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Atividade 1.1 – Conseguindo patrocínio para o PDT

No documento Elaboração de PDTI (páginas 39-41)

A Universidade Federal do Agreste Pernambucano (UFAPE) – entidade fictícia – é uma universidade recém-criada a partir do antigo campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Fazem parte da UFAPE mais de cinco mil pessoas, professores, servidores técnico-adminis- trativos e alunos de graduação e pós-graduação, distribuídos em quatro campi nas cidades pernambucanas de Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe e Surubim.

A infraestrutura física da universidade é pequena, se comparada com outras, mas está em franca expansão. No campus Caruaru, são quatro prédios, entre eles a sede da reitoria e três Centros Acadêmicos. Nas outras cidades, estão os três prédios dos Centros Acadêmicos de Santa Cruz do Capibaribe, Garanhuns e Surubim.

A UFAPE oferece 23 cursos de graduação e 9 cursos de pós-graduação, todos presenciais. Os cursos de graduação estão assim distribuídos nos campi:

1 Em Caruaru: Administração, Economia, Pedagogia, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Design e Licenciaturas em Biologia, Química, Física, Matemática e Educação Intercultural; 1 Em Garanhuns: Administração, Engenharia de Produção, Engenharia de Alimentos e

Licenciaturas em Química, Física e Matemática;

1 Em Santa Cruz do Capibaribe e Surubim: Administração, Design e Engenharia de Produção. Em relação ao Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação instituída pelo MEC em 2008, que considera os resultados relativos ao Conceito Enade e ao Conceito Preliminar de Curso (CPC) – duas avaliações distintas e complementares para os cursos de graduação –, a UFAPE alcançou nota de 2,7355 no IGC 2011, o que a coloca como a 114ª universidade no ranking nacional das universidades.

Essa avaliação reúne índices de desempenho dos alunos e também avalia a estrutura das institui- ções e o investimento em professores e nos cursos. Foram concedidas notas de 0 a 5 para univer- sidades, centros universitários e faculdades, e conceitos de 1 a 5. A UFAPE obteve conceito 3. 1 Na sua fundação, a UFAPE herdou toda a infraestrutura física e tecnológica do antigo campus

Agreste da UFPE. Mesmo assim, alguns serviços de TI ainda são fornecidos pela UPFE, como é o caso do Sistema de Controle Acadêmico e de todos os sistemas das bibliotecas.

1 A situação atual da governança e da gestão da TI é precária. A universidade ainda não implantou mecanismos de governança de TI ou adotou práticas de planejamento e con- trole da gestão de TI. Por isso, na avaliação realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011, ela recebeu o valor 0,23 para o índice de Governança de TI (iGovTi), consi- derado estágio inicial da governança de TI.

1 Por isso, a universidade não obtém valor dos investimentos que faz em TI. Os problemas de infraestrutura se acumulam, fazendo com que os usuários estejam insatisfeitos com os serviços prestados.

or aç ão d e P D TI

1 O Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) é o órgão suplementar da UFAPE responsável pela prestação de serviços de TI na universidade. Para tanto, conta com uma reduzida equipe de 12 servidores técnicos-administrativos e 6 bolsistas para realizar a gestão da TI. O Diretor do NTI, Guilherme Melo, foi nomeado há duas semanas pelo reitor recém-empossado e encontrou um quadro precário de gestão que apresenta os seguintes problemas, entre outros: 1 Os serviços não são estruturados em acordos de nível de serviços, nem tampouco gerenciados; 1 Os processos de TI não são gerenciados;

1 Há carência de aplicações;

1 Os servidores não têm competências de gestão de TI;

1 A infraestrutura de TI está defasada em relação às novas tecnologias;

1 O projetos de TI não são gerenciados, tendo seus custos estourados e prazos não cumpridos; 1 As contratações de soluções de TI não estão em conformidade com a IN SLTI nº 04/2010; 1 O NTI não dispõe de orçamento próprio;

1 A implantação do plano diretor de TI 2012/13 não gerou resultados para a universidade. O novo reitor, Jerônimo Ribeiro, pretende mudar a atual situação em relação ao uso e à gestão de TI da organização, mas não sabe por onde começar. Guilherme sugeriu começar pelas seguintes ações:

1 Elaboração do PDTI;

1 Definição do Conselho Universitário para exercer o papel de Comitê Estratégico de TI; 1 Centralização de todas as aquisições de TI no NTI;

1 Realização de novos processos de contratações de soluções de TI aderentes à IN SLTI nº 04/2010.

Jerônimo concordou com todas as ações, exceto uma. Ele não ficou convencido da neces- sidade de elaborar um PDTI e pediu para Guilherme estruturar suas ideias de forma a justificar o esforço de passar semanas elaborando um plano. Segundo o reitor, era preciso agir logo e não ficar planejando, pois havia muitos problemas para resolver. “Planejamento, nesse contexto, é pura perda de tempo”, afirmou. Mesmo assim, deu chance para que o NTI se posicionasse melhor sobre o assunto.

Guilherme reuniu a equipe do NTI e solicitou ajuda para elaborar um documento contendo os seguintes elementos:

1 Objetivo da elaboração do PDTI; 1 Justificativa;

1 Benefícios Esperados.

Suponha que você e seu grupo de trabalho fazem parte do quadro de servidores do NTI e resolveram ajudar o novo chefe a “vender o peixe” do PDTI para o reitor e assim conseguir patrocínio para a sua elaboração. Para tanto, é preciso fazer uma proposta desses ele- mentos e apresentá-los ao novo dirigente.

Utilize o modelo de Plano de Trabalho do PDTI constante no apêndice A deste livro. Por enquanto, preencha apenas os itens 1, 2 e 3 do plano. Os itens restantes serão traba- lhados no roteiro de atividades do próximo capítulo.

Ca pí tu lo 2 - F as e d e p re pa ra çã o

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Fase de preparação

Aplicar os processos da fase de preparação; Auxiliar o Comitê de TI a iniciar o projeto de elaboração do PDTI; Compilar documentos de referência para elaboração do PDTI; Identificar princípios, políticas e frameworks para a elaboração do PDTI; Documentar princípios e diretrizes a serem observados na elaboração do PDTI; Elaborar um plano de trabalho para elaboração do PDTI.

Fase de preparação; Portaria de autorização do projeto; Princípios, políticas e frameworks; Lista de princípios e diretrizes; Inventário de necessidades; Plano de trabalho do PDTI.

Introdução

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Antes de iniciar a atividade de planejamento em si, é preciso passar por duas fases do processo de elaboração:

1 Fase de preparação. 1 Fase de diagnóstico.

A fase de preparação é a etapa inicial do processo, na qual são estabelecidas as condições adequadas para que este seja bem-sucedido. Como o nome sugere, é preparar-se para “pôr a mão na massa”, organizando minimamente o projeto.

Por sua vez, a fase de diagnóstico visa reunir informações e conhecimento sobre a organi- zação de TI que serão essenciais para a elaboração do plano. Trataremos dessa fase nos capítulos 3 e 4.

No documento Elaboração de PDTI (páginas 39-41)

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