objetivo: Descrever a importância da utilização do teste rápido de sífilis nas gestantes nas consultas de pré-natal no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, de caráter descritivo com estratégia de busca nas seguintes bases de dados: PUBMED, Scielo e BVS. Onde foi utilizado seguintes descritores de acordo com o DeCS (Descritores em Ciência da Saúde): Infecções Sexualmente Transmissíveis; Gestantes; Sífilis. Os critérios de inclusão do estudo foram: modalidades artigos originais e editorias, disponível na íntegra no período de 2012 a 2015 e nos idiomas português e inglês. Resultados: Após a busca nas bases de dados descritas foram encontradas 16 publicações, 11 destas publicações foram descartadas por não contemplarem os critérios propostos pela temática, os 5 mais relevantes foram selecionados nas modalidades de artigos originais e editoriais. Segundo França et al. (2015) e Nascimento (2012), “no pré-natal, o profissional de saúde deve oportunizar a gestante a realização do teste rápido de sífilis na primeira consulta e a sorologia não treponema (VDRL), em dois momentos da assistência ao pré-natal”. Para Magalhães et al. (2013), “os testes rápidos para sífilis têm como requisitos: o resultado rápido, apenas quinze minutos, fáceis de usar por profissionais de saúde da atenção básica, não necessitem recursos laboratoriais tradicionais, estáveis à temperatura ambiente, possuam boa sensibilidade e especificidade e baixo custo”. Com essas características, os testes podem ser utilizados em larga escala nos serviços de assistência primária de saúde como o Programa de Saúde da Família e também em maternidades (LIMA et al, 2013). A utilização dos testes rápidos, para o diagnóstico de infecção da sífilis na gestação é uma estratégia eficaz na implementação de novas medidas de abordagem para o diagnóstico rápido e eficaz dessas infecções durante a assistência ao pré-natal e ao parto. Conclusão: O controle da sífilis congênita só será possível quando se priorizar o diagnóstico precoce e assegurar o tratamento da gestante. Portanto a utilização dos testes rápidos no atendimento ao pré-natal, pode acelerar a identificação da patologia precocemente, principalmente em áreas com recursos diagnósticos limitados, desta maneira minimizando os agravos causados pela sífilis congênita ao recém-nascido.

Descritores: Infecções Sexualmente Transmissíveis; Gestantes; Sífilis. Referências

BRIGNOL, Sandra. et al. Vulnerability in the context of HIV and syphilis infection in a population of men who have sex with men (MSM) in Salvador, Bahia State, Braz. Caderno Saúde Pública. vol.31, n.5, 2015.

FRANÇA, I.S.X de., et al; Fatores associados à notificação da sífilis congênita: um indicador de qualidade da assistência pré-natal. Revista Rene. v.16, n.3, p.374-81, 2015.

LIMA M.G., et al; Incidência e fatores de risco para sífilis congênita em Belo Horizonte, Minas Gerais. 2001-2008. Ciências Saúde Coletiva. v. 18, n.2, p.499-506,2013.

MAGALHÃES, D.M.S., et al; Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Caderno Saúde Pública. vol.29, n.6, Rio de Janeiro, 2013.

NASCIMENTO, M.I., et al; Gestações complicadas por sífilis materna e óbito fetal. Revista Brasileira Ginecologia e Obstetrícia. v.34, n.2, p.56-62, 2012.

(10)

337

32352 - Assistência pré-natal às gestantes em regime prisional

Luciana de Santana Lôbo Silva; Max Oliveira Menezes; Roberta Carozo Torres; Sacha Jamile de Oliveira; Eliana Ofélia Lappa-rodriguez

Instituição: Universidade Federal de Sergipe.

Introdução: Com o aumento da violência e a participação da mulher na criminalidade, a população feminina carcerária

tem crescido de forma significativa. Em virtude dessa superlotação, os direitos humanos e a legislação brasileira têm sido violados (BRASIL, 2009). Em 2003, foi criado o Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional com o intuito de assegurar o acesso à saúde das pessoas presas, oferecendo ações e serviços de atenção básica dentro das unidades prisionais por equipe multiprofissional para prevenção, promoção e atenção integral à saúde, incluindo pré-natal (BRASIL, 2005). Objetivo: Descrever a assistência pré-natal às gestantes em regime prisional no estado de Sergipe.

Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, realizada em uma penitenciária

feminina de Sergipe. Esta possui um ambulatório com dois consultórios e a equipe de saúde é composta por um médico clínico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem, um odontólogo, um psicólogo e um assistente social. Foram incluídas no estudo detentas que se encontravam gestantes no período de setembro a novembro de 2015, que concordaram em participar da pesquisa. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: análise de prontuários e realização de entrevistas por meio de um roteiro semiestruturado. Foram asseguradas as normas da Resolução 466/2012. Resultados: Foram entrevistadas quatro detentas, as quais possuíam faixa etária entre 19 e 25 anos, com idade gestacional entre 17 e 26 semanas e 75% não concluiu o ensino médio. O crime perpetrado por todas elas estava relacionado ao tráfico de drogas. Quanto aos companheiros, estes não foram assíduos às visitas por se encontrarem detidos ou foragidos. O tempo de permanência no presídio variou entre quinze dias e seis meses. As gestantes admitiram ter iniciado o natal antes da reclusão. Ficou evidente um déficit no acompanhamento pré-natal na instituição, pois 75% das mulheres não recebeu nenhuma consulta por profissional de nível superior. A que recebeu relatou uma abordagem mecanicista. Todas afirmaram que não receberam nenhum tipo de orientação por parte da equipe de saúde do presídio. Em geral, 50% das gestantes avaliaram o serviço de saúde da instituição como péssimo devido à demora ao atendimento em caso de dor e sangramento. Conclusão: A partir deste estudo ficou evidente o perfil das gestantes reclusas do estado de Sergipe, onde a maioria é jovem, de baixa escolaridade e nível econômico, e sem uma rede social e familiar estabelecida. Assim, torna-se necessário o fortalecimento das políticas públicas para a população carcerária, sobretudo no que diz respeito a atenção integral à saúde da gestante.

Descritores: Gestantes, Serviços de Saúde, Prisões, Saúde da Mulher, Enfermagem. Referências

BRASIL, Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. 2. ed. Brasília-DF: Ministério da Saúde; 2005.

BRASIL. Lei nº 11.942, de 28 de maio de 2009. Dá nova redação aos arts. 14, 83 e 89 da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, para assegurar às mães presas e aos recém-nascidos condições mínimas de assistência. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 2009

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338

32357 - Atuação de enfermeiras residentes em obstetrícia na assistência ao parto

Ariane Teixeira de Santana; Lívia Pinheiro Pereira; Marimeire Morais da Conceição; Ridalva Dias Martins Felzemburgh;

Instituição: Universidade Federal da Bahia

Introdução: O Brasil apresenta um panorama epidemiológico com altas taxas de mortalidade materna e perinatal, uso

indiscriminado de intervenções e altas taxas de cesárea. Neste contexto o Ministério da Saúde em 2012 lança o Programa Nacional de Residência em Enfermagem Obstétrica. Programa destinado a incentivar instituições de educação superior a formarem profissionais de enfermagem especialistas em obstetrícia. Esta ação busca contribuir para a qualificação da assistência obstétrica, através da capacitação de enfermeiras para um cuidado humanizado, a fim de melhorar e transformar o modelo de atenção à saúde da mulher. Objetivo: descrever as boas práticas de atenção ao parto e as intervenções obstétricas realizadas por enfermeiras residentes em obstetrícia, durante a assistência ao parto de risco obstétrico habitual, em uma maternidade pública de Salvador. Método: estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa, realizado a partir de dados de 102 parturientes, no período de fevereiro a abril de 2016. A coleta dos dados deu-se através do levantamento de informações em prontuários clínicos, para a análise, utilizou-se estatística descritiva com frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas avaliadas. Resultados: constatou-se que 100% das mulheres utilizaram algum tipo de método não farmacológico para alivio dor, sendo o banho quente de aspersão o método de eleição; 99% das mulheres ingeriram líquidos; 94% tiveram a presença de um acompanhante de livre escolha; 99% deambularam durante o trabalho de parto; 100% tiveram liberdade de posição durante o parto. Destaca-se, que nenhuma mulher deste estudo foi submetidas à episiotomia e mais de 70% das mulheres não foram submetidas a qualquer outra intervenção obstétrica. Conclusões: o Programa de Residência em Enfermagem, ponto importante no processo de humanização do parto, associa-se diretamente ao aumento dos índices de partos normais, maior utilização de boas práticas na assistência ao parto e redução das intervenções obstétricas. É importante que os gestores de saúde proporcionem condições para a implementação do modelo de assistência que inclua a enfermeira obstetra e obstetriz na assistência ao parto de baixo risco, por apresentar vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das mulheres. A transformação do modelo assistencial obstétrico é um desafio atual que requer esforços tanto de gestores quanto dos profissionais de saúde. Os dados este estudo demostram que a utilização das boas práticas, recomentadas pelo OMS e Ministério da Saúde estão sendo amplamente empregadas. Bem como, a discreta utilização de intervenção durante o trabalho de parto e parto, permitindo que mais mulheres possam vivenciar partos mais fisiológicos.

Descritores: Parto humanizado; Enfermeiras obstétricas; Parto; Trabalho de Parto; Saúde materno-infantil. Referencias:

LEAL, M C; PEREIRA A P E; DOMINGUES RM S M, et al . Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cad. Saúde Pública [Internet].

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/ Portaria conjunta nº 5, de 31 de outubro de 2012. Nacional de Bolsas para Residência em Enfermagem Obstétrica. Brasília, DF, 2012;

BRASIL Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento/Ministério da Saúde. – Brasília, 2014. 465 p.; v. 4.ISBN 978-85-334-2136-3.

MERIGHI, M. A. B.; GUALDA, D. M. R. O cuidado à saúde materna no Brasil e o resgate do ensino de obstetrizes para assistência ao parto. Revista Latino-americana deEnfermagem, Ribeirão Preto, v. 17, n. 2, p. 265-270, mar./abr. 2009;

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32360 - Assistência de enfermagem no pré-natal à gestante com sífilis

Alice Soares Araújo Silva; Ananda Victoria dos Santos Gonçalves; Luiza Santos da Costa Neta; Pamela da Cruz Machado; Flávia Pimentel

Instituição: UNIFACS/ Laureate International Universities

Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e apesar de ser uma doença

prevenível e de fácil tratamento, ainda é responsável por altos índices de mortalidade. A falta de acesso ao pré-natal e sua baixa qualidade ainda são considerados fatores predisponentes para a persistência da morbidade no Brasil. Dessa forma a atuação do enfermeiro no cuidado e acompanhamento às gestantes no pré-natal traduz-se como um fator de grande importância no que se refere a assistência integral. Objetivo: Descrever a assistência de enfermagem no pré-natal às gestantes com sífilis. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada na base de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), à partir dos descritores: “Transmissão vertical de doença infecciosa”, “Saúde da mulher” e ¨Cuidados de enfermagem¨. Como critérios de inclusão: artigos que abordaram o tema, disponíveis online, no idioma português, na íntegra, artigos publicados nos últimos seis anos. E como critérios de exclusão: estudos repetidos na base de dados. Resultados: Os principais cuidados realizados pela equipe de enfermagem durante o período pré-natal descritos na literatura foram: executar o exame físico em busca de manchas ou cancros; anamnese para obtenção de informações de sua sintomatologia e histórico; a realização dos testes não treponêmicos e treponêmicos; tratamento da mulher e do parceiro com penicilina benzatina e em casos alérgicos, substituição pela eritromicina; reforçar a necessidade da utilização do preservativo no ato sexual; alertar sobre os riscos da doença para a saúde do binômio, destacando a importância do acompanhamento pós-parto; orientar sobre a importância do tratamento durante o período gestacional e as possíveis consequências de descontinuidade deste. Conclusões: A assistência de enfermagem no pré-natal à gestante com sífilis envolve a mulher e o parceiro promovendo cuidados que repercutem na redução da transmissão vertical da sífilis congênita e manutenção da saúde das gestantes.

Descritores: “Transmissão vertical de doença infecciosa”, “Saúde da mulher” e ¨Cuidados de enfermagem¨. Referências

NASCIMENTO, M. I. do et al. Gestações complicadas por sífilis materna e óbito fetal. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 34, n. 2, p. 56-62, 2012.

MAGALHÃES, D. M. S. el at. A sífilis na gestação e sua influência na morbimortalidade materno-infantil; Com. Ciências Saúde - 22 Sup 1:S43-S54, 2011.

DOMINGUES, R. M. S. M. et al. Manejo da sífilis na gestação: conhecimentos, práticas e atitudes dos profissionais pré-natalistas da rede SUS do município do Rio de Janeiro. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 5, p. 1341-1351, 2013.

MAGALHAES, D. M. S. et al. Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 6, p. 1109-1120, 2013.

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340

32368 - Papel da enfermagem no pré-natal de qualidade para redução da morbimortalidade materno-infantil

Ellen Sterphanie Alves da Silva¹; Daniela Maria Baur¹; Vivia Conceição Silva²; Marcella Cristine Alves dos Santos³; Amanda Siqueira de Medeiros³.

Introdução: O pré-natal tem o objetivo de acolher a mulher a partir do diagnóstico precoce de gravidez, garantindo-a

acesso a ações educativas, orientações, cuidados, condutas e procedimentos a favor da sua saúde e a do concepto. A atenção adequada viabiliza desfechos positivos ao detectar precocemente sinais de risco que possam influenciar na saúde tanto da mãe quanto do filho (DUARTE; MAMEDE, 2013). Objetivo: O estudo teve por objetivo analisar publicações relacionadas à assistência de Enfermagem ao pré-natal de risco habitual, considerando que assistência de qualidade contribui para redução da taxa morbimortalidade materno-infantil. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada através de materiais científicos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde – BIREME, LILACS, MEDLINE. Por meio dos descritores “Pré-natal”, “Atenção Primária;” e “Enfermagem.”, foram encontrados 104 artigos, dos quais selecionou-se 23, considerando os critérios: texto completo disponível; ano de publicação entre 2011 e 2014; disponíveis na língua portuguesa. A partir da amostra encontrada, foram retirados os artigos que estavam em repetição, restando 18 artigos. Os mesmos foram lidos e categorizados de acordo com ano de publicação, tema, resultados e tipo de abordagem. Resultados: 100% dos artigos encontrados, 11,11% foram publicados no ano de 2011, 16,66% em 2012, 38,88% em 2013 e 33,88% em 2014. 07 dos artigos encontrados tratavam da qualidade do pré-natal, avaliando suas necessidades e suas contribuições para redução da morbimortalidade, enfatizando que qualidade pré-natal não só está associada a bons índices de números de consultas ou a que idade gestacional iniciou-se o pré-natal, mas também ao comprometimento na qualidade da atenção prestada. 02 artigos tratavam da importância da educação em saúde no ciclo gravídico-puerperal, considerando que práticas educativas estão diretamente relacionadas à adesão das gestantes ao pré-natal. 03 artigos tratavam a percepção da gestante quanto ao pré-natal apontando suas dificuldades, necessidades e expectativas relacionadas a essa fase. 02 artigos traçavam o perfil epidemiológico das gestantes atendidas nas unidades básicas de saúde a fim de identificar suas particularidades sociais e etiológicas para melhor conhecer e atender suas necessidades. Os demais 04 artigos trataram temáticas distintas como o conhecimento do enfermeiro sobre a violência contra mulher; a ampliação da testagem anti-HIV; diagnóstico de enfermagem relacionada à disfunção sexual em gestantes e o último analisou a importância do preenchimento das informações sobre o pré-natal no SISPRENATAL. Essas temáticas fazem parte de uma série de componentes que visam sistematizar a assistência ao pré-natal, essa rede de cuidados integrais denomina--se Rede Cegonha. Conclusão: A partir desse estudo percebemos que uma atenção adequada ao pré-natal visa educar, orientar, prevenir, identificar e tratar as intercorrências desse período. Percebe-se que há a necessidade de adequação, como, empoderar as mulheres sobre importância do pré-natal, assim aumentando a sua adesão, a implantação e manutenção de equipamentos e a qualificação dos profissionais para que este desenvolva uma atenção integral e humanizada.

Descritores: Pré-Natal; Atenção Primária; Enfermagem. Referências

DUARTE, S. J. H.; MAMEDE, V. M.; Ações do pré-natal realizadas pela equipe de enfermagem na atenção primária à saúde, Cuiabá. Rev. Cienc. Enfermagem, v. 19, n. 1, p. 117-129, Cuiabá, 2013.

______________________________

1

Acadêmica de Enfermagem da Faculdade São Miguel. Recife, Pernambuco. Brasil

2

Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade Autônoma do Paraguai; Especialista em Psiquiatria pelo Programa de Residência da Secretaria de Saúde de Pernambuco; Especialista em Educação em Saúde pela FIOCRUZ; Docente de Enfermagem da Faculdade São Miguel.

3

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341

32370 - Adesão às boas práticas de atenção ao parto e nascimento: avanços e desafios

Ana Paula de Queiroz Santiago1; Maria Lúcia Rodrigues2; Hyanara Sâmea de Sousa Freire3; Linicarla Fabiole de Souza Gomes4; Vânia Sousa Barbosa Alves5

Introdução: Para garantir a qualidade da assistência e reduzir a morbi-mortalidade materna e neonatal, a Rede

Cegonha recomenda a incorporação das Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento desenvolvidas pela OMS em 1996 (BRASIL, 2011). Objetivo: Avaliar a adesão às boas práticas de atenção ao parto e nascimento em uma maternidade de referência. Metodologia: Estudo documental, descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Realizado no Centro de Parto Humanizado de uma maternidade terciária de referência no Ceara, com 309 mulheres que tiveram parto normal de agosto de 2012 a julho de 2013. Os dados foram coletados em maio e junho de 2014 por meio de formulário aplicado às Fichas de Monitoramento da Atenção ao Parto e Nascimento arquivadas no setor. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da maternidade (parecer nº 657.297), seguindo os princípios éticos e legais da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Predominaram mulheres na faixa etária de 20-29 anos (42,7%); do lar (67,6%); com 5-11 anos de estudo (81,2%); residentes em Fortaleza (83,5%). Com relação aos dados obstétricos e pré-natais, a maioria das mulheres era primigestas ou secundigestas (73,5%); nulíparas (50,2%); sem abortos prévios (85,4%); dentre as que pariram anteriormente, prevaleceu o parto normal (63,6%); realizaram pré-natal (94,5%), com 4-6 consultas (41,4%); apresentaram infecção urinária associada à gravidez (52,8%); foram admitidas em trabalho de parto (90,6%), com 4-7cm de dilatação (53,2%) e realizaram teste rápido de HIV (99%) e VDRL (78,3%). Dentre as práticas demonstradamente úteis e que devem ser estimuladas (categoria A), tem-se o registro de: preenchimento do partograma (85,1%), liberdade de posição e movimento (65,7%), período expulsivo em posição semi-sentada (90%), métodos não farmacológicos para alívio da dor (49,8%), dieta líquida (53,4%), acompanhante de livre escolha (67%), contato pele a pele (70,2%) e amamentação na sala de parto (59,2%). Das práticas claramente ineficazes que devem ser eliminadas (categoria B), tem-se: venóclise (51,5%), tricotomia (8,1%), enema (0,3%) e período expulsivo em litotomia (2,3%). Das práticas sem evidências suficientes para apoiar recomendação e que devem ser usadas com cautela até que mais pesquisas esclareçam a questão (categoria C), tem-se: amniotomia (14,6%), manobra de Kristeller (4,2%) e dequitação com manejo ativo (80,9%) e com manobras (1%). Das práticas frequentemente utilizadas de modo inadequado (categoria D), tem-se: controle da dor por analgesia peridural (9,1%) ou agentes sistêmicos (0,3%) e episiotomia (13,3%). Conclusões: A instituição pesquisada atende grande parte das recomendações determinadas pela OMS. Merecem maiores esforços para implementação efetiva: liberdade de posição e movimento, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, dieta líquida, acompanhante de livre escolha, amamentação na sala de parto e desuso de venóclise. Como dificuldade, teve-se subnotificação de dados e não especificidade de alguns itens, mas ressalta-se que a instituição já dispõe de ficha atualizada, demonstrando comprometimento com a melhoria. Sugere-se sensibilização contínua de gestores e profissionais para a humanização da assistência.

Descritores: Saúde da Mulher. Parto Humanizado. Políticas Públicas.1.1.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Prático para Implementação da Rede Cegonha. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

_____________________

1,2,4

Enfermeira. Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza

3

Enfermeira Obstétrica. Centro Universitário Estácio do Ceará.

5

(15)

342

32378 - Manejo clínico do ingurgitamento mamário como desafio para manutenção da lactação: relato

de experiência discente

Nathália Oliveira Teixeira; Raquel Araújo Souza; Tâmara Alves de Carvalho; Rafaela Cersosimo Nunes; Flavia Pimentel Miranda

Instituição: Universidade Salvador – UNIFACS - Laureat International Universities

Introdução: o ingurgitamento mamário (IM) é uma complicação mamária em que a produção do leite é interrompida,

com posterior reabsorção deste represado. O IM possui três componentes básicos: congestão/aumento da vascularização, acúmulo de leite, edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem do sistema linfático. Quando patológico, a distensão tecidual é excessiva, causando grande desconforto, dor na mama e dificuldade na pega pelo recém-nascido (RN). Dessa forma torna-se de fundamental importância a prevenção da complicação e na sua ocorrência o manejo correto, na maioria das vezes, feita pelo profissional de enfermagem, para prevenção do desmame precoce. Objetivo: relatar a experiência de discentes de enfermagem no atendimento à gestante com ingurgitamento mamário em uma maternidade pública da cidade. Metodologia: o relato de experiência de discentes voluntárias de um projeto de extensão sobre aleitamento materno que vivenciaram no alojamento conjunto a identificação, consequente manejo do IM e orientação à puérpera sobre a prevenção da possível recorrência.

Resultados: o IM é evidenciado por mamas edemaciadas, com aspecto brilhante, além de relatos de dores intensas

pela paciente e, um dos tratamentos iniciais é o manejo clínico da mama ingurgitada. Para tal fim, realizaram-se as seguintes etapas: 1- Identificação do ingurgitamento pelos sinais apresentados e descritos posteriormente; 2- Escuta das dificuldades expostas pela mãe no posicionamento do RN ao seio materno; 3- Diálogo com a puérpera acerca das consequências desta complicação mamária para o aleitamento materno; 4- Realização do manejo clínico da mama, os quais foram os procedimentos de massagem local e posterior ordenha mamária; 5- Abordagem com a paciente acerca da importância de realizar periodicamente estes procedimentos a fim de evitar futuras complicações; 6- Reorientação do posicionamento do neonato no seio materno, mostrando também a importância da variação da posição deste nas mamadas (em especial da adoção da posição invertida para esvaziamento mamário de ductos próximos as axilas, pois, este congestionamento de leite causa intensa dor, como foi visto); 7- Por fim, esclareceram-se questões relativas ao banco de leite humano e a possibilidade da doação, em virtude da excessiva produção láctea puerperal. Conclusões: a vivência na prática hospitalar trouxe experiência às acadêmicas, as quais perceberam a fundamental importância da assistência do enfermeiro para cuidado de intercorrências mamárias, minimização de riscos e prevenção destes pela educação na saúde e consequentemente, em proporcionar um conforto durante amamentação para ambos envolvidos, mãe e filho.

Descritores: Aleitamento materno; Cuidados de enfermagem; Parturiente. Referências

SOUSA, Ligia de et al . A non-pharmacologic treatment to relieve breast engorgement during lactation: an integrative literature review. Rev. esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 472-479, 2012.

MANGESI, Lindeka. DOWSWELL, Therese. Treatments for breast engorgement during lactation. The Cochrane database of systematic reviews. v. 9, 2016. DOI: 10.1002/14651858.

GIUGLIANI, E. R. J. Problemas comuns na lactação e seu manejo. J. Pediatr. Rio de Janeiro, v. 80, n. 5, p. S147-S154, 2004.

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343

32381 - Perfil clínico e epidemiológico de mulheres autopsiadas com AIDS

Débora de Oliveira Ferreira; Lívia Ferreira Oliveira; Camila Lourencini Cavellani

Instituição: Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da imunodeficiência humana

(HIV), que insere seu material genético no DNA de células-alvo hospedeiras, principalmente linfócitos TCD4, destruindo-as após ampla replicação em seu interior. Esta replicação do vírus provoca a morte das células-alvo, causando imunodeficiência e predispondo os indivíduos com HIV à inúmeras infecções oportunistas. A epidemia da Aids, é um grande problema de Saúde Pública atualmente e, a velocidade de crescimento está maior em mulheres do que em homens, comprovando a feminização dos casos da doença. No Brasil, a epidemia apesar de estar decrescendo no Sudeste, vem crescendo em regiões do Norte e Nordeste, em especial entre mulheres³. Um dos determinantes da feminização da AIDS pode ser exemplificada pela desigualdade de poder entre os sexos e a menor autonomia feminina para decisões sexuais e reprodutivas, incluindo iniciação sexual sob pressão, sexo inseguro, abuso e exploração sexual. Cabe destacar que no Brasil 86,8% dos casos registrados em 2012 entre as mulheres, decorreu de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV, o que demonstra a heterossexualização da doença5. E ainda, foram identificados do ano de 1980 à 2014, 593.217 casos de Aids, notificados no Brasil e destes, em relação ao gênero feminino foram identificados 230.161 casos no país. Objetivo: Descrever características clínicas e

epidemiológicas de mulheres com Aids autopsiadas. Métodos: Foram analisados protocolos de autópsias realizadas pela disciplina de Patologia Geral no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) no período de 1985 a 2014, e posteriormente os prontuários arquivados no Serviço de Arquivo Médico - SAME. Foram incluídas nesse estudo registros de 24 pacientes, maiores de 18 anos de idade diagnosticadas com Aids, sendo excluídos os casos com prontuários incompletos. Para a análise estatística os dados foram armazenados em um banco no programa Microsoft Excel® sendo obtidos valores frequenciais, absolutos e percentuais (%).Resultados: A média de idade das mulheres diagnosticadas com Aids submetidas à autopsia foi de 35,8 anos, e a maioria (66,6%) apresentava estado nutricional variando entre baixo peso e peso ideal, eram brancas (62,5%), e solteiras (33,3%). Ao analisar a história clínica, 6 (25%) apresentaram algum tipo de nefropatia e os exames sorológicos demonstraram que 4 (16,6%) apresentaram toxoplasmose. A média de idade do início da vida sexual foi 15,4 anos, e a maioria 10 (41,6%) relatou ter parceiros do sexo masculino. Conclusões: As mulheres com Aids autopsiadas no HC-UFTM eram na sua maioria adultas jovens, com estado nutricional de normal a subnutrido, de cor branca e solteiras.

Descritores: Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Autopsia; Mulheres. Referências

Gonçalves H, Machado EC, Soares ALG, Figuera FAC, Seerling LM, Mesenburg MA et al. Início da vida sexual entre adolescentes (10 a 14 anos) e comportamentos em saúde. Rev bras epidemiol jan-mar. 2015; 18(1): 25-41. Ministério da Saúde. Casos de aids identificados no Brasil. Frequência por Sexo segundo Ano Notificação. Período: 1980,1982-2014. Brasília; 2014 [acesso em 30 out 2015]. Disponível em:

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32398 - Estado nutricional de gestantes entre grupos de mães de bebês prematuros e a termo

Gracimary Alves Teixeira; Jovanka Bittencourt Leite de Carvalho; Alessandra Vasconcelos de Sena; Pamela Cândido de Morais; Carla Nadja Santos de Sousa.

Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Introdução: a qualidade da alimentação e o estado nutricional da mulher, antes e durante a gravidez, podem interferir

no crescimento e desenvolvimento da criança, bem como na evolução da gestação e da saúde da mulher. A inadequação do ganho de peso durante a gestação tem sido apontada como fator de risco tanto para a mãe quanto para o concepto. O ganho de peso excessivo na gestante está associado a parto prematuro e asfixia do bebê; e na mãe, diabetes mellitus gestacional, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, eclampsia, maior retenção de peso pós-parto e aumento do risco de obesidade futura. O ganho de peso aquém do recomendado pode acarretar restrição de crescimento intrauterino, parto prematuro, baixo peso ao nascer e aumento das taxas de morbimortalidade perinatal (DEMETRIO, 2010). Com isso, o ministério da saúde brasileiro recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas de pré-natal, durante a gestação, com verificação do peso e pressão arterial em todas as consultas (BRASIL, 2012). Objetivo: comparar o estado nutricional das gestantes entre dois grupos de mães de bebês prematuros e a termo. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, desenvolvido em uma maternidade pública da região nordeste, do Brasil, no período de abril a setembro de 2015, com 109 mães de bebês prematuros e 135 mães de bebês a termo. O processo de coleta de dados ocorreu no puerpério imediato ainda na maternidade. Como roteiro de entrevista foram utilizados: livros de registros de parto vaginal e cesárea, livro de ocorrência de enfermagem, acesso aos prontuários das mães participantes, cartão das gestantes e instrumento de coleta de dados. O Índice Massa Corporal (IMC) foi determinado pela divisão do peso do individuo pelo quadrado de sua altura. Valores de referência do (IMC): 18,5 a <18,5 adequado; 25 a <30 sobrepeso; a partir de 30, obesidade. O presente estudo tem o parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, nº 1.047.431/2015.

Resultados: a proporção do estado nutricional adequado pré-gestacional de mães de bebês prematuros foi de

46,79%, sofrendo redução para aproximadamente a metade ao final da gestação (20,18%), enquanto o sobrepeso teve grande aumento de 14,68% para 42,20%. As mães de bebês prematuros com estado nutricional adequado pré-gestacional foi de 52,59%, reduzindo para cerca de um terço ao final da gestação (14,81%), enquanto o sobrepeso também teve grande aumento de 14,81% para 47,40%. Em relação a pressão arterial elevada, na gestação, apresentaram 32,11% das mães de bebês prematuros e 17,04% das mães de bebês a termo. Conclusão: percentual elevado de mulheres, tanto mães de bebês a termo como mães de bebês prematuros, está engravidando com peso excessivo e durante a gestação aumenta ainda mais o número de gestantes com ganho de peso acima do permitido. Portanto, tornam-se imprescindíveis atividades de educação em saúde vista a sensibilização quanto ao estilo de vida saudável da família antes mesmo da gestação.

Descritores: Estado Nutricional; Ganho de Peso; Cuidado Pré-Natal; Enfermagem Obstétrica. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica, n° 32.

Brasília (DF): MS, 2012.

Cunha LR, Pretto ADB, Bampi SR, Silva JMGC, Moreira ÂN. Avaliação do estado nutricional e do ganho de

peso de gestantes atendidas em uma Unidade Básica de Saúde de Pelotas-RS. RBONE- Revista Brasileira de

Obesidade, Nutrição e Emagrecimento.

2016; 10(57):123-32.

Bueno MSF. Impacto de um programa de orientação dietética sobre a velocidade de ganho de peso de

gestantes atendidas em unidades de saúde.

Rev Bras Ginecol Obstet. 2011;

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Revista Brasileira de Ginecologia

e Obstetrícia/RBGO Gynecology and Obstetrics,

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32402 - Prevenção de IST com mulheres em situação de prisão: um relato de experiência

Carolina Andrade Costa; Juliana Barbosa dos Santos; Ana Priscila Morais Gabrielli Fiori; Denise Santana Silva dos Santos; Tânia Christiane Ferreira Bispo

Instituição: Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, fungos, bactérias e protozoários

que podem se transmitir de um indivíduo para outro por via sanguínea, via vertical, e principalmente por via sexual (BRASIL, 2015). Diante de todas as vias de transmissão, a via sexual pode ser configurar como uma das mais difíceis de abordar e efetivar políticas de prevenção, pois está ligada a questões muito pessoais, aos desejos, a relações que um plano unidirecional não pode atingir. Objetivos: Descrever um relato de experiência em uma oficina sobre Prevenção de IST realizada em um Conjunto Penal Feminino para o público-alvo de mulheres em situação de prisão.

Metodologia: Trata-se de um Relato de experiência, de uma oficina sobre prevenção de Infecções Sexualmente

Transmissíveis (IST) realizada em um Conjunto Penal Feminino na cidade de Salvador, Bahia como atividade do projeto: Ser Mulher, estar grávida e em situação de prisão da UNEB. Resultados: A oficina foi promovida por alunos do curso de enfermagem da UNEB, em maio de 2016 com 25 mulheres em situação de prisão. Como instrumento interativo foi usado um dado confeccionado pelas discentes, no qual a imagem de um preservativo masculino, um preservativo feminino, um alicate, o termo HIV/AIDS, o termo sífilis e o termo HPV estavam impressos individualmente em cada face. As mulheres foram convidadas a jogar o dado e após jogá-lo, foram questionadas sobre o que sabiam a respeito da imagem que estava presente no dado. Todas as faces do dado foram jogadas e todas as imagens e palavras contidas nele foram discutidas sem constrangimentos. Houve uma interação construtiva, com troca de experiências e exposição de suas dúvidas. Conclusão: IST como HIV, HPV e Sífilis possuem alta incidência entre mulheres em situação de prisão. Conhecer as IST, os seus meios de transmissão e tratamento é indispensável para a promoção da saúde nessa população. A oficina representou uma estratégia de educação em saúde que possibilitou um diálogo a respeito do tema sem constrangimento ou reforço de qualquer tipo de preconceito (BRASIL, 2015).

Descritores: Mulheres, Infecção, Saúde, Transmissão de Doença Infecciosa. Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Infecções Sexualmente Transmissíveis. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Brasília, DF, 2015. 121p.

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32408 - Experiências maternas durante a hospitalização para o trabalho de parto prematuro

Larissa Freitas Cerqueira; Bruna Brandão da Silva; Karolina Carvalho da Silva; Taynara Bispo Conceição; Luciano Marques dos Santos

Instituição: Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS.

Introdução: A hospitalização para o trabalho de parto prematuro configura-se como um momento de intenso estresse

e de sofrimento para a família, principalmente para a parturiente, já que este evento ocorre de maneira inesperada (ARRUDA; MARCON, 2007). O momento da constatação do nascimento prematuro do filho faz com que a mãe sofra e passe por situações de medo, dor e tristeza, já que a internação é permeada por muitas expectativas (ROQUE; CARRARO, 2015). O parto prematuro é considerado como traumático para a maioria das puérperas, o que pode impactar negativamente no bem estar emocional na mulher e família (PONTES; CANTILLINO, 2014). Objetivo: Compreender a experiência materna durante a hospitalização para o trabalho de parto e parto prematuro no Hospital Inácia Pinto dos Santos e no Hospital Geral Clériston Andrade em Feira de Santana-Bahia. Metodologia: Trata-se de estudo qualitativo realizado nas Unidades de Alojamento Conjunto do Hospital Geral Clériston Andrade e do Hospital Inácia Pinto dos Santos, no período de agosto a novembro de 2015, através de entrevistas semiestruturadas com 10 puérperas. As entrevistas foram gravadas após consentimento das puérperas e analisadas através da Análise de Conteúdo de Bardin. Este estudo respeitou a Resolução 466/12 e foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Feira de Santana sob o parecer de número 643.668. Resultados: A análise das entrevistas possibilitou compreender a experiência materna durante a hospitalização para o trabalho de parto e parto prematuro. Nesse processo, identificaram-se as categorias e as subcategorias que permitiram identificar os sentimentos vivenciados pelas puérperas durante o trabalho de parto prematuro e a rede de apoio estabelecida nesse momento. As categorias que emergiram foram: “Vivenciando intercorrências antes da hospitalização”, “Vivenciando a notícia do trabalho de parto prematuro”, “Sentindo-se desesperada durante o trabalho de parto prematuro” e “Sentindo-se apoiada durante o trabalho de parto prematuro”. Conclusões: A experiência diante o trabalho de parto prematuro impacta na vida das mulheres de forma muito expressiva em seus domínios cognitivo e afetivo, pois há uma forte crença de que o nascimento prematuro poderá acarretar a morte da criança o que mobiliza a mulher na direção da vivência de sentimentos, tais como: medo e tristeza.

Descritores: Trabalho de Parto Prematuro. Enfermagem Familiar. Hospitalização. Referências:

ARRUDA, D.C; MARCON, S.S. A família em expansão: experienciando intercorrências na gestação e no parto do bebê prematuro com muito baixo peso. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 16, n. 1, p. 120-8, jan./mar. 2007.

PONTES, G. A. R.; CANTILLINO, A. A influência do nascimento prematuro no vínculo mãe-bebê. J. Bras. Psiquiatr., v. 63, n. 4, p. 290-8, 2014.

ROQUE, A. T. F.; CARRARO, T. E. Narrativas sobre a experiência de ser puérpera de alto risco. Esc. Anna Nery, v. 19, n. 2, p. 272-8, 2015.

Referências

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