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ATIVIDADE LOCALIZAÇÃO

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A fragmentação do Estado

ATIVIDADE LOCALIZAÇÃO

FRIMAR-Frigorífico Araguaína S/A Frigorífico Araguaína TOBASA – Tocantínia Óleo Babaçu Indústria e Comércio

de Babaçu Tocantinópolis

FRIGUAÇU - Frigorífico Frigorífico Araguaçú

ASA – Agroindustrial de Alimentos S/A Laticínios Araguaína ARAGUAIA – Cia. Industrial de Produtos Alimentícios S/A Arroz – Quirela e

Farelo Gurupi

CANADENSE S/A – Pneus Agrícolas Pneumáticos Gurupi COBRAPE – Cia. Brasileira de Agropecuária Produtos

Agropecuários

Formoso do Araguaia Destilaria Tocantins S/A Álcool de Cana-de-

açúcar Tocantinópolis Mineradora Roncador S/A Calcário Agrícola Couto Magalhães Fonte:Costa (1987)

Após longos dez anos de centralização econômica e uma tentativa de provocar uma comunicação inter-regional, o governo federal, em consórcio com os Estados, criou condições para a consolidação de programas e projetos de intervenção de investimentos, principalmente em infra-estrutura, assim como de investimento à produção, o que levantou pontos de estrangulamento que impediam o melhor desempenho dos fluxos econômicos sob a malha regional.

Surge a partir de 1975, segundo Bertran (1988), inserido dentro das propostas do II PND (1974 – 1979), programas federais que assumem específicos objetivos para o desenvolvimento regional, o POLOCENTRO tinha em

seu projeto uma prévia incorporação econômica de mais de 500 mil hectares/ano para atendimento mais de dez áreas prioritárias, compreendendo 30,0% das áreas territoriais das áreas de Goiás e Minas Gerais e 70,0% no Mato Grosso.

Esse programa de desenvolvimento ainda contemplava a construção de estradas vicinais, eletrificação rural, rede de estocagem, recursos em tecnologia, insumos com subsídios do Banco Central para a aplicação de calcário para a correção da acidez da terra de cerrado e recursos para o custeio do setor rural que foram suspensos no final da década de 1980, com a seguinte contabilização: 40,0% dos recursos foram aplicados nas áreas prioritárias com investimentos de infra-estrutura e o restante, os 60,0% como crédito de investimentos em projetos agropecuários.

Dentro do Polocentro, com recursos sob o FND – Fundo Nacional de Desenvolvimento, a origem dos recursos foi por meio do Tesouro Nacional junto ao Banco Central e ao Banco do Brasil. Essas aplicações estavam voltadas para o crédito rural, entre 1975 a 1982, totalizando aproximadamente, segundo Bertran (1988), o montante de 750 milhões de dólares, sendo que mais de 70,0% desse recurso foi destinado ao crédito agropecuário e o restante um pouco menos de 30,0% para investimento em infra-estrutura, rodovias, energia rural e armazenamento, pesquisa e assistência rural.

O controle de mais de 50,0% foram agenciados e gerenciados pelo Banco do Brasil e o restante, em ordem decrescente de volume de aplicações, pelos Bancos de Desenvolvimento de Minas Gerais, o BEG – Banco do Estado de Goiás, o BASA, Banco do Estado de Mato Grosso, Banco Econômico, BNCC e o Bamerindus.

Assim como o Polocentro, segundo Bertran (1988), o Polamazônia foi instituído com um Decreto Federal no início da década de 1970, em setembro de 1974, comportado nas áreas amazônicas mato-grossenses e goianas e,

com a incumbência de prover ações de desenvolvimento regional (ao norte do paralelo 13) compreendendo aproximadamente 132 municípios.

Centrou-se no levantamento de Bertran (1988), na aplicação de recursos em transportes, agricultura e desenvolvimento urbano, assim como, para políticas de acesso ao trabalho, à energia elétrica, saúde e cultura, ciência e tecnologia, demarcação de terras indígenas, etc. com recursos oriundos do PIN-Proterra (1975), sob a tutela do Tesouro em operações de crédito do Banco Central e repassados, também, pela amplitude do programa, repassados pela SUDAM18 e pela SUDECO19 e, sustentado, no mesmo período compreendo pelo Polocentro entre 1975 a 1982 que trouxe um volume de recursos aproximado a 700 milhões de dólares com uma fragmentária implementação institucional.

Outra Lei Estadual de nº. 7.994, de 18 de novembro de 1975, que instituiu o Sistema de Incentivos à Industrialização de Goiás - SIN, cuja regulamentação se deu com o Decreto n. 959, de 06 de julho de 1976; permitiu que o Estado pudesse participar do capital social das empresas industriais, fomentando essas empresas, promovendo treinamento e qualificação de mão- de-obra para indústria e estabelecendo a obrigatoriedade de colocação, nas indústrias beneficiárias, de estagiários de nível superior.

Com a Lei nº. 9.488, de 19 de julho de 1984, estabeleceu-se deferimento de pagamento do ICM para todos os produtos agropecuários destinados à industrialização em Goiás, germe que despertava para uma política de autonomia administrativa e financeira, agressiva, pois assinala para uma nova forma de ver o Estado de Goiás, no intuito de agregar investimentos e lucros para a consolidação por ventura processual, pois ainda está em curso.

Todavia o setor mineral, teve, concomitantemente, grande relevância desde o período colonial, no século XVIII, como um doador para Europa de toneladas de ouro e outros metais, já na década de 1960, ainda sob a mesma idéia de exploração e produção mineral, chegando, em 1986, a ser essa região goiana, um grande produtor de fosfato, amianto, calcário e níquel.

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Composto por 11 pólos em dois territórios federais no período e em quatro estados amazônicos;

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No período colonial, conforme esboçado no capítulo que demonstra a constituição da identidade do Estado de Goiás, particularmente, no século XVIII, destacamos que a primeira legislação mineral do Estado foi instituída pela Lei nº. 06, de 20 de julho de 1892, concedendo em um período de 50 anos ao cidadão americano James Francis Mac-Andrew, a exploração, a lavra de ouro e de outros minerais, assim como outras obrigações, tais como a medição e demarcação da concessão em dois anos, abrangendo as cabeceiras dos rios Traíras, Bagagem, Peixe e Vermelho.

Essas primeiras obrigações incentivaram a criação da primeira regulamentação mineral de Goiás por meio do Decreto nº. 424, de 14 de novembro de 1898, surgindo como o resultado do disposto no artigo 6º da Lei nº. 149, de 31 de julho de 1897 que autorizava o poder público executivo a regulamentar a mineração no território goiano.

Esse processual fortalecimento da legislação no Estado de Goiás caminhou até a centralização sobre as questões de licença de pesquisas e concessões de lavras pela União em 1934. Salientando-se que no período de 1891 a 1967, o objeto da pesquisa realizada foi editado na Lei nº. 3.810, de 10 de novembro de 1961, estabelecendo-se a criação da Metago – Metais de Goiás.

Dentro do processo implícito do Estado destaca-se sua atuação entre os períodos entre 1960 e 1986 eventos de relevante importância, destacando-se a criação da Metago e em Anápolis no ano de 1975, criando a Secretaria de Minas e Energia e Telecomunicações e, na mesma localização, em 1978 o Centro de Gemologia de Goiás.

Outro grande processo, encontrado em Carvalho (1988), que se deu entre 1960 e 1986 dentro da gestão da Metago, foi a assinatura de dois importantes acordos com empresas estatais federais. Um deles foi destinado para o fosfato de Catalão, que originou a GOIÁSFERTIL, juntamente com a PETROFÉRTIL e a BNDESPAR; o outro acordo com a CVRD, para a pesquisa de ouro em suas áreas. Com capital estrangeiro, foram assinados quatro acordos, o primeiro com a SAMA, e com a ELF AQUITAINE, SHELL e IMC.

Com capital empresarial nacional, foram assinados outros quatro acordos, inicialmente com o Grupo BRUMADINHO, que originou a formação da Goiás Estanho S/A, com o grupo EUCATEX, criando-se a Goiás Vermiculita S/A e, finalmente, com o GRUPO PROMETAL, para a formação da Goiás Nióbio da Metago, em Crixás.

Outra importante constatação se dá para uma nova exigência a partir da década de 1980, em que o empresariado goiano reivindicou sua participação em empreendimentos governamentais. Desse impasse e das negociações que se sucederam, decidiu-se pela participação do empresariado goiano no projeto Americano do Brasil que, para isso, contou com a participação da SHELL no projeto sendo adquirida pela GOIÁSINVEST, empresa constituída por empresários goianos, cujos resultados demonstraram ser negativos haja vista o fracasso da iniciativa, assim como repercussões desastrosas no seio político do Estado.

Como analisa Carvalho (1989), no início da década de 1960, foi descoberta uma grande jazida de amianto crisólita em Minaçú. A Metago, segundo o autor, era a proprietária das terras (devolutas) e a SAMA passara a disputá-la. Uma longa disputa administrativa e política foram desencadeadas pelo controle resolvendo-se juridicamente a favor da SAMA, que foi parcialmente solucionada com a comercialização pela Metago, do amianto. Igualmente, é importante relatar que:

a receita da METAGO tem uma fortíssima correlação com a comercialização do amianto crisólita da SAMA. Esta por sua vez, depende dos fabricantes de artefatos de cimento amianto que, por suas vezes, dependem da política habitacional levada a efeito pelo SFH. Portanto, em última instância, a receita da METAGO é muito afetada por esta política. Em 1981 e a982, com o recrudescimento da crise econômica brasileira e com a conseqüente queda das atividades da construção civil, caíram vertiginosamente as vendas de amianto crisólita da SAMA, e, a METAGO passou a sua pior crise financeira após 1969 CARVALHO (1998, p. 146)

Empresas estrangeiras, dispostas no quadro 13, adentram, até o ano de 1986, o Estado de Goiás para a exploração mineral:

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