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O papel do Animador enquanto promotor e investigador/ mediador

No que se refere ao perfil do animador torna-se complicado descrevê-lo, visto que este não tem um perfil perfeitamente delineado.

No entanto pode afirmar-se que o animador assume um papel promotor desenvolvido, que possui inúmeras capacidades organizacionais e educativas.

O Animador Sociocultural deve ser visto como um bom profissional, e em termos pessoais deve ser sociável e compreensivo, de forma a não condicionar o seu trabalho de intervenção com a comunidade.

O Animador deve assumir sempre um papel dinamizador comunitário, educador, facilitador de dinâmicas de desenvolvimento local no âmbito associativo.

A facilitação na ASC é sinal de maior capacidade de solucionar problemas, de acesso a uma maior e diversificada informação. O Animador é sinónimo de um envolvimento naturalmente, facilitador da tomada de decisões sustentadas pelo conhecimento da realidade, na posse de informação credível.

O Animador é aquele que desempenha tarefas e atividades diretamente direcionadas para a área de ASC, que tem como principal objetivo estimular o indivíduo para determinadas ações. Este atua como catalisador da sua própria vontade junto de indivíduos. Segundo a reflexão de Jacob (2007:24) o animador é considerado “…um mediador, um provocador, um gestor, um companheiro e agente de ligação entre um objetivo e um grupo-alvo.”

16 Informação recolhida e adaptada do site:

http://quadernsanimacio.net/ANTERIORES/ocho/Desenvolvimiento.pdf, consultado no dia 16 de Outubro de 2015.

26 O Animador não pode ser simplesmente o ser humano, mas tem sim que trabalhar em e para o grupo.

É ao Animador que compete o trabalho de criar movimento, vida e atividades. Este deve apresentar propostas e sugestões que despertem o indivíduo sem que este se sinta obrigado, ou suscite um sentimento de obrigatoriedade. O animador deve ser dinâmico, ativo, animado, participativo, amigo, compreensível, ouvinte, comunicador, encorajante e destemido, entusiasta e otimista.

É importante relembrar que o trabalho de animação com crianças/jovens, é substancialmente diferente do trabalho com idosos, daí haver uma necessidade de competências específicas do animador perante o trabalho que está a desenvolver com o grupo de indivíduos.

Segundo os pressupostos de Jacob (2007:25), as tipologias do animador devem ser:

 “Os animadores profissionais (Formados e com diploma; através da sua formação desempenha a função a tempo inteiro de animador).”

 “Animadores eventuais (Não têm formação específica mas exercem atividades a meio tempo, partilhando a função da animação com outras pessoas).”

 “Animadores voluntários (podem ser pares, amigos, formados; podem não ter uma responsabilidade na execução das atividades, mas prestam uma ajuda preciosa).”  “Animadores de passagem (normalmente estagiários ou pessoal temporário, que está durante pouco tempo na instituição).”

Para que um profissional seja considerado competente (sobre o plano pedagógico, técnico e na gestão de grupos, de modo a fazer progredir o seu grupo) tem de obedecer a três condições:

 O animador tem de saber e conhecer as técnicas e as teorias, dos instrumentos, bem como as metodologias de intervenção da animação. “Tem de ter conhecimentos de psicologia, gerontologia, animação, motricidade, artes plásticas, entre outros.”

O animador tem que ter vontade “de aprender, agir e animar, de não se acomodar, de não ter medo da mudança, de ser ativo, de ser persistente e de não deixar desanimar. O técnico pode saber mas, se não o mostrar não será competente.”

 O animador “deve ter ao seu dispor os meios humanos, materiais, e financeiros adequados às suas funções, público-alvo (quantitativa e qualitativamente) e objetivos.”  O trabalho desenvolvido pelo animador não pode ser apenas uma simples participação numa atividade regularmente habitual, muito pelo contrário, este é um

27 trabalho de diversas facetas que dá origem ao desempenhado de funções, tanto a nível organizador, como de guia ou conselheiro.

 Se por exemplo quiséssemos enumerar as qualidades de um bom profissional de ASC diria que este deve ser:

 Favorável - ao trabalho em equipa: “discutir e exprimir as suas ideias, trocar, debater e escutar.”

 Atento ao grupo - na execução de atividades programadas, e não apenas aquilo que lhe diz verbalmente, mas também na transmissão de comportamentos e atitudes.  Justo - ser imparcial, não favorecer, nem desfavorecer nenhum indivíduo do grupo.

 Compreensivo - fomentar a compreensão e a empatia, não fazendo juízos de valor.

 Confiante – para os elementos de grupo, deve respeitar as necessidades e preferências de cada um.

 Atento e disponível – “no desenvolvimento das atividades, sem ser omnipresente.”

 Responsável – “levar o grupo a atingir os seus objetivos, com audácia e perseverança.”

Bom observador – “ver com clareza o que se passa ao nível da vida” de cada indivíduo do grupo, evitando a formação de grupos dentro do próprio grupo.

 Paciente e socorrista – ajudando os indivíduos que apresentem dificuldades, aconselhando e encorajando o grupo.

 Mediador – não deve exigir mais do grupo, segundo o trabalho que é desenvolvido.

 Devoto, interessado - estar centrado em cada indivíduo do grupo.

 Dinâmico e entusiasta – “ter sentido de humor, criar um bom ambiente de trabalho.”

 Ter uma personalidade afirmativa – tomar decisões sempre que for necessário, “ter autoridade e ser autoritário.”

Um bom profissional na área da ASC deve ser responsável, sabendo sempre o que vai fazer, e como fazer para alcançar o sucesso desejado. É importante que o grupo se sinta confiante, com a presença do animador percebendo que sejam quais foram as decisões que este possa tomar será sempre para seu bem. O animador enquanto profissional deve ser responsável, assumindo as suas responsabilidade. À medida que o

28 trabalho implementado se vai desenovolvendo, este deve manter-se muito atento, observado cada comportamento ou atitude do indivíduo, fazendo uma previsão do que pode acontecer.

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