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2.5. Deficiência Mental

3.1.7. Atividades Desenvolvidas

A implementação de atividades foi um factor determinante neste estágio, visto que sem elas nenhuma estimulação com o público-alvo seria possível. As estratégias adotadas contribuem diretamente para a estruturação das planificações de atividades, alcançando o objetivo de intervenção da ASC, traçado primeiramente.

González (2008) declara a existência das dez estratégias básicas de intervenção, sendo estas: estratégias de educação para o desenvolvimento e autonomia pessoal, estratégias de educação para a comunicação, estratégias de educação para a criação, estratégias de educação para a cidadania, estratégias de educação para a participação social, estratégias de educação para a igualdade de género, estratégias de educação para a sustentabilidade, estratégias para a tolerância e solidariedade.

As estratégias de educação para o desenvolvimento e autonomia pessoal destinam-se a estimular a sobrevivência do crescimento da personalidade, autonomia, emoções afetivas, de análise da realidade e tomadas de decisão ao longo da vida.

As estratégias de educação para a comunicação são competências básicas individuais e coletivas, para o desenvolvimento de habilidades ativas, assim como habilidades influentes numa comunicação mediática, através de novas tecnologias.

Para González (2008:28) as estratégias de educação para a criação, são orientadas para potencializar a criatividade, recriação cultural através da comunicação, e da capacidade de análise de expressão abstrata: “originalidade verbal e não-verbal, soluções inovadoras, a partir da perspetiva da cultura individual e coletiva”.

As estratégias de educação para a cidadania são destinadas para estruturar o tecido social, com a perfeita consciência dos direitos e dos deveres para a comunidade.

42 As estratégias de educação para a participação social, passam por melhorar as atitudes comportamentais e de participação do ser humano, assumindo a responsabilidade.

As estratégias de educação para a igualdade de género passam por desmascarar diferentes culturas/etnias, e sociedades, assim como as práticas de construção de hábitos, costumes e experiências.

As estratégias de educação para a sustentabilidade passam pela avaliação da convivência e solidariedade, tornando possível a responsabilidade do meio ambiente, onde a vida diária do ser humano se desenvolve na comunidade.

Para González (2008) as estratégias de educação para a tolerância e solidariedade, associam-se ao respeito e a compreensão de ideias, valores e atitudes daqueles que envolvem os projetos de solidariedade, aos mais desfavorecidos.

Este conjunto de estratégias de educação, associam-se às mudanças sociais, facultando as seguintes conclusões: “aumento da qualidade de vida, solidariedade social, integração social, económica, urbana e cultural, participação e integração social, descentralização territorial, democratização da informação e comunicação (…)

González (2008:38)”.

3.1.7.1. Atelier de Dinâmicas de Grupo

A origem das dinâmicas de grupo é relativamente recente, esta merece ser reconhecida no mundo da educação. As dinâmicas de grupo são ferramentas de estratégias que estão expressas num processo de organização, que possibilitam a criação de novos conhecimentos.

As técnicas adotadas por esta área de intervenção, partem da realização de exercícios que são desenvolvidos a partir de conhecimentos adquiridos, bem como experiências e vivências pessoais, oferecendo a possibilidade de proporcionar uma nova aprendizagem de conhecimentoscognitivos, afetivos, sensoriais, motoras e estéticos.

Esta fase é definida pela expressão e comunicação, isto é algo que é exprimido por um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, através de gestos, palavras, representações. Pode ainda estar associado à Expressão Musical, porque ambas são áreas que se completam, e são muito importantes na vida e na educação do indivído.

43 Esta dinâmica possibilita uma integração ativa do indivíduo, de forma eficiente. Esta é uma área de intervenção que desperta no ser humano dinâmica e motivação pela vida, dando-lhe a oportunidade de se dar a conhecer aos restantes elementos do grupo.

As atividades de Dinâmicas de Grupo segundo a revista Estudos RBEP (2014), são um processo coletivo, que promove o conhecimento de novos saberes, ao mesmo tempo que estimula as capacidades psíquicas e aumenta a produtividade. As atividades desenvolvidas neste âmbito fortalecem o trabalho em grupo e as relações interpessoais.

As atividades desenvolvidas no âmbito das dinâmicas de grupo, no decurso do meu estágio, tiveram como principal objetivo promover o desenvolvimento integral das utentes. As atividades dinamizadas encontram-se no quadro que se segue (tabela nº1).

Tabela nº 1 - Atelier de Atividades de Dinâmicas de Grupo

Componente de intervenção

Atividades

ATELIER DE DINÂMICAS DE GRUPO -Apresentação - Questionário - Jogo do conhecimento; - Jogo do nome;

- Memorização dos nomes através do telefone

- Escolher a bola;

- Jogo de aquecimento e conhecimento dos nomes;

- Jogo “responde à questão?”; - Visualização de um vídeo; - Dominó;

- Relaxamento;

- “O que estás a fazer?”; - Jogo do espelho; - O guia; - O comboio; - Massagens; - Estátua gémea; - Cinco sentidos;

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Fonte: Própria

Figura nº5 - ConhecimentoFonte:

Própria

Figura nº 3 - Sessão de Relaxamento

- Mímica.

Seguidamente irei abordar algumas das atividades realizadas durante o meu estágio que tiveram um maior destaque, visto que a sua descrição de forma mais detalhada consta no (anexo VIII).

Sessão de Relaxamento

De uma forma geral, a atividade nomeada como relaxamento (figura nº5), possui uma grande importância para estes destinatários, visto que esta atividade as tranquiliza e as deixa mais descontraídas. Antes desta atividade são vários os sentimentos revelados pelas utentes, umas demonstram períodos de grande ansiedade pela prática do exercício, ao contrário das restantes.

Esta atividade foi colocada em prática várias vezes durante estes três meses de estágio, optando por sessões livres.

O material usado passou essencialmente pelo uso de colchões. Durante as sessões, fui dando várias indicações de qual o comportamento mais adequado que o grupo devia ter.

Os sons escolhidos foram associados ao mar, natureza e a instrumentos musicais. A atividade de relaxamento permite estimular a criatividade, imaginação, coordenação, concentração e sobretudo a descontração da utente.

Fonte: Própria

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Figura nº 4 - Conhecimento

Conhecimento

Por outro lado as atividades de conhecimento (figura nº6), foram diversas. Estas basearam-se em promover um maior conhecimento grupal, dizendo como se chamava cada utente, quantos anos tem, e de onde é.

A primeira atividade de conhecimento necessitava de uma bola como material, tendo como objetivos principais: estimular a memória e a concentração de cada utente.

Mas visto que este era um grupo com caraterísticas diferentes no que reporta para a sua saúde mental, achei interessante promover mais atividades direcionadas para o conhecimento, como o jogo do nome que tinha por objetivo identificar o seu nome, e o nome de um colega.

“Responde à questão?”

A atividade cujo nome era “responde à questão?” (figura nº7), persiste uma vez mais em fazer com que a utente se dê a conhecer, respondendo às questões que cada folha contém, tendo como finalidade fomentar a concentração, memória, discussão e partilha de conhecimentos.

Sempre que alguma utente não percebia alguma questão, havia sempre alguém que lhes tentava “explicar” de forma traquila. O que não provocou em momento algum, períodos de ansiedade em qualquer utente.

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Fonte: Própria

Figura nº8 - Estátua Gémea Fonte: Própria

Figura nº8 - Estátua Gémea Fonte: Própria

Figura nº8 - Estátua Gémea Fonte: Própria

Figura nº 5 - Responde à questão

Figura nº 6 - Estátua Gémea

Estátua Gémea

A atividade identificada por “estátua gémea” (figura nº8), teve um excelente resultado com o grupo com o qual implementei todas as atividades (anexo VIII).

Permitiu ao utente uma grande descontração e motivação que se conseguiu perceber, através do enorme sorriso que tinham no rosto, e das gargalhadas que soltavam.

O espaço mais adequado para promover esta atividade passou pelo ginásio, visto que este tem um espaço suficiente para que as atividades sejam realizadas com sucesso.

Mímica

A mímica (figura nº9/10) é uma atividade que tem como objetivo trabalhar a comunicação não-verbal, ao mobilizar a gestualidade, simultaneamente fomenta a concentração, o pensamento, a imaginação, o convívio e a descontração de cada utente. Após explicar em que consistia a atividade, foram mostradas algumas cartas

Fonte: Própria

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Figura nº 8 - Mímica Figura nº 7 - Mímica em grupo

Figura nº 9 - Massagem

quecontinham ações, e cada utente teve a oportunidade de desempenhar pelo menos uma ação.

Massagem

Com o objetivo de promover um momento de descontração,o grupo construíu um circulo e foi-lhes indicado que massajassem os ombros e as costas da pessoa que se encontrava à sua frente.

Esta atividade (figura nº11) promoveu um momento de relaxamento entre todas as utentes, e foi destacada para o encerramento de várias atividades desenvolvidas. Para além disso, estabeleceu um relacionamento direto entre todas as utentes.

O material usado para esta atividade foram apenas cadeiras, para que estas se sentassem.

Fonte: Própria Fonte: Própria

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3.1.7.2. Atelier de Estimulação Cognitiva

A estimulação cognitiva pode dizer-se que é um exercício cognitivo/mental fundamental para ativas as faculdades psíquicas. Isto é, quando o cérebro é estimulado, não tem tanta probabilidade em sofrer um declínio acentuado das capacidade cognitivas (perda de memória, por exemplo) ou mesmo vir a sofrer de patologias como a doença de Alzheimer (Fonseca, 2006).

No entanto o conceito de cognição pode apresentar diferentes perspectivas. À luz do conhecimento de Abreu (2006), a cognição pode ser entendida como a capacidade de processar e agir sobre informação com atenção e julgamento. Quando os componentes da cognição (atenção, memória, orientação, julgamento, raciocínio, função executiva e resolução de problemas) estão ilesos reflete que as funções estão ativas.” Durante o processo de envelhecimento, este pode revelar uma evolução na perda de capacidades (OMS, 2005).

A Animação Cognitiva (2015) tem como objetivo proporcionar uma vida mais dinâmica, criativa, melhorar as relações de comunicação com a sociedade, incentivando o desenvolvimento e autonomia do individuo. Para alcançar estes objetivos, são realizados alguns exercícios mentais de forma a promover a exercitação da memória e da concentração.

No âmbito da Animação cognitiva, irei salientar algumas das atividades de maior destaque, promovendo a estimulação do desenvolvimento das capacidades psíquicas, como se pode ver no quadro que se segue (tabela nº2).

Componente de intervenção

Atividades

ATELIER DE EXPRESSÃO COGNITIVA

- Jogo de memória (retira o objeto); - Jogo de memória (cartas de par); - “Eu apresentei-me”;

- Jogo do STOP; - Conta com as molas; - Identifique quem é quem; - Jogo do Galo;

- Jogo do Semáforo (jogo matemático);

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Figura nº 10 - Jogo da memória

Fonte: Própria

Figura nº145 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº146 - Conhecimento

Figura nº147 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº148 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº6 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº149 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº150 - Conhecimento

Figura nº151 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº152 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº6 - Conhecimento Figura nº5 - Sessão de Relaxamento

Fonte: Própria

Figura nº153 - ConhecimentoFonte: Própria

Figura nº154 - Conhecimento

-Deteta o som; - Labirintos;

- Quais são as diferenças; - Leitura do Jornal “Serrano”; - Bingo dos Sons;

- Palavras escondidas;

De seguida serão apresentadas algumas das atividades de maior destaque, optando por desenvolver uma breve descrição das atividades, não esquecendo que a descrição mais pormenorizada se encontra em anexo (IX).

Jogo de memória

De forma geral a atividade destacada como o “jogo de memória”, tem como objetivo estimular a concentração, o raciocínio e a observação de cada utente.

Os recursos materiais utilizados para esta atividade (figura nº12) foram diversos, como por exemplo: moínho, pano, ovo, lápis, moldura, copo, moeda, terço, taça, flor, bola, entre outros. Desenvolvi esta atividade inúmeras vezes, ao longo do meu estágio, visto que esta foi uma atividade que desde a primeira vez que a implementei, todas as utentes de forma geral se sentiram entusiasmadas.

Após explicar qual o objetivo desta atividade de forma simplicada a todas as utentes, optei por colocar vários objetos em cima da mesa, pedindo de seguida que as utentes observassem todos os objetos durante um minuto aproximadamente. Após esta fase, as utentes tinham que fechar os olhos, enquanto eu retirava, ou não, alguns dos objetos, pedindo a seguir que tentassem adivinhar quais os objetos que faltavam.

Fonte: Própria

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Figura nº 12 - Conta com as molas Figura nº 11 - Conta com as molas

“Conta com as molas”

A atividade “conta com as molas” (figura nº13/14), tem como principal objetivo estimular as capacidades psíquicas e a motricidade fina.

Esta foi construída pelas próprias utentes. Estas tinham de pintar as molas que foram usadas, bem como os círculos que constavam nas folhas de várias cores.

Primeiramente optei por formar grupos de dois elementos, permitindo que se ajudassem mutuamente. Entreguei a cada grupo uma folha com círculos, assim como molas, para contar de forma correta os círculos e colocar o número de molas que correspondia aos mesmos.

Esta atividade para além de ajudar o utente a estimular as capacidades psíquicas, tinha outra variante que era a identificação das cores.

Jogo do Bingo

O jogo do bingo teve uma grande importância e motivação para as utentes é conhecida como “o jogo do bingo”.

Esta atividade tinha como objetivo desenvolver o reconhecimento auditivo. O material necessário para a realização desta atividade foi o seguinte: leitor de CD, colunas e os sons. Após a recolha de diversos sons como por exemplo: ondas do mar, ladrar do cão, cirene de ambulância, dos bombeiros, e da polícia, telefone, entre outros, fui passando um som de cada vez, ao mesmo tempo que indicava de forma variada um utente para tentar identificá-lo (figura nº15). Alguns dos sons, não foram para algumas utentes fáceis de perceber, o que me levou a reproduzir o som várias vezes.

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Figura nº 13 - Bingo dos sons

Dominó

O dominó é considerada uma atividade muito complexa, para as utentes de deficiência mental. Foram várias as vezes que lhes tentei fazer perceber, qual era o objetivo das peças do jogo.

O dominó é uma atividade que contém cerca de 26 peças (figura nº16/17), e todas contêm representações. Apesar de ter optado por peças de dominó com representações, a dificuldade que senti por parte das utentes foi elevada, e por mais vezes que praticassem esta atividade a dificuldade mantinha-se. Isto é, sempre que explicava elas tentavam perceber, mas rapidamente se esqueciam novamente.

Os objetivos que determinei para alcançar com esta atividade, passaram essencialmente pela estimulação e desenvolvimento da concentração.

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Fonte: Própria

Figura nº295 - Quem é?Fonte: Própria

Figura nº296 - Quem é?

Figura nº 15 - Dominó Figura nº 14 - Dominó

Figura nº 19 - Identifique o sujeito Figura nº 20 - Quem é? Figura nº 16 - Quem é?

Fonte: Própria

Figura nº215 - Quem é?Fonte: Própria

Figura nº216 - Quem é?

“Identifique quem é quem”

Esta atividade permitiu às utentes reconhecerem figuras públicas, associadas apenas ao futebol.

Esta atividade foi promovida, após a conquista da taça do campeonato Europeu, visto que este foi um acontecimento recente. À medida que os slides iam passando (figura nº18/19), aparecia uma figura pública diferente, como por exemplo: Cristiano Ronaldo, Nani, Ricardo Quaresma, José Moutinho, entre outras.

A utente cada uma na sua vez, tinham que tentar adivinhar qual era a figura pública que estaria presente, na apresentação.

Fonte: Própria Fonte: Própria

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Fonte: Própria

Fonte: Própria

Figura nº 17 - Jogo do galo

“Jogo do galo”

O jogo do galo (figura nº20) foi criado pelas utentes da casa de saúde, cujo material usado foram tampas, tintas guaches e sacas de serapilheira. .

Inicialmente as utentes demonstraram desconhecer esta atividade, tendo sido necessário explicar como se praticava. Este jogo foi experienciado pela maioria das uteentes, revelando alguma curiosidade.

Depois de vários dias deste ter sido promovido, é possível afirmar que as utentes perceberam quais as regras da atividade, e o que conseguem desempenhar sozinhas com facilidade.

O objetivo determinado para a atividade consistiu em promover as capacidades psíquicas da utente.

Labirintos e descoberta das diferenças

Por sua vez, as atividades propostas para a realização de labirintos e para a descoberta das diferenças, foram atividades menos bem conseguidas.

As utentes manifestaram grande dificuldade tanto na execução dos labirintos, como na descoberta das diferenças (figura nº21/22).

No entanto entre uma e outra, aquela que não foi rejeitada ao primeiro obstáculo com que se depararam foi sem dúvida a descoberta das diferenças, repetindo

novamente esta atividade.

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Figura nº 19 - Descobre as diferenças Figura nº 18 - Sopa de letras

3.1.7.3. Atelier de Expressão Plástica

Carlos Dias (2012) afirma que o termo “expressão plástica” foi criado pela educação da arte portuguesa, designando-se através do manuseamento de material plástico. Contudo, é possível afirmar que a criança é livre para construir um maior conhecimento do mundo e dela própria, facilitando a sua integração na sociedade. Para Dias a experiência com as artes enriquece a criança, ajudando-a a desenvolver os seus próprios juízos e formar os seus valores, motivando-a nesse sentido.

A Expressão Plástica é considerada uma forma de comunicação e representação de sentimentos e vivências da criança. Esta área concentra-se essencialmente na evolução da criança no que remete para as suas competências, e na satisfação das suas necessidades.

Segundo Sousa (2003:38) o objetivo da expressão plástica define-se por:

“a expressão plástica é essencialmente uma actividade natural, livre e espontânea da criança. Desde muito pequena que gosta de mexer em água, areia, barro e de riscar um papel com um lápis. O seu principal objectivo é a expressão das emoções e sentimentos através da criação com materiais plásticos. Não se pretende a produção de obras de arte nem a formação de artistas, mas apenas a satisfação das necessidades de expressão e de criação da criança. Desenha-se, pinta-se e molda-se apenas pelo prazer que esses actos proporcionam e não com a intenção de produzir algo que seja «arte». É a ação que interessa, é o ato de criar que é expressivo e não a obra criada.” 17

17 Informação recolhida e adaptada do site:

https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/3247/1/Relat%C3%B3rio%20Marta%20Guerreiro.pdf consultado no dia 22 de Agosto de 2016

55 A Expressão Plástica tem um papel ativo na aprendizagem da criança, sendo apenas uma ocupação de tempo livre, atraindo atenção de todas as crianças e adultos.

Relativamente às atividades desenvolvidas, durante o estágio, a lógica passou pela estimulação do desenvolvimento das capacidades psíquicas, sendo estas atividades no âmbito da Expressão Plástica, como se pode visualizar no quadro que se segue (ver tabela nº3).

Tabela nº 50 - Atelier de Atividades de Expressão

Componente de intervenção

Atividades

ATELIER EXPRESSÃO PLÁSTICA

- Construção do Relógio;

- Construção de círculos com cores; - Jogo de memória (cartas com representações);

- Construção dos pompons; - Construção de discos de lã;

- Construção de estrelas em origami; - Construção do “baloiço da amizade e do amor”;

- Borboletas; - Tartarugas;

- Flores para pendurar; - Flores de jarras;

- Desenho de Cadáver Esquixe; - Desenha com imagem; - Lembrança do Dia dos Avós; - Bonecas de feltro;

- Logotipo da Instituição; - Croá - “girassol”;

- Árvore dos “Valores Humanos”; - Porta-lápis;

- Arco-íris;

- Construção do mural “A Natureza”; - Construção de flores em caixas de ovos; - Pintura de garrafas e frascos de vidro; - Laços;

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Fonte: Própria

Figura nº 20 - Relógio

- Colagem;

- Bordados, crouché …

Em seguida serão abordadas algumas das atividades que tiveram maior destaque, fazendo uma breve descrição das atividades (anexo X).

Construção do relógio

A construção do relógio, teve como objetivo principal orientar as utentes nas diversas tarefas, que desempenham ao longo do seu dia.

Para cada hora do relógio, fui dando pelo menos uma tarefa para as utentes colorirem e recortarem, que correspondia às horas que estas deviam ser desenvolvidas. Por exemplo às 8h00 da manhã a utente deve tratar da sua higiene pessoal (figura nº23).

Esta foi uma atividade pela qual as utentes revelaram interesse, com a sua conceção, isto é, qual será o resultado e o objetivo da construção deste relógio.

57 Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Figura nº24 - Pompons Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria

Figura nº 21 - Pompons Figura nº 22 - Discos de lã

Figura nº 23 - Desenha a imagem

Construção de discos e pompons

A atividade designada por “construção de discos e pompons” (figura nº 24/25), tinha como objetivo principal estimular a tonicidade muscular nos membros superiores e inferiores. Esta foi uma das primeiras atividades de expressão plástica que desenvolvi, com o grupo de deficiência mental. Foi uma atividade na qual as utentes revelaram uma grande motivação, tendo sido surpreendida dias depois, por uma das utentes que com as bases de pompons que sobrou acabou por construir mais.

Desenha a imagem

Por sua vez a atividade conhecida como “desenha a imagem”, tem por objetivo

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